terça-feira, 21 de junho de 2016

Gamesa e Siemens anunciam fusão de negócios de energia




Getty Images
Energia eólica
Energia eólica: operação envolve a união da Gamesa com a área de energia eólica da Siemens
 
Luciana Collet, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A Siemens e a Gamesa anunciaram nesta sexta-feira, 17, que fecharam um acordo vinculante para fusão de seus negócios de energia eólica e criação da maior fornecedora mundial de equipamentos eólicos, segundo as empresas.

"Desta fusão, nascerá um grupo eólico com 69 GW instalados em todo o mundo, uma carteira de pedidos avaliada em 20 bilhões de euros, receitas de 9,3 bilhões de euros e um Ebit ajustado de 839 milhões, segundo dados pró forma dos últimos doze meses até março de 2016", destacou a Gamesa, em comunicado.
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A operação envolve a união da Gamesa com a área de energia eólica da Siemens, incluindo a unidade de serviços operacionais e de manutenção. A gigante alemã receberá ações de emissão da empresa resultante da operação que corresponderão a 59% do capital social, enquanto os acionistas atuais da Gamesa terão os 41% restantes. Ainda como parte do acordo, a Siemens pagará 3,75 euros por ação aos acionistas da Gamesa.

A nova empresa terá sede na Espanha, onde também estará o centro de operações onshore, enquanto o negócio offshore ficará em Hamburgo (Alemanha) e Vejle (Dinamarca).

Adicionalmente ao acordo, a Gamesa informou que também fechou um acordo com a Areva, para que a companhia francesa elimine as restrições que existiam no contrato de criação da Adwen, joint venture entre Areva e Gamesa para o negócio offshore, simplificando a operação entre Gamesa e Siemens.

Como parte destes acordos, Gamesa - alinhada com a Siemens - outorga à Areva uma opção de venda (put) sobre sua participação de 50% na Adwen e uma opção de compra (call) sobre a participação de 50% de Gamesa. Ambas opções expiram em três meses. Durante esse mesmo prazo, a Areva pode buscar um investidor para a Adwen.

No comunicado, as empresas destacaram que as atividades da Siemens e da Gamesa são complementares tanto em presença geográfica como na carteira de produtos e em tecnologia. "A companhia resultante terá um alcance global nos principais mercados eólicos e presença industrial em todos os continentes: o negócio de energia eólica da Siemens conta com uma sólida posição na América do Norte e no norte da Europa e a Gamesa, nos mercados emergentes de rápido crescimento como Índia e América Latina, assim como no sul da Europa", destacaram.


Aérea de baixo custo não vem ao Brasil devido à "corrupção"





Ian Waldie/Getty Images
Aviões da Ryanair em aeroporto de Londres
Ryanair: empresa aérea irlandesa de baixo custo quer se expandir para a América Latina, exceto o Brasil porque "há muita corrupção"


Rodrigo Cavalheiro, do Estadão Conteúdo
correspondente, do Estadão Conteúdo




Buenos Aires - A companhia aérea de baixo custo Ryanair começará a voar na Argentina em 2017 e, segundo seu dono, trabalha para levar o serviço à toda a vizinhança, exceto ao Brasil, "porque há muita corrupção".

A declaração foi dada por Declan Ryan ao jornal argentino La Nación. "Iniciamos negociações em todos os países da região, menos no Brasil, já que há muita corrupção", afirmou o filho de Tony Ryan, que fundou a empresa em 1985, com uma avioneta que ligava Londres a Dublin.

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A empresa irlandesa revolucionou o conceito de viagem aéreo na Europa, por manter tarifas médias de US$ 50 e cobrar extras por tudo que não seja o assento e a bagagem de mão.

Ryan lembrou que o negócio da família chegou ao México há 10 anos e à Colômbia há 4 anos, sob a marca Viva - todas as subsidiárias pertencem ao grupo Irelandia Aviation.

Para concretizar sua entrada na Argentina, a tática será comprar uma empresa local e o alvo mais provável, segundo o jornal argentino, é a Andes Líneas Aéreas.

Em uma reunião com o ministro do Transporte argentino, Guillermo Dietrich, o empresário fez uma reclamação comum a quem opera no país, o valor das taxas aeroportuárias.

Ele mencionou que existe uma empresa que controla 35 dos 38 aeroportos do país. "É preciso baixar os custos. Na Colômbia, há quatro empresas que competem", afirmou.

Ryan apresentou estudos de que 5% a 7% dos argentinos já voaram e sua empresa pretende triplicar este volume. Na Colômbia, o porcentual era de 2,5% e passou a 10%.

Em geral, linhas aéreas de baixo custo têm sua base de operação fora das maiores metrópoles e seus usuários sabem que as distâncias dos aeroportos em relação aos centros urbanos é um custo extra a ser levado em conta.

No México, a Viva - nome adotado na América Latina - usa como base Monterrey e, na Colômbia, Medelín. Na Argentina, a empresa está interessada em Córdoba e La Plata, esta a 50 quilômetros de Buenos Aires.

Para serem competitivas, essas companhias procuram usar aeronaves novas, com menor custo de manutenção, e tiram todo o supérfluo do preço fixo.

Contam com um número menor de funcionários que cumprem várias funções e cobram de quem não faz check-in online. Seu alvo preferencial são passageiros de ônibus de longa distância.

Bilionário egípcio quer se juntar a russo para comprar a Oi





Simon Dawson/Bloomberg
O bilionário egípcio Naguib Sawiris
O bilionário egípcio Naguib Sawiris: para ele, Oi é uma empresa de grande potencial, se dívidas forem sanadas
 
 
 
São Paulo – Uma empresa em crise é sempre um alvo mais fácil para os investidores – e é isso o que a Oi acabou se tornando para o bilionário egípcio Naguib Sawiris, desde ontem, quando a operadora entrou com pedido de recuperação judicial, com uma dívida de R$ 65,4 bilhões.

Dono de uma participação majoritária na Orascom Telecom, ele já havia mostrado interesse em comprar a companhia na semana passada. No entanto, na manhã de hoje, deu uma entrevista à Bloomberg para ratificar a intenção de compra.
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Para ele, um aporte bilionário na empresa seria mais que vindo neste momento, em que a operadora tem urgência em deixar suas contas em dia.

"A Oi precisa de um acionista com uma sólida experiência em telecomunicações para resolver os seus problemas operacionais, além de suas dívidas financeiras", disse Sawiris por telefone à agência.

O homem mais rico do Egito não é o único de olho na empresa de telecom mais endividada do Brasil. 

O investidor russo Mikhail Fridman também fez uma proposta pela companhia de US$ 4 bilhões pela Oi, com a condição de que uma fusão com a Tim acontecesse.

Em fevereiro, depois da resistência da operadora italiana ao negócio, o fundo russo desistiu do negócio.

Sawiris disse que uma fusão entre as duas faz "muito sentido", mas que antes disso a Oi teria de conseguir caminhar sozinha.

De acordo com a Bloomberg, para a compra da operadora, o bilionário egípcio pretende desenhar uma possível parceria com Fridman na investida, mas não detalhou a forma que esse tal acordo poderia tomar. 

Na sua opinião, a Oi teria um grande potencial, se sua dívida, acumulada depois de anos de imbróglios societários, fosse quitada. 

Altos custos inviabilizam investimentos da Bosch no PR



Empresa diz que falta ao Estado estratégia industrial de longo prazo
Da Redação

redacao@amanha.com.br

 


Os altos custos de produção no Paraná estão deixando a unidade da Bosch de Curitiba fora de novos projetos e investimentos da matriz. A informação é de Daniel Korioth, vice-presidente da divisão Sistemas Diesel da Bosch, que tem sede na capital paranaense, ao jornal Gazeta do Povo. Segundo ele, na comparação com São Paulo, os gastos com mão de obra são maiores em 30%. Atualmente, a Bosch em Curitiba emprega cerca de 2.100 pessoas. Na avaliação de Korioth, falta ao Estado do Paraná uma estratégia industrial para os próximos dez anos.

Além de não prever investimentos para a unidade de Curitiba, a Bosch anunciou que irá transferir a produção da bomba Injetora VE (usada em tratores e colheitadeiras) feita na capital paranaense para a Índia a partir de 2017. A peça responde por 15% da capacidade produtiva da planta instalada em Curitiba. A mudança faz parte da estratégia da companhia de abastecer seus mercados consumidores com produção local. De acordo com Korioth, a demanda maior pelo produto está na Ásia. 

A Bosch ainda deve investir no Paraguai. Apesar de admitir que as condições no país vizinho são atraentes, com menores custos de produção na comparação com o Paraná, Korioth afirmou à Gazeta que não há qualquer plano de transferir a produção de Curitiba. Na América Latina, a Bosch registrou R$ 6 bilhões em vendas no ano passado, sendo o Brasil responsável por R$ 4,7 bilhões.

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Altos custos inviabilizam investimentos da Bosch no PR

Empresa diz que falta ao Estado estratégia industrial de longo prazo

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Os altos custos de produção no Paraná estão deixando a unidade da Bosch de Curitiba fora de novos projetos e investimentos da matriz. A informação é de Daniel Korioth, vice-presidente da divisão Sistemas Diesel da Bosch, que tem sede na capital paranaense, ao jornal Gazeta do Povo. Segundo ele, na comparação com São Paulo, os gastos com mão de obra são maiores em 30%. Atualmente, a Bosch em Curitiba emprega cerca de 2.100 pessoas. Na avaliação de Korioth, falta ao Estado do Paraná uma estratégia industrial para os próximos dez anos.
Além de não prever investimentos para a unidade de Curitiba, a Bosch anunciou que irá transferir a produção da bomba Injetora VE (usada em tratores e colheitadeiras) feita na capital paranaense para a Índia a partir de 2017. A peça responde por 15% da capacidade produtiva da planta instalada em Curitiba. A mudança faz parte da estratégia da companhia de abastecer seus mercados consumidores com produção local. De acordo com Korioth, a demanda maior pelo produto está na Ásia.

A Bosch ainda deve investir no Paraguai. Apesar de admitir que as condições no país vizinho são atraentes, com menores custos de produção na comparação com o Paraná, Korioth afirmou à Gazeta que não há qualquer plano de transferir a produção de Curitiba. Na América Latina, a Bosch registrou R$ 6 bilhões em vendas no ano passado, sendo o Brasil responsável por R$ 4,7 bilhões.
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quinta-feira, 16 de junho de 2016

CPFL compra AES Sul e vê espaço para mais aquisições






ALEXANDRE BATTIBUGLI
Eletricistas da CPFL
CPFL: a tendência é que empresas maiores comprem outras menores ou em dificuldades financeiras, diz CEO da CPFL
 
Luciano Costa, da REUTERS


São Paulo - A aquisição da distribuidora de energia AES Sul pela CPFL, anunciada nesta quinta-feira, pode ser a primeira de uma série de transações do tipo nesse segmento, no qual a tendência é que empresas maiores comprem outras menores ou em dificuldades financeiras, em um movimento de consolidação, afirmou nesta quinta-feira o CEO da CPFL.
Em teleconferência sobre a transação, que envolverá cerca de 1,7 bilhão de reais mais 1,1 bilhão em dívidas, Wilson Ferreira Jr. lembrou que o governo federal tem interesse em vender distribuidoras da Eletrobras e disse que diversas outras elétricas podem ser colocadas no mercado, incluindo estatais estaduais.

A expectativa é guiada pela mudança de governo que, segundo Ferreira, resultou em uma administração com maior disposição a realizar a privatização de companhias estatais e na melhoria das perspectivas econômicas do país.

Antes desta quinta-feira, as últimas aquisições em distribuição de energia haviam sido anunciadas em 2012 e 2013 e envolveram a incorporação por Energisa e Equatorial de empresas do Grupo Rede, que pediu recuperação judicial em meio a uma crise financeira.

"É importante esse movimento, faz muito tempo que não tínhamos (uma aquisição no setor de distribuição). Imaginamos que estamos reabrindo esse processo... é uma demonstração de confiança no país e no setor", afirmou Ferreira. A venda da AES Sul vem em um momento em que sua controladora, a norte-americana AES, lida com dificuldades em suas operações de distribuição de energia no Brasil, que incluem também a Eletropaulo.

Segundo Ferreira, a CPFL disputou o negócio com ao menos outras três empresas que apresentaram interesse na elétrica e acessaram um data-room montado para viabilizar a transação. Ele disse que a CPFL prevê pagar cerca de um terço da aquisição com recursos de seu caixa, enquanto o restante deverá ser financiado junto a um grupo de agentes com os quais a empresa já possui acordo preliminar.
 

OUTRAS NO RADAR


Ao conversar com jornalistas sobre a operação anunciada nesta quinta-feira, Ferreira disse que a CPFL tem interesse na Eletropaulo, segunda maior distribuidora do país em clientes, e na estatal gaúcha CEEE, e avaliará esses ativos caso eles sejam ofertados por seus controladores.

Também estão no radar da companhia distribuidoras que a Eletrobras pretende vender, como a Celg-D, de Goiás, mas a CPFL só avaliará o leilão de privatização da elétrica goiana se houver uma revisão do preço mínimo, definido em cerca de 2,8 bilhões de reais.

Após comentar o interesse nos ativos, Ferreira disse que a CPFL mantém fôlego para novas tacadas mesmo após o negócio com a AES Sul.

"A companhia tem uma capacidade financeira importante... além do fato de que ela está em bolsa, pode considerar uma melhora do mercado, também emissão de ações... a companhia está atenta a cada uma dessas oportunidades, porque tem uma vantagem nas aquisições, porque aumenta sua escala", afirmou.

A CPFL prevê elevar os investimentos da AES Sul quando assumir o controle da elétrica, com o objetivo de melhorar os indicadores de qualidade da empresa e consequentemente obter maior rentabilidade.

Segundo Ferreira, os aportes anuais deverão subir para cerca de 400 milhões de reais, ante um patamar entre 200 e 250 milhões de reais praticado pela AES Sul.

A CPFL também precisará definir um novo nome para a distribuidora gaúcha, mas isso ainda não está decidido.

Confiança da indústria em junho é a maior desde 2014





Segundo a CNI, o indicador melhorou especialmente nas grandes empresas 



Por Agência Brasil


O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) subiu para 45,7 pontos em junho, o maior valor desde novembro de 2014. Foi o segundo mês consecutivo de melhora na confiança dos empresários, informou nesta quarta-feira (15) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice cresceu 4,4 pontos na comparação com o mês anterior. Mesmo assim, o indicador continua abaixo dos 50 pontos e longe da média histórica de 54,3 pontos, observa a CNI. Os valores do Icei variam de 0 a 100. Quando estão abaixo de 50, indicam a falta de confiança dos empresários.

Segundo a CNI, o indicador melhorou especialmente nas grandes empresas. Nesse segmento, o Icei alcançou 47,7 pontos em junho, o maior nível nos últimos 24 meses. Nas pequenas empresas, o índice subiu de 38,8 pontos em maio para 43,1 pontos neste mês.

De acordo com a confederação, o índice de percepção das condições atuais em relação aos últimos seis meses ficou em 45,7 pontos em junho, 5 pontos acima do registrado em maio. O índice de expectativas para os próximos seis meses subiu de 47 pontos em maio para 51,1 pontos em junho, indicando que os empresários estão otimistas em relação ao futuro.


Estácio e Kroton afundam na Bolsa com OAB contra fusão






Thinkstock
Estudantes fazem prova em sala de aula
Universidade: possível fusão de empresas é questionada por entidades e deve ser discutida no Congresso Nacional
 
 
 
São Paulo — A Estácio e a Kroton lideravam as perdas do Ibovespa na manhã desta quinta-feira (16).

As ações ordinárias da Estácio registraram baixas de até 5,4%, sendo negociadas a 14,23 reais. Na semana, os papéis acumulam 7,5% de queda. 
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Os papéis ordinários da Kroton, por sua vez, registraram queda de até 5,2%, sendo negociados por cerca de 12,30 reais. Durante a semana, as ações acumulam uma queda de 6%.

O mercado ainda repercute a movimentação de entidades contrárias à uma possível fusão das duas companhias. 

Ontem, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, entrou com uma medida no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a união. A justificativa é a de que a operação poderia gerar o monopólio e levar a uma queda da qualidade dos serviços e o aumento abusivo de preços. 

O tema será alvo de discussão no Congresso Nacional em uma audiência pública proposta pelo deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ). À agência de notícias Reuters, o parlamentar disse que a proposta deve ser analisada uma vez que irá concentrar quase metade dos recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).