quarta-feira, 22 de junho de 2016

Oi protocola pedido de proteção contra falência nos EUA





MARCELO CORREA / EXAME
Loja da Oi / Telemar
Oi: empresa pediu proteção contra falência também nos Estados Unidos
 
Cynthia Decloedt e Altamiro Silva Junior, do Estadão Conteúdo
correspondente, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A Oi protocolou na corte de falências norte-americana pedido de proteção pelo capítulo 15 da lei da falências, que reconhece nos Estados Unidos as determinações de juízes em outros países, conforme antecipou na terça-feira, 21, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Todas as decisões da Justiça brasileira em relação a Oi serão reconhecidas nos Estados Unidos, evitando que a companhia seja alvo de medidas cautelares naquela jurisdição, inclusive o deferimento na noite de terça-feira, pelo juiz Fernando Viana da tutela de emergência para suspender por 180 dias todas as ações e execuções contra a companhia.
Publicidade

A tutela tem por objetivo proteger a companhia até que o pedido de recuperação judicial seja acatado pelo juiz brasileiro. Fontes acreditam que o deferimento do pedido de recuperação deve acontecer em até dez dias.

Investimento dispara no mundo e cai 11,5% no Brasil




DIVULGACAO
Souza Cruz sobe uma posição nas maiores de agro
Fábrica da Souza Cruz: empresa teve mais de US$ 2 bilhões das suas ações compradas
 
 
 
 
São Paulo - O investimento estrangeiro no Brasil foi de US$ 73 bilhões em 2014 para US$ 64,6 bilhões em 2015, uma queda de 11,5%.

Isso aconteceu apesar do fluxo mundial ter sido o maior desde a crise de 2008, com alta de 38% sobre o ano anterior.
Publicidade

Os números foram divulgados ontem no World Investment Report 2016 da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

Com isso, o Brasil caiu da 4ª para a 8ª posição mundial entre os países que mais recebem investimento de fora, lista liderada por Estados Unidos, Hong Kong, China, Irlanda e Holanda.

Outros relatórios trazem dados diferentes porque usam outros critérios. Para o Banco Central, a queda no investimento produtivo no ano passado foi de 22%.

De acordo com o fDi Intelligence, publicação do Financial Times, o Brasil conseguiu manter seu nível de investimento estrangeiro direto em novos projetos em 2015.
 

Setores


No setor automotivo, os números da Unctad para o Brasil resistiram mesmo com produção e vendas em queda porque projetos antigos tomaram forma.

Já os lucros reinvestidos desabaram 33% enquanto a compra de ações teve alta de 4%.

A desvalorização forte do real tornou vários ativos relativamente baratos para o investidor estrangeiro; um exemplo destacado pela Unctad é a a compra de US$ 2,4 bilhões em ações da Souza Cruz pela British America Tobacco.

Já a liberalização de capital estrangeiro na saúde fez o investimento estrangeiro na área saltar de US$ 16 milhões para US$ 1,3 bilhão.

Esse tipo de abertura é tendência mundial: 85% das medidas no ano foram favoráveis para investidores, mas 80% dos países continuam impedindo que estrangeiros tenham participação majoritária em pelo menos um setor.


Regiões


O investimento estrangeiro direto subiu 9% nos emergentes, com alta na Ásia (de US$ 468 bilhões para US$ 541 bilhões) e pequenas quedas na África (de US$ 58 bilhões para US$ 54 bilhões) e América Latina (de US$ 170 bilhões para US$ 168 bilhões). 

Nos países desenvolvidos, a alta foi de 84% e o fluxo chegou a US$ 962 bilhões.

Nos Estados Unidos, o valor quase quadruplicou: de US$ 107 bilhões para US$ 380 bilhões.

Em um ano, a participação dos desenvolvidos no fluxo total pulou 11 pontos percentuais (de 44% para 55%) e se tornou majoritária.

No entanto, uma boa parte dessa alta foi gerada por fusões e aquisições e estratégias em que empresas multinacionais tranferem sua sede fiscal de um país para outro (muitas vezes um paraíso fiscal) para pagar menos impostos.

A Irlanda, destino conhecido para operações do tipo, viu seus recursos recebidos triplicados de US$ 31 bilhões para US$ 101 bilhões. Hong Kong também teve alta forte pelo mesmo motivo.

Se não fosse por esse tipo de operação, o fluxo global teria subido mais modestos 15%.

A previsão da Unctad para esse ano é de queda de 10% a 15% no fluxo global de investimento direto por causa de motivos como demanda fraca, queda do preço das commodities e maior controle das transferências corporativas de sede fiscal.
 
 

terça-feira, 21 de junho de 2016

Cresce Inadimplência entre Pessoa Jurídica

Finanças

 



De acordo com a Pesquisa Nacional sobre liquidação de Cheques realizada pelo TeleCheque, serviço oferecido pela MultiCrédito, o atual momento econômico do País tem gerado dificuldades financeiras para as empresas.

O cenário é o grande responsável pelo aumento da inadimplência em cheque no mês de maio, que alcançou 3,25%, aumento de 14,43% em relação ao resultado de abril (2,84%). Em 2015, no mesmo período, o índice foi de 2,76%. Ainda segundo a pesquisa, o valor médio gasto por pessoa jurídica com cheque foi de R$ 1.367,00 em maio, aumento de 2,16% em comparação ao resultado de abril.

Barilla Pode Comprar a Vilma Alimentos

Negociação



NegociaçãoNegociaçãoNegociaçãoNegociação Negociação
Negociação


O mercado de massas deve ser impactado em breve por uma grande transação envolvendo dois importantes players. Fontes do mercado afirmam que a Barilla está em processo avançado de negociação para adquirir a mineira Vilma Alimentos. 

A rápida expansão da Barilla no Brasil e a gestão atritada entre os herdeiros de Domingos Costa na Vilma seriam dois fatores importantes para o desenvolvimento das conversas. Vale destacar que as empresas estabeleceram relações comerciais em 2013, quando a Vilma Alimentos passou a fabricar produtos mais populares para a Barilla, que após a estratégia viu suas vendas no Brasil dobrarem em 2014.

Grandes no Setor

Os números não são precisos, mas estima-se que a Vilma tenha faturamento anual superior de R$ 600 milhões. No mundo, a Barilla é uma gigante do setor e fatura mais de 3 milhões de euros. Há dois anos, a meta da multinacional era alcançar uma receita de até R$ 500 milhões no Brasil. O Portal Giro News fez contato com as empresas para comentar o assunto. A Barilla desmentiu a informação e negou que haja qualquer negociação em curso. A Vilma Alimentos também negou a informação.

Moro dá prazo para Lava Jato ouvir os novos delatores





Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato
Sérgio Moro: juiz suspendeu os depoimentos de empresários até que os acordos de homologação sejam finalizados
 
Julia Affonso e Ricardo Brandt, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, concedeu até o dia 25 de julho para o Ministério Público Federal ouvir os empresários Vinicius Veiga Borin, Luiz Augusto França e Marcos Pereira de Sousa Bilinski.

Os três são os novos delatores da Lava Jato.
Publicidade

Único a prestar depoimento até agora, Vinicius Borin afirmou que a Odebrecht teria adquirido um banco para pagar propina no exterior. Segundo o executivo, o Meinl Bank Antigua, supostamente da empreiteira, movimentou pelo menos US$ 1,6 bilhão.

A Procuradoria havia pedido na sexta-feira, 17, a homologação dos acordos de delação dos três.

Na ocasião, a força-tarefa da Lava Jato anexou aos autos o depoimento de Vinicius Borin e os três termos dos acordos de colaboração premiada, com as cláusulas que os executivos deverão cumprir.

Durante audiência na tarde desta segunda-feira, 20, Sérgio Moro suspendeu os depoimentos dos três empresários que estavam marcados para a quarta-feira, 22.

A suspensão dos depoimentos dos executivos foi pedida pela defesa de Luiz Eduardo da Rocha Soares, ligado à Odebrecht, até que sejam finalizados os depoimentos e homologados os acordos de colaboração.

"Concedo ao Ministério Público Federal prazo até 25 de julho para colheita dos depoimentos no acordo de colaboração dos três e sua apresentação em Juízo, juntamente com gravação dos áudios vídeos pertinentes", determinou o juiz da Lava Jato.

Bancos dos EUA se preparam para catástrofe em caso de Brexit





Stefan Wermuth / Reuters
Van com propaganda a favor do Brexit em Londres, Reino Unido, dia 21/06/2016
Brexit: a votação poderá afetar duramente a City de Londres, onde os bancos americanos fazem a maior parte de seus negócios com a UE
 
Da AFP


A dois dias do referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, os grandes bancos americanos se preparavam para um cenário catastrófico que poderia lhes custar bilhões de dólares.

Mesmo ante o ambiente volátil que predomina no Reino Unido, no exterior os bancos mantêm as aparências.
Publicidade

"Temos tudo totalmente sob controle", assegura Michael Duvally, porta-voz do Goldman Sachs, ao ser perguntando sobre como seu banco está se preparando para a possibilidade de vitória do Brexit na quinta-feira.

As respostas do Morgan Stanley e do Bank of America são idênticas.

No entanto, segundo fontes do setor do bancário que preferem falar sob anonimato, nos escritórios de Wall Street os advogados dos bancos trabalham praticamente em estado de alerta, avaliando cada opção.

A votação poderá afetar duramente a City de Londres, onde os bancos americanos fazem a maior parte de seus negócios nos 28 países da União Europeia.

Caso o "Brexit" se concretize, o Reino Unido perderá a grande vantagem de poder negociar livremente com os países da União Europeia, o que significará que os bancos já não poderão manejar de Londres todos os seus negócios, transações na Bolsa, empréstimos e outras atividades em países da UE.

Por ter sido demonstrado, nas recentes eleições britânicas, que as pesquisas de opinião são pouco confiáveis, os bancos não contam com esses resultados.

Em vez disso, advertem seus operadores na Bolsa que se preparem para um dia longo e agitado nos mercados financeiros durante a quinta e a sexta-feira.

O JPMorgan Chase já tem quartos de hotel reservados para seus operadores, perto de seus escritórios. E vários bancos confirmaram a criação de centros de serviços telefônicos para a comunicação com seus clientes.

"A quinta-feira será um dia agitado. Esperamos que se haja grandes transações", disse um banqueiro.

"Nossos clientes estão preocupados pelo o que acontecerá com a libra. O Forex (o mercado mundial de divisas) é a maior preocupação", acrescenta.
 

Cortes em Londres


Os cinco grandes bancos americanos empregam mais de 40.000 pessoas em Londres, mais do que o resto da Europa.

Aproveitam a regulamentação que permite aos banqueiros oferecer seus serviços - desde assessorar fusões e aquisições a manejar capitais, empréstimos e operações - em toda a UE sem ter representação física em qualquer outro país do bloco.

"Uma saída do Reino Unido da UE poderá ser algo negativo para os bancos universais dos Estados Unidos já que os custos aumentariam e a atividade do mercado de capitais perderia em intensidade", escreveu recentemente um analista do banco de investimentos KBW em um informe, que garante que os bancos enfrentarão desafios importantes durante os próximos dois anos.

"Acreditamos que o Brexit seria o pior dos casos para as ações e para empresas relacionadas com a UE e o Reino Unido, já que o Brexit poderá causar temores de contágio e freio ao crescimento", aponta o informe.

Algumas fontes afirmam que os bancos americanos já estudam a possibilidade de abrir escritórios em Amsterdam, Dublin, Frankfurt e Paris.

Além disso, alguns deles já têm pequenas filiais no continente que poderão ser ampliadas. O
Citigroup tem uma em Dublin e JPMorgan conta com escritórios em Frankfurt e Luxemburgo.

O diretor executivo do JPMorgan, Jamie Dimon, advertiu no início de junho que o banco poderia se ver obrigado a cortar até 25% de seu quadro de 16.000 funcionários no Reino Unido em caso de vitória do Brexit no referendo.

Fontes afirmam que o Goldman Sachs poderá transferir um quarto de seus 6.500 funcionários em Londres para fora do Reino Unido, e o Morgan Stanley, 1.000 de seus 6.000 funcionários a outros pontos da Europa.

Qualquer reorganização desse tipo representa um aumento nos custos. A KBW calcula que Morgan Stanley, por exemplo, poderia ter uma perda de 9% de sua receita em dois anos.

Bayer explora venda de negócio de radiologia, dizem fontes




John Macdougall/AFP
Logomarca da gigante farmacêutica alemã Bayer
Bayer: Bayer disse que não precisa vender ativos para financiar sua oferta de 62 bilhões de dólares para a Monsanto
 
Greg Roumeliotis e Arno Schuetze, da REUTERS


Nova York/Frankfurt - A Bayer, a empresa alemã de produtos químicos e área de saúde que está tentando adquirir a Monsanto, está explorando a venda de sua unidade de produtos de radiologia que pode valer mais de 3 bilhões de dólares, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

A Bayer disse que não precisa vender ativos para financiar sua oferta de 62 bilhões de dólares para a Monsanto, mas destacou que as revisões estratégicas de seu negócio continuariam normalmente.
Publicidade

A empresa está em negociação com bancos de investimento sobre a contratação de um conselheiro financeiro para explorar alternativas estratégicas para o negócio de produtos de radiologia, incluindo uma venda, disseram as fontes esta semana.

A Bayer pode decidir manter a unidade, acrescentaram as fontes. As fontes solicitaram anonimato porque as deliberações são confidenciais. A Bayer não quis comentar.

O negócio de radiologia gera mais de 1,5 bilhão de euros em receita de agentes de contraste e equipamentos relacionados à injeções.