terça-feira, 4 de outubro de 2016

FMI confirma previsão de fim da recessão no Brasil em 2017




Da AFP
Moeda de um real em cima de uma cédula de dez reais
Moeda: a OCDE também estimou que há razões para ser menos pessimista sobre a economia do Brasil

FMI afirmou nesta terça-feira que o Brasil está no caminho certo para sair da recessão, mas não alterou suas previsões anunciadas em julho, de contração de 3,3% em 2016 e crescimento de 0,5% em 2017.
O relatório sobre a economia mundial do Fundo Monetário Internacional (FMI) destaca que a queda do índice de confiança parece ter chegado ao fim, graças a "menores incertezas políticas" e à absorção dos choques econômicos passados.
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PIB da maior economia latino-americana caiu 3,8% em 2015 e neste ano terá uma contração de 3,3%, segundo a previsão do FMI vigente desde julho, quando subiu em meio ponto percentual essa projeção.
Para 2017, previu em abril um crescimento nulo, mas em julho também aumentou sua estimativa em meio ponto, a +0,5%.
OCDE também estimou no mês passado que há razões para ser menos pessimista sobre a economia do Brasil e deu uma projeção similar a do FMI para 2016 (-3,3%), embora tenha mantido uma projeção de recessão (-0,3%) em 2017 (em junho, previa -4,3% para este ano e -1,7% para o próximo).
O Banco Central brasileiro prevê uma queda do PIB de 3,30% em 2016 e um crescimento de 1,3% em 2017.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

"Acordo de leniência é entre Administração e empresa e ninguém mais, nem o MP"






O ministro Gilson Dipp, aposentado do Superior Tribunal de Justiça, anda oferecendo cafezinhos de graça em suas palestras. Para ganhar um, diz ele, basta apontar, na Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013), “uma linha” que trate da participação do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público nos acordos de leniência. No caso do TCU, o café sai ainda mais caro, já que a lei sequer cita o órgão.

Na opinião do ministro, o acordo de leniência só pode ser celebrado pelo ente lesado e pela empresa que causou o dano. Ninguém mais. “A participação do Ministério Público e do TCU dá mais garantias, mas, ao mesmo tempo, complica. As exigências passam a ser tão grandes, que acaba prejudicando qualquer acordo”, diz, em entrevista à ConJur.

Dipp está lançando um livro, junto com o desembargador Manoel Lauro Volkmer de Castilho, aposentado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sobre o assunto. Intitulada Comentários sobre a Lei Anticorrupção, a obra é justamente o que promete: textos sobre cada linha da lei, da ementa à data da entrada em vigor, passando pela exposição de motivos da Presidência da República, autora do projeto, e pela tramitação legislativa. E depois de pronto o livro, o ministro conclui: “A lei veio furada”.

A intenção da norma, lembra Dipp, era atender a exigências da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre combate a lavagem de dinheiro e a corrupção empresarial internacional. Tanto que o projeto foi enviado ao Congresso ainda pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou a o cargo em 2009 e dizia que provaria que a OCDE não era “um clube de ricos”.

O projeto dormiu na Câmara até 2013, quando a classe política foi pega de surpresa pelas manifestações de junho daquele ano, quando milhões de pessoas foram às ruas, em São Paulo, protestar contra o preço da passagem de ônibus e aproveitaram para reclamar das autoridades públicas do país. Aí a tramitação foi acelerada, e o texto foi aprovado em dois meses, para entrar em vigor em 180 dias.

Esse cronograma coincidiu com a deflagração da operação “lava jato”, que naquela época começava a descobrir contratos superfaturados entre empreiteiras e a Petrobras. Portanto, a lei que criou o acordo de leniência nasceu sob a égide de uma investigação policial, e o resultado, afirma Dipp, foi uma lei penal travestida de lei administrativa.

Desde o início, os textos da exposição de motivos e das relatorias no Congresso falavam em combate ao suborno, à corrupção, à lavagem de dinheiro etc. “Com toda essa linguagem explícita, desde a mensagem presidencial até as relatorias na Câmara e no Senado, se alguém encontrar uma linha da lei que fale em corrupção e suborno, eu pago um cafezinho “, desafia Dipp.

O ministro aposentou-se do STJ em 2014, no mesmo dia que o ministro Ari Pargendler, seu colega de faculdade. Foi corregedor nacional de Justiça e colaborou com a OCDE para a implantação de medidas de combate à lavagem de dinheiro. Entre elas, a especialização de varas na Justiça Federal e a criação da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla). Hoje, é sócio do escritório Carneiros e Dipp, do advogado Rafael Araripe Carneiro.


Leia a entrevista:


ConJur — O livro se chama Comentários à Lei Anticorrupção. Qual o principal comentário à lei?
Gilson Dipp — O interessante aqui é que é um livro que não tem uma citação, nem de jurisprudência, nem de doutrina. Ele não tem nenhuma ideia ou concepção que não seja dos autores. E a lei é comentada artigo por artigo, já trazendo todos os problemas que decorreriam dela.

ConJur — Quais são esses problemas?
Gilson Dipp —
A lei foi feita porque a OCDE pediu ao Brasil a responsabilização das empresas por atos de corrupção, mas a doutrina penal brasileira não aceita a responsabilização jurídica penal das pessoas jurídicas, salvo em Direito Ambiental. É aquela velha história de que pessoa jurídica não é um ente e não pode delinquir, quem faz a delinquência são seus sócios etc. Portanto, essa lei tem toda a concepção de uma lei penal, mas teve que virar civil e administrativa. Todo o histórico parlamentar dela mostra isso. E aqui se fez uma responsabilização administrativa.

ConJur — Isso se refletiu na lei como um todo, então?
Gilson Dipp Claro. Todos os tipos de ilícitos administrativos elencados na lei têm um tipo penal correspondente com uma redação um pouco diferente. As penas aplicadas muitas vezes correspondem às penas aplicadas ao Direito Penal: suspensão de atividades, bloqueio de bens, proibição de contratar com bancos públicos.

ConJur — A grande novidade da lei foi a história do compliance, ou “programa de integridade”, que é como o governo decidiu traduzir. Existe novidade nisso? Já existia a preocupação com compliance muito antes dessa lei.
Gilson Dipp Claro! Todas as grandes empresas, em especial aquelas que investem na Bolsa de Nova York, têm programas de compliance. Mesmo grandes empresas sem exigência já tinham programas de integridade, tudo copiado do sistema americano, do sistema inglês, todas empresas multinacionais, isso não é novidade. O programa de compliance existe no Brasil desde a Lei de Lavagem de Dinheiro, de 1998.

ConJur — Já do mesmo jeito que está na Lei Anticorrupção?
Gilson Dipp Ela fala principalmente a bancos. Diz que os bancos, para evitar que dinheiro sujo entre no sistema financeiro devem conhecer seus clientes. Foi seguida a orientação do Gafi [Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo], que funciona junto à OCDE, fica no mesmo prédio e tudo. E as recomendações do Gafi ao Banco Central foram: antes de abrir uma conta, conheça o seu cliente, conheça a origem do dinheiro do seu cliente, conheça as transações comerciais do seu cliente com outras empresas. E eu brinco em palestras: “Conheça a ex-mulher do seu cliente, porque ninguém melhor para informar que a ex-mulher, que delata sem precisar de premiação”.

ConJur — E aquela medida provisória, que acabou caducando?
Gilson Dipp Fui ouvido duas ou três vezes lá na comissão especial Câmara sobre essa MP, porque ela visava mudar não o processo administrativo, mas o acordo de leniência – leia-se, em função da “lava jato”. A intenção era aplicar multas menores, para possibilitar acordos menos drásticos, para que não ficasse impossibilitada de contratar com o poder público, de ter financiamentos. Ou seja, o regulamento visou atenuar a rigidez da lei por uma questão factual de momento, que foi a “lava jato”.

ConJur — Ainda há a confusão sobre quem pode se envolver nos acordos...
Gilson Dipp Antes, quando se falava em acordo de leniência, a CGU tinha exclusividade. Mas quando é que começou a dar problema? Eu sempre critiquei isso. Como o acordo de leniência, que é o processo administrativo de responsabilização a cargo da entidade lesada, deu ibope, tanto o TCU quanto o Ministério Público quiseram participar. Mas não tem uma linha na lei sobre TCU, muito menos sobre Ministério Público. Cada um tem a sua atribuição. Como há uma tibiez, houve uma total submissão do nosso Legislativo às exigências do MP. Um Executivo fraco, um Legislativo incipiente, e ambos sob suspeita, aceitaram qualquer coisa que o Ministério Público impunha.

ConJur — Prevaleceu a vontade de um ator interessado, então.
Gilson Dipp Não estou dizendo que isso seja ruim. O que lamento é essa submissão dos poderes, que de resto ficaram enfraquecidos. Com a judicialização da política e com a politização do Judiciário e o ativismo judicial, quem manda é o Judiciário. Até mesmo o Supremo Tribunal Federal.

ConJur — O Supremo deveria ter recuado?
Gilson Dipp Não é que ele queira mandar em tudo, é que pediram, e ele não teve a consciência de que não deveria avançar para além da sua atribuição. Por exemplo, as questões do impeachment. Isso é interna corporis do Legislativo! Ou o Legislativo usa de sua competência ou se demite dela. Tudo isso eu disse quando fui à Câmara falar na comissão especial que analisava a medida provisória.

ConJur — Era a MP que falava do TCU, não era?
Gilson Dipp O TCU não está na lei, está numa instrução normativa dizendo que o acordo de leniência trata de desvio de patrimônio público, de recursos públicos. Ora, nem todo ato ilícito decorre de verba pública. A missão do TCU é verificar as contas públicas. Qualquer prejuízo que um ente público tivesse, a qualquer momento o TCU poderia atuar, por força Constituição. Querer participar desde o início das negociações do acordo de leniência é uma pauta.

ConJur — E o Ministério Público?
Gilson Dipp Mesma coisa. Entraram dizendo que só eles conhecem o valor dos danos causados porque são os donos da ação penal. Mas são coisas diferentes, as competências são diversificadas! Agora o Ministério Público está fazendo acordo de leniência, com esse nome, homologado pelo juiz penal, com silêncio absoluto da administração. Isso pode ser tudo, delação premiada, pode ser até um termo de ajustamento de conduta, mas chamar de acordo de leniência e prejudicar os acordos que estão andando na CGU? E a própria CGU manda ouvir o Ministério Público porque tem dificuldades...

ConJur — Mas a medida provisória caducou e o TCU continua nos acordos de leniência.
Gilson Dipp O TCU tem uma instrução normativa de 2004 dizendo que se fazia necessária sua participação etc. E a CGU sucumbiu a isso. O acordo de leniência quem conduz é o ente lesado. Quem verifica as possibilidades, as vantagens e desvantagens que o acordo tiver é a administração pública e a empresa. Ponto.

ConJur — Então não é para ter ninguém de fora?
Gilson Dipp Ninguém! O Ministério Público já tem suas ferramentas. O TCU já tem sua tomada de contas, e em qualquer setor ele pode entrar como verificador do dano ao erário. Além de tudo isso, a lei nunca excluiu o Ministério Público ou a própria Receita de, ao se sentir lesada por um acordo, por um processo que chega a seu fim, promover as respectivas ações que lhe são próprias.

ConJur Hoje a participação do Ministério Público e do TCU nos acordos de leniência é ilegal?
Gilson Dipp
— Se alguém me mostrar um dispositivo da lei que se refira a esses órgãos, eu pago um cafezinho. Portanto, esta é uma lei que está sendo aplicada, mas que já veio com dificuldades de origem. Para o Brasil cumprir tratados com a OCDE, ela foi colocada rapidamente em discussão face às manifestações de junho de 2013, aprovada agosto daquele ano para entrar em vigor em janeiro de 2014, em plena “lava jato”, onde basicamente as investigações foram feitas a empresas.

ConJur — Bom, então por que uma empresa faria um acordo de leniência?
Gilson Dipp Eu disse quando ainda estava no STJ que se eu fosse advogado nunca faria um acordo de leniência. A participação do Ministério Público e do TCU dá mais garantias, mas ao mesmo tempo complica tanto, as exigências passam a ser tão grandes, que acaba prejudicando qualquer acordo. Isso teria que ser modificado na própria Lei Anticorrupção.

ConJur — Para dizer o quê?
Gilson Dipp Para estabelecer a participação do Ministério Público e do TCU. Mudar toda a configuração da lei, que hoje é o foco na prática de ato ilícito contra a administração pública, e ela que deve levar o processo administrativo, aplicar as penalidades, fazer acordo etc. Essa lei veio furada já da sua elaboração legislativa.

ConJur — Em que sentido?
Gilson Dipp Desde a mensagem presidencial do Lula, passando pela relatoria do Zarattini na Câmara e pelo Ricardo Ferraço, relator no Senado, a justificativa da lei era: "O Brasil tem de cumprir com acordos internacionais”, “o Brasil tem que combater a corrupção”, “o Brasil tem que combater o suborno”, "o Brasil tem que ser transparente". E aí eu falo em palestras: Com toda essa linguagem explícita, desde a mensagem presidencial até as relatorias na Câmara e no Senado, se alguém encontrar uma linha da lei que fale em corrupção e suborno, eu pago um cafezinho na esquina.

ConJur — E por que não fala em corrupção e suborno?
Gilson Dipp Porque é uma lei penal que não teve coragem! Corrupção e suborno são tipos penais!


Balança comercial tem melhor setembro desde 2006




Arquivo
Exportações
Exportações: o resultado veio ligeiramente abaixo da expectativa de um superávit de 3,9 bilhões de dólares
 
Da REUTERS


Brasília - A balança comercial brasileira teve superávit de 3,803 bilhões de dólares em setembro, melhor resultado para o mês desde 2006 (+4,468 bilhões de dólares), divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta segunda-feira. 

O resultado, contudo, veio ligeiramente abaixo da expectativa de um superávit de 3,9 bilhões de dólares, segundo pesquisa Reuters, e também refletiu uma queda menos intensa na ponta das importações do que a vista em meses anteriores.

Desde o ano passado os dados da balança comercial no país vêm sendo beneficiados pela profunda recessão econômica, que vem fazendo as importações caírem em ritmo muito superior ao das exportações. 

Mas com o fortalecimento do real frente ao dólar, esse movimento vem perdendo parte de seu ímpeto. Enquanto as importações recuaram 9,2 por cento em setembro sobre um ano antes, pela média diária, a 11,987 bilhões de dólares, as exportações sofreram um declínio de 2,2 por cento na mesma base, alcançando 15,790 bilhões de dólares. 

Já no acumulado do ano, as importações caíram 23,9 por cento sobre igual período de 2015, a 103,186 bilhões de dólares, e as exportações tiveram retração de apenas 4,6 por cento, somando 139,361 bilhões de dólares. 

Com isso, o superávit da balança comercial de janeiro a setembro alcançou 36,175 bilhões de dólares, melhor resultado para o período da série histórica iniciada em 1989. O ministério estima que no ano o superávit ficará entre 45 a 50 bilhões de dólares. 


Destaques de setembro


Na comparação com o mesmo mês do ano passado as exportações em setembro recuaram 8,6 por cento na categoria de básicos e diminuíram 3,1 por cento na categoria de manufaturados.

Por outro lado, subiram 19,8 por cento em manufaturados, alavancadas por um salto de 147 por cento nas vendas de açúcar em bruto.

Já as importações caíram de maneira generalizada no mês, com um recuo anual de 28,3 por cento em bens de capital, de 23,7 por cento em combustíveis e lubrificantes, de 10,1 por cento em bens de consumo e de 2,3 por cento em bens intermediários.

Empresas de consumo passam a adquirir marcas sustentáveis




Getty Images
Mulher faz compras com cartão de crédito, consumo
Consumo: os consumidores muitas vezes pagam cerca de 20 por cento a mais nos produtos sustentáveis, disse chefe de banco de investimento para o setor de consumo do Headwaters
Emily Chasan, da Bloomberg


A fidelidade do consumidor aos produtos que ele acha que são mais saudáveis e sustentáveis -- e a disposição de pagar um preço maior por eles -- está impulsionando aquisições de empresas no setor.

As aquisições de empresas de produtos sustentáveis representaram quase 7 por cento dos negócios do segmento de consumo neste ano, contra menos de 5 por cento no ano passado, segundo análise do banco de investimento de São Francisco Headwaters MB. 

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A empresa de produtos de consumo Unilever foi a última a entrar nessa tendência, quando anunciou um acordo para compra da empresa de produtos de cuidados pessoais Seventh Generation na semana passada.

O negócio reforça a expansão da Unilever no ramo de produtos naturais e permite à empresa entrar no mercado de fraldas em um momento em que vem procurando expandir suas vendas de produtos de cuidados pessoais, disse Deborah Aitken, analista da Bloomberg Intelligence.

Os consumidores muitas vezes pagam cerca de 20 por cento a mais nos produtos sustentáveis, disse William Harrison, chefe de banco de investimento para o setor de consumo do Headwaters.

A construção de marcas sustentáveis próprias é mais difícil para as empresas porque “em algum ponto, certas marcas estão fixadas na mente dos consumidores como algo que simplesmente não é saudável”, disse Harrison. “Se a marca não combina com o DNA de uma empresa, às vezes é difícil transmitir isso ao consumidor.”

Como as grandes marcas começam a ver que estão perdendo participação de mercado para concorrentes sustentáveis, a necessidade de adquirir uma marca se torna ainda maior, disse ele.

Os negócios também têm sido vantajosos para startups sustentáveis e seus investidores. Como uma empresa sustentável obtém cerca de US$ 100 milhões a US$ 200 milhões por ano em receita, está mais difícil competir com empresas de consumo maiores, disse Jeffrey Hollender, cofundador da Seventh Generation.

“Há um ponto de inflexão no qual uma empresa global pode gerar valor a uma taxa acelerada”, disse Hollender.

A aquisição pendente da Unilever é também uma vitória de Al Gore e da Generation Investment Management, de David Blood, que investiram US$ 30 milhões na Seventh Generation em 2014.

Fabricante de tubos Vallourec funde atividades no Brasil






Jacques Demarthon/AFP
Logo da fabricante francesa de tubos de aço sem costura Vallourec
Logo da Vallourec: objetivo é criar uma nova entidade até o fim de 2018 e fechar dois altos fornos e uma siderúrgica no país

 
Da AFP


A fabricante de tubos sem soldadura Vallourec anunciou nesta segunda-feira a fusão de suas duas principais atividades no Brasil.

Em fevereiro, o grupo já havia apresentado seu projeto de reunir Vallourec Tubos do Brasil e Vallourec and Sumitomo Tubos do Brasil, uma filial que possuía junto às companhias japonesas Nippon Steel and Sumotomo Metal Corporation (NSSMC) e Sumimoto.

O objetivo é criar uma nova entidade até o fim de 2018 e fechar dois altos fornos e uma siderúrgica no país.

A nova empresa, chamada Vallourec Soluções Tubulares do Brasil, estará nas mãos do grupo francês (84,6%), de NSSMC (15%) e de Sumitomo (0,4%).

Por sua vez, NSSMC seguirá produzindo 300.000 toneladas de tubos anuais na usina de Jeceaba, no sul do Brasil.


Diretor do Inca é exonerado sem aviso




Divulgação / Inca
Luís Fernando Bouzas, ex-diretor do Inca (Instituto Nacional do Câncer)
Inca: a exoneração de Bouzas foi classificada como arbitrária pela Associação dos Funcionários do Instituto Nacional do Inca (Afinca)
 
Clarissa Thomé, do Estadão Conteúdo


Rio - O diretor geral do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Luís Fernando Bouzas, foi exonerado do cargo na quarta-feira, 28. Com 33 anos de serviços prestados ao Inca, ele não recebeu nenhum comunicado sobre a demissão. 

Trabalhava normalmente, quando um funcionário o avisou que a sua substituição havia sido publicada no Diário Oficial, assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Bouzas ficou menos de onze meses no cargo.

"Infelizmente resta a magoa da forma como fui destituído do cargo. Não houve por parte dos responsáveis por este ato o respeito necessário ao servidor de 42 anos de serviço público, sendo 33 só no Inca, na comunicação de minha exoneração. Não existe motivador, segundo os próprios, a não ser a distribuição de cargos acordada entre políticos, fato este que tem se tornado cada vez mais frequente em nosso país. Este motivador torna-se um empecilho para as atividades das instituições sérias que deveriam ter seus gestores escolhidos por capacidade técnica e não por indicação de políticos que nem sempre tem boas intenções nestas escolhas.", escreveu Bouzas em seu perfil no Facebook, na sexta-feira.

Ele informa que retomará as funções de pesquisa e assistência.

Bouzas dirigiu por 11 anos o Centro de Transplante de Medula Óssea (Cemo), antes de assumir a direção geral do Inca. Sob sua gestão, o número de doadores cadastrados passou de 50 mil, em 2004, para 3,8 milhões, ano passado.

Para o seu lugar, foi nomeada a médica Ana Cristina Pinho Mendes Pereira, funcionária de carreira do Inca.

A exoneração de Bouzas foi classificada como arbitrária pela Associação dos Funcionários do Instituto Nacional do Inca (Afinca), em nota publicada pela entidade.

"Além da deselegância com que a mudança foi feita, ela é surpreendente porque Luís Fernando tinha menos de um ano no cargo. Pior de tudo é assistir a uma exoneração e a uma nomeação para a direção do Inca, sem que o corpo técnico fosse sequer consultado. Como ficam as metas e os acordos previamente estabelecidos com os servidores? A Afinca lamenta o ocorrido e reafirma o compromisso de seguir lutando em defesa do Inca e de seus funcionários, com democracia e transparência", informa o texto.

JHSF assina contrato para venda do Shopping Metrô Tucuruvi





Divulgação/Site Shopping Metrô Tucuruvi
Shopping Metrô Tucuruvi
Shopping Metrô Tucuruvi: venda foi aprovada em setembro, por R$ 440 milhões
 
Da REUTERS


São Paulo - A JHSF Participações informou nesta segunda-feira que celebrou contrato para a venda de sua participação no shopping paulistano Metrô Tucuruvi ao grupo Hemisfério Sul Investimentos.

A conclusão da transação está sujeita a verificação de certas condições previstas no contrato. A JHSF conta com assessoria financeira do Bradesco BBI e assessoria legal do Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados.
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A venda havia sido aprovada pelo Conselho de Administração da JHSF Participações em 12 de setembro, pelo valor de 440 milhões de reais.