terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Feira tem oportunidades de imigração, cursos e trabalho no Canadá

 

 

De 2006 a 2015, 18.697 brasileiros se mudaram de vez para o país, segundo o governo canadense. Evento grátis dá o caminho das pedras a quem tem esse sonho

 





São Paulo – Mais da metade dos estudantes internacionais no Canadá (51%) tem planos de conseguir a residência permanente e ficar de vez no país.

A informação vem do Escritório Canadense de Educação Internacional, ligado ao governo do país, que, em 2015, tinha nada mais nada menos do que 353 mil estudantes estrangeiros.

As instituições de ensino, cuja qualidade é a primeira razão que leva muita gente a escolher o Canadá como destino segundo o governo de lá, são a principal porta de entrada para muitos interessados em imigração. De 2006 a 2015, 18.697 brasileiros se mudaram de vez para o país, segundo informações oficiais do governo canadense.

Quem deseja saber mais sobre imigração e as instituições de ensino pode participar do projeto “Brazil Education Tour – Canadá é com canadenses” que será promovido pela Canadá Intercâmbio de 6 a 9 de março nas cidades de Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) e Ribeirão Preto (SP). As inscrições gratuitas podem ser feitas pelo site da Canada Intercâmbio.

Além de conectar o público às instituições de ensino do país e à sua oferta de cursos de idiomas, de especialização, graduação, o evento também traz informações sobre ofertas profissionais para os brasileiros, já que lá os estudantes estrangeiros também podem trabalhar.

Entre as instituições canadenses já confirmadas estão: Humber College, Seneca College, Sheridan College, Conestoga College, Vanwest College, Sol School e Cornerstone College.

Seus representantes vão apresentar as opções de formações em áreas como, por exemplo, TI, negócios, animação, artes, engenharia, marketing, saúde, idiomas. A ideia é que seja criado um canal direto entre as escolas e os interessados.

As melhores estratégias de imigração serão tema de palestras realizadas pelo diretor de operações da Canadá Intercâmbio e consultor de imigração regulamentado, Eduardo Santos.

“Ficamos felizes em oferecer um canal de comunicação onde estudantes e interessados em imigração podem tirar suas dúvidas e conhecer melhor a cultura canadense, bem como ficar a par de temas como segurança, saúde pública, economia, etc.”, afirma Santos, em nota.


Confira o calendário:

Rio De Janeiro – RJ
Data: 06 de março, segunda-feira
Local 1: UERJ – Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro
Endereço: Rua São Francisco Xavier, 524 – 1º Andar, Auditório 11 – Maracanã/RJ
Horário: 10h
Local 2: Consulado Geral do Canadá
Endereço: Av. Atlântica, 1130, 5º Andar – Copacabana/RJ
Horário: 15h
Brasília – DF
Data: 7 de março, terça-feira
Local: Hotel Gran Mercure Brasília
Endereço: SHN Quadra 5, Bloco G, Asa Norte, Sala Jequitibá
Horário: 19h
Belo Horizonte – MG
Data: 8 de março, quarta-feira
Local: Centro Universitário Newton Paiva
Endereço: Campus Carlos Luz – Auditório 1º andar – Avenida Presidente Carlos Luz, 220 – Bairro Caiçara – BH
Horário: 19h
Ribeirão Preto – SP
Data: 9 de março, quinta-feira
Local: Colégio Marista
Endereço: Rua Comandante Marcondes Salgado, 1280, Higienópolis – Ribeirão Preto
Horário: 19h



Dona da Peugeot discute acordo para comprar marca europeia da GM

México planeja contra-ataque a Trump e Brasil pode sair ganhando


 

Senador mexicano diz para a CNN que vai colocar na mesa uma proposta para comprar milho dos brasileiros ao invés dos americanos

 





São Paulo – O México já está planejando seu contra-ataque a Donald Trump.

Uma pista foi dada pelo senador Armando Rios Piter, líder do comitê de relações internacionais no Congresso mexicano, durante um protesto anti-Trump na Cidade do México no domingo.

“Vou mandar um projeto sobre o milho que compramos do Meio-Oeste [americano] mudando para Brasil ou Argentina”, disse ele para a CNN.

Os Estados Unidos são o maior produtor e exportador de milho do mundo, seguido por China e Brasil, e o cereal é parte importante da culinária mexicana.

As exportações de milho dos americanos para os mexicanos explodiram desde que foi celebrado o NAFTA, acordo de livre comércio entre EUA, Canadá e México – que agora está sendo renegociado.

Outro alvo do presidente americano é a imigração ilegal de mexicanos, e ele promete construir um muro físico na fronteira. A conta seria enviada para o México, que já avisou que não vai pagar.

Trump passou então a afirmar que o dinheiro seria alocado agora e compensado depois, talvez por meio de tarifas comerciais de até 20% sobre produtos mexicanos.

De acordo com especialistas, esses tipos de restrições elevariam os custos para os consumidores americanos e tornariam a indústria americana menos competitiva, além de fortalecer o dólar, pressionando novamente para cima os déficits comerciais.


Política no México e oportunidades no Brasil


A tensão entre México e EUA está fortalecendo Andrés Manuel López Obrador, ex-prefeito da Cidade do México, um populista de esquerda que perdeu por pouco nas últimas duas eleições presidenciais.

Ele deve ser candidato novamente em 2018 e está em primeiro nas pesquisas. Obrador começou no domingo, em Los Angeles, uma pequena turnê por cidades americanas com grandes comunidades mexicanas.

Após uma reunião com o embaixador dos EUA no Brasil, Michael Mckinley, o diretor do departamento de Relações Institucionais e Comércio Exterior (Derex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Thomaz Zanotto, afirmou ao Estadão Conteúdo que Trump não preocupa o Brasil.

Entre as questões discutidas, ele citou a sinergia dos setores do agronegócio, “que não tem sido devidamente explorada”.

“Se você pegar os países do Mercosul e os EUA, nós somos a resposta à segurança alimentar no mundo. Então podemos trabalhar nisso”, disse ele.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou recentemente que as políticas de Trump estão abrindo oportunidades para o Brasil e que uma rodada de negócios com empresários mexicanos está agendada para o dia 20 de fevereiro.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima safras recordes de soja e milho no Brasil na atual temporada graças ao clima favorável na maior parte do país e a um aumento no cálculo da área semeada do cereal.

O Brasil é uma das grandes economias mais fechadas do planeta e tem déficit comercial com os americanos. Isso faz com que o país não seja alvo privilegiado de Trump ao mesmo tempo em que tem espaço para ampliar suas relações com parceiros deixados de escanteio.

Mas uma guerra comercial de proporções globais teria consequências inesperadas, e a agência de classificação de riscos Fitch apontou em relatório recente que o Brasil é vulnerável pelo alto estoque de investimento americano na sua manufatura.


Pessoas com inteligência emocional evitam dizer estas 5 frases


Autor do livro Inteligência Emocional 2.0 listou no LinkedIn expressões que indicam falta de consciência social. Confira algumas para evitar no trabalho

 




São Paulo – Você pode até não ter ouvido falar em consciência social, mas provavelmente sabe reconhecer quando está diante de alguém com essa habilidade.

São aquelas pessoas que parecem ler os pensamentos dos outros, que percebem qual a melhor hora para fazer piada e rir junto com alguém e qual o momento de falar sério ou de apenas ouvir.

Segundo Travis Bradberry, um dos autores do livro Inteligência emocional 2.0 (HSM), a consciência social é a faceta da inteligência emocional que se volta para o exterior. É a capacidade de observação e reconhecimento das emoções de indivíduos e também de grupos, uma destreza que permite ajustar o comportamento adequando-o ao clima daquele instante.

Quem tem consciência social sabe a hora certa de pedir um aumento ao chefe, por exemplo, e consegue ter a presença de espírito de adiar uma conversa difícil ao reconhecer que o seu interlocutor está no limite das emoções.

Mas em um mundo em que as pessoas parecem não ouvir, apenas aguardar a sua vez de falar, essa competência está comprovadamente em falta, afirma Bradberry em texto publicado na plataforma Pulse do LinkedIn.  Com o foco voltado para nós mesmos, perdemos completamente a capacidade de enxergar o outro.

“Não podemos esperar entender alguém até que voltemos toda a nossa atenção em sua direção”, escreve Bradberry. Segundo ele, a vantagem de estimular a consciência social é que pequenas correções de rota melhoram drasticamente o relacionamento com as outras pessoas.

Entre as pequenas adaptações com grande poder de resultado, ele indica riscar algumas frases do vocabulário. Pessoas com inteligência emocional certamente evitam expressões que podem ofender seus colegas de trabalho, chefes e subordinados, por exemplo. Reunimos algumas que podem atrapalhar especialmente seus relacionamentos profissionais:


“Você sempre” ou “Você nunca”


Frases definitivas deixam as pessoas na defensiva e criam um obstáculo para que elas escutem a mensagem que você quer transmitir, diz Bradberry.

Atenha-se aos fatos, sugere o autor de Inteligência Emocional 2.0. Se a frequência da atitude que o incomoda é uma questão você pode sempre dizer: “parece que você faz isso frequentemente” ou “ Você fez isso o bastante para que eu percebesse”, indica.


“Como eu já tinha dito”


Essa frase dá destaque para o fato de que a informação está sendo repetida e pode sugerir que isso o aborreceu.  Sentir-se ofendido por ter que dizer algo já mencionado revela insegurança ou arrogância, ou as duas coisas, segundo o autor.

Ao repetir uma informação certifique-se de que está sendo mais claro do que da primeira vez, escreve Bradberry.


“Boa sorte”


“Essa é sutil. Certamente não é o fim do mundo desejar sorte a alguém mas você pode fazer melhor já que essa frase traz implícita a ideia de que as pessoas precisarão de sorte para ter sucesso”, diz o especialista.

Certamente trocar o boa sorte por “ tenho certeza de que você tem o que é preciso para chegar lá” vai aumentar o nível de confiança de quem recebe a mensagem.


“Você que sabe” ou “O que você preferir”


É inegável a aura de indiferença que paira na conversa quando um dos participantes solta frases como essas duas.

Sua opinião é importante para quem a pede, diz Bradberry, por isso esforçar-se para fazer alguma consideração sobre o que foi dito mostra que você se importa com o interlocutor.


“Pelo menos eu nunca”


Essa frase é carregada da agressividade típica de quem prefere apontar o dedo para o erro alheio na tentativa de tirar a atenção dos próprios equívocos.

Admitir erros é o melhor jeito de evitar que uma discussão tome proporções maiores, na opinião do especialista. Você pode substituir a frase acima por um pedido de desculpas e levar a conversa na direção de um possível entendimento.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Entenda a luta do México pelo livre-comércio

Peña Nieto mostrou a perplexidade dos mexicanos com a cruzada contra o comércio lançada pelo novo presidente americano

 






A história do México é, em grande medida, a história de sua luta pela independência — primeiro dos espanhóis, depois dos americanos. Passadas duas décadas de livre comércio com os Estados Unidos, que trouxe prosperidade e industrialização ao México, a presidência de Donald Trump lhe impõe um novo desafio existencial. Mais uma vez, trata-se de ser capaz de caminhar com os próprios pés — e de buscar novos parceiros.

O centenário da Constituição mexicana, celebrado no domingo 5, foi marcado por essa reflexão, em um discurso do presidente Enrique Peña Nieto. “Hoje nossa nação, como poucas vezes em sua história recente, está à prova. Vivemos momentos cruciais em que se juntaram desafios externos e internos”, disse o presidente, no Teatro de la República, em Querétaro, no centro do país.

Em uma frase, Peña Nieto sintetizou a perplexidade dos mexicanos com a cruzada contra o comércio lançada pelo novo presidente americano, depois do monumental esforço do México em se ajustar às exigências de competitividade e às cadeias de produção criadas pelo Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), em vigor desde 1994: “Os paradigmas sociais, econômicos e políticos, em escala internacional, estão mudando aceleradamente”.

Em seguida, o presidente demonstrou sua preocupação com a exploração política interna da espada colocada por Trump na cabeça de seu governo: “São tempos que chamam à unidade, não em torno de uma pessoa ou de um governo, mas dos valores da Constituição — soberania, liberdade, justiça, democracia e igualdade”.

O México realizará eleições para presidente, Senado e Câmara dos Deputados em junho de 2018. A grande dúvida é como a pressão de Trump repercutirá sobre a disputa interna, por exemplo sobre as chances do eterno candidato populista de esquerda Andrés Manuel López Obrador, do Movimento Regeneração Nacional (Morena). Ex-governador do Distrito Federal (2000-2005), ele não aceitou a derrota (por 0,56% dos votos) na eleição presidencial de 2006, ocupando o Zócalo, o centro histórico da Cidade do México, com seus militantes.

“É cedo para prever o que acontecerá nas eleições de 2018”, avalia Andrés Rozental, ex-vice-chanceler e presidente do Conselho Mexicano de Assuntos Internacionais, um centro de estudos na Cidade do México. “Mas é evidente a tendência não só nos EUA mas também na Europa de os populistas chegarem ao poder, porque as pessoas estão muito cansadas da classe política tradicional.”

Ele diz que uma eventual “decomposição” das relações com os EUA pode ter um efeito político interno, ainda mais somado à impopularidade do atual governo do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o México quase todo o tempo desde a Constituição de 1917. 

Rozental diz que os índices de aprovação de Peña Nieto estão “no mesmo nível de Dilma (Rousseff) no final de sua gestão”. “A economia não tem tido melhor resultado, a inflação está começando a se incrementar e o câmbio se deteriorou. É um caldo de cultura propício para o populismo”, diz ele.

“Temos o populista López Obrador, que, assim como Lula, fracassou em várias tentativas de se eleger (em 2006 e 2012)”, compara o analista. “O que vai acontecer em 2018 depende da economia e da política.” Ele classifica de “absurda” a ideia que foi ventilada na imprensa de o bilionário Carlos Slim se lançar à presidência para se contrapor a Trump: “Ele não tem o menor interesse”. Nas pesquisas, tem se destacado o nome do secretário de Governo, Miguel Ángel Osorio, pelo PRI, mas ainda não há candidatos oficiais.

A economia mexicana cresceu 2,3%, um índice respeitável em tempos de vacas magras. Mas o último trimestre indicou desaceleração, já como resultado das expectativas negativas em relação ao governo Trump: 0,6% em relação ao trimestre anterior. Em 28 de novembro, depois da eleição de Trump, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a previsão de crescimento do PIB mexicano em 2017 de 3% para 2,3%.

Antes mesmo de assumir, em janeiro, um tuíte de Trump criticando a produção de automóveis da GM no México levou a Ford a cancelar a construção de uma fábrica de 1,6 bilhão de dólares no país, e a anunciar um investimento de 700 milhões de dólares em uma planta já existente no Michigan, que segundo a montadora gerará 700 novos empregos.

Pesquisa realizada pelo Banco de México (banco central) com analistas de empresas privadas mostra que o governo Trump se tornou a principal fonte de preocupação do mercado. A “instabilidade política internacional” (leia-se Donald Trump) ficou em primeiro lugar em janeiro como maior preocupação dos agentes econômicos, com 17% das respostas. Há um ano, esse item foi escolhido por apenas 2% dos entrevistados. Já o item “debilidade do mercado externo e a economia mundial” caiu de 23%, em janeiro de 2016, para 15% no mês passado.

A situação do México, escolhido por Trump como bode expiatório dos problemas dos EUA, desperta a solidariedade de liberais (no sentido americano) como Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia de 2001. “Donald Trump quer que o México se divida. Mostrem-lhe que ele não vai trazer a discórdia ao México”, aconselhou Stiglitz, em palestra para estudantes e egressos mexicanos de universidades americanas. “Será muito importante que o México construa a solidariedade. O presidente é só uma pessoa que esperamos que fique no cargo somente por quatro anos. Continuaremos depois de Trump e temos que mostrar o que realmente importa. O que está acontecendo com Trump não é normal.”

O economista relativizou a capacidade do presidente de cumprir suas ameaças: “Trump não pôde convencer o Congresso. Acho difícil acreditar que o Congresso vá sair (do Nafta). Pode-se renegociar, mas Trump não pode rompê-lo.” Stiglitz sugeriu no entanto que o México deixe de depender dos EUA e faça acordos comerciais com a América Latina, Europa, China e África.

É mais um capítulo na saga mexicana em busca da independência.

"CARTA ABERTA DO POVO BRASILEIRO AO PRESIDENTE MICHEL TEMER

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(AUTOR DESCONHECIDO)


Senhor Michel Temer,
O povo do Brasil foi às ruas exigir o impeachment da agora Ex-Presidente Dilma Vana Rousseff, o que acabou ocorrendo em definitivo em meados do ano de 2016, quando Vossa Excelência, na qualidade de Vice-Presidente eleito, assumiu o mais relevante cargo público da pátria brasileira.

É importante salientar que Vossa Excelência não foi alçado da Vice-Presidência à Presidência pela vontade da maioria dos brasileiros que foram às ruas, mas pelo simples fato de ter sido eleito como Vice-Presidente na chapa da Ex-Presidente Rousseff, e, em tal condição, apto a assumir a cadeira presidencial, apesar da eleição só ter ocorrido em razão da divulgação de propostas inexequíveis e pela maquiagem de dados relativos ao primeiro mandato da presidente cassada Dilma Rousseff.

Já era de se esperar, portanto, que Vossa Excelência, ao assumir o comando do Palácio do Planalto, não fizesse drásticas modificações na condução do Brasil, já que foi eleito pela mesma chapa e, portanto, com as mesmas falsas promessas da ex-mandatária Dilma Rousseff.

Ainda assim, V.Excia., em primeiro lugar como brasileiro; em segundo, como agente público que é, e em terceiro lugar, como reconhecido jurista constitucionalista que é, esperávamos que seu governo fosse pautado pela ética e pelo respeito às leis e à moral, ainda que preservasse grande parte da incompetência e da inabilidade que foram marcas registradas do desastroso governo Dilma.

Não é, todavia, o que os brasileiros estão vendo ocorrer. O que se tem visto, muito pelo contrário, é que Vossa Excelência tem governado da mesma forma que seus dois antecessores (a impedida Dilma Rousseff e o réu Luiz Inácio Lula da Silva).

Para ilustrar, mencionaremos a seguir alguns exemplos que nos saltam aos olhos e que demonstram a forma torta como vem conduzindo a pátria.

Vossa Excelência resolveu conferir status de Ministro a Moreira Franco, delatado por comparsas por irregularidades e ilicitudes, concedendo a ele um dos mais horrendos privilégios da nefasta classe política brasileira – o “foro privilegiado” - colocando-o fora do alcance das canetas dos juízes criminais que vêm limpando o Brasil nos últimos anos. Nada diferente do que fez Dilma Rousseff, ao proteger Lula do juiz Sérgio Moro ao conferir-lhe o título de Ministro da Casa Civil.

Conferir proteção a acusados de corrupção não é o que exatamente espera-se de um Presidente que tem nas mãos um país que se encontra em verdadeiro caos econômico, político e social. Essa forma de agir difere completamente do slogan “ordem e progresso”.

Vossa Excelência decidiu nomear o até então Ministro da Justiça, Alexandre Moraes, para ocupar o cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal, mesmo sabendo que o mesmo foi advogado do Ex-Deputado e agora presidiário Eduardo Cunha, envolvido até o pescoço na Operação Lava Jato, e conhecedor da filiação do mesmo ao PSDB. Nada diferente tal atitude do que fez Lula ao nomear Dias Toffoli (que foi advogado do PT) para o cargo de Ministro do STF, contribuindo para a partidarização e afetação do mais relevante tribunal brasileiro.

Nomeação ao STF de membros de partidos políticos e de ex-advogados de acusados em sistemas de corrupção não é exatamente o que se espera de um Presidente da República que tenha a boa moral como principal virtude, especialmente se considerarmos que o indicado ao STF terá o importante papel de revisor nos processos da Operação Lava Jato, tão cara aos cidadãos brasileiros.

Vossa Excelência e seu partido, o PMDB, adotam o fisiologismo e a negociata como práticas permanentes de governo. A aparente oposição instalada no Brasil após a Constituição de 1988 (PT x PSDB) é, nas mãos do PMDB, apenas um instrumento de alternância do principal grupo saqueador de dinheiro público. Tanto é assim que o PMDB, desde 1988, vem governando o Brasil, ora como ator principal, ora como vice-artífice do mal que os políticos brasileiros vêm causando a toda nação.

A intenção de indicar o Senador Renan Calheiros, envolvido em dezenas de denúncias de corrupção, para o cargo do Ministro da Justiça, durante o feriado de carnaval, época em que o brasileiro sabidamente encontra-se em recesso (e tentando evitar protestos), sem dúvida, seria a última gota que faltaria para o fim de seu governo, pois o carnaval, assim como o seu governo, chegariam logo ao seu final e, neste último caso, de forma melancólica.

Vossa Excelência deve receber esta carta como um derradeiro aviso. Da mesma forma que Dilma Rousseff foi impedida, Vossa Excelência poderá sofrer as severas penas de um processo de impedimento, com vários exponenciais agravantes, a seguir listados:

a) Vossa Excelência e seu partido fisiologista, o PMDB, não dispõem de qualquer militância representativa, seja ela partidária, seja ela de movimentos sociais e, ainda que resolvessem remunerar supostos militantes com “pão e mortadela”, seu partido não disporiam sequer de experiência para tal organização, o que levaria seu governo ao chão em poucas semanas;

b) a população brasileira está extrema e exaustivamente aborrecida com o caos no qual seu governo e o governo anterior, do qual Vossa Excelência foi sócio, colocaram o país, de forma que protestos contra o seu governo poderão ser desencadeados com o mais leve estalar de dedos, tal como ocorreu em 2013, supostamente por aumentos dos preços de passagens de ônibus, pois certamente a população brasileira dirá: “não é pelos vinte centavos”;

c) Vossa Excelência e seu governo não poderão fazer uso da brutal divisão entre brasileiros (“nós e eles”) orquestrada pelo Ex-Presidente Lula, de forma que as partes “nós e eles” estarão cada vez mais unidas contra seu governo caso as mais básicas reivindicações do povo brasileiro não sejam atendidas.

Por todo o exposto, seguem três primeiras básicas reivindicações que devem ser atendidas de imediato, sob pena de, diante de eventual não atendimento, serem reiniciadas as manifestações populares que em 2013 fizeram o governo petista tremer:

a) Encaminhamento ao Poder Legislativo de projeto de EXTINÇÃO do foro privilegiado;

b) Revogação da nomeação de Moreira Franco;

c) Nomeação de jurista de reputação ilibada e de alto conhecimento técnico, sem qualquer vinculação política ou partidária, para ocupação do cargo de Ministro da Justiça. Não aceitaremos juristas inimigos da Lava Jato, como o Dr. Antonio Mariz de Oliveira, que  inclusive já assinou manifesto contra a operação Lava Jato.

Por fim, advertimos Vossa Excelência que o não atendimento a estas reivindicações até o dia 31 de março de 2017 iniciará o maior ciclo de manifestações “espontâneas” da história do Brasil, com a paralisação de ruas, avenidas, rodovias, instituições privadas e públicas, escolas, comprometendo a distribuição de combustíveis e materiais básicos.

Como forma de comprovar nossa alta capacidade de articulação e penetração em toda a população brasileira, esta carta circulará frenética e constantemente nos grupos de mensagens e redes sociais, como Whatsapp, Telegram, Facebook e Twitter nos próximos dias, o que poderá ser detectado pelos sistemas de inteligência que estão à disposição do Governo Federal.

Não recomendamos “procurar” “representantes” para negociação, pois no atual momento o “povo brasileiro” não reconhece qualquer pessoa, grupo ou movimento como seu legítimo representante. Tampouco os que recentemente tiraram fotos com Vossa Excelência.

Presidente Michel Temer: não “compre briga” com o povo brasileiro, pois todo o poder emana do povo, e por meio dele será exercido.
 
Sem mais,
 
Povo Brasileiro"

Fluxo de capital nos mercados emergentes será negativo em 2017


Instituto de Finanças Internacionais estima que o grupo de 25 economias emergentes registrará um total de US$ 490 bilhões em saída de capital neste ano




Nova York – O fluxo de capital para os mercados emergentes será negativo em 2017 pelo quarto ano consecutivo, pressionado pelas consideráveis saídas de capital da China, disse o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) em um relatório divulgado nesta quinta-feira.

O IIF estima que seu grupo de 25 economias emergentes registrará um total de 490 bilhões de dólares em saída de capital neste ano.

A China deverá ter cerca de 1 trilhão de dólares em saídas de capital de residentes, incluindo erros e omissões, e 560 bilhões de dólares em saídas líquidas de capital.

Os mercados emergentes excluindo a China deverão receber entradas de 70 bilhões de dólares, quase o dobro do ritmo de 2016.

“Embora projetemos uma ligeira alta no fluxo de capital em 2017, os riscos políticos e a potencial deterioração do ambiente global nos deixam cautelosos”, disse o diretor executivo do IIF, Hung Tran.

A expectativa para o fluxo negativo de capital no geral nos mercados emergentes baseia-se, em grande parte, em expectativas reduzidas de investimento direto estrangeiro e investimento em carteira de ações.

Os fluxos de investimento direto estrangeiro para os mercados emergentes devem cair para o nível mais baixo desde a crise financeira, segundo o IIF.