terça-feira, 6 de junho de 2017

Empresa chinesa assumirá projeto de energia de R$ 3,3 bilhões no Sul


Shanghai Electric assinou acordo preliminar com a Eletrosul

 

Da Redação

 

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Shanghai Electric assinou acordo preliminar com a Eletrosu

A Eletrobras informou que a Eletrosul e a Shanghai Electric Power Transmission and Distribution Engineering, uma subsidiária da chinesa Shanghai Electric (foto), assinaram um acordo preliminar visando à transferência total do conjunto de projetos que compõem o Lote A, referente à implementação e operação de projetos de transmissão de energia no Rio Grande do Sul.

O investimento total foi orçado em R$ 3,2 bilhões para viabilizar a construção de 1.900 quilômetros de linhas de transmissão, sete novas subestações e a ampliação de 16 subestações existentes.  A Shanghai Electric deve constituir uma Sociedade de Propósito Específico para a construção, operação e manutenção dos futuros empreendimentos. 

O acordo prevê a possibilidade de a Eletrosul deter até 25% de participação na SPE. Segundo o comunicado da Eletrobras, o negócio com a Shanghai Electric é o resultado da chamada pública lançada pela Eletrosul, em 2015, para a seleção de empresas interessadas em estabelecer uma parceria para a implementação dos empreendimentos do Lote A do Leilão Aneel de novembro de 2014. 

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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Entra em operação parque de geração de energia solar na Bahia

O parque está localizado em uma área com altos níveis de radiação solar e é capaz de gerar cerca de 340 gigawatts de energia por ano






O parque solar Lapa, considerado o maior parque solar fotovoltaico em operação no Brasil, entrou em operação hoje (5).

Localizado em Bom Jesus da Lapa (BA), o parque é composto por duas usinas, com capacidade instalada total de 158 megawatts.

A operação do parque é da Enel Green Power, subsidiária brasileira do grupo italiano Enel.

Lapa está localizada em uma área com altos níveis de radiação solar e, de acordo com a Enel, é capaz de gerar cerca de 340 gigawatts de energia por ano.

A energia é suficiente para atender às necessidades anuais de consumo de energia de mais de 166 mil lares brasileiros, evitando a emissão de cerca de 198 mil toneladas de CO2 na atmosfera.

A Enel investiu cerca de US$ 175 milhões na construção do parque solar.

O projeto foi concedido ao grupo em agosto de 2015 no leilão de reserva feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica e o contrato de fornecimento é de 20 anos.


Jack Ma é convidado a fazer oferta conjunta por The Body Shop


A The Body Shop também atraiu interesse de outros grupos, incluindo a brasileira Natura, a qual participou dos estágios iniciais do processo, segundo fonte

 




Londres – A empresa europeia de private equity Investindustrial convidou a companhia de investimentos do fundador do Alibaba, Jack Ma, para apresentar uma proposta conjunta de mais de 800 milhões de euros pela The Body Shop, da francesa L’Oreal, disseram fontes familiares com o assunto nesta sexta-feira, pouco antes do prazo final para ofertas.

A Blue Pool Capital, de Hong Kong, tem recebido pedidos para se aliar à Investindustrial e à brasileira GP Investments, uma das maiores empresas de private equity da América Latina, para fazer uma proposta pela varejista de cosméticos com sede no Reino Unido, disseram as fontes.

A The Body Shop também atraiu interesse de outros grupos industriais, incluindo a brasileira Natura, a qual participou dos estágios iniciais do processo, segundo as fontes. A Natura não estava imediatamente disponível para comentários.

A europeia CVC Capital também planeja enviar uma oferta concorrente antes do prazo final de 7 de junho, de acordo com as fontes, acrescentando que outra empresa de investimentos, a Advent, decidiu abandonar a disputa.

A L’Oreal pediu para que potenciais compradores não ofereçam menos de 800 milhões de euros, segundo as pessoas com conhecimento do assunto. A The Body Shop foi adquirida pela companhia em 2006 por cerca de 840 milhões de dólares.
 

Petrobras prevê 30 desinvestimentos e parcerias ainda em 2017


Pedro Parente adiantou que esses processos serão iniciados já sob a nova metodologia da estatal para os desinvestimentos, aprovada pelo TCU

 




São Paulo – A Petrobras deve divulgar até o final de 2017 a abertura de processos para cerca de 30 possíveis desinvestimentos ou parcerias, dentro de seu programa que tem meta de levantar 21 bilhões de dólares com esses negócios no biênio 2017-2018, disse nesta segunda-feira o presidente da estatal, Pedro Parente.

Ele adiantou que esses processos serão iniciados já sob a nova metodologia da estatal para os desinvestimentos, aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que prevê a divulgação de “teasers” sobre cada ativo para os investidores possivelmente interessados.

“Nos próximos meses, até o final do ano, estamos prevendo em torno de 30 oportunidades de parcerias e desinvestimentos, sendo que temos metade prevista para os próximos três meses”, disse Parente a jornalistas, após participar de encontro com investidores na sede da bolsa B3, em São Paulo.

Questionado por repórteres, ele adiantou que a polêmica refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), deverá estar entre esses ativos que serão ofertados ao mercado.

Até o momento, a Petrobras publicou “teasers” com informações sobre dois ativos à venda, ambos no Estado do Amazonas: o campo de Azulão, na Bacia do Amazonas, e campo de Juruá, na Bacia de Solimões.

Recentemente, a empresa precisou reiniciar o processo de desinvestimentos, como forma de trazer maior transparência, após uma intervenção do TCU.

A nova sistemática para as vendas estabelece que, ao definir por desinvestimento em um ativo, a Petrobras precisa publicar ao mercado sua decisão, com informações sobre o negócio. Dessa forma, além das companhias convidadas para a concorrência, outras empresas também poderão pedir para fazer ofertas pelo ativo.

 

Parcerias em refino


O presidente da Petrobras afirmou que a estatal também pretende avançar “em breve” com uma iniciativa para buscar parcerias na área de refino, na qual a companhia detém praticamente um monopólio no Brasil.

A companhia trabalha atualmente na definição de um modelo de negócios para levar adiante o processo.

“Creio que em um mês e meio a gente possa estar divulgando a modelagem. Não é uma promessa firme, mas estamos trabalhando para isso. Realmente precisamos começar o processo propriamente dito de botar essa carruagem na rua”, disse Parente.

Ele ressaltou, no entanto, que algumas pendências para a definição do modelo de venda dependem de terceiros, e não apenas da estatal.

Entre esses pontos estão, por exemplo, a definição de como garantir a liberdade da política de preços da companhia em caso de mudança de governo no Brasil.

“É preciso a perspectiva de liberdade na política de preços para que esse programa possa realmente alcançar os resultados pretendidos. É uma das discussões, talvez a mais relevante discussão no âmbito desse processo”, explicou.

Parente disse que o governo Temer tem garantido à Petrobras essa liberdade na política de preços, e garantiu que a estatal segue trabalhando com prêmio em relação às cotações internacionais dos combustíveis.

No final de maio, a companhia anunciou redução em 5,4 por cento do preço médio da gasolina e em 3,5 por cento para o diesel nas refinarias.

“O que está acontecendo conosco é a discussão tradicional em empresas normais, que é discussão da relação entre margem e participação no mercado. Na decisão, chegamos à conclusão que era importante olhar o market share… mas sim, temos margem sobre a paridade de preços internacional”, garantiu Parente.
 

Cade pode exigir venda da Anhanguera por fusão Kroton-Estácio


Segundo fontes, a agência antitruste está considerando exigir a alienação de ativos com aproximadamente o mesmo número de alunos para aprovar o acordo

 





A Kroton Educacional pode ter que decidir se sua proposta de compra da Estácio Participações por US$ 1,8 bilhão vale a pena mesmo se não levar a nenhum ganho de participação de mercado.

O Cade, agência antitruste do Brasil, que analisa a aquisição da Estácio, rede de ensino superior com mais de 500.000 estudantes, pela Kroton, está considerando exigir a alienação de ativos com aproximadamente o mesmo número de alunos para aprovar o acordo, segundo duas pessoas com conhecimento do assunto.

A Kroton, que atende 1 milhão de estudantes, pode ser obrigada pelo Cade a vender o negócio de ensino presencial de sua unidade Anhanguera e a divisão de ensino à distância da Estácio, disseram as pessoas, que pediram anonimato por estarem discutindo negociações confidenciais.

As propostas do Cade podem ser duras o suficiente para ameaçar a transação, considerando que o acordo assinado entre Kroton e Estácio no ano passado tem uma cláusula que permite que as empresas deixem o negócio se a autoridade reguladora exigir a venda de ativos equivalentes a mais de 15 por cento da receita das duas empresas combinadas.

Kroton adquiriu a Anhanguera em 2014 e fechou acordo para compra da Estácio no ano passado como parte de um plano para ganhar escala no negócio da educação no Brasil, que depende em parte de subsídios do governo para formar milhões de estudantes.

O Cade e as companhias não conseguiram chegar a um acordo nesta semana após diversas reuniões e há mais negociações programadas para 28 de junho, disseram as pessoas.

“Todas as opções sobre a fusão estão em discussão ainda entre o Cade e as empresas, e estão sob sigilo”, disse a conselheira Cristiane Alkmin, relatora do caso no Cade, por telefone, em resposta ao pedido de comentário da Bloomberg. “Qualquer informação sobre venda de ativos no momento é mera especulação.”

A Kroton e a Estácio preferiram não comentar.

Quando aprovou a aquisição da Anhanguera pela Kroton, em 2014, o Cade exigiu que a companhia vendesse a Grupo Uniasselvi e outros ativos em três cidades, congelasse algumas matrículas e suspendesse a expansão de determinados cursos. O acordo transformou a Kroton na maior empresa de ensino de nível superior com fins lucrativos do mundo.

A oferta pela Estácio apenas dois anos depois surpreendeu o Cade, que entende que a fusão proposta vai contra o espírito das exigências feitas no acordo da Anhanguera, disse uma das pessoas. Este é um dos motivos pelos quais as medidas que o Cade analisa para a fusão da Estácio são tão duras, disse a pessoa.

A Kroton ganhou uma guerra de propostas contra a Ser Educacional, uma concorrente de menor porte, pela Estácio no ano passado. A Ser e outras empresas de ensino, além de grupos de defesa dos direitos dos consumidores, exortaram o Cade a rejeitar o negócio porque a empresa combinada teria mais de três vezes o tamanho da segunda maior concorrente, o que poderia gerar um desequilíbrio no mercado de ensino superior do Brasil.

A aquisição pode prejudicar os consumidores ao eliminar um concorrente importante, especialmente no ramo de ensino on-line, disseram membros do Cade em relatório, em fevereiro.

Este conteúdo foi originalmente publicado na Bloomberg.

“É impossível não sentir vergonha pelo Brasil”, diz Barroso

 

Ministro do STF falou sobre valores éticos no mundo contemporâneo no fórum “A Revolução do Novo”, realizado por VEJA e EXAME em parceria com a Coca-Cola

 








São Paulo – O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira que “é impossível não sentir vergonha pelo que acontece no Brasil”. O ministro palestrou no terceiro encontro do fórum A Revolução do Novo – A Transformação do Mundo, realizado por VEJA e EXAME em parceria com a Coca-Cola, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

O evento discute mudanças na economia, política, tecnologia e sociedade. Barroso abordou o tema “o impacto, a evolução e o futuro dos valores éticos no mundo contemporâneo”.

Para o ministro, o país está devastado e com autoestima baixa, diante da corrupção institucionalizada. “Ela se tornou um modo de vida. As pessoas se surpreendem com o que, de certa forma, sempre souberam”, disse.

Segundo Barroso, é preciso mudar a cultura em que os espertos valem mais que os honestos. “Sempre foi assim, mas é preciso deixar de ser. O custo moral e econômico pelo qual estamos passando tem que significar um novo começo”, afirmou.

O ministro acrescentou que não dá para descartar o risco da Operação Lava Jato não contribuir para o fim da corrupção institucionalizada, mas que “todos estão aqui para evitá-lo”. Também defendeu as reformas política, previdenciária e tributária como saídas essenciais para o país.

Com uma visão otimista, Barroso lembrou que há realizações importantes para celebrar em 30 anos de democracia no Brasil, como a derrota da ditadura, da inflação e da pobreza extrema no país. Do ponto de vista econômico, destacou que, no Brasil, ainda há uma grande desconfiança em relação à livre iniciativa do capitalismo. “Vivemos em um socialismo com sinal trocado”, disse.

O ministro destacou que não é só o Brasil que vive um momento de desprestígio da democracia representativa, mas o mundo também. Barroso também lembrou que a revolução digital preservou valores como a liberdade, mas colocou em cheque questões como a privacidade e a veracidade das informações.

Para o ministro, o empoderamento feminino e a proteção dos direitos humanos são discussões chave do mundo contemporâneo. “A história avança para o bem. A busca da felicidade, o respeito ao próximo e a justiça são os valores de ontem e continuam a ser os valores do futuro”, afirmou. 


Crise gerou maior perda de PIB per capita em 120 anos, diz Pessôa


Para o professor de economia, o país também investe mal em educação, único meio de redução da desigualdade social

 






A crise econômica e política gerou para o Brasil a maior perda de PIB per capita dos últimos 120 anos. A avaliação é do economista Samuel Pessôa. Segundo ele, não dá para falar que a perda de PIB per capita é maior por falta de dados.

“Tudo indica que se tivéssemos dados, poderíamos retroagir para o período da Regência, que foi extremamente difícil. Ao final de 217, vai ser 10% menor do que em 2013. É o número de um país que passou por uma guerra”, afirmou Pessôa durante o fórum “A Revolução do Novo – A Transformação do Mundo”, promovido por VEJA e EXAME, em parceria com a Coca-Cola.

Segundo ele, essa redução do poder de compra não é “fruto de um errinho na política”. “Não dá para achar que foi um ajustamento político promovido pelo Joaquim Levy que causou isso. Tem que ter uma dinâmica maior que justifique isso.”

Entre as dinâmicas que levaram a essa situação, de acordo com Pessôa, está a construção atabalhoada de um estado de bem estar social combinada com uma política econômica intervencionista.

“O governo do PT, a partir da saída do [Antonio] Palocci e da entrada do [Guido] Mantega [no Ministério da Fazenda] trouxe essa política intervencionista, que gerou atraso para o país. A questão não é só de corrupção, mas também de diagnóstico, de ideologia”, afirmou Pessôa.

Educação

 

Questionado se dá para ser otimista, Pessôa afirmou que há áreas com mais avanços, como a agenda de reformas – Previdência, trabalhista e limite de gastos públicos.

Mas há outras frentes em que o vai mal e não dá sinais de melhoras, como a educacional. “Educação é o único mecanismo sólido de equidade social. A gente conseguiu colocar todas as crianças na escola, mas não que elas saíssem de lá com qualidade de aprendizado.”

Para piorar, segundo ele, o Brasil gasta mal em educação. Comparado com a Coreia do Sul, que investe 3% do PIB nessa área,  o país gasta mais de 6%.

A presidente da ONG Comunitas, Regina Siqueira,  disse que é preciso fortalecer no âmbito dos municípios a discussão sobre equilíbrio fiscal.

“É nas cidades que os cidadãos convivem com o governo e onde as empresas têm seus negócios”, disse Siqueira.