Quando Lula foi eleito Presidente do Brasil, em 2003, eu trabalhava
na Dedini e no ano seguinte, 2004, seria inaugurada a maior fundição em
peso de peças da América Latina. Nesta ocasião, o Prefeito de nossa
cidade era José Machado, vinculado ao PT, que trouxe o Lula para a
inauguração da fundição.
Na inauguração, representando a Dedini, entreguei ao Lula uma camisa
do nosso glorioso XV de Novembro. Após o evento, o Presidente ainda foi à
Esalq – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, para falar
sobre a instalação, em Piracicaba, do Polo dos Biocombustíveis Brasil,
que seria a consolidação do desenvolvimento do setor sucroenergético, o
qual estava em franca atividade na época.
Infelizmente, logo no governo do Presidente Lula, aconteceu o
“Mensalão”, o escândalo de corrupção política, mediante compra de votos
de parlamentares no Congresso Nacional do Brasil, que teve como
protagonistas alguns integrantes do PT, e foi aberta a ação penal 470.
Deste escândalo, o Presidente saiu incólume, deixando seus amigos José
Dirceu, José Genuino, Delubio Soares e outros serem condenados. Mesmo
assim, ele foi reeleito em 2007.
Mesmo com todo este escândalo em seu governo, Lula conseguiu eleger
Dilma em 2010, e ela quebrou de uma vez o setor sucroenergético ao
adotar uma medida equivocada, segurando o preço da gasolina em
detrimento ao etanol.
Em março de 2014, surgiu o “Petrolão”, o escândalo da Petrobras,
cujos desvios são equivalentes a 33 “mensalões”. Neste escândalo, Lula
já foi indiciado em alguns processos, mas nenhum ainda foi julgado.
Dilma conseguiu a reeleição, mas perdeu o mandato pelo impeachment e
está envolvida no “Petrolão”.
Em novembro de 2014, escrevi um artigo com o título “O fim de uma
esperança” para o setor sucroenergético, por ser desastrosa a política
adotada por Dilma para a economia.
Agora, escrevo o presente artigo com o título “Lula, o fim de uma
esperança”, baseado no acima descrito e no texto escrito por Gabriel
Tebaldi, que é graduado em História pela UFES, o qual tomo a liberdade
de transcrever:
“Finado Lula,
‘Nunca entre num lugar de onde tão poucos conseguiram sair’, alertou
Adam Smith. ‘A consciência tranquila ri-se das mentiras da fama’, cravou
o romano Ovidio. ‘Corrupção é o bom negócio para a qual não me
chamaram’, ensinou o Barão de Itararé.
E na contramão de todos está alguém que abriu mão de si mesmo pelo
poder. Lula construiu uma história de vida capaz de arrastar emoções e o
levar à presidência. Agora, de modo desprezível, o mesmo Lula
destruiu-se por completo.
Não é preciso resgatar o triplex, o sítio ou os R$ 30 milhões em
‘palestras’ para atestar a derrocada do ex-presidente. Basta tão somente
reparar a figura pitoresca na qual Lula se tornou.
O operário milionário sempre esbanjou o apoio popular e tomou para si
o mérito de salvar o país da miséria. Contudo, junto disso, entregou-se
aos afetos das maiores empreiteiras, não viu mal em lotear a máquina
pública, nem constrangeu-se em liderar uma verdadeira organização
criminosa.
Sem hesitar, brincou com os sonhos do povo e fez de seu filho,
ex-faxineiro de zoológico, um megaempresário. Aceitou financiamentos
regados a corrupção, fez festa junina para magnatas e mentiu, mentiu e
mentiu. O resultado, enfim, chegou: ao abrir mão de si mesmo, Lula
perdeu o povo.
Pelas ruas, o ex-presidente é motivo de indignação e fonte de piadas.
Lula virou chacota, vergonha, deboche. Restou-lhe a militância do pão
com salame e aqueles que tratam a política com os olhos da fé
messiânica.
Seu escárnio da lei confirma sua queda. Lula ainda enxerga o Brasil
como um rebanho de gado e não percebe que está só, cercado por advogados
que postergam seu coma moral. Enquanto ofende o judiciário e todos
aqueles que não beijam seus pés, Lula trancafia-se na bolha de quem
ainda acredita que meia dúzia de gritos e cuspes podem apagar os fatos.
O chefe entrou num mundo sem saída, trocou sua consciência pelo poder
e corrompeu-se até dissolver sua essência. Lula morreu faz tempo.
Restou-lhe, apenas, uma carcaça podre que busca a vida eterna no inferno
de si mesmo.”
Em meio a tanta roubalheira, o enfraquecimento do setor mais
brasileiro de todos: o sucroenergético. Agora, com o RenovaBio, criado
recentemente visando a retomada do desenvolvimento econômico do setor,
uma luz volta a surgir no final do túnel carregada de fé e de esperança.
Pra frente e avante, Brasil!
(Tarcisio Angelo Mascarim é sócio e
administrador da Mascarim & Mascarim Sociedade de Advogados. Leia
mais artigos no www.tarcisiomascarim.com.br)
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