quinta-feira, 3 de agosto de 2017

GM formaliza investimento de R$ 1,4 bilhão no Sul



Medida é parte do plano da montadora de aportar R$ 13 bilhões no Brasil entre 2014 e 2019

 

Por Dirceu Chirivino, de Gravataí (RS)

 

dirceu@amanha.com.br
GM formaliza investimento de R$ 1,4 bilhão no Sul


O governo do Estado do Rio Grande do Sul e a General Motors Mercosul formalizaram, nesta quinta-feira (3), o investimento de R$ 1,4 bilhão para modernizar a linha de produção do Complexo Industrial Automotivo de Gravataí, inaugurado em 20 de julho de 2000. A medida é parte do plano da empresa de investir R$ 13 bilhões no Brasil, entre 2014 e 2019. O aporte financeiro fortalece a presença da GM no Rio Grande do Sul, que está atraindo cinco novos fornecedores para o estado, que vão criar novos postos de trabalho. O investimento foi anunciado pelo presidente da General Motors Mercosul, Carlos Zarlenga, na presença do governador José Ivo Sartori e do vice-presidente da GM Mercosul, Marcos Munhoz, na sede da montadora, em Gravataí.

“Esse novo investimento é mais uma prova de que, quando o poder público compreende a necessidade de ampliar e de articular políticas de estímulo aos setores importantes para a economia, todos saem ganhando. Estamos diante de um exemplo inquestionável de que acreditar e investir no Rio Grande vale a pena”, comemorou Sartori. O governador lembrou que todos conhecem a grave situação financeira do Estado. “Por isso, não podemos atrapalhar quem quer investir aqui. Nosso papel é criar as condições para o desenvolvimento, valorizando o potencial econômico e estratégico do Rio Grande do Sul na busca pela retomada, manutenção e atração de investimentos”, acrescentou. 

O presidente da General Motors Mercosul, Carlos Zarlenga, afirmou que o novo investimento vai preparar a GM Mercosul para se tornar uma plataforma de exportação global. “A GM acredita no potencial de crescimento do mercado no Brasil e está realizando o maior plano de investimentos da história da indústria no país”, declarou. “Hoje a Chevrolet é o líder de mercado no Brasil e no Mercosul. Para nós isto é uma grande satisfação. E nós somos o numero 1 do mercado pelos produtos que a gente fabrica aqui em Gravataí. 

Essa é a casa do Chevrolet Onix, que é o carro mais vendido do Brasil e o mas vendido do Mercosul”, destacou Zarlenga. “A eficiência da produção em Gravataí está em níveis que podem competir globalmente com qualquer mercado do mundo", emendou. O aporte nas operações no Rio Grande do Sul vai ampliar a linha de produtos da marca Chevrolet, com foco em conectividade total, segurança e eficiência energética. A nova família de veículo deve chegar ao mercado em 2020. “A fábrica de Gravataí será uma referência global em manufatura e qualidade 4.0”, afirmou Zarlenga. 

“Não viemos aqui para uma aventura de curto prazo”, rememorou Marcos Munhoz, vice-presidente da GM Mercosul, lembrando da promessa feita pela montadora ao governador do Rio Grande do Sul à época da implantação da fábrica na cidade, há cerca de 21 anos.

Atualmente, a unidade tem capacidade instalada de 350 mil veículos por ano e produz dois modelos: o Ônix e o Prisma. Foram quase dois anos de negociações entre a montadora e o governo do Estado, para garantir que o investimento ficasse no Rio Grande do Sul. A modernização da planta tem efeito na cadeia de suprimentos automotivos e exportações. Em 2017, as operações na Argentina e no Brasil foram integradas na GM Mercosul. Em 2016, a Chevrolet vendeu, nos dois mercados, 445.616 mil veículos, dos quais 345.916 mil foram no Brasil e 99.700 mil, na Argentina. A GM Mercosul gera 18,3 mil empregos.


Programa de Inovação em Mobilidade Urbana

Durante o evento, Sartori apresentou o Programa de Inovação em Mobilidade Urbana, Logística e Transporte (MULT), para fomentar inovações tecnológicas nesse setor. O programa prevê parcerias entre universidades, governo e empresas. “Estamos fazendo a nossa parte e promovendo profundas mudanças estruturais no Estado. O MULT é mais um exemplo dos nossos esforços para potencializar a inovação no segmento automobilístico”, disse Sartori.

O MULT promoveu, recentemente, uma mudança no Fundopem/RS para beneficiar empresas do setor automotivo e de implementos rodoviários. De acordo com o novo programa, a GM poderá incluir os investimentos em fornecedores que estejam localizados e produzindo no Rio Grande do Sul.  O Rio Grande do Sul é responsável por 60% da produção nacional de carrocerias e 12% de chassis, ambos para ônibus. Tem 50% de participação no mercado nacional de implementos rodoviários e 50% no de tratores de rodas e de esteiras.
http://www.amanha.com.br/posts/view/4341

Safra recorde impulsiona fábrica da John Deere em Montenegro

Multinacional comemorou os dez anos de instalação da unidade

 

Da Redação*

 

redacao@amanha.com.br
Safra recorde impulsiona fábrica da John Deere em Montenegro


A crise que assolou o setor de máquinas agrícolas parece estar chegando ao fim. As fabricantes, entre elas a líder mundial John Deere, já apostam na reversão da tendência de queda nas vendas em relação a 2016. O principal motivo é a safra recorde. A Deere não divulga sua perspectiva de crescimento para o ciclo 2017/2018, mas afirma que acompanha o desenvolvimento da agricultura brasileira. 

“Temos de festejar a supersafra, pois independentemente do preço do produto, se o agricultor colher muito precisará de mais equipamentos. Colher muito é sempre bom. O agricultor se entusiasma e isso enseja necessidade de reposição de novas máquinas agrícolas”, destacou Paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil, no evento que comemorou uma década da fábrica instalada em Montenegro (RS) na quarta-feira (2).

A fábrica de Montenegro – unidade dedicada à produção de tratores – é considerada pela multinacional norte-americana como um passo decisivo para a consolidação da multinacional no Brasil. Além dela, a companhia mantém outras quatro em solo brasileiro: uma em Horizontina (RS) que fabrica colheitadeiras de grãos e plantadeiras, duas em Indaiatuba (SP) para máquinas de construção, e uma em Catalão (GO) com foco em colhedoras de cana de açúcar e pulverizadores. 

Nos últimos dois anos, a Deere duplicou as estruturas produtivas em suas quatro unidades brasileiras. Não há investimentos em curso em expansão das plantas, porém Herrmann assegura que a companhia investe continuamente US$ 100 milhões por ano na operação nacional. Desde 2007, a empesa aplicou cerca de US$ 550 milhões em estruturas físicas no país. Desse valor, um pouco menos da metade (US$ 250 milhões) foi empregado na construção da fábrica de Montenegro. Outros US$ 40 milhões foram usados para a expansão da mesma planta, em 2015 – o que permitiu a fabricação de tratores de alta potência. A divisão é a única fora dos Estados Unidos que fabrica os tratores de grande porte 8R com potência de 400 cavalos – carro-chefe da companhia devido ao alto desempenho. E o crescimento da unidade, a terceira maior da companhia no Brasil, está longe de estagnar, garante Paulo Rohde, gerente-geral da fábrica. “Em uma década levamos uma unidade que fabricava 12 modelos para 39 modelos de tratores, de 20 tratores para 70 tratores por dia. Isso mostra que nesse período suportamos o ritmo de crescimento da companhia e do mercado”, ilustrou Rohde.

Cem mil tratores de três séries diferentes de 55 a 400 cavalos já foram montados na unidade montenegrina, que tem capacidade instalada de 14 mil tratores por ano, considerando somente um turno de trabalho. Cerca 20% do volume tem como destino o exterior, principalmente Argentina. Na ocasião, Samuel Allen, CEO global da Deere, frisou a confiança da companhia na unidade. “Antes sentíamos uma desconfiança do mercado em relação a produtos brasileiros. Hoje, fabricam em Montenegro produtos para vários outros países. A exportação está cada vez mais presente no futuro dessa fábrica”, destacou. Não sem razão, o aumento da fatia voltada para a exportação é uma das pretensões da companhia para o próximo ciclo de dez anos. 

Durante a solenidade, a John Deere entregou uma chave de ouro ao empresário Raul Randon, em comemoração à venda do trator de número 100 mil produzido na unidade. Randon foi escolhido por ser, além de cliente, também o responsável pelo consórcio nacional da John Deere.

*Com reportagem de Isadora Duarte, de Montenegro (RS).

 http://www.amanha.com.br/posts/view/4339

A reforma trabalhista já está valendo para todos os contratos?


Confira o que pode mudar para os empregados que já estão sob o regime CLT, segundo advogado trabalhista

 






A reforma trabalhista foi sancionada pelo presidente da República em 13 de julho deste ano e publicada no Diário Oficial no dia seguinte. Seu texto prevê que o início de vigência da lei, ou seja, a data em que ela começará a ser aplicada, será 120 dias após sua publicação. Assim, ela vai valer a partir de 11 de novembro de 2017.

A começar dessa data, as mudanças provocadas pela reforma trabalhista serão aplicadas tanto aos contratos de trabalho que se iniciarem a partir de então, como àqueles que já estiverem em vigor. Contudo, a nova lei não pode gerar efeitos retroativos, devendo ser respeitados todos os atos já concluídos. Além disso, devem ser respeitadas as cláusulas contratuais estipuladas anteriormente, desde que não sejam incompatíveis com a nova lei.

O que muda na prática para os contratos já assinados

 

Por exemplo, a reforma passou a admitir que o trabalho em regime de tempo parcial seja de até 30 horas semanais, enquanto que no texto anterior o limite máximo era de 25 horas semanais. Se o trabalhador já possuía um contrato de trabalho em regime de tempo parcial antes da reforma, prevendo a jornada de 25 horas, só poderá passar para 30 horas se houver o comum acordo neste sentido entre o trabalhador e o empregador.

Com relação ao parcelamento de férias em até três períodos, embora essa possibilidade seja aplicada aos contratos atualmente em vigência, a anuência do empregado também é indispensável para que haja o parcelamento.  O mesmo ocorre com a mudança do regime presencial para o teletrabalho, esta somente será admitida mediante a concordância do empregado.

Outras disposições aplicam-se de forma imediata, independentemente da vontade do trabalhador.  Como, por exemplo, o fato da dispensa do empregado não necessitar mais ser homologada pelo sindicato dos trabalhadores ou pelo Ministério do Trabalho.  A reforma trabalhista ampliou, além disso, as possibilidades da negociação coletiva, de modo que o que for negociado a partir da vigência da nova lei se aplica imediatamente aos trabalhadores contemplados pela negociação.

Por fim, a reforma trabalhista trará mudanças no processo do trabalho. Em princípio, essas alterações geram efeitos imediatos, mesmo nos processos ajuizados antes da entrada em vigência da reforma. É possível, porém, que os tribunais trabalhistas decidam por aplicar algumas mudanças somente aos processos novos ou aplicar apenas a partir de uma determinada fase do processo.


http://exame.abril.com.br/carreira/a-reforma-trabalhista-ja-esta-valendo-para-todos-os-contratos/

Vergonha nacional é Joesley Batista não passar um dia sequer na prisão!






  
Fonte: GLOBO

Autor da gravação no Palácio do Jaburu do presidente Michel Temer usada na denúncia engavetada pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, o empresário Joesley Batista assistiu à sessão na companhia de executivos na sede do grupo J&F, em São Paulo. Projeções davam conta de que Temer obteria resultado favorável, ainda assim o empresário tratou o episódio como “trágico” para o país.

— O dia 2 de agosto ficará marcado como o dia da vergonha — disse Joesley a um interlocutor durante a tarde, quando o voto contra a continuidade das investigações já era maioria no placar da Câmara dos Deputados. Por meio de nota, o grupo J&F informou que não se manifestaria.

Então o GLOBO resolve dar espaço para que os leitores saibam o que Joesley Batista pensou da votação ontem? Por que não convidar logo o Alexandre Nardoni para comentar sobre educação infantil, ou o goleiro Bruno para falar de namoro? Por que não chamar José Dirceu para falar de corrupção? Ops! A Folha de SP fez exatamente isso…

É uma piada de mau gosto, um escárnio. Eis o que é uma vergonha nacional: Joesley Batista não ter passado um dia sequer na prisão! Joesley manter seus bilhões e poder ir para Nova York, inclusive levando seu iate novo. Joesley ter fechado um acordo de delação de pai pra filho (Janot sendo o pai), enquanto até agora não forneceu nada para efetivamente punir Lula, o maior bandido do país.

Vergonha é o viés do trabalho do próprio procurador-geral Rodrigo Janot, que despertou para o patriotismo somente após o impeachment de Dilma. Vergonha é a CVM não ter feito nada ainda após a escancarada operação criminosa no mercado de câmbio um dia antes de sair a delação de Joesley, que jogou o dólar nas alturas e rendeu milhões à JBS. Isso é uma vergonha!

No Brasil, dizem, o traficante cheira, a prostituta se apaixona, banqueiros são socialistas, cafetão tem ciúmes e os maiores corruptos recebem destaque na imprensa para condenar votação sobre corrupção. O Brasil não é um país sério…


Rodrigo Constantino


 http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/vergonha-nacional-e-joesley-batista-nao-passar-um-dia-sequer-na-prisao/

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Serasa recruta pessoa para viajar pelo país e ganhar R$ 100 mil

Emprego dos sonhos para quem gosta de viajar conhecer pessoas e escrever está com inscrições abertas até dia 13 de agosto

 







São Paulo – Viajar pelo Brasil durante um ano colhendo histórias da vida financeira dos brasileiros e ganhar 100 mil reais de salário anual pelo trabalho. A descrição da vaga aberta no SerasaConsumidor, braço da Serasa Experian, é digna do site que a empresa montou para receber as candidaturas: www.oempregodossonhos.com.br

Pessoas maiores de 18 anos que gostem de viajar, conhecer pessoas, escrever, fazer vídeos e tirar fotos podem se candidatar até o dia 13 de agosto.

O roteiro de trabalho do inclui 40 cidades e capitais e, além do salário de 100 mil reais por ano, benefícios como transporte, hospedagem, alimentação e plano de saúde. É fundamental que a pessoa esteja apta a viajar de 4 de setembro de 2017 a 31 de agosto de 2018.

Por onde passar, o profissional vai entrevistar consumidores entender sua vida financeira e os mecanismos de tomada de decisão em relação a crédito e finanças. As histórias vão ser contadas por texto, fotos, vídeos e postagens nas redes sociais.

Processo seletivo totalmente digital

 

A Serasa aceita inscrições até 23h59 do dia 13 de agosto na página O Emprego dos Sonhos e ao se inscrever o candidato responde a seis perguntas sobre seu perfil. No dia 14, começa a segunda fase cuja principal tarefa é fazer um vídeo de até 45 segundos sobre educação financeira.

Os vídeos ficarão disponíveis na página de candidaturas e as pessoas poderão votar no que preferirem até 19 de agosto. Os dez mais votados pelo público vão para final junto com cinco selecionados pela equipe do SerasaConsumidor.

Os 15 finalistas serão convidados para entrevista individual por Skype. O profissional contratado será revelado no dia 25 de agosto.

A LIVRE INICIATIVA E O TRABALHO NÃO SÃO LIVRES NO BRASIL. O EMPREENDEDOR É VISTO COMO LOUCO



 



No Brasil atual, a livre iniciativa e o trabalho não são livres. São totalmente regulamentados. E quem resolve empreender ou tirar um sonho do papel é visto como louco — ou como desempregado e desesperado.

Isso é reflexo das leis e normas existentes no país e não da nossa "cultura da dependência". Muito se fala sobre isso, com muitas pessoas dizendo que o Brasil sempre foi avesso à livre iniciativa. Falso. O brasileiro sempre foi um povo empreendedor e construtor de riquezas. Quem acaba com a liberdade de trabalhar e empreender é o estado.

Nossas leis e constituições simplesmente não reconhecem esse valor inerente ao povo brasileiro. Quer ver uma prova?

O Brasil livre, de jura e de fato, nasceu junto com a independência do país. Nossa primeira constituição foi escrita em 1824, inspirada na Constituição dos Estados Unidos, criada 35 anos antes. Ela impunha limites ao estado, e não ao cidadão empreendedor. Além de segurar o apetite do estado em tornar-se cada vez maior, essa constituição garantia que as pessoas nunca teriam sua livre iniciativa censurada pelo poder público.

Porém, após a constituição de 1824 (clique para ler na integra), nossos políticos conscientemente foram transformando o Brasil em um estado tirânico que age à revelia do indivíduo. Com efeito, houve uma verdadeira involução jurídica desde então nesse aspecto.

Para tornar a demonstração do que eu quero dizer mais clara, e também para que não fique a impressão que estou fazendo uma livre interpretação dos fatos, vou transcrever literalmente, inclusive com o português da época, as cláusulas de liberdade individual que regulamentavam o trabalho com o passar das constituições.

Teço breves comentários abaixo de cada uma das alterações, somente para ilustrar o que foi alterado.


Constituição de 1824


"Nenhum gênero de trabalho, de cultura, indústria ou comércio pode ser proibido, uma vez que não se oponha aos costumes públicos, à segurança, e saúde dos cidadãos".

Comentário: Em duas linhas a constituição brasileira de 1824 reduz ao máximo o que o governo pode regular em nossos trabalhos ou empresas. Nada é proibido, exceto aquilo que ofenda o bom senso. Sensatez igual não se viu mais. Vejamos.


Constituição de 1891


"É garantido o livre exercício de qualquer profissão moral, intellectual e industrial".

Comentário: a primeira carta magna da república. Atenção para o termo "garantido". Fica claro desde o começo que o estado é quem garante as coisas no Brasil, mesmo aquilo que é um direito natural. Com esta constituição, a liberdade deixa de ser sua e não mais pode ser garantida diretamente por você, mas sim pelo estado. A liberdade é do estado, e ele a concede aos cidadãos, em uma espécie de cessão de direitos. Percebam a inversão de valores.


Constituição de 1934


"É livre o exercício de qualquer profissão, observadas as condições de capacidade technica e outras que a lei estabelecer, ditadas pelo interesse público".

Comentário: A primeira constituição de Getúlio Vargas determinou que só pode ser feito o que for de interesse público, e o responsável por interpretar o que é de interesse público tem, de fato, o poder para interpretar o que o brasileiro pode ou não fazer.


Constituição de 1937


"A liberdade de escolha de profissão ou do gênero de trabalho, indústria ou commercio, observadas as condições de capacidade e as restricções impostas pelo bem publico, nos termos da lei".

Comentário: Getúlio Vargas decretou o chamado Estado Novo no mesmo dia em que promulgou uma nova constituição. A partir de então, até a escolha do tipo de empreendimento deveria ser analisada para ver se estava de acordo com a lei.


Constituição de 1946


"É livre o exercício de qualquer profissão, observadas as condições de capacidade que a lei estabelecer".

Comentário: Se, por um lado, a mudança foi boa, pois aquela "liberdade de escolha" foi removida do artigo, por outro, a liberdade de exercício é que passou a ser regulada, o que torna o efeito ainda mais perverso, já que a partir de então até a forma como um trabalho era exercido passava a ser controlada pelo governo.


Constituição de 1967


"É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, observadas as condições de capacidade que a lei estabelecer".

Comentário: Com a nova mudança, acrescentou-se o "trabalho" e o "ofício" sob o poder regulatório da constituição, já que o trabalho regulado cria o trabalho não-regulado. Foi uma tentativa de extensão de controle malfeita.


Constituição de 1988


"É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer".

Comentário: A partir de 1988, não somente as escolhas das pessoas foram limitadas por sua capacitação, mas o órgão responsável por julgar se você pode ou não realizar tal tarefa não é mais você, nem seu empregador ou cliente, mas um burocrata do estado. A partir de 1988 a liberdade de poder trabalhar deixou de existir por completo.


Liberdade para trabalhar: acabando aos poucos


Quando pensamos em leis e constituições antigas pensamos em retrocesso. Ledo engano. Essa é a versão criada pelas escolas durante o século XX para validar a república presidencialista e a lógica de avanços do poder do estado contra uma sociedade livre.

Fica documentado, portanto, que, desde a primeira constituição da república, a capacidade de escolher e exercer qualquer trabalho foi sendo continuamente limitada ao ponto atual da estagnação.

A ideia de que a liberdade de trabalho é um direito natural e que não deve ser condicionada a qualquer regulamentação deve preceder a elaboração de qualquer constituição. Toda constituição deve, no mínimo, reconhecer isso.
      
Porém, basta ler as constituições do Brasil do século XX para perceber que esse conceito desapareceu. O Brasil do século XXI terá de resgatar princípios atemporais para não ficar no eterno atraso.

*. Luiz Philippe Orleans e Bragança é bacharel em Administração de Empresas pela FAAP, mestre em Ciências Políticas por Stanford (EUA), e possui MBA pelo INSEAD, da França. Já trabalhou no JP Morgan, em Londres, e no Lázard Freres, em Nova York. Foi Diretor de Desenvolvimento de Negócios da America Online (AOL) na América Latina (AOL). Atualmente, possui uma empresa na área de distribuição de moto-peças e uma incubadora de tecnologia.

https://groups.google.com/forum/#!msg/advocaciaejustica/Mgp1RScvTOA/3WSQ1pmEBwAJ

Cade ouvirá M&G sobre negociação da Petrobras com a Petrotemex


Petrobras aprovou em dezembro a venda da Petroquímica Suape e da Citepe para os mexicanos da Petrotemex e sua subsidiária Dak Americas Exterior

 


São Paulo – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ouvirá a M&G Polímeros Brasil como terceiro interessado na análise da aquisição pelo Grupo Petrotemex da Companhia Petroquímica de Pernambuco (PSuape) e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe), ativos da Petrobras.

A Petrobras aprovou em 28 de dezembro a venda da Petroquímica Suape e da Citepe para os mexicanos da Petrotemex e sua subsidiária Dak Americas Exterior por 385 milhões de dólares, em um negócio que faz parte do plano de desinvestimentos e parcerias da petroleira.

Segundo o Cade, a M&G é concorrente da petroquímica de Pernambuco no mercado de resina PET, mas a partir da operação terá a companhia também como seu único fornecedor de PTA, um insumo essencial no processo produtivo de PET.

Com isso, a M&G disse que teme “a adoção de práticas exclusionárias, como restrições e criações de dificuldades no fornecimento de PTA e possibilidades de discriminação quanto a preços e condições de contratação” caso a aquisição da rival pelos mexicanos seja concretizada.

Além de aceitar o ingresso da M&G como terceiro interessado na análise da operação entre a Petrobras e a Petrotemex, o Cade concedeu uma dilação de prazo de até 15 dias para que a empresa apresente pareceres e documentos que embasem seu pedido.