quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Esquerdismo não é liberalismo: a esquerda ataca hoje os principais valores liberais

 



Por Dennis Prager*


Qual a diferença entre um esquerdista e um liberal? Responder a esta pergunta é vital para entender a crise que enfrentam hoje a América e o Ocidente. No entanto, poucos parecem capazes de fazê-lo. Ofereço o texto seguinte como um guia. Aqui está a primeira coisa a saber: os dois não têm quase nada em comum. Pelo contrário, o liberalismo tem muito mais em comum com o conservadorismo do que com o esquerdismo. A esquerda apropriou-se da palavra “liberal” de forma tão eficaz que quase todos – liberais, esquerdistas e conservadores – pensam que são sinônimo. Mas eles não são. Vejamos alguns exemplos importantes.

Raça: esta é talvez a mais óbvia das muitas diferenças morais entre liberalismo e esquerdismo. A essência da posição liberal sobre a raça era que a cor da própria pele é insignificante. Para os liberais de uma geração atrás, apenas os racistas acreditavam que a raça é intrinsecamente significativa. No entanto, à esquerda, a noção de que a raça é insignificante é ela mesma racista. Assim, a Universidade da Califórnia considera oficialmente a afirmação “Existe apenas uma raça, a raça humana” como racista. Por essa razão, os liberais eram apaixonadamente comprometidos com a integração racial. Os liberais devem estar enojados com a existência de dormitórios negros e graduações separadas de negros em campus universitários.

Capitalismo: os liberais sempre foram pró-capitalistas, reconhecendo-o pelo que é: o único meio econômico de tirar grandes números da pobreza. Os liberais muitas vezes consideravam o governo capaz de desempenhar um papel maior para tirar as pessoas da pobreza do que os conservadores, mas nunca se opunham ao capitalismo e nunca foram pelo socialismo. A oposição ao capitalismo e a defesa do socialismo são valores de esquerda.

Nacionalismo: os liberais acreditavam profundamente no Estado-nação, se sua nação era os Estados Unidos, a Grã-Bretanha ou a França. A esquerda sempre se opôs ao nacionalismo porque o esquerdismo está enraizado na solidariedade de classe, e não na solidariedade nacional. A esquerda tem desprezo pelo nacionalismo, vendo nele o primitivismo intelectual e moral na melhor das hipóteses, e o caminho para o fascismo na pior das hipóteses. Os liberais sempre quiseram proteger a soberania e as fronteiras americanas. A noção de fronteiras abertas teria atingido um liberal como tão censurável como a um conservador. É emblemático do nosso tempo que os escritores de esquerda da revista do Superman tenham colocado o Superman anunciando alguns anos atrás: “Pretendo falar ante as Nações Unidas amanhã e informá-los que estou renunciando à minha cidadania americana”. 

Quando os escritores de Superman eram liberais, o Superman não era apenas um americano, mas um que lutou pela “Verdade, a justiça e o caminho americano”. Mas no pronunciamento dele, ele explicou que o lema “não é mais suficiente”.

Visão da América: os liberais veneraram a América. Assista filmes americanos da década de 1930 até a década de 1950 e você estará assistindo filmes abertamente patriotas, celebrando a América – praticamente todos produzidos, dirigidos e atuados por liberais. Os liberais entendem bem que a América é imperfeita, mas eles concordam com um ícone liberal chamado Abraham Lincoln que a América é “a última melhor esperança da Terra”.

Para a esquerda, a América é essencialmente um país racista, sexista, violento, homofóbico, xenófobo e islamofóbico. A esquerda ao redor do mundo detesta a América, e é difícil imaginar por que a esquerda americana seria diferente nesse quesito de outros esquerdistas de todo o mundo. Os esquerdistas muitas vezes se ofendem por ter seu amor pela América colocado em dúvida. Mas essas descrições esquerdistas da América não são a única razão para assumir que a esquerda tem mais desprezo do que o amor pela América. A visão esquerdista da América foi encapsulada na declaração do então presidente Barack Obama em 2008. “Estamos a cinco dias de transformar fundamentalmente os Estados Unidos da América”, disse ele.

Agora, se você conhecesse um homem que dissesse que queria transformar a esposa ou uma mulher que dissesse isso sobre o marido, você assumiria que amaram seu cônjuge? Claro que não.

Liberdade de expressão: a diferença entre a esquerda e os liberais em relação à liberdade de expressão é tão dramática quanto a diferença em relação à raça. Ninguém estava mais comprometido do que os liberais americanos com a famosa declaração “Eu desaprovo o que você diz, mas vou defender a morte seu direito de dizer isso”.

Os liberais ainda estão. Mas a esquerda está liderando a primeira supressão nacional da liberdade de expressão na história americana – das universidades ao Google para quase todas as outras instituições e locais de trabalho. Ela afirma apenas se opor ao discurso de ódio. Mas proteger o direito da pessoa A de dizer o que a pessoa B julga censurável é o ponto essencial da liberdade de expressão.

Civilização ocidental: os liberais têm um profundo amor pela civilização ocidental. Eles a ensinaram em praticamente todas as universidades e celebraram suas realizações únicas morais, éticas, filosóficas, artísticas, musicais e literárias. Nenhum liberal teria se juntado ao Rev. Jesse Jackson de esquerda ao cantar na Universidade de Stanford: “Ei, ei. Ho, ho. A civilização ocidental tem que ir embora”. O mais venerado liberal na história americana é provavelmente o ex-presidente Franklin Delano Roosevelt, que freqüentemente citou a necessidade de proteger não apenas a civilização ocidental, mas a civilização cristã. No entanto, os esquerdistas denunciaram por unanimidade o presidente Donald Trump por seu discurso em Varsóvia, na Polônia, no qual ele falou de proteger a civilização ocidental. Eles argumentaram não só que a civilização ocidental não é superior a nenhuma outra civilização, mas também que não é mais do que um eufemismo para a supremacia branca.

Judaísmo e Cristianismo: os liberais conheceram e apreciaram as raízes judaico-cristãs da civilização americana. Eles mesmos foram à igreja ou à sinagoga, ou pelo menos apreciaram que a maioria dos seus companheiros americanos o faziam. O desprezo que a esquerda tem – e sempre teve – pela religião (exceto pelo Islã hoje) não é algo com o qual um liberal jamais teria se identificado.

Se a esquerda não for derrotada, a civilização americana e ocidental não sobreviverá. Mas a esquerda não será derrotada até que bons liberais entendam isso e se juntem à luta. Caros liberais: os conservadores não são seu inimigo. A esquerda é.


* Artigo originalmente publicado pelo Townhall, em tradução livre. 

 http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/esquerdismo-nao-e-liberalismo-esquerda-ataca-hoje-os-principais-valores-liberais/?utm_medium=feed&utm_source=feedpress.me&utm_campaign=Feed%3A+rconstantino

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Groupon compra site gaúcho Laçador de Ofertas


De acordo com o Groupon, as duas marcas serão mantidas após a transação, "respeitando o perfil de parceiros e consumidores"

 





São Paulo – O site de descontos Groupon anunciou nesta segunda-feira a aquisição da página Laçador de Ofertas, especializado na região Sul do Brasil.

De acordo com o Groupon, as duas marcas serão mantidas após a transação, “respeitando o perfil de parceiros e consumidores de cada uma das plataformas”.

As empresas não forneceram detalhes financeiros sobre o negócio. O Laçador de Ofertas é o “maior marketplace de ofertas de serviços e hotéis do Rio Grande do Sul”, afirmou o Groupon em comunicado à imprensa.

Em março, as operações brasileiras do Groupon foram adquiridas pelo fundo de investimentos chileno Mountain Nazca, que também conta com filiais no Chile, Argentina, Colômbia, México e Peru.


http://exame.abril.com.br/negocios/groupon-compra-site-gaucho-lacador-de-ofertas/

Venda da Passaredo para controladores do Itapemirim é desfeita


O negócio foi anunciado no dia 3 de julho deste ano e o acordo previa que em cerca de 60 dias os empresários cumprissem uma série de obrigações

 




Ribeirão Preto – A Passaredo Transportes Aéreos informou nesta segunda-feira, 11, por meio de um comunicado, que a transferência do controle societário da companhia aos empresários Sidnei Piva de Jesus e Camila Valdívia, controladores do Grupo Itapemirim, não se efetivou. “Diante do não cumprimento das condições precedentes estabelecidas em contrato, os compradores foram notificados pela Passaredo na data de hoje (…) sobre o encerramento formal do negócio”, informou a companhia.

O negócio foi anunciado no dia 3 de julho deste ano e o acordo previa que em cerca de 60 dias os empresários compradores da empresa aérea regional cumprissem uma série de obrigações, entre elas o pagamento de valores não divulgados. Isso, no entanto, não ocorreu, segundo informou a companhia.

No comunicado, a Passaredo relata que continuará suas operações com o atual quadro societário, sob o comando do empresário José Luiz Felício Filho, “mantendo-se a estratégia de atuação no segmento da aviação regional, focado na reestruturação de sua frota operacional, no atendimento a novos mercados e nos acordos de codeshare e interline vigentes”, conclui.

À época do anúncio, a intenção dos controladores do Grupo Itapemirim seria promover a integração dos modais viário e aéreo, com a incorporação de aeronaves à frota da Passaredo. Com sede em Ribeirão Preto, a Passaredo iniciou sua operação em 1995, possui 700 funcionários e transportou mais de 800 mil passageiros em 2016. A companhia opera em 20 cidades de nove Estados.

Durante a vigência do acordo que foi rompido hoje, a Passaredo saiu do processo de recuperação judicial. Como noticiou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, no final do mês passado, a juíza Carina Roselino Biagi, da 8ª Vara Cível de Ribeirão Preto, determinou o fim do processo iniciado em 2012, cuja aprovação do plano de recuperação ocorreu em agosto de 2014 e durou dois anos.
  
 http://exame.abril.com.br/negocios/venda-da-passaredo-para-controladores-do-itapemirim-e-desfeita/
 

Sindicatos e entidades lançam campanha contra venda de estatais


Com o slogan "Eu não vendo o meu país", sindicalistas pretendem mobilizar a população em defesa de empresas como a Eletrobras e a Casa da Moeda

 





As medidas de ajuste na economia anunciadas pelo governo, que incluem a venda de estatais e ativos públicos, estão sendo questionadas por sindicatos e entidades de classe em uma campanha nacional sobre o assunto.
PUBLICIDADE

Com o slogan “Eu não vendo o meu país”, sindicalistas pretendem mobilizar a população em defesa das empresas anunciadas como candidatas à venda, incluindo Eletrobras e Casa da Moeda.

A campanha foi apresentada nesta segunda-feira (11), em entrevista coletiva na sede do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro).

Participaram representantes de dezenas de sindicatos e entidades de classe. Para a diretora do Sindipetro Natália Lopes, o objetivo é unificar as forças populares e questionar o processo de venda de ativos públicos.

“A campanha visa unificar o discurso entre todas as estatais e os serviços públicos que poderão ser vendidos em nosso país”, disse Natália.

Também contra a venda das empresas, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Casa da Moeda, Aluizio Júnior, destacou que pouquíssimos países abrem mão da fabricação de seu meio circulante.

“No G20 [grupo das maiores economias do mundo, do qual o Brasil faz parte], apenas dois países não produzem o próprio dinheiro. As cédulas em papel são especialmente importantes para a população mais pobre, que não tem acesso a contas em banco nem cartões de crédito.”

O vice-presidente da Associação dos Funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), economista Arthur Kobliz, defendeu a manutenção do investimento público como motor principal da economia.

“Os países que mais crescem no mundo, incluindo os do leste asiático, usaram pesadamente seus bancos de desenvolvimento”, ressaltou Kobliz.

Para o diretor da Associação dos Funcionários de Furnas, Felipe Araújo, uma estatal não visa somente ao lucro financeiro, mas também ao ganho social.

Segundo Araújo, se houver venda do Sistema Eletrobrás, haverá aumento de tarifas aos consumidores finais, incluindo comércio e indústria, que repassarão a diferença aos preços.

Com 47 usinas hidrelétricas, 114 termelétricas, duas termonucleares, 69 usinas eólicas e uma solar, a Eletrobras é responsável por um terço do total da geração de energia no país. Também é a maior empresa de transmissão de energia, com quase metade das linhas de transmissão do Brasil.

A campanha será apresentada no Congresso Nacional vna próxima quarta-feira (11), em um ato no Auditório Nereu Ramos, no Anexo 2 da Câmara dos Deputados.

 

Governo


Os motivos alegados pelo governo federal para anunciar a disposição de vender parte de ativos e empresas públicas são reduzir o déficit público e dar mais agilidade às empresas, favorecendo, em última instância o consumidor.

Com a meta de melhorar o caixa da União e estimular a economia, o governo decidiu colocar à disposição da iniciativa privada a administração de 14 aeroportos, 11 lotes de linhas de transmissão e 15 terminais portuários, além de parte da Eletrobrás.

Com a medida, o governo espera arrecadar cerca de R$ 44 bilhões ao longo dos anos de vigência dos contratos.

O Conselho do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) decidiu incluir no programa de desestatização rodovias, a Casa da Moeda, a Lotex e a Companhia Docas do Espírito. Ao todo, são 57 projetos de venda de empresas e parcerias público privada.


 http://exame.abril.com.br/negocios/sindicatos-e-entidades-lancam-campanha-contra-venda-de-estatais/

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Arauco firma acordo para comprar ativos da Masisa no Brasil


Transação, avaliada em 102,8 milhões de dólares, permitirá à empresa se consolidar como segundo maior produtor mundial de placas do mundo

 








Santiago – O grupo florestal chileno Arauco informou nesta sexta-feira que chegou a um acordo para adquirir os complexos industriais da Masisa no Brasil, em uma transação avaliada em 102,8 milhões de dólares que permitirá à empresa se consolidar como segundo maior produtor mundial de placas do mundo.

O acordo da Arauco, divisão florestal da Copec, prevê a aquisição de fábricas localizadas em Ponta Grossa, no Paraná, e Montenegro, no Rio Grande do Sul, fazendo parte do plano de desinvestimento da Masisa no Brasil.

“Caso a transação se materialize, a Arauco teria uma capacidade instalada de cerca de 10 milhões de metros cúbicos, consolidando sua posição como segundo produtor em nível mundial”, informou a companhia ao órgão regulador chileno.

A nova expansão da Arauco, que também é uma das maiores produtoras de celulose do mundo, ocorre após o fracasso das negociações do grupo chileno com a J&F Investimentos pela Eldorado Brasil.

 http://exame.abril.com.br/negocios/arauco-firma-acordo-para-comprar-ativos-da-masisa-no-brasil/

Facebook contrata executivo para tratar de entrada na China


O Facebook é bloqueado na China desde 2009, quando as autoridades chinesas aumentaram o controle a sites como a popular rede social

 


Nova York – O Facebook contratou um veterano executivo para tratar com as autoridades chinesas sua entrada no gigante asiático mediante grandes esforços, segundo publica nesta sexta-feira o jornal “The Wall Street Journal”.
PUBLICIDADE

Trata-se de William Shuai, um antigo funcionário da agência governamental chinesa que nos últimos três anos trabalhava para a rede social de uso profissional LinkedIn, encarregado das relações com as autoridades locais.

Shuai trabalhará de perto com a representante do Facebook na China, Wang-Li Moser, que foi contratada há três anos para ajudar a empresa a estabelecer relações com o Governo de Pequim, segundo detalhou o jornal.

Apesar de estar bloqueado na China há anos, o Facebook tem desde 2009 um escritório em Pequim e em maio anunciou a intenção de abrir outro em Xangai, a capital econômica do sul do país.

O Facebook é bloqueado na China desde 2009, quando as autoridades chinesas aumentaram o controle a sites como a popular rede social, o portal de vídeos YouTube e Twitter.

Seu fundador, Mark Zuckerberg, não esconde o interesse que a rede social tem de entrar na China, país ao qual viaja bastante – sua mulher é de origem chinesa – e onde inclusive realizou um discurso em mandarim em 2015 em uma universidade de Pequim. EFE


 http://exame.abril.com.br/negocios/facebook-contrata-executivo-para-tratar-de-entrada-na-china/

Alemã Merck contrata JP Morgan para vender negócios de saúde

 

Merck já prospectou compradores, incluindo a gigante suíça de alimentos Nestlé, segundo três fontes familiarizadas com o assunto

 





Frankfurt / Londres – A alemã Merck contratou o JP Morgan para vender seus negócios de saúde voltados ao consumidor, que incluem as vitaminas Seven Seas e estariam avaliados em cerca de 4,5 bilhões de dólares.
PUBLICIDADE

O grupo farmacêutico informou na última terça-feira que considerava vender a divisão, cujas vendas de medicamentos sem prescrição médica e suplementos vitamínicos giram em torno de 1 bilhão de dólares, para ajudar a financiar pesquisa de remédios com prescrição e margens maiores.

A Merck já prospectou compradores, incluindo a gigante suíça de alimentos Nestlé, segundo três fontes familiarizadas com o assunto.

Mas, embora as negociações preliminares tenham ocorrido durante o verão (do Hemisfério Norte) com a Nestlé, o que favoreceu a ideia de uma joint venture, nenhum acordo foi firmado, acrescentaram duas fontes.

O mercado global de produtos de saúde voltados ao consumidor está avaliado em cerca de 233 bilhões de dólares em vendas neste ano, informou a Euromonitor International, segundo a qual os negócios da Merck ocupam a 32ª posição no ranking, com uma fatia de mercado de 0,4 por cento.

Uma fonte disse que a Merck buscava um preço de 5 bilhões de euros, enquanto outros afirmaram que 4 bilhões de euros seria muito ambicioso porque as operações não têm alcance global. Para analistas do Bernstein, a divisão de saúde do grupo alemão vale entre 3,7 bilhões e 5,6 bilhões de euros.

A Merck confirmou o papel do JP Morgan, mas se recusou a comentar sobre outros aspectos do processo, enquanto a Nestlé não quis se manifestar.



http://exame.abril.com.br/negocios/alema-merck-contrata-jp-morgan-para-vender-negocios-de-saude/