quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Loja 500 do Grupo Renner - Abre as Portas no JK Iguatemi (SP)

Renner Abre as Por

Loja 500 do Grupo
 A Renner abre, nesta quinta-feira (16), sua 30ª loja na cidade de São Paulo. Com uma área total de 2 mil metros quadrados e investimento de R$ 6 milhões, a unidade chega ao shopping JK Iguatemi, localizado no bairro Itaim Bibi.
 
Com a inauguração na capital paulista, a Lojas Renner S.A. concretiza 500 lojas, incluindo os seus três formatos de negócio no varejo: 324 Renner (sendo 323 no Brasil e 1 em Montevidéu, no Uruguai), além de 97 Camicado e 79 Youcom. Inserida no contexto sustentável, assim como as demais inauguradas ao longo de 2017, a unidade do JK Iguatemi terá tanto as cortinas de provadores como as sacolas que auxiliam os clientes durante sua experiência de compra - confeccionadas com fio reciclado -, como também apresenta uma fachada atualizada, com modernização dos materiais, além de provadores com área interna mais confortável e vista para a cidade.  
 
 
 http://www.gironews.com/redes-shopping/loja-500-do-grupo-45530/

Bayer defende fusão com Monsanto no Brasil

Bayer defende fusão com Monsanto no Brasil

A entrada de empresas de tecnologia no setor agrícola vai garantir concorrência apesar da fusão entre Bayer e Monsanto, afirma Liam Condon, membro do Conselho de Administração e presidente da divisão agrícola da empresa alemã.

Em entrevista à Folha, o executivo defende que a união entre as gigantes agrícolas –a Bayer, que atua no setor de insumos agrícolas, como pesticidas, e a Monsanto, empresa americana de sementes– não vai gerar redução da competição. A compra foi anunciada em 2016 por US$ 66 bilhões.

O executivo diz que a entrada na agricultura de empresas de tecnologia, como Google, Bosch e start-ups, é subestimada.

"Há uma nova competição surgindo que as pessoas ainda não percebem muito, mas nós sim. Não temo que haja falta de concorrência, minha preocupação é que a Bayer ainda esteja por aqui daqui a dez anos."

A fusão está prevista para o início de 2018. "Há um pouco de sobreposição na área de sementes, e autoridades regulatórias dirão o que teremos que alienar e, uma vez que eliminemos isso, não vemos redução de concorrência", diz Condon.

Em outubro, a Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) recomendou que a fusão fosse impugnada pelo tribunal do órgão, que tem até março para decidir.

A nova empresa poderá dominar mais de um quarto do mercado mundial de sementes e pesticidas. 

Segundo o Cade, a fusão "pode determinar as condições de acesso à biotecnologia e do risco de adoção de práticas comerciais que dificultem o desenvolvimento de concorrentes".

Para Condon, mesmo após a fusão, a tecnologia será acessível para pequenos produtores. "Tudo o que fazemos é baseado em gerar mais inovação que nossos competidores para que os agricultores tenham incentivo para usar nossos produtos", diz.

Em 2016, a divisão agrícola da Bayer investiu € 1,2 bilhão (11,7% das vendas globais) em pesquisa e desenvolvimento.

Ele afirmou ainda que a marca Monsanto é uma preocupação, pois carrega uma imagem negativa entre os consumidores, e que a fusão terá que contornar isso.

 
BRASIL E EUA
 

Condon também avaliou a situação do Brasil, que, ao lado dos Estados Unidos, forma os dois maiores mercados estratégicos da Bayer.

O executivo afirmou haver "uma crescente desconexão entre a instabilidade política e a economia" –enquanto a crise política perdura no Brasil, a economia "parece ir razoavelmente bem".

Condon diz que o mercado brasileiro tem sido volátil, inclusive pelo clima tropical, mas há razões para acreditar no crescimento e investir a longo prazo.

"O que percebemos nesses tempos é que a recessão está sendo bastante dura para a economia no geral, mas a agricultura ainda tem uma performance razoavelmente boa", afirma o executivo.

Ainda assim, o fraco desempenho no país fez com que a Bayer revisse a expectativa de faturamento da divisão agrícola para menos de € 10 bilhões em 2017 –queda de 5% ante a previsão anterior.

A seca e a diminuição da pressão de pragas levaram a uma queda na demanda por pesticidas e fungicidas

 
Fazenda-modelo no Centro-Oeste do Brasil

 
O Brasil está no centro das ações da divisão agrícola da Bayer para os próximos anos. Em 2018, a empresa deve inaugurar uma "Forward Farm", espécie de fazenda-modelo, na região Centro-Oeste –o anúncio deve ocorrer ainda este ano.

Na fazenda, a Bayer coloca suas inovações e tecnologias em prática em parceria com empresas, universidades, entidades e o dono da propriedade.

A ideia é, em um ambiente mais realístico, demonstrar que a agricultura moderna pode criar um local sustentável e de sucesso econômico.

As "Foward Farms" já existem na Europa e também serão inauguradas na Argentina e no Chile no próximo ano.

Também está agendado para o Brasil, em 2019, o próximo Youth Ag-Summit. O evento da Bayer reúne jovens do mundo todo para discutir, durante quatro dias, soluções para combater a fome de modo sustentável num cenário de aumento populacional, mudanças climáticas e falta de recursos naturais.

Na edição mais recente, em outubro, na Bélgica, cinco brasileiros foram selecionados para compor o grupo de cem jovens de 49 países.

Escolhidos por meio de uma redação individual, os participantes depois formaram turmas com desafios específicos ligados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Os três melhores projetos ganharam financiamento da Bayer –de € 3 mil a € 10 mil. O grupo de Tamires Santos Lacerda, 23, estudante de relações internacionais de Sete Lagoas (MG), ficou em terceiro lugar, com uma campanha para incentivar crianças a consumir frutas e vegetais imperfeitos.
"Isso impacta nos preços, pois o distribuidor vai aumentar o preço dos produtos 'bonitos' porque está perdendo lucro com o desperdício dos considerados 'feios'", diz.

O projeto vencedor, ligado à igualdade de gênero, propunha engajar mulheres de países em desenvolvimento na agricultura.

 (Folha de S.Paulo, 16/11/17)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/bayer-defende-fusao-com-monsanto-no-brasil.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/#.Wg3KdrXJ3IU

Não é o iPhone X, mas é um baita lançamento!




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A Camex (Câmara de Comécio Exterior) lançou nesta quarta-feira (8) a consulta pública para receber contribuições da sociedade sobre as práticas e os problemas dos órgãos anuentes que impactam o mercado brasileiro de comércio exterior.

Essa é a chance de você expressar sua opinião e participar diretamente nos processos de regulamentação que os órgãos utilizam atualmente, e de que maneira eles podem se aproximar do dia a dia dos despachantes aduaneiros, comissárias de despacho, agentes de carga e operadores logísticos.
É quase como se a Apple te chamasse para montar o novo iPhone!

A consulta irá resultar na criação da Agenda Regulatória de Comércio Exterior para o período 2018-2019. Esse documento será usado como um planejamento na identificação e organização de temas estratégicos para a Camex.

O edital para a consulta foi publicado nessa terça-feira (7/11), e ficará aberto para participação até o dia 8 de janeiro.

Essa é a primeira vez que essa consulta será feita, então é o momento ideal para você participar, e comunicar aos órgãos quais ações devem ser implementadas, promovendo e estimulando a transparência e previsibilidade do Governo.

Ficou interessado em participar? Então basta preencher os formulários, separados por área temática, e envie para secamex@camex.gov.br dentro do prazo.



terça-feira, 14 de novembro de 2017

Embraer espera aprovação de modelo para receber mais encomendas

Resultado de imagem para logo da Embraer

A fabricante de aeronaves brasileira Embraer está a três meses de conseguir a aprovação para começar a entregar uma nova geração de aviões que, na avaliação do diretor comercial da companhia, John Slaterry, será um catalisador para conseguir mais encomendas.

A Embraer lançou formalmente a chamada geração E-2 de aviões regionais e pequenos mais de quatro anos atrás e colocou no ano passado o modelo introdutório para voar, o E190-E-2, de 100 lugares. As entregas para os clientes devem começar em abril. A família de aviões, que inclui uma versão maior e outra menor, foi alvo de uma grande série de encomendas iniciais – embora o ritmo dos negócios tenha desacelerado durante seu desenvolvimento.

Slattery disse, no Dubai Air Show, que a companhia tem “campanhas múltiplas” para acordos em andamento, que devem ser fechados nos próximos trimestres. A Embraer irá gradualmente no próximo ano passar a uma nova versão da aeronave, mas a produção das versões atuais não será interrompida. A empresa pretende continuar a produzir o E175 de 76 lugares atual por pelo menos mais uma década.



 Fonte: Dow Jones Newswires.


O Brasil precisa de mais transparência no comércio de armas


 Resultado de imagem para fotos Robert Muggah, diretor do Instituto Igarapé

James Duncan Davidson/TED




O Brasil é um dos cinco maiores exportadores de armas leves do mundo. Apesar da posição relevante no setor, esse é um mercado relativamente pequeno para o País. Estima-se que as exportações brasileiras somem, por ano, cerca de US$ 500 milhões em rifles, pistolas, munições e armamentos não letais. Não obstante, o lobby da indústria armamentista no Congresso é forte e tem conseguido algumas vitórias, como subsídios e afrouxamento das regulamentações. Para o canadense Robert Muggah, diretor de pesquisas do Instituto Igarapé, organização dedicada ao estudo da violência, esse é um caminho perigoso. “Há fortes evidências de que mais armas resultam em mais violência”, diz Muggah, um dos maiores especialistas no mercado bélico, do mundo. A força política dessa indústria vem de um intenso financiamento de candidatos, que chegou a US$ 500 mil nas eleições de 2014. Ao mesmo tempo, a possibilidade de receber investimentos de empresas estrangeiras de armas tem atraído as atenções de Estados, como Goiás. “Toda arma começa sua vida útil de forma legal. Em algum ponto da cadeia, elas são desviadas e vão parar no mercado ilegal”, afirma Muggah. Mais transparência e controle pode evitar que isso aconteça.

 Confira a entrevista:


DINHEIRO Qual é o papel do Brasil no mercado global de armamentos?
ROBERT MUGGAH Armas são um grande negócio e o Brasil tem mercados interessantes globalmente. Se você olhar para os dados de exportações, verá que, desde o ano 2000, o Brasil vendeu armamentos para mais de 100 países, incluindo os Estados Unidos, boa parte do Leste Europeu e mais de 30 países da África. É interessante notar que o País enxerga a indústria armamentista como estratégica e promove o seu crescimento. Tem havido esforços para a assinatura de acordos comerciais no setor e de parcerias para a produção em solo brasileiro, como no caso do caça Gripen, dos mísseis da Avibras, entre outros. E com subsídios do BNDES. Agora, o Brasil precisa de mais transparência no comércio de armas.
DINHEIRO O que configura essa falta de transparência?
MUGGAH É difícil ter clara noção do tamanho desse negócio no Brasil. Não há informações sobre o que é produzido ou exportado. As autoridades não exigem relatórios muito precisos, então, Taurus e CBC, as maiores fabricantes de armas e munições brasileiras, muitas vezes não informam quem são seus clientes.

DINHEIRO Qual é o potencial desse mercado para o Brasil?
MUGGAH Na última década, o Brasil tem ficado entre os cinco maiores exportadores de armas leves do mundo. Isso se deve muito à Taurus, que, embora sofrendo alguns reveses, continua aumentando sua produção, tendo como seu maior mercado os Estados Unidos. Em relação a outros produtos militares, o País tem se mantido entre os 30 maiores exportadores, sendo mais conhecido nos segmentos de aeronaves, veículos leves e lançadores de foguetes. Nesses segmentos, o Brasil não chega a ser um grande fornecedor, mas não é irrelevante. Vale notar que houve um grande esforço em montar essa capacidade durante a ditadura, mas também durante o governo do PT.

DINHEIRO Em termos de política externa, o Brasil utiliza sua indústria armamentista para fazer acordos mais abrangentes?
MUGGAH Essa foi uma expectativa das administrações anteriores, particularmente no governo Lula. A ideia era levar esse conhecimento brasileiro para outros países, notadamente do Cone Sul. Acredito que a esperança era de, com o setor de defesa, facilitar as negociações em outras áreas, como construção e mineração. Em especial na África, onde o Brasil tem instalações militares na Namíbia e em Cabo Verde, realiza uma série de exercícios e faz parcerias para pesquisa e desenvolvimento. Por exemplo, há um míssil sendo desenvolvido pela Avibras em parceria com a África do Sul. Há, também, acordos com a França para desenvolver submarinos, um deles nuclear, além do Gripen. Mas isso é em termos de armamentos pesados. No campo das armas leves, o Brasil é conhecido pela facilidade em se negociar, pois não exige os mesmo níveis de conformidade com os direitos humanos do que outras nações. Nesse âmbito, não há ambições de parcerias mais abrangentes, já que são produtos de baixo valor agregado. Agora, francamente, se o Brasil parar de exportar armas leves amanhã, será facilmente substituído por outro fornecedor. E trata-se de um mercado pequeno. O Brasil comercializa cerca de US$ 500 milhões por ano em armas leves, ainda que seja um dos cinco maiores exportadores.
DINHEIRO Apesar de ser um negócio pequeno em termos de exportações, comparando com setores como indústria e agronegócio, o lobby do setor armamentista é forte. Por que?
MUGGAH Parte disso se deve ao fato de que há um número relevante de políticos que falam em nome das empresas de armas. Na última eleição, cerca de 30 candidatos ao congresso receberam um total de US$ 530 mil em financiamento de fabricantes de armas, sendo que 21 foram eleitos. A CBC, sozinha, doou US$ 200 mil para 16 candidatos. O que eles buscam é um ambiente favorável, tanto para exportações, quanto para o mercado doméstico.

DINHEIRO É a chamada bancada da bala…
MUGGAH Sim. Essa bancada tem interesse em expandir o consumo local e aumentar os subsídios para a indústria. Eles têm tido algum sucesso, nos últimos tempos. A Taurus e algumas outras companhias receberam subsídios, na forma de créditos do BNDES, por exemplo. No campo da política externa, a bancada da bala tem sido bem sucedida em impedir que o Brasil participe de tratados internacionais. Em 2013, o País assinou o Tratado sobre Comércio de Armas (acordo que regula o comércio mundial de armas convencionais, ratificado por 50 países e em vigor desde 2014). Sua ratificação, no entanto, está parada no Congresso. Mais recentemente, surgiu no Brasil uma tendência de conectar a posse de armas com liberdades individuais. Isso é algo novo por aqui, onde a posse é considerada um privilégio, não um direito constitucional, como nos Estados Unidos. Agora, claramente há interesses econômicos por trás disso.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, fez um acordo com a Caracal, dos Emirados Árabes, para instalar uma fábrica de armas no Estado (Crédito:Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
DINHEIRO Empresas estrangeiras têm procurado entrar no mercado brasileiro. A austríaca Glock fez várias tentativas. Mais recentemente, a Caracal, dos Emirados Árabes, firmou um acordo com o Estado de Goiás para construir uma fábrica. O que elas veem no Brasil? Ao mesmo tempo, a bancada da bala é financiada por empresas como a CBC, que tem o governo brasileiro como acionista. Isso pode gerar conflitos?
MUGGAH Acredito que sim. A bancada da bala tem, naturalmente, instintos de proteção nacionalistas. Uma das questões é que o Brasil está estimulando investimentos estrangeiros, num momento em que o País passa por uma crise econômica. Mas há outro fator, que considero interessante, que é certa frustração com produtos nacionais, especialmente da Taurus. Alguns Estados reclamaram que as armas da empresa eram inferiores e houve casos de disparos acidentais. Isso criou um movimento a favor da importação de produtos, ou da criação de um ambiente favorável a empresas estrangeiras se instalarem no País.

DINHEIRO O sr. disse que o Brasil é visto como uma país onde é mais fácil negociar armas. Essas empresas estrangeiras podem estar interessadas em usar o País para atingir mercados que atualmente não conseguem?
MUGGAH É possível. Há outros motivos para o interesse delas, como o fato de o País já ter uma capacidade instalada para fabricação. Mas a Caracal vê no Brasil uma possibilidade de exportar para outros países na América Latina. O problema está no baixo nível de transparência. Quando o Brasil vende armas para mercados estrangeiros, não há um sistema robusto que garanta que a entrega foi feita ao destinatário certo. Como consequência, armas brasileiras acabam aparecendo em zonas de conflito. Agora, é interessante como o Brasil, que sempre se mostrou protecionista, vem permitindo e incentivando a chegada de novos competidores.

DINHEIRO No caso da Caracal, trata-se de uma iniciativa do governo de Goiás…
MUGGAH De alguma forma, acredito que é uma resposta à baixa qualidade do produto nacional. Isso deve mexer com o mercado.
Armas da Taurus, a maior fabricante brasileira, são exportas em feira de armamentos nos EUA, seu principal mercado (Crédito:Whitney Curtis/Getty Images/AFP )
DINHEIRO Sobre o mercado ilegal de armas: como rifles e pistolas vão parar nas mãos de bandidos?
MUGGAH Existem alguns caminhos. O primeiro são as chamadas sobras de conflitos. É um número relativamente pequeno, mas relevante. Uma boa parte dos AK-47 em circulação no mercado negro foi utilizada em conflitos há 30 ou 40 anos. Outro caminho são as pessoas que compram armas legalmente, nos Estados Unidos ou outros lugares, e as vendem no mercado negro. A grande maioria das armas compradas pelo crime organizado no México e na América Central vem dos Estados Unidos. Elas são adquiridas, inicialmente, de forma legal. Existem 64 mil lojas de armas nos EUA, mais do que Starbucks. No México, só existe uma loja de armas. Então, obviamente, há uma demanda que está sendo atendida por empresas americanas. Nossa estimativa é de que mais de 200 mil armas cruzem a fronteira, por ano. Um terceiro caminho são os desvios de estoques militares e policiais. Esse é um grande problema na América Central e do Sul. Por último, existem os grandes traficantes de armas, que movimentam contêineres por todo o mundo.

DINHEIRO E qual é a origem dessas armas?
MUGGAH Toda arma começa sua vida útil de forma legal, produzida por algum fabricante legítimo. Em algum ponto da cadeia, elas são desviadas e vão parar no mercado ilegal. Não é incomum fabricantes perderem de vista lotes inteiros.

DINHEIRO Mais transparência pode evitar que essas armas caiam nas mãos do crime?
MUGGAH Certamente. Existem esforços para melhorar a marcação e o rastreamento de armas. Qualquer produto tem algum tipo de número de série. Na maioria das indústrias, esse código é padronizado. No mercado de armas, no entanto, há uma resistência em criar padrões. O motivo para isso é a possibilidade de litigação, no caso de o produto cair em mãos erradas. É extraordinário pensar nisso. Televisões, carros, escovas de dente, enfim, quase tudo pode ser rastreado. Armas não. Até foram criados sistemas de marcação embutidos, ou mesmo dispositivos de biometria, que bloqueiam outras pessoas, que não o dono, de usar a arma. Mas a resistência das fabricantes, incluindo as brasileiras, é enorme. É um aspecto muito frustrante.

DINHEIRO Como a política irrestrita de venda de armas dos EUA afeta a América Latina?
MUGGAH Historicamente, a América Latina, o Brasil inclusive, é um grande cliente dos americanos. Vemos armas compradas legalmente nos EUA indo parar no México e na América Central. Agora, sem querer amenizar o impacto que o mercado americano tem no mundo, acredito que subestimamos outras fontes de fornecimento, em especial os desvios de estoques militares e policiais. Há também a questão das empresas de segurança privada. Na América Latina, para cada policial, há dois seguranças particulares. Trata-se de um mercado enorme, que não é bem regulado. Ao mesmo tempo, vários países latino-americanos estão produzindo. É o caso do Brasil, da Colômbia e, também, da Venezuela, que fabrica AK-47. No fundo, apesar de não estar errado, é conveniente apontar o dedo para os EUA.

DINHEIRO Agora, há a questão da liberdade individual e do direito de se defender. Podemos considerar que, se tivermos mais armas nas mãos das pessoas certas, estaremos mais seguros?
MUGGAH Esse é a posição de grupos como a National Rifle Association (associação americana que defende a indústria armamentista). Todo mundo tem a necessidade e o direito de se proteger. A questão é: se armar é a maneira mais eficiente de se defender? As evidências não mostram isso. A maioria dos crimes violentos na América do Norte, e, de certa maneira, também no Brasil, envolve parceiros íntimos. Homens matando mulheres. Nos EUA, a maior parte das mortes por arma de fogo é resultado de crimes passionais ou suicídios. Estatisticamente, é mais provável morrer em uma briga ou por suicídio do que num assalto. Ao mesmo tempo, ter uma arma em casa aumenta em até dez vezes as chances de ser morto por um bandido. A presença da arma amplia a chance de um encontro violento, que geralmente resulta na morte do dono dela. Há fortes evidências de que mais armas resultam em mais violência. Não estou argumentando que devemos nos livrar totalmente das armas. No Brasil, hoje, isso seria impossível. Agora, precisamos balancear seu uso legítimo com o dano social que elas causam. Para isso, é preciso mais regulação.

https://www.istoedinheiro.com.br/o-brasil-precisa-de-mais-transparencia-no-comercio-de-armas/

Inacreditável



Posso entender que um ex-funcionário do Banco Itaú seja contra o Bitcoin.

Posso entender que um Presidente do Banco Central dos Estados Unidos seja contra o Bitcoin porque ele vai desbancar o dólar como moeda internacional.

Mas Ilan afirmar que o Bitcoin é uma pirâmide financeira, é assustador.

Existem n razões para ser contra o Bitcoin, mas não essa.

Pior, parece que ele nem entende de bancos.

Bancos funcionam na base de uma pirâmide, chamada multiplicador bancário, e que exige que todos acreditem na mentira do “saldo bancário”.

Quando você recebe seu extrato bancário dizendo que possui R$12.000,00, na realidade só tem R$1.200,00.

Ilan sabe disso, e essa é sua função, cobrir os bancos quando você sacar todos os R$12.000,00 que o Banco não tem.

Portugal, here I come.

Pode?


 http://blog.kanitz.com.br/inacreditavel/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+stephen_kanitz+%28Fa%C3%A7a+Uma+Pausa.+Levante%2C+estique+os+bra%C3%A7os%2C+leia+algo+diferente.%29

Dívida da Venezuela entra em ‘default seletivo’

Venezuela entra em ‘default seletivo’ de sua dívida

Abalada por uma severa crise econômica, a Venezuela entrou em default seletivo, depois que não conseguiu pagar 200 milhões de dólares em bônus globais, declarou a agência de classificação financeira Standard & Poors, o que ameaça desencadear o não cumprimento de sua dívida externa gigantesca.

A S&P, a primeira a anunciar o default parcial da Venezuela, explicou que tomou a decisão após os 30 dias concedidos para a realização dos pagamentos dos títulos 2019 e 2024.

“Rebaixamos duas notas para ‘D’ (default) e reduzimos a classificação da dívida soberana em moeda estrangeira a longo prazo a ‘SD’ (default parcial)”, indicou a S&P.
A agência fez o anúncio poucas horas depois de uma reunião em Caracas entre o governo de Nicolás Maduro e credores internacionais, aos quais não foi apresentado um plano concreto para a renegociação de sua dívida externa, de quase 150 bilhões de dólares.

A reunião durou apenas 25 minutos, mas foi considerada um sucesso pelo governo de Nicolás Maduro. Os credores, no entanto, saíram decepcionados.

O vice-presidente Tareck El Aissami leu um texto no qual prometeu novos encontros para “avaliar propostas”, sem estabelecer datas, afirmaram à AFP algumas fontes.
El Aissami declarou ao canal estatal de TV que a Venezuela está “blindada”, mas acusou o governo de Donald Trump de “fechar vias” ao país com as sanções financeiras.

Maduro anunciou em 2 de novembro que o país buscaria “refinanciar e reestruturar” a dívida, em consequência de uma “perseguição financeira” comandada pelos Estados Unidos. 


“O default nunca chegará”, afirmou o presidente no domingo.

O governo afirmou que muitos investidores compareceram ao encontro, mas outras fontes afirmaram à AFP que os estrangeiros não estavam na reunião porque o governo dos Estados Unidos incluiu El Aissami na lista de sanções, proibindo seus cidadãos de negociar com ele.

“As sanções dos Estados Unidos sobre a Venezuela e funcionários do governo provavelmente resultarão em uma longa e difícil negociação com proprietários de títulos”, opinou a S&P.


– Default esperado –


O não cumprimento dos pagamentos pode ser declarado pelo governo, os grandes credores ou pelas agências classificação. A S&P é a primeira.

Em Nova York, a Associação Internacional de Swaps e Derivativos (ISDA), que reúne proprietários de títulos da dívida, disse que nesta segunda-feira verificou informações “sobre se ocorreu uma interrupção de pagamento” de um bônus da PDVSA de 1,161 bilhão de dólares.

O governo garante que já transferiu os recursos, mas os credores não haviam recebido até sexta-feira. A avaliação vai continuar nesta terça-feira e, em caso negativo, resultaria no pagamento dos seguros CDS (Credit Default Swaps).

Caracas afirma que pagou a cota vencida na sexta-feira, de 81 milhões de juros de um título da PDVSA, assim como os 200 milhões de dívida soberana que deveriam ser cancelados na segunda-feira.

Com reservas internacionais de apenas 9,7 bilhões de dólares, a Venezuela deve quitar até o fim do ano pelo menos 1,47 bilhão de dólares. E para 2018 tem obrigações de mais de US$ 8 bilhões.
Analistas previam que a Venezuela terminaria em default, mas divergiam sobre a data.


– Aposta em China e Rússia –


Maduro anunciou avanços nas negociações com seus aliados: China – uma dívida de 28 bilhões de dólares – e Rússia, que esta semana assinará um acordo de reestruturação de três bilhões dos oito bilhões devidos pela Venezuela.

A assinatura está prevista para quarta-feira, indicou à AFP uma fonte próxima ao governo russo. O ministério das Finanças do país não confirmou a informação e nenhum evento público está programado, enquanto a embaixada da Venezuela em Moscou anunciou uma entrevista coletiva para a data.

O porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Geng Shuang, disse que “a cooperação sino-venezuelana em termos de financiamento acontece normalmente”.

“Pensamos que o governo e o povo venezuelano têm a capacidade de resolver o problema da dívida de seu país”, disse.

China e Rússia boicotaram, ao lado de Bolívia e Egito, uma reunião informal no Conselho de Segurança da ONU sobre a Venezuela, durante a qual a representante dos Estados Unidos chamou o país sul-americano de “ameaça”.

Maduro enfrenta forte pressão internacional. Somando-se a EUA e Canadá, os chanceleres da União Europeia (UE) adotaram na segunda-feira uma série de medidas. Entre elas, um embargo de armas e um marco jurídico sobre futuras sanções contra “responsáveis por graves violações dos direitos humanos”, com o objetivo de “favorecer” o diálogo na Venezuela.

Caracas chamou as medidas de “hostis” e pediu uma reunião com a diplomacia europeia.

Com a queda dos preços do petróleo, fonte de 96% das divisas do país, o governo cortou drasticamente as importações para pagar a dívida, o que provocou uma severa escassez de alimentos e medicamentos.

De acordo com o Eurasia Group, Maduro busca “liberar recursos” para importações antes das eleições presidenciais de 2018. A médio prazo, no entanto, a crise deve piorar e a Venezuela enfrentaria litígios e possíveis embargos de ativos da PDVSA.


 https://www.istoedinheiro.com.br/venezuela-entra-em-default-seletivo-de-sua-divida/