sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Canadense CPPIB planeja novos aportes no Brasil após acordo com Votorantim

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SÃO PAULO (Reuters) - O CPPIB, maior fundo de pensão do Canadá, planeja novos investimentos bilionários em infraestrutura no Brasil nos próximos anos após firmar uma joint venture com a Votorantim Energia com foco em renováveis, disse um alto executivo para a América Latina nesta sexta-feira. 

Com a parceria 50/50 entre o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) e o braço de energia do conglomerado Votorantim, anunciada nesta sexta-feira, os dois grupos deverão investir nos próximos anos mais de 3 bilhões de reais em energia renovável no país. 

Todavia, o CPPIB está de olho também em outros setores, como saneamento, afirmou à Reuters Ricardo Szlejf, head de infraestrutura do fundo na América Latina. 

“Já temos investimento em infraestrutura no Chile, Peru e México (na América Latina), e este (acordo com a Votorantim) é o primeiro investimento no Brasil, estamos inaugurando... no setor de energia renovável, que é um dos que a gente considera o mais atraente”, afirmou o executivo. 

Mas “o Brasil é grande e importante, e temos acompanhado oportunidades em outros setores”, acrescentou ele, lembrando que o fundo já investe em portos, linhas de transmissão, gasodutos e distribuição de energia em outras partes do mundo. 

O fundo já tem investimentos de 5 bilhões de dólares em infraestrutura na América Latina.

Com a parceria com a Votorantim, o executivo ressaltou que o fundo está estudando também investimentos em outras fontes de geração de energia, além da eólica --o foco do investimento inicial, marcado pela compra de dois projetos no Nordeste. 

O executivo afirmou que as futuras aquisições podem envolver empreendimentos hidrelétricos e solares, “tanto projetos em desenvolvimento quanto aquisição de ativos em operação”. 

E não descartou novos negócios com a própria Votorantim. 

“É uma possibilidade... A Votorantim é um dos maiores investidores em geração, e a gente poderia sim contemplar, tanto ativos que fazem parte do grupo quanto novos ativos...” 

A Votorantim Energia é a segunda maior comercializadora de energia do Brasil e opera 23 usinas hidrelétricas, sete parques eólicos e nove consórcios, com uma capacidade total de 2,2 GW.

O ACORDO


O CPPIB fará aporte inicial de aproximadamente 690 milhões de reais na joint venture, que anunciou a aquisição do projeto eólico Ventos do Araripe III, localizado na divisa do Piauí e Pernambuco, com capacidade instalada de aproximadamente 359 megawatts.

No acordo, a Votorantim Energia ainda transferiu para a joint venture o parte Ventos do Piauí I, localizado no Piauí, com capacidade de aproximadamente 206 megawatts de energia.

O anúncio da parceria do fundo canadense com a Votorantim nesta sexta-feira confirmou reportagem da Reuters publicada em outubro, com base em fontes com conhecimento do assunto, que apontaram para negociações entre as empresas.

O movimento evidencia o crescente interesse estrangeiro na indústria de energia do Brasil, especialmente de renováveis, à medida que o país tenta impulsionar a contratação de usinas eólicas e solares e deixa de lado uma política que nos últimos anos priorizou grandes hidrelétricas.

“O Brasil é muito competitivo em renováveis, principalmente em energia eólica. Tem bom fator de capacidade, terras disponíveis e também um marco regulatório bom; leilões organizados e bons retornos com risco baixo”, declarou o executivo.

Ele comentou que o fundo tem visão de longo prazo, e incertezas relacionadas às eleições em 2018, por exemplo, não são motivos mudanças de planos.


Gigante no Nordeste, Hapvida prepara IPO para abril de 2018

Gigante no Nordeste, Hapvida prepara IPO para abril de 2018
Depois de analisar a possibilidade de vender uma fatia da companhia, a operadora de saúde Hapvida, gigante no Norte e Nordeste, partirá para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), já programada para ocorrer em março ou abril do próximo ano. O Conselho de Administração da empresa deu o aval para a operação na quarta-feira, dia 13, e o sindicato de bancos já está selecionado: Bank of America Merrill Lynch (BofA), BTG Pactual e Goldman Sachs. A avaliação preliminar da empresa está entre R$ 14 bilhões e R$ 16 bilhões – esse valor muda de banco para banco.


Timing. 


As projeções indicam que a empresa alcance, em 2018, um lucro líquido de mais de R$ 800 milhões, o que deve representar, se cumprido, um aumento de cerca de 20% em relação aos ganhos deste ano, de pouco menos de R$ 700 milhões. No mercado, a percepção até aqui é de que a janela para emissão de ações esteja aberta até abril. Depois disso, a maré do mercado pode virar por conta do ano eleitoral.

A empresa chegou ao final de outubro com 2,2 milhões de beneficiários de planos médicos, crescimento de cerca de 11% na comparação com o ano passado. No mesmo período, o mercado como um todo encolheu 1%. Procurada, a Hapvida afirmou que não comenta rumores de mercado.


 https://www.istoedinheiro.com.br/hapvida-prepara-ipo-para-2018/

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Acordo de planos econômicos promete pagar honorários a advogados


 





A Advocacia-Geral da União fechou acordo com representantes de bancos e poupadores para resolver impasse sobre os índices de correção monetária dos planos econômicos durante as décadas de 1980 e 1990, após mais de duas décadas de litígio. Os termos devem ser protocolados ainda nesta terça-feira (12/12) no Supremo Tribunal Federal, com pedido de homologação.

Segundo a AGU, esse é o maior acordo judicial do país e encerrará mais de um milhão de processos judiciais. O valor é estimado em R$ 12 bilhões. O texto, ainda não divulgado na íntegra, define que terão direito a reparação somente os poupadores que ingressaram com ações coletivas e individuais para cobrar valores referentes às correções.

Quem tem direito:
> Autores de ações individuais
(não prescritas)
> Autores de execução de
sentença coletiva (até 2016)
Honorários:
> 10% sobre o valor da causa
em ação individual
> 5% em execução de
sentença coletiva


Prazo de adesão:

 
> 24 meses (poupadores)
> 90 dias (outros bancos)
O pagamento deve ocorrer em no máximo três anos. A princípio, cinco instituições financeiras participam: Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Outras poderão aderir em até 90 dias.

No caso das ações individuais, serão beneficiados poupadores (ou herdeiros) que acionaram a Justiça dentro do prazo prescricional (20 anos da edição de cada plano). Ainda poderão aderir os poupadores que, com base em ações civis públicas, entraram com execução de sentença coletiva até 31 de dezembro de 2016, dentro do prazo prescricional de cinco anos.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que teve assento na mesa de negociações, garantiu que advogados envolvidos nos processos vão receber honorários de sucumbência: 10% sobre o valor de cada caso concreto, nas ações individuais.

Já os profissionais do Direito que patrocinaram execuções de sentença coletiva ficarão com 5%. A outra metade será destinada, mediante cessão, à Frente Brasileira dos Poupadores (Febrapo), que participou das rodadas de negociações.

Os honorários serão pagos pelo banco réu de cada processo. O presidente da Febraban, Murilo Portugal, disse que ficou garantido o direito de defensores mesmo reconhecendo-se que nem sempre os recursos entram nesse tipo de acordo.

Também será dos advogados o papel de cadastrar seus clientes em banco de dados digital, previsto para ser criado depois que o STF homologar as condições. Será preciso apresentar cópia de extratos bancários ou declaração do Imposto de Renda para comprovar a existência e o saldo da conta de poupança.

Quem se encaixar nos requisitos pode se inscrever em até 24 meses. Após aderir, a ação será extinta.


Prazos e procedimentos
 

O pagamento deve ser dividido em 11 lotes, separados de acordo com o ano de nascimento dos poupadores. O objetivo é que mais velhos recebam antes dos demais. Não será necessário se dirigir ao banco para receber.


Pagamentos:
 
> Até R$ 5 mil: à vista
> De R$ 5 mil a R$ 10 mil:
três parcelas
> Acima de R$ 10 mil:
cinco parcelas
Descontos:
> Até R$ 5 mil: nenhum
> De R$ 5 mil a
R$ 10 mil: 8%
> De R$ 10 mil a
R$ 20 mil: 14%
> Acima de R$ 20 mil:
19%
O pagamento será feito em conta-corrente do poupador ou por meio de depósito judicial, de acordo com as faixas de valor a receber: receberá à vista quem tem direito a até R$ 5 mil (estima-se que 60% dos envolvidos).

Entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, uma parcela à vista e duas semestrais. A partir de R$ 10 mil, uma à vista e quatro semestrais. A correção dos valores será feita pelo IPC-A.

Não haverá qualquer desconto para poupadores que tenham a receber até R$ 5 mil. Para valores entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, haverá 8% de abatimento. Na faixa de R$ 10 mil a R$ 20 mil, o desconto será de 14%. Já quem receber mais de R$ 20 mil, terá 19% do valor descontado.
Arte: AGU
A AGU afirma que todas as adesões estarão submetidas a auditoria e procedimentos para evitar fraudes.

"Temos a confiança de que a homologação desse acordo representará ânimo renovado para o mercado, porque são alguns milhões que ingressam para reaquecer a economia", afirmou nesta terça a advogada-geral da União, Grace Mendonça. 

Para o diretor do Banco Central, Isaac Sidney, o acordo representa ganhos variados, que transcendem a resolução do conflito. "Reduz as incertezas que permeiam os balanços das instituições que compõe o sistema financeiro nacional. Além disso, a redução da litigiosidade dá maior previsibilidade aos negócios no ambiente financeiro nacional e evita perdas futuras por demandas." Por isso, segundo ele, os bancos podem inclusive aumentar a oferta de créditos.

No caso de bancos comprados por outras instituições em regime de aquisição global, o comprador fica responsável pelo pagamento. Se a aquisição ocorreu em regime de liquidação ou por meio do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional, de 1997, o banco adquirente fica responsável apenas pela parte ativa.

Em relação à parte passiva, as ações continuam até que o Superior Tribunal de Justiça dê uma resposta a isso.


Longa jornada
 

Há 13 meses, a AGU tenta chegar a um consenso com representantes dos bancos, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e da Frente Brasileira dos Poupadores, em mais de 50 reuniões. O acordo já havia sido anunciado em novembro, sem muitos detalhes.

A discussão gira em torno da correção de aplicações na poupança durante a entrada em vigor dos planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989) e Collor 2 (1991), quando foram criados índices de correção monetária menores que os da inflação do período.

A controvérsia, portanto, era se os poupadores têm direito à diferença entre a correção da poupança e a inflação registrada na época, os chamados expurgos inflacionários.

As instituições financeiras não reconhecem o direito, porque afirmam ter cumprido a lei, mas calculavam que, se perdessem a discussão em julgamento no Supremo Tribunal Federal, teriam de desembolsar não “apenas” R$ 12 bilhões, e sim mais de R$ 50 bilhões — até R$ 150 bilhões, na visão mais pessimista.

O plano Collor 1 não entra no acerto porque o Superior Tribunal de Justiça já apresenta jurisprudência em favor dos bancos. Portanto, as instituições preferem que essas ações continuem em andamento.

O STF já iniciou o julgamento de pelo menos alguns desses processos em 2013, com leitura de relatório e sustentações orais, mas nenhum ministro votou aindaCom informações da Assessoria de Imprensa da AGU.

* Texto atualizado às 21h35 do dia 12/12/2017 para acréscimo de informações.

 é repórter da revista Consultor Jurídico.
Revista Consultor Jurídico



 https://www.conjur.com.br/2017-dez-12/acordo-planos-economicos-promete-pagar-honorarios-advogados

Liberais devem sair de suas bolhas e dialogar com o resto do Brasil


Por Luan Sperandio, publicado pelo Instituto Liberal


A dedicação e o trabalho de alguns indivíduos e instituições, a crise econômica e institucional pela qual o Brasil vive desde 2013 e a internet fizeram o incipiente movimento liberal brasileiro progredir.

No entanto, a despeito disso, nada garante que ele continuará crescendo a ponto de influenciar as massas, o que nos demanda um diagnóstico e proposições do que deve ser feito.
Nos últimos anos podemos listar entre as conquistas recentes do liberalismo:
  • a criação de centenas de grupos de estudos liberais pelo país afora;
  • a publicação de diversos livros de ciência política que se tornaram best-sellers;
  • a vitória de algumas chapas liberais em eleições para DCE em universidades brasileiras;
  • a organização de centenas de eventos e palestras com a promoção de debates com viés liberal;
  • a quebra do monopólio da esquerda nas manifestações de rua, influenciando no processo de impeachment de Dilma Rousseff;
  • o retorno da agenda de reformas com a aprovação da PEC do Teto dos Gastos e da Reforma Trabalhista, além de estar em trâmite a Reforma da Previdência e a Reforma Tributária;
  • o surgimento de partidos com viés liberal, como o Novo e o Livres, ala do PSL.
Todos esses eventos são importantes e fundamentais, devendo ser comemorados, mas os liberais devem sair de suas bolhas políticas, estimuladas pelas redes sociais, se quiserem dar os próximos passos.

Basicamente, algoritimos selecionam conteúdos conforme a atividade dos usuários, o que além de eventualmente limitar o debate de ideias na internet dão a falsa impressão de que todo mundo concorda com você. Assim, se vê na timeline um exacerbado otimismo com os rumos do movimento liberal.

Ao que parece, o pré-candidato a presidência pelo partido Novo, João Amoedo, é o nome mais “purista” dentre os que aspiram estar no Palácio do Planalto em 2019. Ter um candidato que defenda uma pauta liberal é um enorme avanço. Nas eleições de 2014 Pastor Everaldo, do PSC, afirmou em rede nacional que se eleito iria privatizar a Petrobrás. O discurso destoou da covardia de Geraldo Alckmin 8 anos antes, e colocou uma vaca sagrada em debate. Embora apenas um quarto dos brasileiros se declararam favoráveis a venda da estatal em 2015, o percentual aumentou com estimativas anteriormente realizadas.


Assim, estar no páreo alguém cuja proposta é privatizar todas as estatais, é animador. A depender do impacto da candidatura, essas ideias podem influenciar o debate público e forçar outros candidatos a incluírem algumas propostas em suas agendas.

Contudo, não me parece que será em 2018 que os liberais terão um candidato competitivo. Ao que tudo indica, o Novo não participará dos debates presidenciais e terá menor exposição que Levy Fidelix nas eleições passadas. Naquela oportunidade ele conseguiu aumentar em 8 vezes sua votação de 2010, mas ainda assim registrou menos de 500 mil votos. Amoedo fará mais de um milhão de votos? É possível. Chegará a 5% dos votos válidos? É bastante improvável.

É bom salientar que o maior desafio do Novo e do Livres em 2018 é conseguirem eleger uma bancada no parlamento a fim de mostrar trabalho e terem maior capilaridade nas eleições de 2020 e 2022. Ainda assim, para mim está claro que a apuração das urnas em 2018 evidenciará um descompasso das expectativas alimentadas por liberais desde 2014 e a realidade eleitoral. Paciência. Certas coisas são como vinho e uísque, levam tempo para ficarem boas.

Porém, mais do que essa desarmonia de expectativas, há um abismo entre o que os liberais vivem e seus discursos com as preocupações presentes no “Brasil real” – e isso é importante destacar pois ainda é possível reajustar isso.

Debater sobre reserva fracionária ser fraude ou não, sobre as aplicabilidades do Princípio da Não Agressão (PNA) e a volta da Monarquia, tudo isso são exercícios bastante interessantes, todavia essas temáticas não possuem qualquer eco fora dessa bolha. Ao produzirem conteúdo sobre isso, se dialoga apenas com um nicho, não com o Brasil.

O Brasil real é aquele em que metade dos domicílios sequer possui coleta de esgoto; é a nação em que um terço de seus habitantes ainda não possui acesso à internet, é aquele em que as classes populares que a utilizam sequer estão interessadas em mobilização política. As pessoas estão preocupadas se o posto de saúde ficará aberto o dia todo, se a rua será asfaltada, se haverá vagas na creche no ano que vem para a mãe poder voltar ao mercado de trabalho e ajudar no sustento da casa.

Não significa que apenas os liberais estejam falhando nesse sentido: há muito tempo a esquerda está presa em sua própria bolha. O fracasso do PT em 2015 e 2016 em muito se deveu a isso.

A lição que fica é a de que liberais devem ocupar espaços e ser agentes de mudanças nesses ambientes, seja na iniciativa privada, em cargos públicos ou no terceiro setor. Mas, para isso, espera-se um discurso que vá muito além da privatização de estatais.


 http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/liberais-devem-sair-de-suas-bolhas-e-dialogar-com-o-resto-brasil/?utm_medium=feed&utm_source=feedpress.me&utm_campaign=Feed%3A+rconstantino

Cade autoriza Changi a comprar fatia da Odebrecht no Galeão

Cade autoriza Changi a comprar fatia da Odebrecht no Galeão



O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (13) pedido de autorização precária e liminar para consumação antecipada de operação entre a Excelente B.V, do grupo Changi, e a Rio de Janeiro Aeroportos.

Na operação, a Excelente adquiriu 60% das ações da Rio de Janeiro Aeroportos que eram detidas pela Odebrecht, o que elevou a participação do grupo asiático a 100% das ações da companhia, que controla a concessionária do Aeroporto Internacional Carlos Jobim (Galeão). 

Inicialmente, a participação da Odebrecht seria adquirida pela chinesa HNA Infrastructure, operação que chegou a ser aprovada pelo Cade e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A HNA, porém, não obteve todas as autorizações exigidas pelo governo chinês para a operação, o que levou a Odebrecht a conceder direito de preferência à Excelente.
A operação já havia sido aprovada pela superintendência do Cade na terça-feira, 12, mas ainda estava correndo o prazo de 15 dias em que algum interessado poderia questionar a aprovação, o que levaria a análise do negócio ao tribunal do conselho. 

As empresas, no entanto, pediram para fechar a operação antes do fim desse prazo alegando que haveria prejuízos financeiros, já que o prazo concedido pela Anac para pagamento da primeira parcela pela concessão do Aeroporto do Galeão, de R$ 1,167 bilhão, vencerá em 20 de dezembro de 2017. 

“Caso a operação não fosse realizada, a Concessionária Aeroportos não receberia a capitalização devida e necessária ao pagamento, o que poderia interromper as atividades no Aeroporto do Galeão”, informou o Cade.

Niobium nasce para dar lastro a ações de startups


A criptomoeda brasileira, Niobium, que será lançada até o final do ano, nasce com a promessa de permitir que ações de startups brasileiras possam ser negociadas sem a abertura de capital

 

Niobium nasce para dar lastro a ações de startups



Enquanto muitos se perguntam sobre a possibilidade de a recente supervalorização da Bitcoin ser uma bolha, empreendedores estão criando novas moedas virtuais para darem “lastro” a outras iniciativas. Uma das principais críticas à criptomoeda é a ausência de lastro no mundo físico. Porém, um empreendedor paulista inverteu essa lógica e quer usar uma nova moeda virtual, a Niobium, para dar lastro a títulos de startups, que seriam comercializadas como ações.

Parece estranho. E é. À medida que mais economistas se perguntam como pode um código de programação valer tanto, Fernando Barrueco está utilizando um código parecido para financiar projetos de novas empresas com caráter inovador. A Niobium está em seu processo ICO – sigla em inglês para Oferta Inicial de Criptomoeda – até o final de janeiro. A sua comercialização começou no dia 1º de dezembro. A moeda, como outras, é baseada no código original da Etherium, que possui um propósito mais comercial do que a Bitcoin.

A Niobium, que remete ao polêmico minério explorado em jazidas de Minas Gerais e Goiás, foi criada para permitir a capitação de R$ 5 milhões e dar condições de operação à Bolsa de Moedas Virtuais Empresariais de São Paulo (Bomesp). Diferentemente de outras bolsas de moedas virtuais, como a Mercado Bitcoin ou a CoinBR, a Bomesp promete a negociação de títulos, como se fossem ações, de startups por meio de moedas criadas a partir da Niobium.
A principal diferença é que, em um processo de IPO (sigla em inglês para Oferta Pública Inicial de Ações), a empresa entrega parte de seu capital social ao mercado. No caso das moedas, as startups ou até mesmo grandes empresas, comprometem-se a pagar bônus aos compradores. Daí vem o nome dado pelo criador da Niobium e fundador da Bomesp, Fernando Barrueco, de “reputation coins” – moedas de reputação, em inglês. “A ideia é que qualquer pessoa jurídica possa captar recursos por meio da emissão de suas próprias moedas digitais”, explica Barrueco.

Barrueco explica que a Bomesp funciona de forma semelhante à B3, maior bolsa de valores da América Latina. Nessa plataforma, será possível negociar o que ele chamou de ‘tokens’ das empresas. Cada empresa listada na bolsa teria sua própria moeda, baseada no código-fonte da Niobium e lastreada na operação da própria companhia. Assim, o valor de mercado dessas moedas seria o valor dado por investidores às companhias que as emitiram.

Hoje, ainda não existe qualquer mercado semelhante no mundo. “É uma bolsa de ativos digitais. Não existe validação neste novo mundo. Estamos trazendo uma facilidade para as empresas se capitalizarem. Sem bancos, sem intermediários”, afirma Barrueco.
Há um mês, ISTOÉ DINHEIRO publicou uma matéria sobre outras moedas virtuais brasileiras, entre elas a Niobium e a Anti Bureaucracy Coin (ABC). 

Indústria de biocombustível vê impulso com aprovação de programa RenovaBio

Indústria de biocombustível vê impulso com aprovação de programa RenovaBio


Legenda: Há um ano Márcio Félix, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, anunciava, em entrevista exclusiva ao TV BrasilAgro, o lançamento do RenovaBio, programa de Estado que cria o marco dos biocombustíveis no País.

A nova política de biocombustíveis do Brasil (RenovaBio), aprovada nesta terça-feira no Senado, deverá impulsionar o setor no país e ao mesmo tempo colaborar para o uso de combustíveis renováveis e menos poluentes, disseram representantes da indústria.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que representa as usinas do centro-sul, ainda comemorou a tramitação em “tempo recorde” do projeto no Congresso --a matéria havia sido aprovada no final de novembro na Câmara e agora segue para sanção presidencial. “Ao ser sancionada como Lei em 2017, a expectativa é que essa política seja implementada na safra de cana 2019/2020. Até lá, será necessário definir as metas de redução de emissões e regulamentar o mercado”, declarou a Unica em comunicado.

Segundo a Unica, o programa envolve duas metas: a nacional, com prazo de dez anos, que objetiva induzir de forma previsível a redução competitiva e eficiente da intensidade de carbono da matriz de combustíveis; e a individual, destinada às distribuidoras de combustíveis.

“Para demonstrar o cumprimento das metas, as distribuidoras deverão comprar os CBios, créditos de carbono, emitidos pelos produtores de biocombustíveis”, explicou a Unica.

Esse modelo valoriza os combustíveis de menor intensidade carbônica, como o etanol, o biodiesel, o bioquerosene e o biogás, ressaltou a associação.

De acordo com a Unica, a regulamentação do RenovaBio será feita dentro de um prazo estimado de 18 meses e envolverá o trabalho de diversos órgãos públicos e reguladores, que criarão instrumentos legais para a operacionalização do novo mercado de comercialização de biocombustíveis.

“É uma excelente notícia para a sociedade brasileira, que vai contar com um programa que estimula o uso de um combustível renovável e limpo, contribuindo com os compromissos que o país assumiu no Acordo de Paris”, afirmou em nota Jacyr Costa Filho, diretor da Região Brasil da Tereos e presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp.

A reforma na política de biocombustíveis do Brasil, além de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, deverá estabilizar a indústria e acelerar uma recente onda de fusões e aquisições no setor, de acordo com especialistas ouvidos pela Reuters.

“Com a regulamentação, o programa RenovaBio vai trazer a previsibilidade para investimentos no setor e levar desenvolvimento para o interior do país”, acrescentou Costa Filho (Reuters, 12/12/16


 

RenovaBio é aprovado no Senado

 

O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (12/12), o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 160/2017, que cria a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). A iniciativa contribui para o cumprimento, pelo Brasil, do Acordo de Paris sobre mudança do clima. São biocombustíveis o etanol e o biodisel, por exemplo, produzidos a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A proposta, agora, segue para sanção presidencial.

O RenovaBio cria uma política de Estado para reconhecer o papel estratégico de todos os tipos de biocombustíveis na matriz de energia nacional, tanto para a segurança energética quanto para redução de emissões de gases causadores do efeito estufa.

O PLC é de autoria do deputado Evandro Gussi (PV-SP), a partir de uma proposta elaborada pelo Ministério de Meio Ambiente, em parceria com o Ministério de Minas e Energia, o setor privado e a sociedade civil.


EFICIÊNCIA


Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a produção total de etanol no Brasil em 2016 foi de 28 bilhões de litros e a de biodiesel, 3,8 bilhões. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de biocombustíveis.

Entre os objetivos do RenovaBio, além do cumprimento das metas do Acordo de Paris, estão a eficiência energética e a redução nas emissões de gases, o aumento da produção e o uso de biocombustíveis, além competitividade dessas fontes no mercado nacional. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de biocombustíveis.

O Projeto de Lei propõe a utilização de Crédito de Descarbonização de Biocombustíveis (CBIO), concedidos a produtoras de biocombustível de acordo com a proporção de energia limpa por elas produzida. Quanto maior essa proporção, mais créditos a empresa terá. Os créditos serão negociados na bolsa de valores e comprados por setores que precisem deles como contrapartida pela emissão de carbono de suas próprias produções (Assessoria de Comunicação, 12/12/17)
  


 

RenovaBio é aprovado pelo Senado Federal 


O Projeto de Lei da Câmara (PLC) do RenovaBio (nº 160/2017) foi aprovado nesta tarde, na Plenária do Senado Federal. O RenovaBio tramitou no Congresso Nacional em tempo recorde, sendo antes aceito como matéria de urgência na Câmara dos Deputados e na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Agora, aguarda a sanção da Lei pelo Presidente da República, Michel Temer. De autoria do Deputado Evandro Gussi (PV-SP), o RenovaBio tem como principal objetivo descarbonizar o setor de transportes, em linha com os compromissos que o Brasil assumiu na Conferência do Clima.

 A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), uma das entidades envolvidas na construção desse programa, comemora essa conquista que é importante para o país e para a sociedade. "Há exato um ano, o RenovaBio foi lançado pelo Ministério de Minas e Energia e, ao longo deste tempo, sob a liderança do ministro Fernando Coelho Filho, teve total apoio de outros ministros, como o do Meio Ambiente e Agricultura, bem como de governadores e parlamentares, que entenderam a necessidade do Brasil estabelecer uma política moderna, capaz de trazer benefícios ao meio ambiente e à melhoria da saúde das pessoas", afirma Elizabeth Farina, diretora presidente da UNICA.

 Ao ser sancionada como Lei em 2017, a expectativa é que essa política seja implementada na safra de cana 2019/2020. Até lá, será necessário definir as metas de redução de emissões e regulamentar o mercado.

 O programa envolve duas metas. A nacional, com prazo de 10 anos, que objetiva induzir de forma previsível a redução competitiva e eficiente da intensidade de carbono da matriz de combustíveis, e a individual, destinada às distribuidoras de combustíveis.

Para demonstrar o cumprimento das metas, as distribuidoras deverão comprar os CBios, créditos de carbono, emitidos pelos produtores de biocombustíveis. Esse modelo incentiva a busca de eficiência na produção e de emissões, valorizando os combustíveis de menor intensidade carbônica, como o etanol, o biodiesel, o bioquerosene e o biogás.

 A regulamentação será feita dentro de um prazo estimado de 18 meses e envolverá o trabalho de diversos órgãos públicos e reguladores, que criarão instrumentos legais para a operacionalização do novo mercado de comercialização de biocombustíveis (Única, 12/12/17)

 


 

RenovaBio é aprovado e setor de etanol investirá em mais usinas


Senado aprova Política Nacional do Biocombustível. Renovabio seguiu para sanção. Feplana prevê um investimento de R$ 1,4 trilhão até 2020. Setor sucroenergético investirá em novas usinas e melhoria das atuais.

O Senado aprovou hoje (12) o Projeto de Lei da Política Nacional do Biocombustível (Renovabio), que seguiu para a sanção presidencial. Sob a relatoria do senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho, o Renovabio cria a política específica para todos biocombustíveis e criam as bases para o desenvolvimento sustentado dessa atividade dentro do país, com previsibilidade para os agentes públicos e privados. Com essa política nacional aprovada, a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) estima que haverá novas investimentos na ordem de R$ 1,4 tri até 2020, ano que o Renovabio será implementado oficialmente. 

A Feplana prevê que o montante deve ser aplicado, na sua maioria, na construção de novas usinas para a produção de mais etanol no Brasil. Hoje o combustível é majoritariamente fabricado a base de cana de açúcar - combustível mais eficiente, com maior qualidade e com menor capacidade poluente dentre as outras matrizes agrícolas para este fim.

A entidade diz ainda que o investimento previsto também será aplicado na adequação dos parques produtivos existentes, mas com capacidade parcialmente ociosa, que é o caso da maioria das usinas brasileiras. 

Na região do Nordeste, por exemplo, as unidades fabris sucroalcooleiras operam, no máximo, com apenas 70% de suas capacidades produtivas, conforme avalia a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) - entidade que reúne cerca de 21 mil produtores de cana nos estados produtores do local. Em Pernambuco, a ociosidade é ainda superior. A Associação dos Fornecedores de Cana desse estado (AFCP) estima que hoje esteja em 40% a ociosidade das usinas pernambucanas. "O Renovabio pode contribuir diretamente para mudar este triste cenário", ressaltou Alexandre Andrade Lima, presidente da Feplana e da AFCP.  

A Feplana realça que além desses novos investimentos, que já devem iniciar em 2018, na medida que o produtor precisa ir se preparando para o possível cenário promissor a partir de 2020, o RenovaBio ainda gerará uma economia interna de 300 bilhões de litros em gasolina e diesel importados até 2030. "Essa economia deriva da troca substituição dos derivados de petróleo pelo combustível renovável, produzido localmente, com destaca ao etanol à base de cana, diante da política e segurança de estímulo ao seu uso", diz Lima. No geral, a troca pela matriz limpa será responsável por geração de milhões de novos postos de trabalho.

 (Assessoria de Comunicação)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/industria-de-biocombustivel-ve-impulso-com-aprovacao-de-programa-renovabio.html