segunda-feira, 26 de março de 2018

BC vê mercado de crédito no Brasil crescendo mais em 2018, a 3,5%


Reuter
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BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central aumentou sua estimativa de crescimento para o mercado de crédito no país em 2018 a 3,5 por cento, acima da expectativa anterior de 3 por cento, afirmou nesta segunda-feira o chefe do departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha. 

“A razão para este aumento é o desempenho do crédito livre, que tem sido bastante mais dinâmico nos últimos períodos”, disse Rocha, em coletiva de imprensa. 

Agora, a expectativa é que o avanço nesse segmento, em que as taxas de juros são livremente fixadas pelos bancos, seja de 6 por cento em 2018, sobre patamar de 4 por cento visto na última divulgação das expectativas, em dezembro. 

Segundo Rocha, colaboram para o maior otimismo as perspectivas de expansão da atividade econômica e também o ciclo de redução da política monetária. Na semana passada, o BC cortou a Selic em 0,25 ponto percentual, para a mínima histórica de 6,5 por cento ao ano, indicando claramente que deverá repetir a dose em maio. 

Para o crédito direcionado, a perspectiva segue de crescimento de 1 por cento neste ano. 

Refletindo o baixo apetite por crédito que ainda perdura no país, o estoque total de crédito caiu 0,2 por cento em fevereiro sobre o mês anterior, a 3,062 trilhões reais. Com isso, passou a responder por 46,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), divulgou o BC nesta tarde. 

No segmento de recursos livres, houve retração de 0,1 por cento no último mês, ao passo que no segmento de recursos direcionados o recuo foi de 0,3 por cento. 



Por Marcela Ayres; Edição de Patrícia Duarte


quinta-feira, 22 de março de 2018

Estamos a um passo de fechar acordo comercial Mercosul-UE, diz Temer


Estamos a um passo de fechar acordo comercial Mercosul-UE, diz Temer


Mercosul e União Europeia estão a um passo de fecharem um acordo comercial, disse nesta quarta-feira o presidente Michel Temer, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão.

Ele disse ainda que o bloco sul-americano está em negociações comerciais com a aliança para o Pacífico, assim como Canadá, Marrocos, Líbia, Tunísia e Coreia do Sul.

 (Reuters, 21/3/18)

Bayer recebe aval da UE para compra da Monsanto por US$62,5 bi



Bayer recebe aval da UE para compra da Monsanto por US$62,5 bi
A gigante alemã Bayer obteve nesta quarta-feira aprovação antitruste da União Europeia para a aquisição da Monsanto por 62,5 bilhões de dólares, a última de três megafusões que vai reformular a indústria agroquímica.


O acordo deve criar uma empresa com o controle de mais de um quarto do mercado mundial de sementes e pesticidas.

Impulsionada por mudança nos padrões climáticos, competição na exportação de grãos e uma economia rural global vacilante, a Dow e Dupont, e ChemChina e a Syngenta lideraram inicialmente a onda de consolidação no setor.

Grupos ambientalistas e de agricultura se opuseram aos três acordos, preocupados com seu poder e sua vantagem em dados de agricultura digital, que podem dizer aos agricultores como e quando plantar, semear, pulverizar, fertilizar e colher culturas com base em algoritmos.

    A Comissão Europeia disse que a Bayer mitigou as preocupações ao ofertar uma série de ativos para impulsionar a rival Basf, confirmando uma notícia da Reuters de 28 de fevereiro.

“Nossa decisão garante que haverá competição efetiva e inovação nos mercados de sementes, pesticidas e agricultura digital também após essa fusão”, disse Margrethe Vestager, comissária europeia da Competição, em comunicado.

A China já deu aprovação condicional ao acordo da Bayer e da Monsanto, que também ganhou luz verde no Brasil. Atualmente, o negócio está sendo revisado pelas autoridades antitruste dos Estados Unidos e da Rússia 

(Reuters, 21/3/18)






Pirelli vai investir 250 mi de euros na América Latina até 2020

Redação Reuters


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SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de pneus Pirelli anunciou nesta quinta-feira plano de investimento de cerca de 250 milhões de euros até 2020 na América Latina, em recursos que serão usados para modernizar instalações produtivas e ampliar a atuação da empresa em produtos de alto valor agregado. 

A Pirelli considera América Latina como a região formada por Brasil, Argentina e Venezuela e o valor do investimento é o mesmo aplicado pela companhia no plano anterior que envolveu os anos de 2013 a 2017. 

“Os investimentos permitirão satisfazer a demanda por pneus de alta gama, tanto dos mercados locais quanto, em particular, da área Nafta da qual o Brasil representa uma das fontes integradas de fornecimento”, afirmou a Pirelli em comunicado à imprensa. 

A companhia tem no Brasil mais de 2 mil pontos de venda de um total de 2.300 na América Latina e a expectativa é alcançar 3.300 totais até 2020. 

A empresa não divulga o valor a ser investido especificamente no Brasil. 




Por Alberto Alerigi Jr.


 https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1GY2IK-OBRBS

Trump libera Brasil, UE e mais cinco países de tarifas de importação de aço, diz representante comercial




“A ideia que o presidente tem é baseada em um certo critério, de que alguns países devem ser excluídos”, disse Lighthizer durante uma audiência em comitê no Senado norte-americano. 

“Há países com os quais estamos negociando... O que ele decidiu é pausar a imposição das tarifas com relação a estes países.” 

Lighthizer então citou Canadá e México, “Europa... Austrália... Argentina... Brasil e... Coreia (do Sul)”. 


Por Philip Blenkinsop


 https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1GY2A1-OBRBS

terça-feira, 20 de março de 2018

Brasil consolida liderança global com fusão entre Fibria e Suzano


União cria gigante mundial e 5ª maior empresa brasileira em valor de mercado, avaliada em R$ 83 bi
A fusão entre as duas maiores produtoras de celulose do País, Fibria e Suzano, consolida o papel da indústria brasileira como o maior player mundial do segmento. 

“Trata-se de uma transação equilibrada, que olha para todas as partes do processo: pela ótica dos acionistas das duas empresas e também do Brasil”, declarou o presidente da Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka, em coletiva à imprensa na sexta-feira (16). “Estaremos preparados para fazer frente a inúmeros competidores estrangeiros”, garantiu.

Quando concretizado, o negócio resultará na maior produtora de celulose do mundo, somando 11 fábricas e capacidade para produzir 11 milhões de toneladas de celulose por ano e 1,4 milhão de toneladas de papel, com volumes anuais de exportação de R$ 18 bilhões e previsão de investimentos de R$ 6,4 bilhões em 2018. Será a quinta maior empresa brasileira em valor de mercado, avaliada em R$ 83 bilhões.

A operação foi aprovada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é acionista de ambas, por meio da subsidiária BNDESPar. “Até o último minuto, procuramos o melhor retorno ao contribuinte”, diz o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro. “Esse negócio não torna ninguém campeão nacional, isso é muito pouco. Cria um gigante mundial”, destacou. O banco informou em nota que “o pagamento ao BNDES concilia recebimento de parte significativa em dinheiro, cerca de R$ 8,5 bilhões, e de ações da companhia resultante, com a perspectiva de valorização a partir de ganhos sinérgicos e de produtividade com transação.”

O Conselho da Fibria tem até 15 dias, a partir de sexta, para deliberar sobre os termos do acordo. O presidente da Suzano afirmou que, devido ao aumento da dívida causada pela transação, a nova companhia não fará grandes investimentos no curto prazo. “Vamos exercer responsabilidade financeira de desalavancagem, a disciplina financeira é fundamental”, acrescenta. A transação vai elevar a dívida de R$ 21 bilhões para cerca de R$ 50 bi.

O acordo ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e de órgãos antitruste para ser concretizado. Caso não seja concluída, a Suzano terá de pagar à Fibria multa de R$ 750 milhões. “Temos alternativas de remédios antitruste. Caso seja acima desse valor, não fará sentido”, disse Schalka. Ele não acredita em grandes restrições ou necessidade de venda de ativos.
 
 
Repercussão


A participação da nova empresa no mercado mundial de celulose de eucalipto chegaria a 49%, segundo estimativas. Com anúncio, as ações da Suzano dispararam 21,79% na bolsa, movimentando o maior volume da sexta, de R$ 1,25 bilhão. Já a Fibria caiu 10,22% e movimentou R$ 942 milhões.

Até a finalização, as duas empresas permanecerão operando de forma independente.

A retomada da economia global vinha elevando a demanda pela celulose, o que elevava a pressão pela consolidação, na avaliação do analista da Tendências, Marcelo Domingues. “Com isso, as empresas vinham avaliando novos investimentos, mas ao se unir elas se tornaram um player mais forte”, explica. 

A tendência de consolidação, inclusive, já vinha se desenhando há alguns anos, na opinião do especialista da empresa de análise Levante, Eduardo Guimarães. “Consolidação é um movimento natural nesse negócio, pela necessidade de escala. A união das brasileiras é uma questão de defesa.

 Além disso, havia uma forte vontade da Suzano de crescer nesse negócio, uma vez que, ao contrário da Fibria que só faz celulose, ela também converte o produto em papel.”

Para o especialista em comércio exterior e sócio da Barral MJorge Consultoria, Welber Barral, o mais importante será o ganho de competitividade do Brasil no mercado internacional com a enorme sinergia obtida com a fusão.

“A fusão entre duas empresas brasileiras, mantém o País no comando da produção e na posição de liderança desse negócio, mesmo que isso não represente uma grande mudança na balança comercial brasileira”, explica Barral.


 http://www.dci.com.br/industria/brasil-consolida-lideranca-global-com-fus-o-entre-fibria-e-suzano-1.691574

Petrobras hiberna fábricas de fertilizantes no Nordeste à espera de comprador


As duas unidades registraram prejuízo conjunto de cerca de 800 milhões de reais no ano passado, e o cenário de longo prazo continua indicando resultados negativos para ambas
 



SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras anunciou nesta terça-feira a "hibernação" de duas deficitárias fábricas de fertilizantes no Sergipe e na Bahia, em uma medida que visa reduzir perdas nas operações enquanto a companhia busca um comprador para os ativos.

A hibernação das unidades, que consiste na parada progressiva da produção, com conservação dos equipamentos e prevenção de impactos ambientais, deve ser iniciada até o fim do primeiro semestre, e representa mais um passo na estratégia da petroleira estatal de deixar o setor de fertilizantes. 

"Quando você olha essas plantas, a melhor alternativa para a Petrobras no momento é hiberná-las enquanto o processo de desinvestimento caminha. A gente precisa agora é parar de gerar prejuízos", disse o diretor-executivo de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino, em teleconferência com jornalistas.

As duas fábricas registraram prejuízo conjunto de cerca de 800 milhões de reais no ano passado, e o cenário de longo prazo continua indicando resultados negativos para as unidades, segundo a estatal.

No quarto trimestre de 2017, a Petrobras realizou provisão de 1,3 bilhão de reais para perdas com as fábricas de fertilizantes.

Celestino disse que as unidades na Bahia e no Sergipe enfrentaram problemas de competitividade por sua localização, distante tanto do acesso à matéria-prima quanto dos mercados demandantes.

Em comunicado mais cedo na terça-feira, a Petrobras disse que preparou um plano de transição para fornecedores e clientes das unidades, bem como ações de responsabilidade social com o objetivo de mitigar impactos que venham a ocorrer nas comunidades com a hibernação.


OUTRAS UNIDADES


Em paralelo, a Petrobras já havia anunciado planos de vender seus ativos restantes no setor de fertilizantes, a subsidiária integral Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná, e a Unidade de Fertilizantes-III (UFN-III), no Mato Grosso do Sul, que teve obras iniciadas em 2011 mas não chegou a ser concluída.

"Nós estamos perto de achar compradores para a Ansa e a UFN III", afirmou Celestino. "Nós recebemos, sim, ofertas por elas... Recebemos não-vinculantes e agora vinculantes", adicionou.

A Petrobras anunciou ainda em setembro passado a abertura de processo para a venda da Ansa e da UFN-III.

Já as unidades de fertilizantes na Bahia e em Sergipe não receberam nenhuma proposta até o momento da decisão de hiberná-las, segundo o diretor da Petrobras, embora um processo oficial de venda ainda não tenha sido aberto.

A fábrica em Sergipe entrou em operação em 1982. Com uma área de 1 km², ela produz amônia, uréia fertilizante, uréia pecuária, uréia industrial, ácido nítrico, hidrogênio e gás carbônico. 

A unidade da Bahia, no complexo petroquímico de Camaçari, iniciou atividades em 1971 e produz amônia, uréia fertilizante, uréia pecuária, uréia industrial, ácido nítrico, hidrogênio, gás carbônico e Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32).

(Por Luciano Costa)

 http://www.dci.com.br/industria/petrobras-hiberna-fabricas-de-fertilizantes-no-nordeste-a-espera-de-comprador-1.692039