A
gigante alemã Bayer obteve nesta quarta-feira aprovação antitruste da
União Europeia para a aquisição da Monsanto por 62,5 bilhões de dólares,
a última de três megafusões que vai reformular a indústria agroquímica.
O acordo deve criar uma empresa com o controle de mais de um quarto do mercado mundial de sementes e pesticidas.
Impulsionada por mudança nos padrões
climáticos, competição na exportação de grãos e uma economia rural
global vacilante, a Dow e Dupont, e ChemChina e a Syngenta lideraram
inicialmente a onda de consolidação no setor.
Grupos ambientalistas e de agricultura se
opuseram aos três acordos, preocupados com seu poder e sua vantagem em
dados de agricultura digital, que podem dizer aos agricultores como e
quando plantar, semear, pulverizar, fertilizar e colher culturas com
base em algoritmos.
A Comissão Europeia disse que a Bayer
mitigou as preocupações ao ofertar uma série de ativos para impulsionar a
rival Basf, confirmando uma notícia da Reuters de 28 de fevereiro.
“Nossa decisão garante que haverá
competição efetiva e inovação nos mercados de sementes, pesticidas e
agricultura digital também após essa fusão”, disse Margrethe Vestager,
comissária europeia da Competição, em comunicado.
A China já deu aprovação condicional ao
acordo da Bayer e da Monsanto, que também ganhou luz verde no Brasil.
Atualmente, o negócio está sendo revisado pelas autoridades antitruste
dos Estados Unidos e da Rússia
(Reuters, 21/3/18)
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