BRASÍLIA
(Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu nesta
quarta-feira que é necessário abrir a economia brasileira e que o
governo está acelerando negociações com União Europeia para um tratado
de livre comércio.
Respondendo
a perguntas de usuários do Twitter por meio de vídeos, o ministro
afirmou que o Brasil também está se aproximando de acordo Transpacífico e
iniciando conversas com o Reino Unido para firmar um tratado após a
saída do país da UE.
As declarações vêm após a
imposição pelos Estados Unidos de tarifas de 25 por cento sobre
importações de aço e de 10 por cento sobre importações de alumínio,
anunciada na semana passada.
Nesta quarta-feira, o presidente Michel
Temer afirmou que a sobretaxa sobre o aço “preocupa muito” o Brasil.
No
Twitter, Meirelles voltou a dizer que ainda não decidiu se será ou não
candidato à Presidência da República, o que resolverá até o início de
abril. No entanto, não se furtou a responder questões sobre eventual
plataforma política.
Questionado sobre qual seria a
prioridade do seu governo, caso eleito, o ministro deu foco à geração de
empregos, mas também falou sobre outros pontos, ecoando a postura de
candidato que vem adotando em diversas entrevistas dadas nos últimos
tempos.
“A primeira prioridade é garantir emprego para
os brasileiros. Para isso é necessário economia crescendo, com política
econômica bem sucedida. Em segundo lugar, inflação baixa, para que o
salário não seja corroído ao longo do tempo”, afirmou.
“Depois,
um uso competente dos recursos públicos, garantindo melhor saúde,
melhor educação e mais segurança para a população. E, finalmente,
transporte, infraestrutura, energia mais barata e mais disponível. Em
resumo, um país que forneça cada vez melhores condições de vida para
seus cidadãos”, completou.
A respeito da continuidade na
queda dos juros básicos da economia, Meirelles disse que o movimento
vai depender do comportamento da inflação e que o Banco Central é
autônomo para tomar essa decisão.
Economistas de
instituições financeiras passaram a ver novo corte de 0,25 ponto
percentual na Selic na reunião do BC na próxima semana, segundo pesquisa
Focus, diante da persistente fraqueza da inflação. Se confirmado, o
passo levará a taxa básica de juros para a nova mínima histórica de 6,5
por cento.
Meirelles destacou ainda que intervenções no
câmbio para controle da cotação da moeda não funcionam e disse que o BC
pode agir no mercado cambial com duas finalidades apenas: para intervir
em processos de falta de liquidez ou para acumular reservas.
Por Marcela Ayres
https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN1GQ2GU-OBRBS
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