Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
ABERDEEN,
Escócia (Reuters) - A Wideroe, maior empresa aérea regional da
Escandinávia, disse nesta quinta-feira que pretende aumentar suas
encomendas de jatos E2 depois de receber a primeira de três aeronaves de
nova geração da Embraer para se tornar a operadora inaugural do modelo
190.
A compra da Wideroe do modelo modernizado da Embraer, o
E190-E2, marca sua primeira incursão em jatos após décadas ligando
comunidades próximas ao Círculo Polar Ártico com turboélices. A empresa
tem opções para comprar outros 12 jatos.
“Vamos trabalhar
arduamente para garantir que possamos receber os 12 restantes”, disse o
presidente-executivo da companhia aérea, Stein Nilsen, durante uma
escala em Aberdeen, quando o jato estava sendo entregue à Noruega.
Segundo
o executivo, a Wideroe também pode ter interesse no modelo menor,
E175-E2, que deve entrar em serviço em 2021 e atualmente está impedido
por cláusulas de escopo de sindicato de pilotos a operar nos Estados
Unidos.
O
presidente-executivo de aviação comercial da Embraer, John Slattery,
disse ver oportunidades “reais e avançadas” para vendas da nova família
de aviões.
O E190-E2 é o primeiro de três aviões da nova geração
da linha de jatos comerciais da Embraer, com novas asas e motores Pratt
& Whitney destinados a melhorar a eficiência no consumo de
combustível.
A Embraer também está expandindo o tamanho e o
alcance de seu maior jato comercial, o E195, cuja versão E2 atualizada
entra em serviço em 2019, representando um desafio para o CSeries, da
canadense Bombardier.
A Embraer espera um mercado para 6.400 jatos no segmento de 70 a 130 assentos nos próximos 20 anos.
SÃO PAULO (Reuters) - O Santander Brasil (SANB11.SA)
lançou nesta quinta-feira um serviço de transferência internacional de
recursos por meio do blockchain, tecnologia baseada em registros
compartilhados.
REUTERS/Sergio Moraes
Segundo
o banco, o serviço permite que os valores sejam transferidos ponta a
ponta em até duas horas, desde que a operação aconteça dentro do
expediente bancário no país de destino, em vez dos cerca de dois dias do
prazo atual.
“A
funcionalidade está disponível no Brasil, na Espanha, no Reino Unido e
na Polônia, e deve ser estendida a outros países nos próximos meses”,
afirmou o banco, em nota.
Por
enquanto, os clientes serão isentos de tarifas nas trasnsferências
feitas por este canal. O valor que chegará à conta do destinatário, na
moeda de destino, será informado no momento de efetivação da transação.
Na aplicação, o Santander usou o xCurrent, tecnologia da Ripple, da California.
A
funcionalidade estará disponível inicialmente para os clientes Select, e
será estendida a todos os segmentos até o fim de junho. Inicialmente, o
serviço permitirá o envio de libras esterlinas do Brasil para o Reino
Unido, em operações equivalentes a até três mil dólares.
Até o
fim de junho, também poderão ser feitas remessas de euros para a
Espanha. Transferências para os demais países da União Europeia estão
previstas para o segundo semestre. A partir de 2019, serão liberados o
envio de dólares para os Estados Unidos e o recebimento de remessas em
reais no Brasil.
O governo brasileiro insistirá na proposta de que a
Embraer participe das decisões estratégicas da joint venture que está
sendo negociada com a Boeing, a maior fabricante de aeronaves do mundo.
Para isso, propõe que a brasileira tenha ao menos um representante no
conselho de administração da nova companhia e que sua participação seja
em torno de 20% e não os 10% da proposta colocada na mesa pela
americana. Detentor de uma Golden share (ação que dá direito a veto em
importantes decisões) na Embraer desde a privatização, em 1994, o
governo federal tenta buscar um consenso antes de a proposta ser
encaminhada pelas empresas ao presidente Michel Temer.
No início da semana que vem, uma nova reunião de trabalho
com equipes dos ministérios da Defesa e da Fazenda será realizada para
discutir a oferta apresentada pela Boeing. O grupo é composto também por
representantes do Comando da Aeronáutica e do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco detém, por meio de
sua empresa de participações, a BNDESPar, 5,4% do capital da Embraer.
Nesta quinta-feira, 12, em resposta a um questionamento da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre notícias divulgadas pelo
Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, a Embraer
respondeu, remetendo a um fato relevante publicado em dezembro do ano
passado, que “a Embraer e a Boeing Co. têm mantido entendimentos,
inclusive por meio do grupo de trabalho do qual o Governo Brasileiro
participa, com vistas a avaliar possibilidades para potencial combinação
de negócios”.
Informa, ainda, que esses negócios “poderão eventualmente
incluir a criação de outras sociedades com participação conjunta na área
de aviação comercial, deixando por outro lado separadas as demais
atividades notadamente aquelas vinculadas à área de defesa e,
possivelmente, também a área de aviação executiva, que permaneceriam
exclusivamente com a Embraer”.
O interesse da Boeing é reforçar, com a aquisição, sua
atuação na aviação comercial de médio porte, segmento no qual a Embraer
figura entre as três maiores fabricantes mundiais. O acordo, que
envolve, por exemplo, a fabricação de aviões de 150 lugares, está em
negociação desde o ano passado, quando a Airbus surpreendeu o mercado
global ao anunciar a compra de 50,1% do programa de jatos comerciais da
Bombardier.
Depois de concretizado o negócio com a Boeing, a marca
Embraer usada nos jatos comerciais deixaria de existir, permanecendo
apenas nas aeronaves produzidas pela Embraer Defesa, como o KC 390 e o
Tucano. A proposta de associação prevê que Embraer Defesa detenha
participação minoritária na receita da nova empresa, criada a partir da
junção da Embraer com Boeing.
O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna evita falar sobre
as negociações. Ao jornal “O Estado de S. Paulo” limitou-se a dizer
“estamos trabalhando nisso”. Apesar de também não ter estipulado uma
data para a conclusão do negócio (“a tendência é que saia um acordo, mas
não há prazo”), as informações no governo é de que as discussões “estão
avançadas”. As preocupações das Forças Armadas, segundo fontes do
Planalto, estão sendo levadas em conta pela Boeing e as empresas estão
chegando a um consenso.
O governo entende a pressa da Boeing e sabe que este é um
“negócio de oportunidade”. Há ainda a perspectiva de que o acordo
facilite a entrada dos aviões militares, como o cargueiro KC 390 e o
Tucano, no mercado europeu, onde a Boeing tem uma estratégia de
marketing muito mais agressiva e maior penetração. Além disso, os aviões
terão o custo barateado porque as compras de peças pela empresa
norte-americana são feitas em escala maior. O governo sabe, também, que a
Boeing está de olho na transferência de tecnologia e no conhecimento
dos engenheiros especializados da Embraer.
Na nota enviada à CVM, a Embraer reitera que “não há
garantia de que a referida combinação de negócios venha a se concretizar
ou quando poderá ocorrer”. “Quando e se definida a estrutura para
combinação de negócios, sua eventual implementação estará sujeita à
aprovação não somente do Governo Brasileiro, mas também dos órgãos
reguladores nacionais e internacionais e dos órgãos societários das duas
companhias.”
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco
Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira que a autoridade
monetária não quer regular fintechs em excesso, ressaltando que regras
para as fintechs de crédito sairão este mês após o BC ter ouvido os
participantes do mercado e suas demandas.
“Nós temos incentivado
as fintechs. A quantidade de fintechs que tem entrado no sistema
brasileiro não é pequena, é um mercado extremamente vivo, e nós não
pretendemos regular em demasia, apenas regular em momentos que o sistema
nos pede para fazer isso, como é com fintechs de crédito”, disse em
evento em São Paulo.
“Isso foi para audiência pública e esse mês
nós vamos regular da forma mais eficiente depois de escutar todo o
sistema, o que exatamente o sistema gostaria de ver em termos da
regulamentação das fintechs de crédito”, completou.
Ilan apontou
que, para o BC, é preciso “deixar entrar, deixar competir e regular
apenas quando necessário”, abrindo espaço para maior competição no
sistema financeiro, com redução de custos em várias áreas.
Falando
em evento em São Paulo, Ilan reforçou que o país precisa continuar no
caminho de ajustes e reformas, em especial as medidas de ajuste fiscal e
reforma da Previdência, para consolidar a inflação baixa, a queda da
taxa de juros estrutural e a recuperação sustentável da economia.
Em seu discurso, ele não fez nenhuma menção à política monetária conduzida pelo BC.
FGC
Convidado
a participar de seminário sobre o Fundo Garantidor de Crédito (FGC),
Ilan defendeu o papel da entidade privada, responsável por administrar
um mecanismo de proteção a correntistas e investidores, garantindo a
recuperação de recursos mantidos nos bancos, até determinado valor, em
caso de intervenção, de liquidação ou de falência das instituições.
No
fim do ano passado, o governo aprovou um teto de 1 milhão de reais a
cada período de quatro anos para garantias pagas pelo FGC para cada CPF
ou CNPJ. Ao mesmo tempo, o limite da garantia do FGC, de 250 mil reais
por CPF/CNPJ e conglomerado financeiro, foi mantido.
Segundo
Ilan, o limite de 1 milhão de reais a cada quatro anos serviu para
incentivar uma avaliação mais cautelosa pelos investidores da relação
entre risco e retorno de suas aplicações após a constatação que um
número limitado de pessoas vinha utilizando o limite do FGC para fazer
investimentos sem avaliar adequadamente o perfil de risco das
instituições captadoras.
“Existe
um limiar muito sutil: a cobertura do fundo garantidor deve ser
suficiente para proteger o depositante hipossuficiente, mas não pode ser
alta o suficiente para incentivar o risco moral, que é a tomada de
risco excessiva pelos grandes depositantes”, afirmou Ilan.
“O
teto de 1 milhão veio exatamente para calibrar a garantia do FGC de
forma a mantê-la dentro de um parâmetro que leve a esse equilíbrio”,
argumentou.
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10 abr 2018, 16h08 - Publicado em 10 abr 2018, 15h00
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A vista de Frankton pelo pico Cecil, em Queenstown, Nova Zelândia: turismo em alta (Study New Zealand/Divulgação)
Queenstown – A cidade de Queenstown, na Nova Zelândia,
possui belas paisagens naturais e diversas atrações, dos esportes
radicais até os espaços de beleza e relaxamento. Para dar conta da
explosão do turismo, porém, a região começa a buscar especialistas do mundo todo que tragam eficiência por meio de tecnologia.
Cerca de 200 oportunidades
devem ser abertas em breve, segundo estimativas da agência de promoção
regional Study Queenstown. Os profissionais, que devem ter qualificações
como inteligência artificial e tecnologia da informação, irão trabalhar
com aplicações à indústria de turismo, principal fonte disparada de
renda para a cidade.
“Esse interesse surgiu a partir de um questionamento sobre
como nós poderíamos fazer um turismo único, no lugar de replicar modelos
vistos em outras cidades”, afirma Aaron Halstead, gerente da agência.
“Há toda uma estrutura por trás da fachada dos serviços turísticos. ”
Queenstown possui cerca de 30 mil habitantes e é uma cidade
pequena, com poucos quarteirões. Mesmo assim, as belas montanhas ao
redor atraíram 3,2 milhões de visitantes em 2017, segundo estatísticas
da Study Queenstown.
Nos últimos doze meses, turistas gastaram 2,2 bilhões em Queenstown
– um aumento de 10% sobre os doze meses anteriores. A cidade também
teve um aumento de 48% em seus estudantes internacionais em 2017, para
1.800 alunos de 57 nacionalidades diferentes (380 deles brasileiros).
Tanta popularidade gera uma demanda por maior eficiência em
escolas, hotéis, restaurantes e prestadores de serviços turísticos. A
cidade possui uma taxa de desemprego divulgada de 1,9% ,
mas Halstead afirma que a estatística inclui pessoas que não estão
ativamente buscando trabalhos, como quem está em licença médica, recebe
benefícios do governo ou decide não trabalhar para ficar com os filhos.
“Tecnicamente essas pessoas estão desempregadas, mas o real
número de quem procura um trabalho e não o consegue é muito baixo. A
última estatística que temos é de 0,8%, mas o número deve ter aumentado
nos últimos meses”.
Para efeitos de comparação, a média neozelandesa de desemprego é de 4,7% enquanto a média brasileira é de 12,6% .
Mercado local está mais qualificado
Nem sempre Queenstown procurou profissionais de tecnologia.
Há algumas décadas, a cidade recebia apenas trabalhadores que buscavam
oportunidades com menor qualificação. Segundo Halstead, o cenário está
mudando. Cargos de gerenciamento, com salários e demandas profissionais
maiores têm sido mais demandados, e a cidade possui um grande interesse
em atrair pessoas que venham morar em Queenstown (e não apenas passar
uma temporada).
Em vagas como as de alta gerência, os pagamentos costumam
ficar entre 100 e 150 mil dólares neozelandeses (entre 250 mil e 380 mil
reais) anuais. Quem trabalha por 40 horas semanais e possui o salário
mínimo, de 16,50 dólares neozelandeses (42 reais) por hora, recebe cerca
de 32 mil dólares (80 mil reais) por ano.
Mesmo com mais vagas e oferta de bons salários, ainda é
difícil encontrar funcionários qualificados. “Lembro que há algum tempo
uma agência de empregos por aqui abriu 600 vagas, mas recebeu apenas 300
candidaturas”, diz o gerente da Study Queenstown.
Não há um site específico para quem está interessado nas 200
vagas que Queenstown deverá abrir. Profissionais podem começar a
procurar companhias com tais oportunidades em sites como Jora (470 vagas em Queenstown ) e Indeed (320 oportunidades).
Halstead afirma que Queenstown já possui uma boa comunidade
de brasileiros e que as candidaturas diretas para posições de trabalho
já são esperadas por contratantes da cidade. Uma outra boa opção é
começar fazendo um curso de inglês por aqui. “Você se familiariza com
Queenstown e, ao mesmo tempo, ganha qualificações que podem ajudá-lo a
conseguir um trabalho. ”
A rede social de compras Wishare
chega ao Brasil e recebe o aporte de R$ 1,5 milhão de investidores
nacionais. O aplicativo inicia com 40 contratos de marcas, entre elas
Laura Novais, Thais Gusmão, Adidas, Nike, Converse, Coca-Cola, Cavalera,
Dryzun, John John e Synchron. Até o final deste ano, a expectativa que o
Wishare tenha um crescimento de 400% com a entrada de novas marcas e
cerca de 100 mil usuários cadastrados na plataforma.
Para encabeçar o
projeto serão convidados um time de influenciadores digitais. De acordo
com a empresa, a funcionalidade do app é parecida com as outras redes
sociais (Facebook e Instagram), no entanto tem a possibilidade de
efetivar a compra direto na plataforma sem direcionamentos. Para os
varejistas, a plataforma é totalmente gratuita, sem a necessidade de
mensalidades ou limitação da quantidade de cadastro de produtos.
SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de cosméticos Natura não vai
abandonar seu modelo de vendas diretas na expansão internacional da
marca, disse nesta terça-feira o presidente-executivo da companhia, João
Paulo Ferreira.
Além disso, Ferreira reforçou os esforços da
Natura para rejuvenescimento da marca e digitalização do modelo de
negócios, com o objetivo de chegar ao fim do ano com cerca de 1 milhão
de consultoras usando a plataforma digital, ante 500 mil ao fim do ano
passado.
“Nossa crença é que todos os formatos de venda se
conectam”, disse o executivo durante evento sobre vendas diretas
realizado em São Paulo.
Entre as dificuldades para o setor, o presidente da Natura destacou a
questão tributária, afirmando que a incerteza afasta investimentos e
que a indústria poderia ser mais “pujante” se a regulação fosse mais
clara. Ele acrescentou que a formalização do empreendedorismo é outro
ponto que ajudaria o crescimento do setor.
Também presente no
evento, o presidente da Avon Brasil, David Legher, afirmou que o país
tem forte concorrência no setor, o que leva as empresas a investir para
entregar serviço diferenciado. Segundo Legher, a Avon vê os
investimentos no Brasil como de longo prazo.
Sobre a
economia brasileira, Ferreira, da Natura, afirmou que o processo de
melhora em indicadores deve se refletir no consumo. O executivo
destacou, contudo, que o consumo no país está longe de atingir os
patamares de melhor desempenho vistos há três ou quatro anos.