sexta-feira, 13 de abril de 2018

Norueguesa Wideroe pode ampliar encomenda de jatos da Embraer, diz presidente


Por Tim Hepher


ABERDEEN, Escócia (Reuters) - A Wideroe, maior empresa aérea regional da Escandinávia, disse nesta quinta-feira que pretende aumentar suas encomendas de jatos E2 depois de receber a primeira de três aeronaves de nova geração da Embraer para se tornar a operadora inaugural do modelo 190. 

A compra da Wideroe do modelo modernizado da Embraer, o E190-E2, marca sua primeira incursão em jatos após décadas ligando comunidades próximas ao Círculo Polar Ártico com turboélices. A empresa tem opções para comprar outros 12 jatos. 

“Vamos trabalhar arduamente para garantir que possamos receber os 12 restantes”, disse o presidente-executivo da companhia aérea, Stein Nilsen, durante uma escala em Aberdeen, quando o jato estava sendo entregue à Noruega. 

Segundo o executivo, a Wideroe também pode ter interesse no modelo menor, E175-E2, que deve entrar em serviço em 2021 e atualmente está impedido por cláusulas de escopo de sindicato de pilotos a operar nos Estados Unidos. 

O presidente-executivo de aviação comercial da Embraer, John Slattery, disse ver oportunidades “reais e avançadas” para vendas da nova família de aviões. 

O E190-E2 é o primeiro de três aviões da nova geração da linha de jatos comerciais da Embraer, com novas asas e motores Pratt & Whitney destinados a melhorar a eficiência no consumo de combustível. 

A Embraer também está expandindo o tamanho e o alcance de seu maior jato comercial, o E195, cuja versão E2 atualizada entra em serviço em 2019, representando um desafio para o CSeries, da canadense Bombardier. 

A Embraer espera um mercado para 6.400 jatos no segmento de 70 a 130 assentos nos próximos 20 anos.


 https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKBN1HJ35Z-OBRBS

Santander Brasil lança transferência internacional pelo blockchain


Governo quer representante da Embraer em conselho de joint venture com Boeing

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O governo brasileiro insistirá na proposta de que a Embraer participe das decisões estratégicas da joint venture que está sendo negociada com a Boeing, a maior fabricante de aeronaves do mundo. 

Para isso, propõe que a brasileira tenha ao menos um representante no conselho de administração da nova companhia e que sua participação seja em torno de 20% e não os 10% da proposta colocada na mesa pela americana. Detentor de uma Golden share (ação que dá direito a veto em importantes decisões) na Embraer desde a privatização, em 1994, o governo federal tenta buscar um consenso antes de a proposta ser encaminhada pelas empresas ao presidente Michel Temer.

No início da semana que vem, uma nova reunião de trabalho com equipes dos ministérios da Defesa e da Fazenda será realizada para discutir a oferta apresentada pela Boeing. O grupo é composto também por representantes do Comando da Aeronáutica e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco detém, por meio de sua empresa de participações, a BNDESPar, 5,4% do capital da Embraer.

Nesta quinta-feira, 12, em resposta a um questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre notícias divulgadas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, a Embraer respondeu, remetendo a um fato relevante publicado em dezembro do ano passado, que “a Embraer e a Boeing Co. têm mantido entendimentos, inclusive por meio do grupo de trabalho do qual o Governo Brasileiro participa, com vistas a avaliar possibilidades para potencial combinação de negócios”.
Informa, ainda, que esses negócios “poderão eventualmente incluir a criação de outras sociedades com participação conjunta na área de aviação comercial, deixando por outro lado separadas as demais atividades notadamente aquelas vinculadas à área de defesa e, possivelmente, também a área de aviação executiva, que permaneceriam exclusivamente com a Embraer”.

O interesse da Boeing é reforçar, com a aquisição, sua atuação na aviação comercial de médio porte, segmento no qual a Embraer figura entre as três maiores fabricantes mundiais. O acordo, que envolve, por exemplo, a fabricação de aviões de 150 lugares, está em negociação desde o ano passado, quando a Airbus surpreendeu o mercado global ao anunciar a compra de 50,1% do programa de jatos comerciais da Bombardier.

Depois de concretizado o negócio com a Boeing, a marca Embraer usada nos jatos comerciais deixaria de existir, permanecendo apenas nas aeronaves produzidas pela Embraer Defesa, como o KC 390 e o Tucano. A proposta de associação prevê que Embraer Defesa detenha participação minoritária na receita da nova empresa, criada a partir da junção da Embraer com Boeing.
O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna evita falar sobre as negociações. Ao jornal “O Estado de S. Paulo” limitou-se a dizer “estamos trabalhando nisso”. Apesar de também não ter estipulado uma data para a conclusão do negócio (“a tendência é que saia um acordo, mas não há prazo”), as informações no governo é de que as discussões “estão avançadas”. As preocupações das Forças Armadas, segundo fontes do Planalto, estão sendo levadas em conta pela Boeing e as empresas estão chegando a um consenso.

O governo entende a pressa da Boeing e sabe que este é um “negócio de oportunidade”. Há ainda a perspectiva de que o acordo facilite a entrada dos aviões militares, como o cargueiro KC 390 e o Tucano, no mercado europeu, onde a Boeing tem uma estratégia de marketing muito mais agressiva e maior penetração. Além disso, os aviões terão o custo barateado porque as compras de peças pela empresa norte-americana são feitas em escala maior. O governo sabe, também, que a Boeing está de olho na transferência de tecnologia e no conhecimento dos engenheiros especializados da Embraer.

Na nota enviada à CVM, a Embraer reitera que “não há garantia de que a referida combinação de negócios venha a se concretizar ou quando poderá ocorrer”. “Quando e se definida a estrutura para combinação de negócios, sua eventual implementação estará sujeita à aprovação não somente do Governo Brasileiro, mas também dos órgãos reguladores nacionais e internacionais e dos órgãos societários das duas companhias.”


 https://www.istoedinheiro.com.br/governo-quer-representante-da-embraer-em-conselho-de-joint-venture-com-boeing/


Mercado de fintechs é extremamente vivo, não queremos regular em demasia, diz Ilan




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SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira que a autoridade monetária não quer regular fintechs em excesso, ressaltando que regras para as fintechs de crédito sairão este mês após o BC ter ouvido os participantes do mercado e suas demandas.

“Nós temos incentivado as fintechs. A quantidade de fintechs que tem entrado no sistema brasileiro não é pequena, é um mercado extremamente vivo, e nós não pretendemos regular em demasia, apenas regular em momentos que o sistema nos pede para fazer isso, como é com fintechs de crédito”, disse em evento em São Paulo.

“Isso foi para audiência pública e esse mês nós vamos regular da forma mais eficiente depois de escutar todo o sistema, o que exatamente o sistema gostaria de ver em termos da regulamentação das fintechs de crédito”, completou.

Ilan apontou que, para o BC, é preciso “deixar entrar, deixar competir e regular apenas quando necessário”, abrindo espaço para maior competição no sistema financeiro, com redução de custos em várias áreas.

Falando em evento em São Paulo, Ilan reforçou que o país precisa continuar no caminho de ajustes e reformas, em especial as medidas de ajuste fiscal e reforma da Previdência, para consolidar a inflação baixa, a queda da taxa de juros estrutural e a recuperação sustentável da economia.

Em seu discurso, ele não fez nenhuma menção à política monetária conduzida pelo BC.


FGC 

 

Convidado a participar de seminário sobre o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), Ilan defendeu o papel da entidade privada, responsável por administrar um mecanismo de proteção a correntistas e investidores, garantindo a recuperação de recursos mantidos nos bancos, até determinado valor, em caso de intervenção, de liquidação ou de falência das instituições.

No fim do ano passado, o governo aprovou um teto de 1 milhão de reais a cada período de quatro anos para garantias pagas pelo FGC para cada CPF ou CNPJ. Ao mesmo tempo, o limite da garantia do FGC​, de 250 mil reais por CPF/CNPJ e conglomerado financeiro, foi mantido.

Segundo Ilan, o limite de 1 milhão de reais a cada quatro anos serviu para incentivar uma avaliação mais cautelosa pelos investidores da relação entre risco e retorno de suas aplicações após a constatação que um número limitado de pessoas vinha utilizando o limite do FGC para fazer investimentos sem avaliar adequadamente o perfil de risco das instituições captadoras.

“Existe um limiar muito sutil: a cobertura do fundo garantidor deve ser suficiente para proteger o depositante hipossuficiente, mas não pode ser alta o suficiente para incentivar o risco moral, que é a tomada de risco excessiva pelos grandes depositantes”, afirmou Ilan.

“O teto de 1 milhão veio exatamente para calibrar a garantia do FGC de forma a mantê-la dentro de um parâmetro que leve a esse equilíbrio”, argumentou.


Por Taís Haupt

terça-feira, 10 de abril de 2018

Cidade na Nova Zelândia tem 0,8% de desemprego e busca profissionais de TI


Queenstown quer atrair quem trabalha em áreas como inteligência artificial e tecnologia da informação para impulsionar sua qualidade de turismo

Queenstown – A cidade de Queenstown, na Nova Zelândia, possui belas paisagens naturais e diversas atrações, dos esportes radicais até os espaços de beleza e relaxamento. Para dar conta da explosão do turismo, porém, a região começa a buscar especialistas do mundo todo que tragam eficiência por meio de tecnologia.

Cerca de 200 oportunidades devem ser abertas em breve, segundo estimativas da agência de promoção regional Study Queenstown. Os profissionais, que devem ter qualificações como inteligência artificial e tecnologia da informação, irão trabalhar com aplicações à indústria de turismo, principal fonte disparada de renda para a cidade.

“Esse interesse surgiu a partir de um questionamento sobre como nós poderíamos fazer um turismo único, no lugar de replicar modelos vistos em outras cidades”, afirma Aaron Halstead, gerente da agência. “Há toda uma estrutura por trás da fachada dos serviços turísticos. ”

Queenstown possui cerca de 30 mil habitantes e é uma cidade pequena, com poucos quarteirões. Mesmo assim, as belas montanhas ao redor atraíram 3,2 milhões de visitantes em 2017, segundo estatísticas da Study Queenstown.

Nos últimos doze meses, turistas gastaram 2,2 bilhões em Queenstown – um aumento de 10% sobre os doze meses anteriores. A cidade também teve um aumento de 48% em seus estudantes internacionais em 2017, para 1.800 alunos de 57 nacionalidades diferentes (380 deles brasileiros).

Tanta popularidade gera uma demanda por maior eficiência em escolas, hotéis, restaurantes e prestadores de serviços turísticos. A cidade possui uma taxa de desemprego divulgada de 1,9% , mas Halstead afirma que a estatística inclui pessoas que não estão ativamente buscando trabalhos, como quem está em licença médica, recebe benefícios do governo ou decide não trabalhar para ficar com os filhos.

“Tecnicamente essas pessoas estão desempregadas, mas o real número de quem procura um trabalho e não o consegue é muito baixo. A última estatística que temos é de 0,8%, mas o número deve ter aumentado nos últimos meses”.

Para efeitos de comparação, a média neozelandesa de desemprego é de 4,7% enquanto a média brasileira é de 12,6% .

Mercado local está mais qualificado


Nem sempre Queenstown procurou profissionais de tecnologia. Há algumas décadas, a cidade recebia apenas trabalhadores que buscavam oportunidades com menor qualificação. Segundo Halstead, o cenário está mudando. Cargos de gerenciamento, com salários e demandas profissionais maiores têm sido mais demandados, e a cidade possui um grande interesse em atrair pessoas que venham morar em Queenstown (e não apenas passar uma temporada).

Em vagas como as de alta gerência, os pagamentos costumam ficar entre 100 e 150 mil dólares neozelandeses (entre 250 mil e 380 mil reais) anuais. Quem trabalha por 40 horas semanais e possui o salário mínimo, de 16,50 dólares neozelandeses (42 reais) por hora, recebe cerca de 32 mil dólares (80 mil reais) por ano.

Mesmo com mais vagas e oferta de bons salários, ainda é difícil encontrar funcionários qualificados. “Lembro que há algum tempo uma agência de empregos por aqui abriu 600 vagas, mas recebeu apenas 300 candidaturas”, diz o gerente da Study Queenstown.

Não há um site específico para quem está interessado nas 200 vagas que Queenstown deverá abrir. Profissionais podem começar a procurar companhias com tais oportunidades em sites como Jora (470 vagas em Queenstown ) e Indeed (320 oportunidades).

Halstead afirma que Queenstown já possui uma boa comunidade de brasileiros e que as candidaturas diretas para posições de trabalho já são esperadas por contratantes da cidade. Uma outra boa opção é começar fazendo um curso de inglês por aqui. “Você se familiariza com Queenstown e, ao mesmo tempo, ganha qualificações que podem ajudá-lo a conseguir um trabalho. ”


Compras nas Redes Sociais Wishare Chega Ao Brasil com 40 Contratos







Compras nas Redes Sociais













A rede social de compras Wishare chega ao Brasil e recebe o aporte de R$ 1,5 milhão de investidores nacionais. O aplicativo inicia com 40 contratos de marcas, entre elas Laura Novais, Thais Gusmão, Adidas, Nike, Converse, Coca-Cola, Cavalera, Dryzun, John John e Synchron. Até o final deste ano, a expectativa que o Wishare tenha um crescimento de 400% com a entrada de novas marcas e cerca de 100 mil usuários cadastrados na plataforma. 

Para encabeçar o projeto serão convidados um time de influenciadores digitais. De acordo com a empresa, a funcionalidade do app é parecida com as outras redes sociais (Facebook e Instagram), no entanto tem a possibilidade de efetivar a compra direto na plataforma sem direcionamentos. Para os varejistas, a plataforma é totalmente gratuita, sem a necessidade de mensalidades ou limitação da quantidade de cadastro de produtos.


 http://www.gironews.com/varejo-digital/compras-nas-redes-sociais-47364/

Natura manterá modelo de vendas diretas em expansão internacional, diz presidente

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SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de cosméticos Natura não vai abandonar seu modelo de vendas diretas na expansão internacional da marca, disse nesta terça-feira o presidente-executivo da companhia, João Paulo Ferreira. 

Além disso, Ferreira reforçou os esforços da Natura para rejuvenescimento da marca e digitalização do modelo de negócios, com o objetivo de chegar ao fim do ano com cerca de 1 milhão de consultoras usando a plataforma digital, ante 500 mil ao fim do ano passado. 

“Nossa crença é que todos os formatos de venda se conectam”, disse o executivo durante evento sobre vendas diretas realizado em São Paulo. 

Entre as dificuldades para o setor, o presidente da Natura destacou a questão tributária, afirmando que a incerteza afasta investimentos e que a indústria poderia ser mais “pujante” se a regulação fosse mais clara. Ele acrescentou que a formalização do empreendedorismo é outro ponto que ajudaria o crescimento do setor. 

Também presente no evento, o presidente da Avon Brasil, David Legher, afirmou que o país tem forte concorrência no setor, o que leva as empresas a investir para entregar serviço diferenciado. Segundo Legher, a Avon vê os investimentos no Brasil como de longo prazo. 

Sobre a economia brasileira, Ferreira, da Natura, afirmou que o processo de melhora em indicadores deve se refletir no consumo. O executivo destacou, contudo, que o consumo no país está longe de atingir os patamares de melhor desempenho vistos há três ou quatro anos. 


Edição de Gabriela Mello