SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de cosméticos Natura não vai
abandonar seu modelo de vendas diretas na expansão internacional da
marca, disse nesta terça-feira o presidente-executivo da companhia, João
Paulo Ferreira.
Além disso, Ferreira reforçou os esforços da
Natura para rejuvenescimento da marca e digitalização do modelo de
negócios, com o objetivo de chegar ao fim do ano com cerca de 1 milhão
de consultoras usando a plataforma digital, ante 500 mil ao fim do ano
passado.
“Nossa crença é que todos os formatos de venda se
conectam”, disse o executivo durante evento sobre vendas diretas
realizado em São Paulo.
Entre as dificuldades para o setor, o presidente da Natura destacou a
questão tributária, afirmando que a incerteza afasta investimentos e
que a indústria poderia ser mais “pujante” se a regulação fosse mais
clara. Ele acrescentou que a formalização do empreendedorismo é outro
ponto que ajudaria o crescimento do setor.
Também presente no
evento, o presidente da Avon Brasil, David Legher, afirmou que o país
tem forte concorrência no setor, o que leva as empresas a investir para
entregar serviço diferenciado. Segundo Legher, a Avon vê os
investimentos no Brasil como de longo prazo.
Sobre a
economia brasileira, Ferreira, da Natura, afirmou que o processo de
melhora em indicadores deve se refletir no consumo. O executivo
destacou, contudo, que o consumo no país está longe de atingir os
patamares de melhor desempenho vistos há três ou quatro anos.
Edição de Gabriela Mello
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