BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil, maior
exportador global de soja e carnes de frango e bovina, ainda não tem
estimativas de quanto poderá ganhar com um acirramento da disputa
comercial entre a China e os Estados Unidos, que anunciaram tarifas
retaliatórias recíprocas, disse o ministro da Agricultura, Blairo Maggi,
a jornalistas nesta quinta-feira.
A China anunciou na véspera taxas a produtos norte-americanos, incluindo soja, milho, algodão, etanol e carne bovina, em resposta a medidas semelhantes dos EUA.
Segundo especialistas ouvidos pela Reuters, a soja brasileira deverá ser beneficiada com a disputa comercial entre norte-americanos e chineses.
A oleaginosa é o principal produto de exportação do Brasil, que tem na China —maior comprador global do grão— seu principal cliente.
“Não temos cálculo ainda do benefício da taxação da China aos produtos americanos... Não sabemos ainda a dimensão disso tudo”, declarou Maggi, ao ser questionado sobre o assunto.
Ele disse que o Brasil “é um país confiável para fornecimento de alimentos para China”.
As declarações foram feitas durante um evento em Brasília para celebrar o reconhecimento do país como livre de febre aftosa com vacinação.
Segundo Maggi, o Brasil deverá avançar em mercados que pagam mais pela carne brasileira com tal reconhecimento.
O país deverá ser reconhecido como livre de aftosa com vacinação em maio, durante assembleia geral da Organização Mundial de Saúde Animal, em Paris.
Em cerimônia com a presença do presidente Michel Temer, Maggi não elaborou sobre sua afirmação relativa a mercados que pagam mais pela carne, em um momento em que o Brasil segue enfrentando algumas barreiras consideradas técnicas para exportar a carne bovina in natura para os Estados Unidos, devido a problemas sanitários registrados no ano passado.
A medida, que afeta dez fábricas da companhia nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Paraná e Goiás, deve-se a questões sanitárias questionadas pela UE.
Diante do “auto-embargo”, a BRF vai dar férias coletivas de 30 dias a mais 3,5 mil funcionários nas unidades produtivas de Rio Verde (GO) e Carambeí (PR) a partir de 14 e 21 de maio, respectivamente, elevando o total de empregados afetados por medidas de ajuste de produção para cerca de 7 mil.
Além das unidades de Rio Verde e Carambeí, a BRF já havia decidido por ajustes de produção nas unidades de Capinzal (SC) e Mineiros (GO).
“Devo ir a Bruxelas neste final de semana e vamos discutir lá com autoridades sanitárias”, disse Maggi, ressaltando que ainda não há como adiantar os resultados de sua missão.
A China anunciou na véspera taxas a produtos norte-americanos, incluindo soja, milho, algodão, etanol e carne bovina, em resposta a medidas semelhantes dos EUA.
Segundo especialistas ouvidos pela Reuters, a soja brasileira deverá ser beneficiada com a disputa comercial entre norte-americanos e chineses.
A oleaginosa é o principal produto de exportação do Brasil, que tem na China —maior comprador global do grão— seu principal cliente.
“Não temos cálculo ainda do benefício da taxação da China aos produtos americanos... Não sabemos ainda a dimensão disso tudo”, declarou Maggi, ao ser questionado sobre o assunto.
Ele disse que o Brasil “é um país confiável para fornecimento de alimentos para China”.
As declarações foram feitas durante um evento em Brasília para celebrar o reconhecimento do país como livre de febre aftosa com vacinação.
Segundo Maggi, o Brasil deverá avançar em mercados que pagam mais pela carne brasileira com tal reconhecimento.
O país deverá ser reconhecido como livre de aftosa com vacinação em maio, durante assembleia geral da Organização Mundial de Saúde Animal, em Paris.
Em cerimônia com a presença do presidente Michel Temer, Maggi não elaborou sobre sua afirmação relativa a mercados que pagam mais pela carne, em um momento em que o Brasil segue enfrentando algumas barreiras consideradas técnicas para exportar a carne bovina in natura para os Estados Unidos, devido a problemas sanitários registrados no ano passado.
BRF
Maggi afirmou também que o governo brasileiro não tem previsão do fim de um “auto-embargo” estabelecido pelo Ministério da Agricultura a unidades da BRF na exportação de carnes de aves.
A medida, que afeta dez fábricas da companhia nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Paraná e Goiás, deve-se a questões sanitárias questionadas pela UE.
Diante do “auto-embargo”, a BRF vai dar férias coletivas de 30 dias a mais 3,5 mil funcionários nas unidades produtivas de Rio Verde (GO) e Carambeí (PR) a partir de 14 e 21 de maio, respectivamente, elevando o total de empregados afetados por medidas de ajuste de produção para cerca de 7 mil.
Além das unidades de Rio Verde e Carambeí, a BRF já havia decidido por ajustes de produção nas unidades de Capinzal (SC) e Mineiros (GO).
“Devo ir a Bruxelas neste final de semana e vamos discutir lá com autoridades sanitárias”, disse Maggi, ressaltando que ainda não há como adiantar os resultados de sua missão.
Por Lisandra Paraguassu
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