Juntas, as duas teriam mais de 127 milhões de clientes e ampliariam a concorrência com a primeira e segunda no ranking de operadoras sem fio, Verizon e AT&T
Nova York – A Sprint retomou negociações para se unir à T-Mobile,
disseram pessoas familiarizadas com o assunto nesta terça-feira, no
mais recente esforço para reunir a quarta e a terceira maiores
operadoras de telefonia dos Estados Unidos.
Juntas, as duas teriam mais de 127 milhões de clientes e
ampliariam a concorrência com a primeira e segunda no ranking de
operadoras sem fio, Verizon e AT&T, em meio a uma corrida para
expandir as ofertas em 5G, a próxima geração de tecnologia sem fio.
A rodada de negociações anterior acabou em novembro devido a
divergências, mas Tim Hoettges, presidente-executivo da alemã Deutsche
Telekom, deixou a porta aberta na época, dizendo: “Você sempre se
encontra duas vezes na vida”.
Desde então, as ações da Sprint perderam mais de um quinto
do valor em meio a questões sobre como a empresa pode competir
efetivamente sob o peso de sua dívida de longo prazo de mais de 32
bilhões de dólares.
O dono da Sprint, o SofBank, tem tentado reduzir a dívida da
empresa, que atingiu 15,8 trilhões de ienes (147 bilhões de dólares) no
fim de 2017. A companhia disse que está planejando levantar dinheiro ao
listar sua unidade japonesa de celulares neste ano.
A Sprint e a T-Mobile decidiram reabrir negociações em parte
porque querem compartilhar investimentos em redes, disseram as fontes.
As negociações estão em estágio inicial, acrescentaram.
Um ponto importante nas negociações é a capacidade da
Deutsche Telekom de consolidar os lucros da T-Mobile, disse uma das
fontes. A Deutsche Telekom tem 63 por cento da T-Mobile, que emergiu
como um de seus ativos mais valiosos. A Deutsche Telekom provavelmente
teria que investir dinheiro novo para uma fusão para que sua
participação permanecesse acima de 50 por cento.
As fontes pediram para não serem identificadas porque o
assunto é confidencial. A Sprint e a Deutsche Telekom se recusaram a
comentar, enquanto a T-Mobile não respondeu aos pedidos de comentários.
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