sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Maioria do STF se mostra a favor da terceirização

O julgamento deve ser retomado na próxima semana

 

Por Agência Brasil 

 

redacao@amanha.com.br
Maioria do STF se mostra a favor da terceirização


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu adiar novamente a conclusão do julgamento sobre a constitucionalidade da terceirização da contração de trabalhadores para a atividade-fim. O julgamento começou na semana passada, mas os ministros  ainda  não  conseguiram  concluir  a  votação.    Até o momento, o placar de votação está em 4 votos a 3 a favor da
 terceirização. O julgamento deve ser retomado na próxima quarta-feira (29), com o voto de quatro ministros.

A Corte julga duas ações que chegaram ao tribunal antes da sanção da Lei da Terceirização, em março de 2017, que liberou a terceirização para todas as atividades das empresas. Apesar da sanção, a Súmula 331, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), editada em 2011, que proíbe a terceirização das atividades-fim das empresas, continua em validade e tem sido aplicada pela Justiça trabalhista nos contratos que foram assinados e encerrados antes da lei. A terceirização ocorre quando uma empresa decide contratar outra para prestar determinado serviço, com objetivo de cortar custos de produção. Dessa forma, não há contratação direta dos empregados pela tomadora do serviço.

A sessão desta quinta-feira (23) começou com o voto do ministro Alexandre de Moraes, que também acompanhou os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, relatores das ações, que votaram na quarta-feira (22) a favor da terceirização.

Segundo Moraes, o Estado não pode determinar o modo de produção das empresas. O ministro também ressaltou que a terceirização das atividades-fim não fere os direitos básicos do trabalhador. "A Constituição não veda, nem expressa, ou implicitamente não restringe, não delimita, a possibilidade de terceirização, enquanto possibilidade de modelo organizacional de uma empresa". O entendimento a favor da terceirização também já foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli.

O ministro Edson Fachin abriu a divergência para votar contra a terceirização, de acordo com a norma editada pelo TST, que vigorava antes da Lei da Terceirização. Segundo o ministro, o tribunal procurou proteger as relações de trabalho, protegida pela Constituição, conforme a CLT. Segundo Fachin, a Justiça trabalhista cumpriu seu papel de interpretar suas decisões diante da falta de regulamentação na época. Em seguida, a ministra Rosa Weber, ex-integrante do TST, votou contra terceirização da atividade-fim e citou dados que mostram que a terceirização prejudica o trabalhador, piora suas condições de saúde e aumenta aos acidentes de trabalho. Segundo a ministra, o modo de contratação leva à precariedade da relação de trabalho entre o empegado e a empresa. "As pesquisas nos últimos 25 anos no Brasil revelam que a terceirização sintetiza as seis dimensões da precarização social do trabalho no país, pois ela coincide com as disposições mais precárias de inserção no mercado de trabalho, apresentam as piores condições salarias, os mais altos índices de acidente de trabalho”, afirmou. Em um voto breve, Ricardo Lewandowski também divergiu e votou contra a terceirização.


 http://www.amanha.com.br/posts/view/6121

Dólar opera em queda depois de sete altas seguidas


No ano, valorização da moeda norte-americana já é de 24%

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Dólar opera em queda depois de sete altas seguidas

O dólar abriu em queda nesta sexta-feira (24), depois de ter fechado em alta por sete pregões consecutivos. Por volta de 13h45, a moeda norte-americana caía 0,4%, vendida a R$ 4,1079. O dólar turismo, sem a cobrança de IOF, era negociado a R$ 4,26. Na véspera, a divisa dos Estados Unidos fechou em alta de 1,7%, a R$ 4,12, no maior patamar em quase três anos. 

A última vez que o dólar havia fechado acima de R$ 4,12 foi em 23 de setembro de 2015 (R$ 4,14). Nas casas de câmbio, a moeda chegou a ser negociada acima de R$ 4,50. Desde janeiro, o dólar acumula valorização de mais de 24% contra o real. A tendência de alta, que havia perdido fôlego a partir de junho, voltou em agosto em meio às incertezas eleitorais e ao cenário externo menos favorável, fazendo o dólar saltar do patamar de cerca de R$ 3,70 aos atuais R$ 4.

Investidores estão adquirindo dólares por causa dos resultados recentes das pesquisas eleitorais. O cenário revela fraqueza de candidatos que defendem reformas alinhadas com o mercado. Analistas avaliam que o Banco Central (BC) seguirá não interferindo no mercado cambial, visto que o movimento do real, apesar de pautado principalmente pelas eleições, não está muito diferente do comportamento de outras moedas de países emergentes. O que reforça a posição do BC é que não há falta de liquidez no mercado, nem fuga de capital. O movimento, segundo economistas, é pela busca de proteção, o que pressiona a moeda. Ou seja, turistas, exportadores e companhias com dívidas em dólar compram e fazem com que o preço se eleve. Dados do BC revelam que houve retirada de US$ 2,4 bilhões do país até 17 de agosto. No acumulado no ano, o saldo ainda é positivo, com uma entrada líquida de US$ 25,9 bilhões.

 http://www.amanha.com.br/posts/view/6125

O negócio que fez de George Clooney o ator mais bem pago do mundo

Ator está no topo do ranking anual da Forbes, mas o motivo não é o cinema, e sim uma marca de tequila.

 


São Paulo – George Clooney é o ator mais bem pago do mundo, de acordo com o ranking anual da revista Forbes. Mas o motivo não são os filme do astro, que está um tanto fora de circuito.

O que rendeu uma pequena fortuna a Clooney foi sua marca de tequila Casamigos, comprada pela inglesa Diageo por 1 bilhão de dólares em junho de 2017. Com a venda, Clooney embolsou algo em torno de 233 milhões de dólares.

Na conta da Forbes, Clooney recebeu um total de 239 milhões de dólares entre junho de 2017 e junho de 2018, contando o negócio com a Diageo e ganhos com filmes antigos.

Com a venda, Clooney chegou a afirmar que não precisa mais atuar. “Atuar era a minha forma de pagar o meu aluguel, mas eu vendi a minha empresa de tequila por um bilhão de dólares, então não preciso mais de dinheiro”, disse em tom de brincadeira numa entrevista ao The Sunday Times. Agora, o astro de 56 anos se dedica a projetos do seu interesse. O último filme de Clooney é de 2016.

A Casamigos foi criada por Clooney com Rande Gerber (marido de Cindy Crawford) e Mike Meldman. Na época, eles disseram à imprensa que fizeram a bebida “caseira” para as festas em suas casas em Cabo San Lucas, no México.



Com o tempo, e a fama da tequila estendida para além das festas particulares dos amigos, eles decidiram investir juntos em uma destilaria para vender a bebida, com uma marca própria. A ideia de uma tequila “artesanal”, feita por famosos ajudou bastante.

Nos últimos anos, as vendas da Casamigos subiram 54% nos Estados Unidos, mesmo com os pretenciosos preços, de 45 a 55 dólares por garrafa.

A Diageo é dona das marcas Smirnoff, Guinness e Johnnie Walker. A gigante inglesa viu na marca caseira de Clooney uma oportunidade de se aproximar de um público em busca de bebidas premium. O desafio da empresa é fazer valer o alto preço que pagou pela destilaria do ator.

Mas esse não é um problema de Clooney.


 https://exame.abril.com.br/negocios/o-negocio-que-fez-de-george-clooney-o-ator-mais-bem-pago-do-mundo/


quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Plural para formador de mercado


Empresa frisou que respeitado o aviso prévio, o contrato vigorará até o dia 21 de setembro de 2018 

 

 




São Paulo – A Biosev, braço sucroenergético da Louis Dreyfus Company (LDC), informou nesta quarta-feira que decidiu terminar o contrato de prestação de serviços de formador de mercado firmado com a Brasil Plural, segundo fato relevante divulgado ao mercado.

Por meio desse contrato, o formador de mercado exerce atividades com o objetivo de fomentar a liquidez das ações da companhia, no âmbito da bolsa paulista B3.

“Respeitado o aviso prévio, o contrato vigorará até o dia 21 de setembro de 2018”, afirmou a Biosev.

A empresa frisou ainda que seus acionistas controladores não celebraram com o formador de mercado “qualquer contrato ou instrumento regulando exercício de direito de voto e/ou compra e venda de valores mobiliários de sua emissão”.

“A companhia informa, ainda, que até a presente data, não celebrou qualquer contrato e não tem planos para contratar outra instituição para atuar como seu formador de mercado.”

Os papéis da Biosev fecharam nesta quarta-feira em baixa de quase 2,5 por cento.

Segunda maior processadora de cana do mundo, a Biosev, registrou prejuízo líquido de 506 milhões de reais no primeiro trimestre da safra 2018/19 (abril a junho) em meio a um impacto negativo da variação cambial.



Exportação brasileira de vinhos e espumantes cresce 39% no 1º semestre


Entre janeiro e julho de 2018, o melhor desempenho ficou com os espumantes, cujas vendas para o exterior subiram 61,2% comparado a igual período de 2017

 






São Paulo – As exportações de vinhos e espumantes brasileiros cresceram 39,3% em volume e 32,8% em receita no primeiro semestre, segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Em nota, a entidade informa que no período foram comercializados para 29 países 1,593 milhão de litros, o que gerou receita de US$ 3,6 milhões. Os principais destinos foram Paraguai, Estados Unidos, Cingapura, Colômbia e Reino Unido. O gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, diz que a expectativa é de que no segundo semestre a comercialização siga aquecida.

Entre janeiro e junho de 2018, o melhor desempenho ficou com os espumantes, cujas vendas para o exterior subiram 61,2% em volume e 29,2% em valor, comparados ao primeiro semestre do ano anterior. Os vinhos chamados tranquilos tiveram um incremento de 37,4% no volume e 33,6% nas vendas.

Por que a Coca-Cola colocou Temer na parede


Após aumento de imposto, empresa ameaça produzir seu xarope de refrigerante em outro país e é investigada pela Receita Federal. Entenda:

 


São Paulo – A Coca-Cola decidiu subir o tom para pressionar o governo brasileiro a voltar atrás numa decisão que, na prática, aumentou a carga de impostos paga pela companhia no país.

A empresa agora ameaça produzir seu xarope de refrigerante em outro país da região, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo. Hoje ele é produzido na Zona Franca de Manaus. Isso porque, em junho, o governo mudou a cobrança do IPI, o que reduziu os créditos tributários recebidos pela companhia.

A mudança na regra foi a seguinte: o xarope de refrigerante passou a pagar uma alíquota de 4% de IPI, contra os 20% que eram cobrados anteriormente. Aparentemente, portanto, é uma redução no imposto.

Porém, muitas companhias do setor, em especial as grandes, produzem esse xarope na Zona Franca de Manaus, com isenção de tributos. Então, os 20% de IPI que seriam cobrados dessas companhias na verdade tornavam-se créditos para elas.

A empresa não pagava os 20% porque está na Zona Franca de Manaus. Mas na hora que o xarope sai de Manaus para as engarrafadoras que estão em outros Estados, elas ganhavam um crédito de 20%. Com a nova regra, o desconto passou a ser de 4%.

A pressão da Coca-Cola e de outras grandes empresas do setor, reunidas na Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes) é para que o governo Temer aumente o IPI para pelo menos 15%. Caso contrário, as companhias ameaçam fechar 15 mil postos de trabalho na Zona Franca de Manaus.

Porém, há mais questões em jogo. Pequenas fabricantes de refrigerantes denunciam que, além do crédito recebido, a Coca-Cola e outras grandes superfaturam o produto que sai da Zona Franca, aumentando ainda mais a distorção (leia mais no link abaixo).

Material divulgado pela Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil) afirma que o preço do concentrado produzido em Manaus “chega a ser 20 vezes maior que o insumo produzido nos demais estados”.

A renúncia fiscal das multinacionais de concentrado localizadas na Zona Franca de Manaus foi de 9,1 bilhões de reais em 2016, diz a entidade.

O caso é investigado pela Receita Federal. De acordo com a Folha, na investigação, executivos da Coca-Cola precisam explicar por que a fabricante vende o quilo do concentrado por cerca de R$ 200 no mercado interno se exporta o produto por aproximadamente R$ 20.

Em nota, a Abir afirma que a redução do IPI “impacta profundamente o setor” e que “nada justifica a ausência de diálogo com o setor”. Segundo a entidade, a mudança “ameaça os investimentos e mesmo a operação de diversas indústrias na Zona Franca de Manaus”.

“Em 2017, a indústria brasileira de refrigerantes e de bebidas não alcoólicas tornou-se responsável por pelo recolhimento de R$ 10 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais e emprega direta e indiretamente mais de 1,6 milhão de brasileiros. Na Zona Franca de Manaus o setor investiu não só nos processos produtivos, mas também em toda uma cadeia econômica sustentável na Amazônia e em programas sociais e culturais da Região Norte”, completa o texto.

Em entrevista a EXAME, o vice-presidente de relações corporativas da companhia, Pedro Rios, afirmou que a multinacional permanecerá no país e continuará a atuar na Zona Franca de Manaus, mesmo que as condições tributárias permaneçam as mesmas.

“A afirmação de que ameaçamos sair do Brasil e da Zona Franca de Manaus não é verdadeira”, disse Rios (leia mais no link abaixo).

Refrigerante e filé mignon

 

Essa não é uma briga nova. Em março deste ano, o Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) julgou procedente um pedido da Fazenda Nacional sobre o caso.

Uma nota no site da Receita Federal afirma o seguinte: “(…) a prática que vem sendo adotada por grandes empresas do setor é a de se aproveitarem de benefícios fiscais oriundos de insumos de baixo valor agregado. Dentre os insumos que geram créditos os para fabricantes de bebidas, incluem-se até mesmo substâncias que são adquiridas no centro do país e passam por simples reacondicionamento em Manaus”.

Também não é primeira vez que o governo tenta mexer no IPI do xarope de refrigerante, que já foi alvo da então presidente Dilma Rousseff, em 2013.

A celeuma expõe ainda um problema antigo, que é o dos benefícios fiscais. Só em 2018 a União vai abrir mão de R$ 283,4 bilhões por causa de benefícios fiscais. Na lista dos produtos agraciados com um desconto nos impostos estão itens como salmão, caviar, filé mignon e todos os tipos de queijo.



https://exame.abril.com.br/negocios/por-que-a-coca-cola-colocou-temer-na-parede-e-ameaca-sair-do-brasil/

Cade condena multinacionais por cartel de componentes de TVs e monitores



Imagem relacionada


Fabricantes de componentes de televisão e pessoas físicas foram condenadas nesta quarta-feira (22/8) por formação de cartel pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A entidade concluiu que fabricantes de componentes para imagem colorida de televisores (em inglês, color picture tube – CPTs) e para monitores coloridos de computadores (em inglês, color display tubes – CDTs) se uniram com o objetivo de promover práticas anticompetitivas, que causaram danos ao mercado brasileiro por mais de uma década.

Foram condenadas as empresas Toshiba Corporation e MT Picture Display, além de uma pessoa física, por cartel no mercado internacional de CPTs (08012.002414/2009-92). Elas foram multadas em R$ 4,9 milhões, no total.

Por unanimidade, o conselho seguiu entendimento do conselheiro Mauricio Oscar Bandeira Maia e arquivou o processo de cartel no mercado de CDTs (08012.010338/2014-11) em relação à MT Picture Display, única empresa que não firmou acordo de cessação com o Cade durante a investigação do caso. O tribunal entendeu que não há indícios suficientes de sua participação nesse cartel.


Troca irregular de informações 

 
As práticas anticompetitivas ocorreram entre 1995 e 2007 e envolveram os maiores fabricantes mundiais de CRTs. Os cartéis foram marcados pela troca regular de informações comercialmente sensíveis, fixação de preços, divisão de mercado e restrição da produção do produto. Segundo as investigações, os acordos entre os concorrentes foram acertados por e-mail e em reuniões bilaterais e multilaterais.

As condutas afetaram a concorrência no mercado de tubos para imagem colorida e causaram prejuízos no Brasil. Foram lesadas as empresas que adquiriram, via importação, os produtos das representadas e os consumidores brasileiros que compraram televisores e computadores fabricados com essa tecnologia.

As provas de que as condutas ocorreram e causaram prejuízos ao mercado nacional foram obtidas, principalmente, por meio dos acordos de leniência e termos de compromisso de cessação (TCCs) celebrados com o Cade por empresas e pessoas físicas envolvidas no conluio.

Os cartéis no mercado de CRTs também foram alvo de investigações e condenações em outras jurisdições, como Estados Unidos, União Europeia, Japão, República Tcheca, Hungria e Coreia do Sul.


Leniências

 
As investigações tiveram início a partir de acordos de leniência firmados em 2008 com a Samsung e pessoas físicas relacionadas ao grupo, que confessaram participação nos cartéis e apresentaram provas das infrações e de seus efeitos no Brasil. No julgamento desta quarta-feira, o conselho extinguiu a punibilidade dos beneficiários da leniência, em razão do cumprimento total dos acordos. Com informações da Assessoria de Imprensa do Cade.


Processos 08012.002414/2009-92 e 08012.010338/2009-99


 https://www.conjur.com.br/2018-ago-22/cade-condena-multinacionais-cartel-componente-televisao