terça-feira, 11 de setembro de 2018

Melitta investe R$ 40 milhões e inaugura fábrica em Varginha

Resultado de imagem para fotos do logo da melitta


O grupo alemão Melitta inaugura nesta quarta-feira, 5, a sua nova fábrica de torrefação de café em Varginha, no sul de Minas Gerais. Com investimentos de cerca de R$ 40 milhões, a nova unidade tem foco na produção de café torrado e moído e vai empregar perto de 50 colaboradores.

Segundo comunicado da companhia, a quarta unidade fabril no País tem como principal objetivo oferecer sustentação ao crescimento das marcas do grupo (Melitta, Café Barão e Café Bom Jesus). 

O presidente da Melitta para a América do Sul, Marcelo Del Nero Barbieri, informou que Varginha foi uma escolha estratégica, por estar localizada em uma das maiores regiões cafeeiras do País, ter mão de obra qualificada e também pela posição geográfica que facilita a distribuição da produção para diversos mercados. 

A aproximação da multinacional alemã dos consumidores mineiros foi iniciada em abril de 2017, com a aquisição da marca Café Barão, uma das líderes no Estado. A nova fábrica de Varginha atenderá à demanda dos consumidores de Minas Gerais e de outros Estados. 

“A partir da unidade de Varginha, que terá capacidade para torrar até 500 mil sacas de 60 kg de café, nossa expectativa é gerar faturamento próximo a R$ 200 milhões nos próximos 4 anos”, concluiu Barbieri no comunicado.


 https://www.istoedinheiro.com.br/melitta-investe-r-40-milhoes-e-inaugura-fabrica-em-varginha-2/

Grife Burberry não queimará mais produtos encalhados em estoque


Empresa britânica incinerou 153 milhões de reais em artigos no último ano para não desvalorizar a marca; empresa também afirma que não usará mais peles de animais

 

Grife Burberry não queimará mais produtos encalhados em estoque
A grife de luxo britânica Burberry anunciou que não queimará mais os produtos que não forem vendidos. Em julho, um documento revelou que a empresa destruiu roupas, acessórios e perfumes encalhados em estoques para proteger a marca. Foram incinerados 28,6 milhões libras (aproximadamente 153 milhões de reais) em artigos em 2017.

À época, a grife afirmou que aquele fora um ano atípico. Um acordo com a empresa de cosméticos norte-americana Coty obrigou a empresa se desfazer de uma carga de perfumes avaliada em 10 milhões de libras (aproximadamente 53 milhões de reais).

A destruição de coleções encalhadas é comum no mercado de luxo. A prática impede que os produtos sejam roubados ou a desvalorizem a marca. No comunicado, a empresa ainda afirmou que eventualmente havia reutilizado, doado ou reciclado artigos encalhados, mas que a partir de agora irá intensificar essa prática.

Em entrevista à BBC News, o grupo ambientalista Greenpeace elogiou a mudança na Burberry. “A decisão de parar de incinerar seu excesso de estoque é um sinal muito necessário de uma mudança de mentalidade na indústria da moda”.

“Chegou a hora de toda a indústria da moda começar a lidar com o excesso de estoque em sua origem: desacelerando a produção e repensando o modo como faz negócios”, complementou.

Investimento em pesquisas

 

A nova medida será encaminhada junto a grife sustentável Elvis & Kresse. Um acordo feito em 2017 transformará 120 toneladas de pedaços de couro em novos produtos até 2022.

A empresa britânica também criou o grupo de pesquisa de novos materiais, em parceria com o Royal College of Art, para desenvolver produtos sustentáveis. “O luxo moderno é ser socialmente e sustentavelmente responsável”, afirmou o executivo-chefe da Burberry, Marco Gobbetti.

“Essa crença é fundamental para nós e fundamental para o nosso sucesso a longo prazo. Estamos comprometidos em aplicar a mesma criatividade a todas as partes da Burberry, como fazemos com nossos produtos”.

Empresa não usará mais peles de animais

 

A marca britânica também anunciou que não usará mais peles de animais em seus produtos. Atualmente a Burberry extrai couro de coelhos, raposa, vison e guaxinim asiático.

O grupo de proteção aos animais Peta afirmou que a medida é uma forma da empresa se manter no mercado moderno. “Se eles querem permanecer relevantes em uma indústria em mudança, eles não têm escolha a não ser parar de usar peles roubadas de animais para seus casacos, golas e punhos”.


 https://www.istoedinheiro.com.br/grife-burberry-nao-queimara-mais-produtos-encalhados-em-estoque/


Rede de clínicas populares Dr. Consulta busca sócio para acelerar expansão


Resultado de imagem para fotos da rede doutor consulta




A rede Dr. Consulta, de clínicas particulares voltadas para as classes C e D, está em busca de um novo investidor para o seu negócio. A companhia contratou o banco americano JP Morgan para atrair um sócio relevante para acelerar sua expansão.

Criada em 2011, a rede de clínicas que tem quase 50 unidades, boa parte delas na cidade de São Paulo, já se movimenta para aumentar sua presença no interior paulista. A empresa ainda tem uma atuação tímida no Rio de Janeiro e pretende chegar nos próximos meses em Belo Horizonte. A meta é começar a se estruturar para uma presença nacional e fechar o ano com 75 pontos de atendimento.

Três fontes a par do assunto ouvidas pela Agência Estado afirmaram que fundos de investimentos e grupos ligados ao setor de saúde estão sendo contatados para olhar o negócio. As conversas ainda são incipientes e não há um único modelo que pode ser fechado nessas negociações, mas o objetivo seria vender uma fatia minoritária relevante do negócio.

De acordo com uma dessas fontes, a ideia é que o negócio seja oferecido a grupos com presença no País e também a estrangeiros, já que a companhia já recebeu aportes externos, em um total de US$ 95 milhões (cerca de R$ 390 milhões, pelo câmbio atual). A companhia não revela os autores dos aportes.

A rede Dr. Consulta foi idealizada pelo executivo Thomaz Srougi, que vem de uma família de médicos e passou os primeiros três anos do negócio “refinando” o modelo na comunidade de Heliópolis, na zona sul de São Paulo, antes de partir para uma expansão acelerada.
A entrada de um novo investidor, agora, é para dar um nova guinada na companhia, que cresce na esteira da ineficiência do sistema público de saúde e a redução do total de clientes dos planos de saúde privados. De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o total de usuários de planos privados no Brasil diminuiu em quase 3 milhões de pessoas entre 2014 e 2018.

Concorrência – O modelo de negócios do Dr. Consulta, que realiza exames, consultas e pequenas cirurgias com hora marcada, estimulou a criação de concorrentes de peso. Entre elas está a Cia. da Consulta, fundada em 2017 e que atraiu investidores como Marcel Telles (um dos fundadores da Ambev), Elie Horn (dono da Cyrela) e José Victor Oliva, empresário da noite.

Procurada, a Dr. Consulta não quis comentar. O JP Morgan também não se pronunciou. 



As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



 https://www.istoedinheiro.com.br/rede-de-clinicas-populares-dr-consulta-busca-socio-para-acelerar-expa/

A nova investida do Grupo SEB: escolas para as classes B e C


Chaim e Thamila Zaher criam uma nova rede de escolas com mensalidades mais acessíveis para avançar nas classes B e C

 

Crédito: Gabriel Reis
Dinastia Zaher: Thamila Zaher, 30 anos, assume o protagonismo por trás dos novos negócios do Grupo SEB, criado por seu pai Chaim (Crédito: Gabriel Reis)
Fundador do Sistema Educacional Brasileiro (SEB), o empresário libanês Chaim Zaher, 64 anos, criou, pouco a pouco, um império na educação brasileira. Com uma receita de R$ 800 milhões, o grupo tem uma rede com 50 mil alunos, além de mais de cem mil em escolas parceiras, que utilizam seus sistemas de ensino. Na operação da empresa, o leque de modelos é amplo. Ele passa por bandeiras como a Concept, colégio bilíngue com metodologia baseada em conceitos como criatividade, para quem alcançou o topo da pirâmide social, e pela Pueri Domus, tamém focada em estudantes de maior poder aquisitivo, mas com uma abordagem mais tradicional. Na terça-feira 4, esse portfólio ganhou uma nova oferta. O SEB lançou a Luminova, rede de educação básica voltada às classes B e C. “Há uma lacuna de aprendizado muito forte no Brasil”, afirma Thamila Zaher, filha do fundador e diretora do grupo. “Temos escolas que atendem a todos os tipos de públicos. A Luminova era a peça que faltava”, diz Chaim, presidente do SEB.

A nova bandeira nasce com a proposta de ser acessível, com mensalidades entre R$ 470 e R$ 560. O movimento acontece em um momento em que rivais como a Estácio e a Kroton, por meio da Saber Educação, voltam seus olhos para o ensino básico, mas com maior ênfase nos colégios de alta renda. O foco do SEB com a Luminova é alcançar dois públicos: os estudantes habituais de escolas públicas, e aqueles cujas famílias não tiveram condições de manter em colégios particulares, a partir da recessão.

No primeiro ano, o aporte na Luminova será de R$ 50 milhões e envolve a abertura de uma unidade em Sorocaba (SP), além de três unidades na capital paulista, nos bairros da Barra Funda, Vila Prudente e Bom Retiro. “Cada escola deve ter entre 1 mil e 1,5 mil alunos”, afirma Thamila. Para 2020, a ideia é inaugurar outras cinco escolas e estender o projeto para regiões como o Nordeste, com pelo menos uma unidade em Salvador, e também para o Sul, em Curitiba. Em cinco anos, a expectativa é chegar a 25 unidades, com uma receita total de R$ 200 milhões.


Para todos os bolsos: o portfólio do grupo SEB inclui entre suas bandeiras escolas premium, como a tradicional Pueri Domus (acima, à esq.), a Concept (à esq.), que aposta em conceitos como criatividade e a rede carioca O Colégio de A a Z, adquirida no início do ano
O segmento, de fato, apresenta boas perspectivas de crescimento. Juntas, as classes B e C representam cerca de 37 milhões de alunos, o equivalente a 61,4% da população em idade escolar no Brasil. “O SEB está dando início a uma nova corrida em busca do ouro”, diz Carlos Monteiro, presidente da CM Consultoria. Para o especialista, a Saber Educação deve competir com o SEB nesse mercado. “Mas tenho quase certeza que outros concorrentes, como Eleva e Lumiar, já estão fazendo estudos para também investir nessa faixa.”

O que irá garantir mensalidade acessível e o avanço em larga escala da nova rede é o baixo custo com infraestrutura. As iniciativas incluem a locação de espaços que já abrigaram escolas e que são remodelados pelo grupo. Outra medida é a adoção de tecnologia para padronizar processos de avaliação, tal como o ensino por meio de plataformas digitais, como portais e aplicativos. Em disciplinas como inglês e música, o método também inclui a formação das turmas seguindo critérios como o nível de conhecimento do aluno e não por faixa etária. “Vamos alugar todos os espaços e usar a nossa estrutura para viabilizar o projeto”, diz Chaim.
À parte da nova bandeira, o SEB, acostumado a um ritmo frenético de aquisições, segue com planos de expansão em outras frentes. Mas sente o impacto da compra da Somos Educação pela Kroton, em abril, que deu origem à Saber Educação. O alto valor da negociação, R$ 4,6 bilhões, inflacionou o mercado, atrapalhando os planos de expansão da rede. “Tínhamos quatro aquisições engatilhadas nesse ano, mas já desistimos de duas”, diz Chaim. Ele conta que o grupo mantinha conversas com duas redes de educação básica e outras duas de ensino superior. “Depois que a Kroton pagou aquele valor, as redes dobraram a pedida.”

O empresário afirma que novas negociações só devem avançar depois das eleições. Recentemente, o grupo adquiriu o Colégio de A a Z, do Rio de Janeiro, e o Colégio Visão, de Goiás. Agora, a empresa quer dobrar o número de franqueados da rede de escolas bilíngues Maple Bear, no prazo de dois anos, expandindo o projeto para países da América Latina. Hoje, a bandeira conta com 102 escolas no Brasil, 25 mil alunos e um faturamento de R$ 69 milhões. Os planos de expansão passam ainda pelo crescimento da Concept. O próximo ponto no mapa da marca deve ser o Rio de Janeiro. A Luminova, no entanto, ocupa um espaço singular na estratégia. “A rede é um complemento social do projeto de educação da nossa família”, diz Chaim. “É óbvio que visamos o resultado lá na frente. Mas não estamos só buscando o lucro.”




https://www.istoedinheiro.com.br/a-nova-investida-do-grupo-seb/

Canadá e EUA retomam negociações do Nafta nesta terça-feira em Washington



Canadá e EUA retomam negociações do Nafta nesta terça-feira em Washington
A chanceler do Canadá Chrystia Freeland chega para uma reunião com o representante americano do Comércio Robert Lighthizer em Washington, em 30 de agosto de 2018 - AFP

A chanceler do Canadá, Chrystia Freeland, se reunirá nesta terça-feira com o representante comercial americano (USTR), Robert Lighthizer, em Washington para retomar as negociações da atualização do Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), informou um porta-voz canadense nesta segunda.

Freeland, que lidera a equipe negociadora canadense, se reunirá com Lighthizer para continuar os diálogos sobre o Nafta, indicou o porta-voz da chanceler, Adam Austen.

As duas partes concluíram na sexta-feira duas semanas de negociações sem chegar a um acordo. Não foi anunciada, então, a data de retomada dos diálogos. 

México e Estados Unidos já chegaram a um acordo no fim de agosto e Washington informou ao Congresso que pretende assinar um novo acordo em 30 de novembro, com a perspectiva de que o Canadá faça parte do mesmo.

Contudo, Ottawa e Washington negociam com dificuldade uma nova versão do Nafta, assinado em 1994 entre Canadá, Estados Unidos e México. 



 https://www.istoedinheiro.com.br/canada-e-eua-retomam-negociacoes-do-nafta-nesta-terca-feira-em-washington/

Maior Unidade do Grupo


Tramontina Aplica R$ 30 Mi em Loja-Conceito


Maior Unidade do Grupo
Maior Unidade do Grupo


Com um investimento de R$ 30 milhões, a Tramontina deu início à operação de sua nova loja-conceito, com cerca de 4 mil m² - maior varejo do grupo. Localizada em Carlos Barbosa (RS), cidade natal da companhia, a "T Factory Store" abriu as portas na última segunda-feira (10) e comercializa um mix de 10 mil produtos divididos entre os segmentos de móveis, ferramentas, materiais elétricos, utensílios para cozinha, entre outros. A operação oferece serviços exclusivos, como a gravação de facas, e contato entre os consumidores e profissionais que conhecem as funcionalidades dos produtos.

 
Outros Diferenciais
 

Robô na vitrine e escadas rolantes que são acionadas quando o público se aproxima são algumas das apostas em tecnologia para a nova loja. O ambiente conta, ainda, com orquídeas e colheres como puxadores de portas nos banheiros. A estrutura abrigava a primeira operação da Tramontina desde 1978 e passou por ampliação e repaginação durante quatro anos para receber os diferenciais da loja conceito.


Serviço:
Loja Conceito Tramontina
Endereço: Rua Maurício Cardoso, 193 - Centro, Carlos Barbosa, RS
Funcionamento: segunda a sexta, das 9h às 18h, e sábados, das 9h às 17h30.



http://www.gironews.com/redes-shopping/maior-unidade-do-grupo-49834/


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Mercosul e UE voltam a negociar, sem grandes expectativas


O Mercosul e a União Europeia retomaram, nesta segunda-feira, em Montevidéu uma nova rodada de reuniões a nível técnico sem grandes expectativas de alcançar um acordo diante das diferenças que ainda persistem entre as partes.

As negociações voltam em um contexto muito diferente do anterior: o Brasil está às vésperas da eleição presidencial mais incerta dos últimos tempos e a Argentina atravessa fortes turbulências econômicas.

Apesar da ansiedade manifestada pelo Mercosul para concluir o pacto comercial, fontes do governo do Uruguai – que exerce a presidência temporária do bloco, integrado ainda por Brasil, Argentina e Paraguai – indicaram à AFP que vão às negociações em busca de uma resposta à proposta entregue na última série de encontros em julho em Bruxelas. 

Na ocasião, os negociadores europeus tinham mostrado uma atitude inflexível diante de uma oferta que o Mercosul levou “ao limite”, segundo a negociadora uruguaia, Valeria Csukasi.

O chanceler brasileiro Aloysio Nunes também tinha afirmado, no mês passado, que o Mercosul esperava “um pouco mais” do bloco europeu, especialmente no acesso de carnes e açúcar.

– Condições variam –


Mas na semana passada, o comissário de Agricultura da UE, Phil Hogan, devolveu a bola ao outro lado dizendo que a UE “fez uma oferta clara e explícita” em janeiro, e que “os países do Mercosul atrasaram sua resposta” a esta oferta “significativa”.
Hogan foi contundente: “Se pretende-se concluir a negociação, o Mercosul deve cumprir os acordos relativos a automóveis e componentes, serviços marítimos, laticínios e indicações geográficas”.
Do lado do Mercosul, dizem que os representantes da UE mudam a linha de chegada após cada esforço da parte dos sul-americanos, segundo uma fonte do governo uruguaio que pediu anonimato. “As condições da União Europeia estão em constante mudança”, lamentou o funcionário. 

Isso, apesar de o bloco já ter cedido em muitas de suas ambições iniciais, como afirmaram à AFP de diferentes áreas do Mercosul.

Welber Barral, secretário de Comércio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando as negociações foram reabertas em 2010, e atual assessor do governo brasileiro, concordou que o bloco não tem muito mais margem para concessões. “No setor automobilístico, por exemplo, cedemos sobretudo no momento em que a redução tarifária começará e chegará a zero”, afirmou.



– Temas espinhosos –


“Pode-se dizer o mesmo sobre vinhos e laticínios, que esperava-se excluir mas acabaram fazendo parte da negociação. Ainda que ceda em termos comerciais, a grande vantagem do Mercosul será institucional”, avaliou, referindo-se aos elevados padrões de normas técnicas e a possíveis investimentos da UE. 

Ignacio Bartesaghi, decano da Faculdade de Ciências Empresariais da Universidade Católica do Uruguai, concorda que o acordo previsto atualmente é muito diferente do que se vislumbrava quando teve início o processo, há quase 20 anos. “Temos que ser pragmáticos e entender que, embora se assine um acordo mais ‘light’ e com concessões, seria um grande avanço, até mesmo para estimular outras negociações em curso no bloco, como com a Coreia do Sul ou o Canadá”. 

Um dos temas mais espinhosos continua sendo o dos produtos agropecuários, como a cota de carne. Neste caso, a UE está disposta a conceder menos de metade das 200 mil toneladas almejadas pelo Mercosul. 

“Aspirava-se mais e insistiremos nisso. Mas sabemos que se chegar a hora e não houver uma melhora (da oferta) teremos que aceitar o que tiver e continuar trabalhando”, disse Miguel Sanguinetti, presidente da Federação de Associações Rurais do Mercosul.O presidente da Associação Rural do Paraguai, Luis Villasanti Kulman, faz coro: “Há uma posição unânime de aceitar e depois veremos. Tudo serve”. 


– Sem grandes expectativas –


As principais centrais industriais dos países sul-americanos também expressaram seu apoio. No Brasil e na Argentina, os de mais peso, o acordo tem um sólido respaldo, apesar das mudanças aceitas em favor de avançar. 

Thomaz Zanotto, diretor de comércio internacional da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), disse que “o Mercosul garantiu que nenhum setor industrial seja excluído como pretendido no início”, por exemplo, laticínios ou vinho. Sua visão é que “interesses pontuais dos países da UE estão atrasando o acordo”.Esse é o mesmo pensando vigente na Confederação Nacional da Indústria (CNI). Fabrizio Panzini, responsável pelas relações exteriores da entidade, disse: “Não somos um obstáculo, consideramos que o acordo é uma prioridade, mas temos que ter pontos de equilíbrio, especialmente em produtos em produtos que o Mercosul tem vantagens comparativas”.

A União Industrial Argentina e a Coordenação das Indústrias de Produtos Alimentícios (Copal), duas centrais empresariais importantes do país, também respaldaram a negociação; 

Contudo, empresários e, em segredo, negociadores do Mercosul estão céticos de anúncios até o fim desta semana. Vários, com nostalgia, lamentan que o momento mais propício, em dezembro, tenha ficado para atrás. São poucos os que têm esperança de assinar o acordo ainda em 2018. 




https://www.istoedinheiro.com.br/mercosul-e-ue-voltam-a-negociar-sem-grandes-expectativas/