Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
A startup Liv Up, de comida saudável, recebeu um aporte de R$
90 milhões, liderado pelo fundo de investimento americano ThornTree
Capital Partners e participações dos fundos Kaszek, Spectra e Endeavor
Catalyst. O dinheiro será usado na expansão geográfica da empresa no
País e na ampliação do portfólio, que passará a oferecer refeições
voltadas ao público infantil, bem como saladas e bebidas.
O presidente e cofundador da empresa, Victor Santos, conta que desde a
fundação da Liv Up, em 2016, tem recebido retorno dos clientes,
sobretudo de mães em busca de alimentação saudável – e prática – para os
filhos. Com base nessa demanda, ele decidiu criar uma linha voltada
para o lanche escolar das crianças e comida para bebês. “Estamos
construindo uma marca com foco na opinião e necessidade de nossos
clientes”, diz o executivo.
Atualmente a empresa atende 30 cidades no Brasil, nas Regiões Sul e
Sudeste, além da Brasília. A partir do próximo trimestre, vai estrear na
Região Nordeste, onde começará a atender às cidades de Recife,
Fortaleza e Salvador. A startup também vai iniciar operação em
Florianópolis e Vitória.
Além da expansão geográfica e do portfólio, a Liv Up também vai
estrear este ano um serviço de restaurantes para operação de delivery.
Serão três unidades em São Paulo, com planos para expandir para outros
locais. “Estamos num ritmo de crescimento muito acelerado, triplicando o
tamanho da empresa a cada ano”, diz Santos. Segundo ele, a empresa que
começou com cinco pessoas e funcionava num espaço de 100 m², hoje tem
450 pessoas e dez centros de distribuição que fornecem 250 mil refeições
por mês. Até o fim do ano, serão 14 centros.
Com um apelo saudável, a Liv Up aposta especialmente no aumento dos
ingredientes orgânicos em seus pratos para cativar o público. Cerca de
70% dos legumes e vegetais que hoje compõem as refeições feitas pela
empresa têm esse “selo natural”. “Temos 20 famílias parceiras que
produzem mais de 30 toneladas de ingredientes orgânicos todos os meses”,
diz Santos. A expectativa dele é que a empresa fature R$ 100 milhões
neste ano.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Projeto de R$ 152 milhões vai gerar 160 empregos diretos
Da Redação
redacao@amanha.com.br
A cidade de Ipiranga, nos Campos Gerais, vai receber o maior
investimento da história. A Tirol Alimentos confirmou a instalação de
uma planta no município de aproximadamente 15 mil habitantes. O
investimento total da fábrica de laticínios será de R$ 152 milhões por
meio do programa Paraná Competitivo. O anúncio foi feito durante reunião
de executivos da empresa com o governador Carlos Massa Ratinho Junior
nesta quarta-feira (11), no Palácio Iguaçu. No encontro foram
apresentados detalhes da unidade que a empresa vai erguer, a primeira no
Paraná. A previsão é que a operação comece em fevereiro de 2021,
gerando inicialmente 160 empregos diretos.
Ratinho Junior destacou
que a nova planta contribuirá para movimentar toda a cadeia leiteira do
Estado, já que a empresa estima produzir 600 mil litros de leite por
dia na primeira fase. A capacidade total da estrutura industrial pode
chegar a até 2 milhões de litros de leite/dia. O governador lembrou
ainda que o Paraná é um dos maiores produtores de leite do Brasil, com
cerca de 13% do mercado nacional. A cadeia leiteira estadual engloba
aproximadamente 90 mil pecuaristas no Estado. No ano passado, a produção
de leite rendeu R$ 5,8 bilhões no Valor Bruto da Produção Agropecuária
do Estado, segundo dados preliminares do Departamento de Economia Rural
(Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, valor menor que
as produções de frango, soja e milho.
“Anúncios como esse consolidam o
Paraná como uma grande bacia leiteira do país”, comemorou Ratinho
Junior.
O
gerente de Projetos da Tirol, Maicon Spada (foto), explicou que a opção
por investir no Paraná se deu pelas facilidades logísticas ofertadas,
além de o Estado ser o segundo principal mercado da empresa no País,
perdendo apenas para Santa Catarina, sede da indústria. Atualmente a
Tirol possui parceria com a fábrica Frísia, instalada em Ponta Grossa,
onde parte da produção é processada e embalada. “O Paraná é um Estado
muito interessante, estratégico para investimentos, ampliando a
competitividade da empresa”, afirmou. “Em um primeiro momento, a
produção será focada no leite longa vida, com aplicação da mais alta
tecnologia. Não existe no país uma planta com tamanha tecnologia
aplicada”, completou.
A área para a construção da nova unidade já
recebeu a preparação inicial e está toda terraplanada. O terreno é
localizado às margens da BR-373 tem 222 mil metros quadrados. A área
construída será de 22,6 mil metros quadrados, com possibilidade de
expansão. “Vai mudar a cara de Ipiranga. As contratações já estão
acontecendo, gerando emprego e renda para a cidade, que sempre foi muito
dependente do fumo”, destacou Luiz Carlos Blum, prefeito de Ipiranga.
A ACE espera investir em 10 a 15 negócios até o fim deste ano.
O investimento por ser seguido por outros e ser feito
em parceria com investidores-anjo e outros fundos de investimento
semente. “O primeiro aporte é um ponto de partida no relacionamento com a
startup”, afirma Arthur Garutti, sócio da ACE. Os setores
mais olhados são os que o fundo de investimento semente já tem um bom
volume em sua base, como agricultura, fintech, logística e saúde. As
startups já devem ter um MVP, clientes pagantes e apresentarem algum
faturamento.
“Somos fortes na conexão com grandes empresas, tendo quase 50
clientes corporativos. Por isso as startups aproveitam mais quando já
têm produtos validados e podem aumentar sua aquisição de clientes e suas
contratações de funcionários”, diz Garutti.
Inscrição, seleção e investimento
A ACE avaliou em seus sete anos de aceleradora 20 mil projetos,
sendo 300 deles acelerados, 100 investidos e 14 adquiridos por outras
empresas (como a Love Mondays, vendida para a Glassdoor, e a Hiper, para
a Linx).
O agora fundo de investimento semente compilou essas
informações em uma plataforma de autoatendimento. A associação afirma
que terá uma capacidade quatro vezes maior de ir ao mercado, passando de
cinco para 20 mil startups avaliadas por ano.
Por meio do site, startups cadastram suas informações sobre
fundadores, negócio e mercado e elas são comparados com o histórico da
associação. Os empreendedores recebem um diagnóstico da empresa e uma
nota baseados em 44 variáveis sobre capacidade do time fundador
(histórico educacional e de empreendedorismo); tamanho da oportunidade
de mercado; e a própria startup (como produto e distribuição de
participação entre os sócios, ou cap table).
O score é acompanhado por três
possíveis respostas: sem aderência à tese de investimentos da ACE; com
aderência, mas precisando de ajustes para que a startup receba aportes; e
com aderência e pronta para captar investimentos.
Nos dois últimos casos, o comitê de investimentos da ACE se
reúne para analisar os negócios e oferecer acompanhamento do score pela
plataforma. Os empreendedores podem marcar conversas um a um com a rede
de 150 mentores, 30 grandes empresas em projeto de transformação digital
e 50 mil membros cadastrados na comunidade da associação.
O principal objetivo das mentorias é a criação de uma “máquina
de escala” para a startup, por meio de seis trilhas de conhecimento:
captação de investimentos, estratégia, gestão, pessoas, processos e
visão de mercado. O passo final desse processo deverá ser um
investimento semente.
O investimento da ACE só se converterá em participação quando a startup realizar o série A. O movimento, conhecido como notas conversíveis, é uma forma de evitar comer muita participação dos empreendedores ainda no início da empresa.
Por três votos a dois, o Tribunal de Justiça de São Paulo
decidiu, na manhã desta terça-feira, 10, não decretar a falência da
companhia aérea Avianca Brasil. O plano de recuperação judicial da
empresa continua, portanto, em vigor – apesar dos entraves na Agência da
Aviação Civil (Anac).
Foram necessárias três sessões na 2ª Câmara de Direito Empresarial para os magistrados chegarem a uma conclusão.
O desembargador Sérgio Shimura, que inicialmente tinha sido a favor da falência, mudou seu voto.
Shimura lembrou que nenhum dos credores da Avianca havia pedido a
falência da empresa e afirmou que manter o plano de recuperação seria
uma solução menos “traumática” para as partes.
O desembargador Ricardo Negrão havia proposto a falência em julho por considerar a empresa inviável economicamente.
O plano de recuperação da Avianca previa a divisão dos horários de
pouso e decolagem (slots) da empresa em Unidades Produtivas Isoladas
(UPIs), que foram leiloadas há quase dois meses.
A Anac, no entanto, por entender que os slots não podem ser vendidos,
os redistribuiu entre as empresas solicitantes. Azul, MAP e Passaredo
ficaram com eles.
A
Amazon Prime chega ao Brasil com preço agressivo e com gama de
serviços: frete grátis em todas as compras e assinaturas aos serviços de
streaming, música e livros da empresa
Chega ao Brasil o Amazon Prime, serviço de assinatura da
gigante do e-commerce que traz aos clientes um pacote fechado com frete
grátis para todas as compras feitas no site, acesso ao streaming
homônimo e aos serviços de músicas e livros da empresa de Jeff Bezos.
A assinatura chega ao Brasil no preço promocional de R$ 9,99 ao mês
ou R$ 89 no plano anual (que garante desconto de 25%), muito mais barato
que os preços praticados nos Estados Unidos, cujos valores mensais e
anuais são respectivamente US$ 12,99 e US$ 119 (R$ 53 e R$ 487 na
conversão).
O Prime é um dos principais dispositivos da Amazon
para fidelizar seus clientes e um grande sucesso nos Estados Unidos,
onde sua principal função é a entrega em até dois dias sem custos, e que
também serve como serviço de entregas da rede de mercado da empresa,
Whole Foods. Segundo levantamento feito pela Amazon, em 2018 clientes
Prime gastaram em média US$ 1.400 no ano, enquanto consumidores que não
fazem parte do serviço gastaram em média US$ 600.
No Brasil, além do frete grátis para qualquer compra independente do
valor, a assinatura irá oferecer acesso ao Prime Video, Prime Music,
Prime Reading e Twitch Prime, com 30 dias disponíveis para testes. O
objetivo é trazer para todo o Brasil a possibilidade de entrega de
produtos em até dois dias, mas no momento isso só é possível nas regiões
metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. Clientes com assinatura
também terão acesso a promoções exclusivas para assinantes. Não se sabe
se o Prime Day – dia de promoção exclusiva para clientes fiéis do site –
acontecerá no Brasil.
A startup de aluguel de casas Quinto Andar se tornou nesta
terça-feira (10) o oitavo unicórnio brasileiro, seleto grupo de startups
que atingiram valor de mercado de US$ 1 bilhão. Aplicativo
especializado em gerenciar aluguel de residências recebeu um novo aporte
de US$ 250 milhões liderados pelos fundos Dragoneer, que já investiu em
Uber e Nubank, e Softbank, célebre fundo japonês que também investiu no
aplicativo de transporte além de Creditas, Rappi, Loggi e Gympass.
A norte-americana General Atlantic e a argentina Kaszek Ventures, que
já haviam investido na companhia, também participaram do aporte, que
foi o quarto da empresa. O negócio acontece apenas 10 meses após a startup ter recebido outra rodada de investimento, de 250 milhões de reais.
O app hoje está em plena expansão, com notícias recentes de que o
Quinto Andar começaria a reformar apartamentos, e uma média de 4.500
contratos de aluguel fechados por mês, número cinco vezes maior do que
em 2018. A empresa hoje está presente em 25 cidades brasileiras das
regiões sudeste, sul, e centro-oeste, com o estado de São Paulo
representando 30% de seus acordos
Com o aporte, a empresa agora mira expansão para dentro e fora do País, além de aumentar sua equipe de tecnologia para aumentar a gama de serviços oferecidos pela startup.
Não se admire se, durante à peça "Bin ich
Angekommen?" (Eu cheguei?, em português), achar que partes do texto
foram inspiradas em sua vida. Assistir ao monólogo escrito a partir da
experiência da baiana Katia Hofacker, que reside na Suíça desde 2004,
tem mesmo esse objetivo.
É um convite ao olhar através do espelho, ao questionamento da
realidade migratória de cada um e à superação dessa vivência, tão rica e
desafiadora ao mesmo tempo.
Escrita
e dirigida pela alemã Jasmin Hoch, a peça é encenada pela própria fonte
de inspiração, Kátia Hofacker. O texto em alemão, que já fez a atriz
chorar nos ensaios, traz à tona as dificuldades enfrentadas por essa
baiana, mas também por milhares de migrantes que deixam seus países e se
veem perdidos, lidando com questões identitárias, com poucas chances no
mercado de trabalho e com todos as diferenças culturais que vêm junto
com a mudança. "O meu sotaque ao interpretar é o meu diferencial nesse
país. Quero que quem assista saia com essa mensagem. Somos diferentes,
mas essa é a nossa vantagem", diz.
A montagem é inusitadamente encenada em um salão de cabeleireiro, apresentada enquanto a atriz tem cabelo e unhas feitos. Bin ich angekommen? é uma produção do Teatro MaximLink externo.
A peça integra o Festival Intercutural de Teatro de Zurique, o About UsLink externo, que acontece entre os dias 6 e 21 de setembro na cidade.
Informação:
Apresentações dias 9 e 11 de setembro – 20 horas.
Local: Fórum Brasil, Langstrasse, 21 – primeiro andar
Gratuito – necessário fazer reserva Link externo Aqui termina o infobox
swissinfo.ch: A peça é um monólogo sobre sua vivência aqui na Suíça. No que exatamente foca o texto?
Katia
Hofacker: Claro que é a visão da autora sobre a minha vida. É um texto
biográfico, fruto de uma série de entrevistas, que conta minha história
desde quando eu cheguei à Suíça, em 2004. A Jasmin conseguiu captar a
essência dos meus desafios. Como é uma diretora experiente, colocou com
primazia na linguagem teatral.
Falo sobre diversos pontos da
minha vida de estrangeira, que com certeza deve ter muitas semelhanças
com a de muitos outros que migraram. Entramos no campo do "eu me sinto
em casa?" O que significa para mim me sentir em casa?
Temos
sketches sobre a dificuldade com a língua alemã, que é a minha maior
barreira. Aliado a esse obstáculo, vem a ameaça à minha carreira de
atriz, mas que vem sendo construída a duras penas.
Abordo
momentos em que eu questiono a minha decisão de viver fora do Brasil, em
que sofro muito com os inúmeros nãos que recebi, a maternidade no
exterior, a necessidade de relação com os suíços, quase que como uma
bola mestra para entender a cultura desse país. Esse fio me conduz à
dificuldade de se fazer amizade com eles. E por aí vai. Mas a peça não é
um mar de lamentações, é um convite à reflexão. Tem partes cômicas,
incentivo o público a participar.
swissinfo.ch: E como se desenvolve a peça? Explique um pouco sobre a encenação em um salão de cabeleireiro.
K.H.:
Como o espetáculo acontece dentro de um salão de beleza, enquanto eu
falo o texto, profissionais farão meus cabelos e unhas. Eu vou contar
minha história como se fosse uma conversa de salão mesmo, como se eu
estivesse dialogando com o cabeleireiro.
Acho a proposta
interessante porque o ambiente é muito brasileiro, faz parte do nosso
cotidiano. E ali, durante a explanação, eu rio, eu choro, eu teorizo,
sempre em alemão. Mas o resto eu não vou contar por que é surpresa.
swissinfo.ch: E quem é a Katia, como ela se enxerga nesse contexto?
K.H.:
A Katia (risos) é uma atriz baiana negra, mãe de duas crianças, que
veio parar em Zurique por amor. Essa mudança deu uma reviravolta em sua
vida. Até aqui, muito parecido com a maioria das brasileiras que moram
na Suíça e que vieram porque encontraram um marido, um parceiro local.
Só que a partir daí é que o bicho pega.
Eu sou uma pessoa que ama o
teatro, sempre estive envolvida de alguma maneira com a atuação. A
minha primeira formação é de psicóloga, mas posteriormente fiz várias
formações em Teatro, ainda em Salvador. Morei durante um ano em Paris
para estudar na Escola de Teatro de Jacques Le Coc.
A barreira da
língua alemã, entretanto, veio para cortar minhas asas. Pelo menos era
como que eu via. Até eu entender que não necessariamente deveria ser
assim. Em 2010, eu conheci o teatro Maxim de Zurique, que promove a
diversidade. Aí tudo mudou.
Jovens talentosos brasileiros, que estudam música numa escola da
Suíça, fizeram um concerto em Genebra com a participação de músicos do
projeto ...
Por Valéria Maniero, Genebra
Então, eu acho que a Katia é uma brasileira que nadava contra a maré e hoje usa a correnteza para se reinventar.
swissinfo.ch: E como você se reinventa? Como usar essa correnteza a favor?
K.H.:
Em um determinado momento da minha caminhada, depois de sofrer muito
por não falar um alemão perfeito, de levar tantos nãos, eu descobri que a
minha maior ferramenta era ser exatamente quem eu sou. Eu sou
estrangeira e não posso mudar.
Não adianta querer falar igual ou
competir com os suíços. Então, falar com sotaque é o que me torna
diferente. Isso dá poder. A coragem vem de você usar a sua
matéria-prima, que é você mesma.
Até o fato de eu converter
minhas dificuldades, meus dilemas e anseios em monólogo é um exemplo de
como eu me transformo no meu próprio insumo.
Acho que a minha
vivência de teatro me ajudou muito a transformar dificuldade em arte, em
uma ferramenta para dar voz a uma comunidade enorme que passa pelos
mesmos desafios, mas que nem sempre encontra acolhida para expor o que
sente.
swissinfo.ch: E qual a mensagem que você e a diretora gostariam de passar ao público?
K.H.:
A da possibilidade de transformação. Entre as missões que tenho,
enquanto estou no palco, não cabe só a de entreter. Quero mostrar a
capacidade de rir das nossas gafes, de conviver com as diferenças e
transformar os nãos em novos caminhos nunca pensados. É uma
responsabilidade social, não é?