quinta-feira, 11 de março de 2021

Sossego da Raia Drogasil no e-commerce vai acabar em breve com chegada de Panvel e Rappi

Raia Drogasil
Os analistas da XP Investimentos enxergam potenciais desafios de curto prazo para a Raia Drogasil (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

A XP Investimentos e o Safra reforçaram a recomendação neutra para as ações da Raia Drogasil (RADL3), com preços-alvo de, respectivamente, R$ 27 e R$ 25, depois que a companhia divulgou os resultados do quarto trimestre do ano passado. Embora tenham gostado do balanço, principalmente a performance nas vendas e o ganho de participação de mercado recorde de 14,7%, os analistas enxergam potenciais desafios de curto prazo.

Danniela Eiger, Marco Nardini e Thiago Suedt, analistas de Varejo da XP, levantaram alguns riscos para a plataforma digital da Raia Drogasil. No mês passado, a Panvel (PNVL3;PNVL4) anunciou que pretende lançar seu marketplace no quarto trimestre deste ano, enquanto o Rappi vai começar a intermediar vendas de remédios.

“Vemos um risco de maior competição no marketplace da companhia”, afirmaram.

O Safra reconhece que as iniciativas digitais e os hubs de saúde vão crescer e ajudar a expandir a gama de produtos e serviços do marketplace da Raia Drogasil. Por outro lado, a instituição notou que a penetração digital está recuando conforme as operações das lojas físicas retornam ao normal.

Mas a recomendação neutra do Safra se deve principalmente ao valuation. De acordo com as estimativas dos analistas, o papel da rede de farmácias é negociada a 42 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2021.

Diferencial

Raia Drogasil
Segundo a Ativa Investimentos, os resultados mostraram a resiliência do modelo de negócios da companhia (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Na outra ponta, o BTG Pactual (BPAC11) e a Ativa Investimentos reiteraram a recomendação de compra da ação. Os preços-alvo indicados são de R$ 24 e R$ 30,10, respectivamente.

Segundo a Ativa, os resultados mostraram a resiliência do modelo de negócios da companhia. Os analistas têm boas perspectivas para os canais digitais da Raia Drogasil. Eles acham que a omnicanalidade da empresa será um grande diferencial na fidelização dos clientes. No caso das lojas físicas, o diferencial da companhia está nos health hubs.

Para o BTG, a Raia Drogasil tem uma combinação poderosa. Embora a ação seja negociada com grande prêmio em relação aos varejistas brasileiros, o banco acredita que a execução superior, o plano de expansão agressivo, um roteiro de investimento completo para o marketplace e uma sólida CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 28% são motivos suficientes para ficar otimista com o nome.

Healthbit

A Raia Drogasil informou, em nota divulgada ontem, que adquiriu 50,75% de participação acionária do capital social da startup de tecnologia Healthbit.

A transação foi realizada por meio do fundo de investimento em participações RD Ventures e está em linha com a estratégia da Raia Drogasil. A Healthbit vai permitir que a companhia desenvolva novas soluções de promoção de saúde e prevenção de doenças para funcionários e beneficiários de empresas e operadoras de saúde, inclusive por meio da Univers, a PBM (Programa de Benefício em Medicamentos) própria da Raia Drogasil.

O acordo celebrado entre as partes dá opção de compra da totalidade das ações remanescentes à Raia Drogasil a partir de 2026.

A conclusão da transação está sujeita ao cumprimento de certas obrigações formais das partes.

 

 https://www.moneytimes.com.br/sossego-da-raia-drogasil-no-e-commerce-vai-acabar-em-breve-com-chegada-de-panvel-e-rappi/

Petrobras: investidores não dão bola para Lula, e ações sobem com bom humor global



Lula
Palavras ao vento: Lula não abalou o otimismo do mercado nesta quarta (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Em sua primeira entrevista coletiva, após ter todas as condenações da Operação Lava Jato anuladas pelo ministro Edson Fachin, do STF, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado em tom de ameaça ao mercado.

Segundo ele, as empresas que estão “comprando coisas da Petrobras (PETR3; PETR4)” deveriam ficar com medo, porque muita coisa pode mudar, caso ele vença as eleições de 2022. Mas, a julgar pela reação das ações da companhia, na tarde desta quarta-feira (10), os investidores estão mais preocupados com outros fatores.

As ações ordinárias da Petrobras fecharam em alta de 4,21%, a R$ 22,29, enquanto as preferenciais avançaram 3,74%, para R$ 22,34. O Ibovespa saltou 1,30%, para 112.775 pontos.

Contrapontos

Isso não quer dizer que os investidores não monitorem os movimentos de Lula, mas, por ora, as forças de alta do papel prevalecem por questões técnicas, segundo Victor Benndorf, fundador da Benndorf Research.

O primeiro fator é o bom humor dos investidores internacionais com a aprovação, finalmente, do pacote de ajuda para a economia americana – uma montanha de US$ 1,9 trilhão. O Índice Dow Jones, por exemplo, subia 1,65% às 17h (horário de Brasília).

Na esteira do otimismo global, a aversão ao risco diminuiu. “Os investidores estão comprando Brasil, hoje”, afirma Benndorf. “Vemos uma rotação setorial, e tudo o que é atrelado ao dólar está em baixa”, acrescenta, com a ressalva de que a Petrobras escapa dessa lógica por um motivo: as ações estão muito baratas.

“Quando se analisam os múltiplos, a Petrobras está muito barata; está descontadíssima”, diz o analista. Apesar da forte alta desta quarta, Benndorf recomenda cautela. A recomendação da casa que leva seu nome é neutra para os papéis da estatal. O motivo, contudo, não tem nada a ver com Lula, e sim com o atual governo.

Preocupação imediata

A intervenção do presidente Jair Bolsonaro, que decidiu trocar Roberto Castello Branco pelo general Joaquim de Silva e Luna, precisa ser vista com cautela, devido à falta de visibilidade do que será a nova gestão. “Quem quiser se posicionar em Petrobras deve ir mais leve”, diz.

Pedro Galdi, da Mirae Asset, acrescenta outro fator interno para a alta das ações da estatal hoje: a autorização, por Bolsonaro, para que as empresas privadas importem vacinas. Com isso, melhoram as perspectivas de avanço na imunização em massa dos brasileiras, e, com ela, a retomada da economia.

Por último, Galdi lembra do básico. “A declaração de Lula não tem sentido, porque todas as vendas da Petrobras são blindadas por contrato”.

Assista ao vídeo da entrevista coletiva de Lula.

 

 https://www.facebook.com/Lula/videos/240437427781805/?t=3

 

 https://www.moneytimes.com.br/petrobras-investidores-nao-dao-bola-para-lula-e-acoes-sobem-com-bom-humor-global/


 

Enquanto não houver concorrentes para a Aeris no Brasil, siga comprando ações



Aeris
Demanda por fontes de energias renováveis está em alta no mundo, e a Aeris deve captar os bons ventos (Imagem: Aeris/Divulgação)

Pode-se dizer que a Aeris (AERI3), produtora de pás eólicas, está lugar certo e na hora certa, já que a demanda global por fontes de energias renováveis está à todo vapor, enquanto a companhia reina soberana no Brasil, com baixos níveis de competição.

Após um bate-papo com diretores-executivos da Aeris, a XP Investimentos reforçou ainda mais sua visão otimista de longo prazo.

“Aeris continua confiante sobre as expectativas de crescimento de longo prazo. O CEO da empresa, Alexandre Negrão, referiu que mais de 75% dos países apontam agora para uma meta de descarbonização, contra apenas 25% há alguns anos”, comentam os analistas da corretora, Lucas Laghi e Pedro Bruno, sobre a conversa com a diretoria.

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Considerando o mercado doméstico do Brasil, os diretores esperam que a capacidade eólica aumente entre 3 e 4 GW por ano nos próximos anos, contra uma média de aproximadamente 1,5 GW por ano na última década.

Cadê a concorrência?

Aeris Energy AERI3
Aeris vê espaço limitado para outro fabricante desenvolver uma planta para produção local no Brasil (Imagem: Reprodução/Aeris Energy/YouTube)

Outro ponto chave levantado diz respeito à competividade.

Questionada sobre a possibilidade da TPI Composites — principal concorrente da Aeris — ou de uma empresa chinesa começar a desenvolver pás eólicas no Brasil, os diretores apontaram para o fato de que essa deve ser uma decisão conjunta com o cliente.

“Transferir capacidade de produtores de pás já estabelecidos apenas impediria uma maior diluição de custos, gerando uma situação de “perde-perde” para fabricantes de turbinas e de pás eólicas, visto que a dinâmica comercial entre ambos poderia ser comprometida”, afirmou a diretoria da Aeris aos especialistas da XP.

A empresa vê espaço limitado para outro fabricante desenvolver uma planta para produção local no Brasil, uma vez que a Aeris já tem capacidade sobressalente suficiente para absorver o crescimento futuro.

Os gargalos logísticos também não parecem ser uma pedra no sapato, apesar de as pás eólicas terem aumentado consideravelmente de tamanho nos últimos anos. Elas passaram de 45 metros, em 2010, para 80 metros na atualidade.

Segundo o Diretor de Planejamento, Bruno Lolli, a capacidade atual do Porto de Pecém, localizado em Fortaleza (CE), é suficiente para acomodar pás de até 130 metros de comprimento, o que não acarretaria em problemas logísticos significativos no curto prazo.

 

 https://www.moneytimes.com.br/enquanto-nao-houver-concorrentes-para-a-aeris-no-brasil-siga-comprando-acoes/

quarta-feira, 10 de março de 2021

Startup oferece processo simplificado de cessão de créditos vencidos


Pandemia fomenta mercado e especialista prevê alta de 20% neste ano 
 
 
Não há custo para se cadastrar como investidor e avaliar as oportunidades, bem como para cadastrar carteiras de volume menor que R$ 1 milhão

A startup curitibana Portal Cessão de Créditos desenvolveu uma plataforma para facilitar as negociações de cessão de créditos. Nesse mercado empresas vendem sua carteira de dívidas vencidas para investidores especializados em ações de cobrança e recuperação de créditos. A startup criou em seu site uma espécie de vitrine de oportunidades, em que investidores podem buscar negócios e credores oferecem seus ativos.

Desde 2002 nessa atividade, Maxiuel Cerizza diz que a plataforma tem sido bem aceita. Criado em janeiro de 2020, o Portal Cessão de Créditos reúne cerca de 200 investidores cadastrados e disponibiliza atualmente, para avaliação e aquisição, mais de 470 mil créditos vencidos com valor de face (saldo contábil) superior a R$ 1,3 bilhão.

Não há custo para se cadastrar como investidor e avaliar as oportunidades, bem como para cadastrar carteiras de volume menor que R$ 1 milhão. "A plataforma é bastante democrática, pois é possível cadastrar carteiras de créditos com saldos menores, acima de R$ 300 mil. Até o momento, os maiores players deste mercado trabalham apenas com ativos acima de R$ 30 milhões", conta Cerizza. O portal ainda presta consultoria para empresas com créditos vencidos que não sabem como funciona o processo de venda. 

 

Projeção é de alta

 
A pandemia e o cenário econômico complicado em 2020 aumentaram o número de endividados no Brasil. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de dezembro, a quantidade de famílias com problemas financeiros voltou a crescer no país e chegou à marca de 66,3%.

Para Cerizza esses fatores vão impulsionar a modalidade de cessão de créditos nesse ano. "Nossa previsão é de crescimento de 20% em relação a 2020. Os próximos meses devem ser marcados pela piora na capacidade de pagamento dos devedores, principalmente devido à pandemia e ao fim do auxílio emergencial. Do outro lado, cada vez mais as pessoas e as empresas buscarão alternativas diferentes dos bancos para renegociar dívidas e equilibrar balanços."

 

 https://amanha.com.br/categoria/empreendedorismo/startup-oferece-processo-simplificado-de-cessao-de-creditos-vencidos

 

Totvs adquire catarinense RD Station por quase R$ 2 bilhões


Empresa de Florianópolis faturou R$ 206 milhões no ano passado 
 
 
Fundada em 2011 por Eric Santos e mais quatro sócios, a RD tem um crescimento médio de 46% desde 2016

Como o Portal AMANHÃ antecipou no início de janeiro, a catarinense RD Station (ex-Resultados Digitais) era objeto da cobiça da Totvs e da Locaweb. O acordo feito pela Totvs prevê pagamento do montante de R$ 1,8 bilhão, sujeito a ajustes, a ser pago no fechamento da transação, por aproximadamente 92% do capital social da companhia sediada em Florianópolis. A avaliação reflete um valor total de R$ 2 bilhões.

A RD Station é líder em software de automação de marketing. Fundada em 2011 por Eric Santos (foto) e mais quatro sócios, com receita líquida prevista para 2021 de aproximadamente R$ 206 milhões, o que representa um crescimento médio de 46% desde 2016. Com a aquisição, o executivo permanece à frente da empresa com autonomia para executar seu plano de negócios baseado no crescimento da operação e da liderança no Brasil.

"Essa aquisição é a maior transação de M&A privada de software do país e expande de forma única as capacidades da Totvs no segmento de business performance'', afirma Dennis Herszkowicz, CEO da Totvs. ''A união de duas empresas pioneiras no mercado de tecnologia, sem dúvida alguma, é um marco sem precedentes para consolidar um ecossistema de tecnologias B2B no Brasil e no mundo", complementa Herszkowicz. "Encontramos na Totvs o parceiro ideal para nos acompanhar no próximo ciclo, pois ela reconheceu o impacto que geramos no ecossistema, o valor que tem o nosso produto e modelo de negócios e a força da nossa cultura corporativa'', comenta Eric Santos, fundador da RD.

O mercado de marketing digital tem sido fortemente impulsionado pela acelerada adoção e digitalização das médias e pequenas empresas na aquisição e relacionamento com novos clientes. Neste contexto, a RD Station construiu uma plataforma completa de soluções que conduz as empresas nesta jornada, gerando vendas e resultados para seus clientes. Esta plataforma inclui produtos como o RD Station Marketing, ferramenta de automação de marketing líder na América Latina, e o RD Station CRM, voltado para a área de vendas, que controla e organiza o processo comercial de médias e pequenas empresas. Com arquitetura moderna e modelo de contratação SaaS, a solução tem capacidade de agregar novas ofertas, bem como de escalar seu crescimento através da estratégia de PLG (Product Led Growth). A empresa também organiza o RD Summit, evento de tecnologia que reúne milhares de pessoas na capital de Santa Catarina.

Em dezembro de 2020, também para fortalecer o seu portfólio de business performance, a Totvs anunciou a aquisição da Tail Target, empresa especialista em inteligência de dados omnicanal, com soluções voltadas à transformação digital das áreas de marketing e vendas, a partir do uso de data science e machine learning.

 

 https://amanha.com.br/categoria/negocios-do-sul1/totvs-adquire-catarinense-rd-station-por-quase-r-2-bilhoes

 

Deltan queria que dinheiro da Petrobras fosse para os EUA, mostra áudio


A defesa do ex-presidente Lula enviou nesta segunda-feira (8/3), ao Supremo Tribunal Federal, uma nova leva de diálogos entre procuradores da autointitulada "força-tarefa da lava jato" de Curitiba. Um dos áudios (escute no final do texto) mostra o procurador Deltan Dallagnol defendendo que recursos da Petrobras, empresa investigada no Brasil e nos Estados Unidos, ficassem no país norte-americano. 

 

Áudios foram anexados em reclamação
José Cruz/Agência Brasil

 

Na mensagem, o então coordenador da "lava jato" paranaense diz que a Petrobras não está sujeita à lei anticorrupção (Lei 12.846/13). Por isso, só seria possível obter recursos da empresa utilizando a linha adotada pelo Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA. 

"Não se sujeitando, não existe uma causa legal pra cobrar do Brasil. Não existindo uma causa legal pra cobrar do Brasil, vamos retomar aquele texto do DoJ. Olha só, que o do DoJ fala isso, então não se enquadra e não é uma razão le… que não é uma razão que possa permitir o dinheiro ficar no Brasil", afirmou Dallagnol. 

Segundo a defesa de Lula, a estratégia adotada pelo procurador foi a de conseguir, por meio de multas aplicadas à Petrobras, valores e, em seguida, negociar para que percentuais retornassem ao Brasil. 

Isso de fato ocorreu. Em 2018, por exemplo, a Petrobras fechou com o DoJ um acordo de US$ 853 milhões (3,5 bilhões à época). Do total, R$ 2,5 bilhões voltaram ao Brasil e foram depositados em uma conta da 13ª Vara Federal de Curitiba. Os procuradores queriam que a soma fosse destinada a programas de corrupção que ficariam sob tutela do Ministério Público Federal, o que acabou sendo barrado. 

A lei anticorrupção, mencionada por Dallagnol, dispõe sobre punições a empresas que praticam ilícitos contra companhias públicas. 

As negociações sobre os valores não poderiam ser feitas diretamente entre o MPF do Paraná e autoridades norte-americanas, já que o órgão central de cooperação internacional é o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça. 

"Não se pode deixar de repisar que a 'lava jato' fazia desde 2015 reuniões com o DoJ para negociar os percentuais sobre multas pecuniárias que seriam aplicadas contra brasileiros e empresas brasileiras, dentre outras coisas. O material foi classificado como sigiloso até para a lei de acesso a informação dos Estados Unidos", afirmou a defesa de Lula. 

Ainda segundo os advogados, o áudio confirma "que a 'lava jato' atuou em associação com agências dos Estados Unidos para drenar recursos da Petrobras, usando a legislação e o cenário jurídico norte-americano para essa finalidade, a partir de um acordo estabelecido, insista-se, desde 2015". 

A defesa de Lula é feita por Cristiano Zanin, Valeska Martins, Eliakin Tatuso e Maria de Lourdes Lopes

Lula
A peça enviada ao STF traz ainda outro áudio de Dallagnol. Nele, segundo os advogados de Lula, Dallagnol pede que seus colegas de MPF pensem "fora da caixa" ao elaborar a denúncia contra Lula no caso tríplex, que foi apresentada em PowerPoint durante uma coletiva feita em 2016.  

"Dá uma avaliada com essa perspectiva, da uma pensada, pensa com a cabeça aberta e mantém o coração aberto pra pensar fora da caixa quando a gente conversar também", disse Dallagnol aos colegas. 

A "perspectiva" que deveria ser considerada era a de dizer que Lula chefiava organização criminosa e era o elo entre os demais investigados pela "lava jato". 

"O 'pensar fora da caixa' proposto pelo procurador da República Deltan Dallagnol, aliás, efetivamente foi aceito pelos colegas da 'lava jato'. Na denúncia ofertada contra o reclamante no caso do 'tríplex', por exemplo, consta a seguinte afirmação: 'Nesse esquema criminoso, LULA dominava toda a estrutura por ele montada, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias'". 

Clique aqui e aqui para ouvir os áudios


Rcl 43.007

 


https://www.conjur.com.br/2021-mar-09/deltan-dinheiro-petrobras-fosse-eua

“Se você consegue vencer no Brasil, você vence em qualquer lugar do mundo”, diz chefão do Softbank


Marcelo Claure, CEO do Softbank International, afirmou em conversa com o CEO do Banco Inter, João Vitor Menin, que as coisas no Brasil são tão difíceis que forçam os empreendedores a se prepararem para os piores cenários possíveis

 


Marcelo Claure, COO do Softbank Group e CEO do Softbank International

Como COO do Softbank Group e CEO do Softbank International, o executivo Marcelo Claure tem uma visão privilegiada do setor de inovação. Por isso, seus conselhos costumam ser recebidos com atenção. E a mensagem que dá para os empreendedores brasileiros é direta.

“Se você consegue vencer no Brasil, você vence em qualquer lugar do mundo”, disse Claure, que também é responsável pelos investimentos do fundo na América Latina, em um bate-papo com o CEO do Banco Inter, João Vitor Menin, no primeiro episódio da série de podcasts Conversas com Grandes Líderes. “As coisas no Brasil são tão difíceis que forçam os empreendedores a se preparem para os piores cenários.”

Claure tem experiência para falar sobre empreender no Brasil. Em 1997, o boliviano radicado nos EUA fundou a Brightstar, empresa que fornecia soluções de telefonia móvel, como a revenda de aparelhos usados. A operação começou em Miami, nos Estados Unidos, e se espalhou pela América Latina, incluindo o Brasil.

“Tivemos que criar uma cadeia que usava caminhões, barcos e até canoas para chegar em regiões da Amazônia”, lembra o executivo. “Quando chegamos nos Estados Unidos era ótimo ver os produtos chegando ao destino em 24 horas.”

Por seis anos, a Brightstar se tornou a maior empresa americana liderada por um executivo de ascendência latina. Em 2014, Claure vendeu a companhia para a empresa de telecomunicações Sprint (que por sua vez se fundiu à T-Mobile no ano passado).

O conselho de Claure também foi usado como exemplo para dizer que o Inter tem grandes chances de obter sucesso em sua estratégia de expansão internacional. “Temos uma plataforma avançada de produtos que vão além dos serviços financeiros”, afirma João Vitor Menin.

Para os executivos, a pandemia acelerou a digitalização e a disrupção de praticamente todos os setores, de logística e serviços financeiros à educação e ao entretenimento. Nesse cenário, as empresas que não se atualizarem ficarão obsoletas.

É o caso das instituições financeiras. Grandes bancos estão correndo atrás de inovação para não perderem espaço para as novas fintechs, que facilitam o acesso e desburocratizam o setor. “A tecnologia fez com que a bancarização de boa parte da população brasileira se tornasse acessível”, afirma Menin.

Para os próximos meses, Claure prevê uma retomada econômica acelerada. Com mais otimismo, aliado aos pacotes de estímulos que estão sendo aprovados, e um impulso de sair de casa, os consumidores tendem a gastar mais. “O último semestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022 serão ótimos”, diz ele.

Em sua visão, essa recuperação econômica chegará ao Brasil, mas de modo um pouco mais lento. “O país vive um momento complicado, com o aumento de casos de infecção”, afirma. “Não gosto de criticar governos, mas não acredito que o Brasil vá ganhar um prêmio por lidar com a Covid de forma eficaz”, diz Claure.

“Não gosto de criticar governos, mas não acredito que o Brasil vá ganhar um prêmio por lidar com a Covid de forma eficaz”, diz Claure.

Claure é responsável por supervisionar os investimentos do Softbank na América Latina. O fundo de venture capital destinou US$ 5 bilhões para investir em startups na região e foi determinante na “criação” de unicórnios no Brasil, como Gympass, QuintoAndar, Loft, Rappi e Loggi. O Banco Inter, que tem capital aberto e é avaliado em R$ 34,9 bilhões, também recebeu aporte do fundo quando já era listado na B3.

Como braço direito de Masayoshi Son, o fundador do Softbank, Claure também foi o escolhido para resolver alguns dos maiores problemas do fundo. Ele é o chairman do WeWork, operação de escritórios compartilhados que tentou abriu o capital no ano passado e não conseguiu, quase foi à falência e precisou ser resgatado pelo Softbank, que era o principal investidor da empresa.

 

 https://neofeed.com.br/blog/home/se-voce-consegue-vencer-no-brasil-voce-vence-em-qualquer-lugar-do-mundo-diz-chefao-do-softbank/?utm_source=Emails+Site&utm_campaign=995509468b-EMAIL_CAMPAIGN_2021_03_10_10_42&utm_medium=email&utm_term=0_c1ecfd7b45-995509468b-404839180