quinta-feira, 25 de março de 2021

10 perguntas para presidente-executiva da ProGenéricos


“O Brasil vai precisar se curar não só da Covid, mas de todas as mazelas. isso é responsabilidade do governo”

Crédito: Divulgação

Responsável por pouco mais de um terço de todos os remédios vendidos no Brasil, o setor de genéricos enfrenta hoje um de seus principais desafios desde que foi implementado no País, em 1999. A lei prevê um prazo de 20 anos para quebra da patente de medicamentos, mas uma brecha permite que o prazo se estenda caso o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) demore na concessão da patente. Há casos em que a concessão dura mais de 30 anos. Na primeira semana de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará uma ação, que tramita desde 2013, que pede o fim do dispositivo legal que garante essa extensão. “Isso é muito perverso e impede a indústria farmacêutica de investir mais em genéricos”, disse Telma Salles, presidente-executiva da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (ProGenéricos). De qualquer forma, não impediu o crescimento no ano da crise. O segmento de genéricos faturou, em 2020, R$ 11,5 bilhões, com alta de 18,7% em um ano. Nesta entrevista à DINHEIRO, a executiva também criticou o uso do kit covid, defendido pelo governo federal, com medicamentos sem comprovação científica. “A indústria farmacêutica é fruto da ciência. Não se pode arriscar.”

DINHEIRO – Por que a ProGenéricos entende que é necessário o fim do dispositivo na legislação que garante mais prazo para quebra da patente de medicamentos?
TELMA SALLES – Os genéricos são dependentes da extinção de uma patente para que possam ser lançados. A ProGenéricos defende a patente, que traz grandes benefícios e incentiva a inovação. Mas há um parágrafo da lei de propriedade industrial que entendemos que deveria mudar. Ela diz que a patente durará 20 anos, a partir da data do depósito no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Ou seja, a indústria já está usufruindo dessa patente. E se o órgão demora para analisar além de dez anos, o prazo é acrescido no final. Se o Inpi demorar 13 anos para dar a decisão, que é o prazo médio no Brasil, a farmacêutica ganha mais três, chegando a 23 anos de patente. E é isso que estamos combatendo. Há um conjunto significativo de patentes que estão postergadas e proibidas de ter seu genérico ou biossimilar. A punição é para todos – governo federal, Sistema Único de Saúde (SUS), cidadão.

E de quem é a responsabilidade por essa demora?
Quando ataco esse artigo da lei, não estou atacando as empresas que receberam essa extensão. No mundo ideal, seria mais fácil que o Inpi acelerasse os processos. Mas com esse dispositivo, nunca se sabe o tempo que uma patente vai terminar. Isso é muito perverso e impede a indústria farmacêutica de investir mais em genéricos. Falta previsibilidade. Há casos de patente que chegam a 37 anos.

Qual o prejuízo gerado por causa desse prazo esticado?
Para se ter uma ideia, os genéricos já proporcionaram aos consumidores brasileiros uma economia de R$ 177 bilhões com gastos em medicamentos desde que chegaram ao mercado nacional, há 22 anos. São mais de 3 mil genéricos registrados e que atendem a 90% das doenças conhecidas. Poderíamos atender a mais doenças, se tivéssemos mais produtos registrados. Saber o tempo do fim da patente possibilita a pesquisa e novos estudos.

Por outro lado, impedir essa prorrogação não afeta o faturamento e os investimentos das empresas que detêm a patente dos remédios?
No mundo, a patente dura 20 anos e essas empresas estão saudáveis financeiramente. Se em outros países, elas se remuneram, não é razoável que a remuneração de extensão perversa da patente no Brasil possa ser necessária para realizar outros investimentos. É justamente o contrário. Investir em genéricos, seja companhia do Brasil ou multinacional, garante remuneração. As empresas de genéricos investem anualmente 8% do faturamento para pesquisa e desenvolvimento. Não dá para produzir uma cópia sem inovar.

Se essa cláusula não estivesse em vigor, o tratamento de pessoas internadas com Covid-19 poderia ser mais amplo?
Posso garantir que a Covid-19 está sendo tratada com genéricos, como os antibióticos e antitérmicos, seja em hospital público ou privado. Apenas tratar, porque para prevenir hoje só temos a vacina. Em uma calamidade como essa, imagina se não tivéssemos a possibilidade de ter genéricos de anestésicos, por exemplo. Hoje não dá para imaginar que só detentores de registros tivessem condições de suprir o mundo. Estudos científicos ainda não apontaram um medicamento para prevenir a Covid-19.

Caso surja rapidamente um medicamento contra a Covid-19, a senhora é favorável que se discuta a liberação da patente?
Tenho certeza de que a empresa que descobrir essa cura vai ter muita responsabilidade para discutir a ampliação do acesso. E todos os países do mundo têm eficientes mecanismos de negociação, inclusive o Brasil. Essas soluções estão previstas em lei e a discussão será necessária. Precisa discutir liberação ou redução da patente, levando-se em conta também o custo desse produto. De graça não poderá ser. De modo geral, a ProGenéricos defende a proteção das patentes. Ela é necessária. A discussão se dá dentro de um ambiente jurídico seguro. O Brasil certamente vai analisar as prerrogativas legais para isso.

Como o mercado farmacêutico reagiu à crise?
O setor de genéricos cresceu 18,7% no ano passado. Como este tipo de medicamento é cerca de 70%, em média, mais barato, as pessoas puderam aderir aos tratamentos de hipertensão, diabetes e outras doenças. Não houve retrocesso em investimentos durante a pandemia e a indústria vem arcando com a flutuação dos custos.

Na atual gestão, investimentos no programa Farmácia Popular têm caído, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a propor sua extinção. Qual o impacto dessa falta de apoio no programa para o setor?
Esse programa é muito significativo. Quando as pessoas se tratam melhor, procuram menos o SUS. Então, o Farmácia Popular deveria merecer a atenção do Ministério da Saúde para que ficasse mais robusto e incorporasse novos tratamentos. Uma população bem tratada pode ser mais produtiva. O programa precisa ter mais atenção. O governo pode não ter culpa pela pandemia, mas tem responsabilidade sobre tudo o que está acontecendo. O Brasil vai precisar se curar não só da Covid, mas de todas as mazelas produzidas. Isso é responsabilidade do governo.

Falando sobre responsabilidade, qual sua avaliação sobre quem defende o uso de kit Covid ou o tratamento precoce?
A indústria farmacêutica é fruto da ciência. Tudo que foge de comprovação científica não acredito ser adequado. Não se pode arriscar. A ciência está mostrando para todos que é a vacina que vai nos ajudar a voltar para as ruas.

E quando é o presidente da República que vai na direção contrária à ciência?
Seja qual for o cargo, o partido, a farda, crachá, é necessário ter responsabilidade de seus atos. Espero que a gente não veja nenhum ato que seja pior do que a própria Covid. Essa responsabilidade precisa ser bastante refletida. A ciência deu resposta para a utilização da cloroquina, que não é recomendada para tratar a doença. E a indústria farmacêutica produz e não prescreve. Quando se propaga isso, não dá para fugir da responsabilidade. Seria como eu dizer que água de coco seria bom para a doença e fazer um estoque.


 https://www.istoedinheiro.com.br/10-perguntas-para-presidente-executiva-da-progenericos/

Douglas Tavolaro deixa presidência da CNN Brasil



Jornalista se dedicará a projetos editoriais nos Estados Unidos

 

 

 CNN Brasil

O jornalista Douglas Tavolaro deixa a presidência da CNN Brasil. Tavolaro se dedicará a projetos editoriais nos Estados Unidos.

“Foi uma realização profissional memorável implantar a marca CNN no Brasil. Tenho uma alegria enorme do que fizemos. Desejo todo sucesso à empresa”, diz Tavolaro.

Tavolaro também vendeu sua participação societária para a família Menin, que passa a deter a totalidade do capital da CNN Brasil.

Rubens Menin, acionista da CNN Brasil, reitera seu compromisso com a independência da emissora, destacando o papel de seu Conselho Editorial. Os executivos e profissionais da empresa continuarão a praticar o jornalismo independente que sempre a caracterizou, assentado sobre os pilares do mais elevado padrão editorial e ético, marca da CNN no mundo todo.

O nome do substituto de Douglas Tavolaro no cargo de CEO será anunciado nas próximas semanas. Uma transição de gestão será realizada e se estenderá pelo período 90 dias.

A CNN Brasil agradece a Tavolaro e reconhece sua importância desde a concepção do projeto. Seu desempenho foi fundamental para consolidar a empresa como uma das principais e mais premiadas operações jornalísticas do país.

Indústria do Sul intensifica atuação conjunta para ampliar representatividade


Os presidentes das federações lideram movimento para defender a importância da região e do setor para o país 
 

Os presidentes das Federações das Indústrias do Sul, Carlos Valter Martins Pedro, da Fiep; Mario Cezar de Aguiar, da Fiesc; e Gilberto Petry, da Fiergs se reuniram nesta quarta-feira (24) para definir ações conjuntas em prol dos estados do sul. No encontro, as entidades definiram a criação de um movimento, que possivelmente vai se chamar Sul Pujante, para defender a importância da região e da indústria para o país. Infraestrutura, tarifa e suprimento de gás natural e as principais ações de Sesi e Senai em educação, saúde e inovação também estiveram na pauta de discussão.

No encontro, Aguiar destacou que, juntos, Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul respondem por quase um quarto da arrecadação federal. "Isso mostra a importância da região. A reunião desta quarta foi um laboratório para compartilhar ações e debater propostas para agir politicamente na defesa do Sul", disse, salientando que o objetivo é sempre melhorar o atendimento à indústria. "O Sul do país dá uma forte contribuição econômica para o Brasil. Então é natural que possamos discutir as práticas comuns. Aliás, nossa indústria tem muita similaridade. Então, podemos compartilhar experiências e melhorar o atendimento ao setor", completou.

Em relação à questão do gás, as federações do Sul contrataram uma consultoria especializada que está estudando a complexidade da composição dos custos do insumo. O trabalho deve ser finalizado em abril, quando será apresentado à indústria e à sociedade. "É um insumo extremamente importante, notadamente para o Sul. Temos dificuldade em receber gás para a nossa produção. Entendemos que juntos podemos discutir questões como volume de entrega do insumo, assim como o custo, já que ele impacta fortemente diversos setores. Em alguns casos, o gás representa 25% do custo de produção", declarou Aguiar.

"É muito importante a articulação dos nossos estados com os parlamentares. Temos de organizar esse compartilhamento de ações. Podemos fazer mais ações conjuntas e trocar informações e os bons exemplos", destacou Martins Pedro, que participou do encontro virtualmente. "Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul têm uma similaridade grande em termos industriais. Hoje realizamos a primeira reunião e conhecemos uma série de ações importantes de Santa Catarina e trocamos outras informações para que os três estados avancem de uma maneira unida. Então, criamos este movimento para mostrar a força da nossa indústria. Esse é o objetivo e o trabalho que vamos fazer: mostrar ao Brasil, aos parlamentares e aos governantes a força do Sul, que responde por uma parcela significativa do PIB nacional", afirmou Petry.

 

 https://amanha.com.br/categoria/brasil/industria-do-sul-intensifica-atuacao-conjunta-para-ampliar-representatividade

terça-feira, 23 de março de 2021

Doria: Butantan irá produzir Coronavac sem depender de insumo da China em dezembro


Atualmente, o instituto importa o insumo e fica responsável pelo envase, que é a etapa final de produção

 

O governador de São Paulo João Doria (PSDB/SP) informou nesta terça-feira, 23, que a primeira dose produzida integralmente no Brasil da Coronvac deve ser feita em dezembro. Com isso o Instituto Butantan não irá mais depender da matéria-prima importada da China para a fabricação da vacina contra covid-19

Segundo o governador, a obra da fábrica que permitirá a produção nacional do imunizante, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan, será finalizada em outubro.

Após transferência da tecnologia, o Instituto terá condições de assumir a produção industrial do imunizante. Doria estima que o processo seja concluído até o final do ano.

"Temos dezenas de funcionários trabalhando com jornada em torno de 10 horas por dia para colocar a fábrica em conclusão. Até o mês de outubro ela estará totalmente concluída e em outubro, novembro e dezembro, as instalações dos equipamentos serão feitas. Ainda em dezembro deste ano, nós teremos já a primeira dose da vacina do Butantan 100% produzida no Brasil nesta fábrica e, a partir de janeiro, em escala evolutiva para a produção industrial."

Atualmente, o instituto importa o insumo e fica responsável pelo envase, que é a etapa final de produção.

Sobre o pedido do Ministério da Saúde de mais 30 milhões de doses após a entrega das 100 milhões de doses que serão repassadas até o fim de agosto, Covas informou que o Butantan tem capacidade de produzir.

"Temos todas as condições de ofertar 30 milhões e até mais 50 milhões, se for necessário. Não pode interferir na compra para o Estado de São Paulo e para outros Estados que queiram ampliar a vacinação."

Doria complementou que, como o Estado de São Paulo vai adquirir mais 20 milhões de doses que serão usadas para vacinar toda a sua população, esse repasse adicional não teria mais caráter de exclusividade.

"É bem-vinda e será aceita, mas não mais com exclusividade para o Ministério da Saúde nos preços e nas questões iguais. Todos os brasileiros de São Paulo serão vacinados até 31 de dezembro e todos os governadores têm a mesma intenção de comprar vacinas seja do Butantan seja de outros laboratórios para vacinar a população."

Butantan envia 1,2 milhão de doses da Coronavac para o ministério da Saúde

Doria anunciou que o Instituto Butantan fez um repasse de 1,2 milhões de doses da Coronavac, vacina contra a covid-19 feita em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, para o Ministério da Saúde nesta terça-feira, 23. "Até 5 de março estaremos entregando 5,6 milhões de doses da vacina. São novas doses e chegaremos a 16,6 milhões de doses da vacina do Butantan para o Brasil. Estamos torcendo por mais vacinas, a da Astrazeneca em parceria com a Fiocruz, é importante e necessária, mas precisamos de mais", diz Doria.

Na última quarta-feira, 17, a gestão estadual tinha comunicado que 3,4 milhões de doses seriam enviadas em lotes de 426 mil doses ao longo de oito dias. Está previsto o repasse de 46 milhões de doses até abril. Também na semana passada, Doria anunciou que o instituto vai antecipar a entrega de um lote com 54 milhões de doses do imunizante em um mês e o repasse de da nova remessa será em agosto. "Até 30 de agosto, teremos entregue 100 milhões de doses", afirma o governador.

Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas disse que a instituição reforçou o trabalho para aumentar a produção sem interromper a fabricação da vacina contra a gripe, e que não há problemas para a produção das futuras doses.

"Tínhamos previsto mais de 420 mil doses para hoje, amanhã, mais de 900 mil e mais de 5 milhões até o dia 5. Cada um dos funcionários teve a sua contribuição. Temos pedido esforços redobrados para que a vacina seja produzida e repassada para o povo brasileiro. Aumentamos a força de trabalho e estamos buscando alternativas para duplicar nossa produção", disse Covas que se emocionou durante o evento, que também comemorava os 120 anos do Instituto Butantan. "Na semana que vem, 8,2 mil litros da vacina devem chegar. Não temos problema com o fluxo de vacinas. O governo chinês está auxiliando."

Diante do registro definitivo dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o imunizante da Pfizer, Covas diz que esta não é uma prioridade do instituto. "Não temos vacina da Pfizer no Brasil e não teremos em curto prazo. A do Butantan está sendo produzida. Estamos aguardando documentos e temos a intenção de submeter o mais rápido possível."

Diante do registro definitivo dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o imunizante da Pfizer, Covas diz que esta não é uma prioridade do instituto. "Não temos vacina da Pfizer no Brasil e não teremos em curto prazo. A do Butantan está sendo produzida. Estamos aguardando documentos e temos a intenção de submeter o mais rápido possível."

Ambev construirá usina de oxigênio e doará produção para UTIs de SP


O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, disse que a Ambev se prontificou a criar uma usina de oxigênio em Ribeirão Preto e doar integralmente a produção

 

A Ambev construirá uma usina de oxigênio em Ribeirão Preto e doará toda a produção para leitos de unidades de terapia intensiva do Estado de São Paulo, disse nesta segunda-feira o vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia (DEM).

Após reunião com representantes dos fornecedores de oxigênio, coordenada pelo governador João Doria (PSDB), Garcia disse que foi garantido o abastecimento de oxigênio para os hospitais de SP, em um momento em que a ocupação das UTIs no Estado está acima de 91%.

"Fornecedores garantiram o abastecimento de oxigênio para os leitos de UTI do nosso Estado de São Paulo. A Ambev se prontificou a criar, num prazo de 10 dias, uma usina de oxigênio em Ribeirão Preto e doar integralmente a produção, que será suficiente para 120 cilindros por dia", disse Garcia em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

"Também a Copagaz utilizará a sua frota, que distribui hoje botijões de gás, para o transporte e a logística de oxigênio. Esse esforço do governo de São Paulo é para atender a rede estadual de hospitais, mas também leva em conta as redes municipais de hospitais públicos, a rede de entidades filantrópicas --as nossas Santas Casas  - e também a rede privada", acrescentou.

A Ambev informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a usina, a ser montada em parte da unidade da cervejaria Colorado, abastecerá não somente o Estado de São Paulo, mas todo o Brasil.

Em nota, a cervejaria afirmou que a produção deve começar no início de abril com capacidade de produzir oxigênio hospitalar para atender até 166 pessoas por dia.

"Equipamentos já estão sendo adquiridos e a expectativa é que a produção comece no início de abril. A usina terá capacidade para produzir 120 cilindros de 10m3 por dia e será operada pelos times da Ambev, que trabalharão em turnos para garantir a produção 24h por dia. Os cilindros de oxigênio serão doados para unidades de saúde em situação crítica no estoque de oxigênio", afirmou a companhia.

O Brasil vive o pior momento da pandemia de covid-19, com mais de 2 mil mortes em média por dia e com a maioria dos Estados com ocupação de leitos de UTI próxima do limite, o que tem levado a temores de desabastecimento de oxigênio como ocorreu no início deste ano em Manaus.

 

 https://exame.com/negocios/ambev-construira-usina-de-oxigenio-e-doara-producao-para-utis-de-sp/

 

Johnson & Johnson abre vagas para trainee internacional e paga R$ 7 mil


A empresa aceitará recém-formados de qualquer curso e o início do trabalho será em home office

A Johnson & Johnson procura por profissionais recém-formados para fazer parte de seu programa de trainee internacional em finanças. O salário inicial é de R$ 7 mil e os trainees começarão o serviço em home office.

O objetivo do programa é formar futuros líderes da área que controla os recursos financeiros da empresa. Para isso, os participantes farão uma rotação por três áreas da empresa durante os dois anos e meio de duração do programa.

Segundo Betina Lackner, diretora de RH, as rotações ajudam no aprendizado dos trainees, que terão a chance de melhorar suas competências de liderança e adquirir novas perspectivas sobre o negócio.

"Os participantes terão a oportunidade de aprender e demonstrar diversas habilidades, como o trabalho em equipe, a gestão de riscos e protagonismo, alinhando seus valores pessoais ao Nosso Credo, documento interno que rege nossas ações" afirma.

Nos treinamentos e reuniões, haverá um contato constante com equipes de outros países. É por esse motivo que o programa internacional tem a exigência do inglês avançado, um pré-requisito que não é mais pedido nas outras seleções de trainee da J&J.

Fora o requisito do inglês, o candidato pode ter formação em qualquer curso de graduação, com término entre julho de 2019 e julho de 2021, e não precisa ter experiência na área financeira.

A empresa também pede por disponibilidade para trabalhar em São Paulo e São José dos Campos, mas o início do trabalho (previsto para julho) ainda será em home office.

A seleção terá quatro etapas e todas serão online, com avaliação, vídeo entrevista, resolução de case em grupo e um painel final com entrevista com a liderança sênior de finanças.

Além do salário competitivo, os contratados também terão bônus anual, descontos nos produtos da J&J, Gympass, previdência privada e assistência médica.

As inscrições vão até o dia 25 de março e podem ser feitas pelo site.

 

https://exame.com/carreira/johnson-johnson-abre-vagas-para-trainee-internacional-e-paga-r-7-mil/?page-level-tracking-code

 

Volvo suspende produção de caminhões no Brasil por falta de peças e covid

A medida atinge aproximadamente 2 mil funcionários do total de 3,7 mil pessoas que trabalham na fábrica da Volvo de Curitiba

A Volvo vai paralisar a partir da terça-feira, 23, a maior parte da produção de caminhões na fábrica de Curitiba em razão da falta de peças, principalmente componentes eletrônicos, junto com o agravamento da pandemia no país. A medida atinge aproximadamente 2.000 funcionários do total de 3.700 pessoas que trabalham na fábrica da Volvo na capital paranaense.

Em nota, a montadora de origem sueca diz que vai manter "boa parte" do efetivo em atividade, incluindo a produção de ônibus e uma parte da linha de caminhões, assim como a distribuição de peças a concessionárias.

Antes da fabricante de caminhões, a Volkswagen anunciou na sexta-feira a suspensão por 12 dias da produção em todas as suas fábricas no Brasil em razão da crise sanitária. Sindicatos dos metalúrgicos pressionam outras montadoras a adotar a mesma medida.

Também na sexta-feira, a Anfavea, entidade que representa os fabricantes de veículos, teve a terceira reunião na semana com o sindicato dos metalúrgicos do ABC para tratar do assunto. No encontro, foi reforçado pelo sindicato a urgência de paralisar as linhas devido ao quadro de recordes de contaminações e óbitos por covid-19, com baixa disponibilidade de leitos para tratamentos nos hospitais.

A posição da Anfavea é que cada montadora deve discutir individualmente a possibilidade de paralisação espontânea com o sindicato de sua respectiva região, levando em conta a situação sanitária na cidade da fábrica e entorno.

Em São Caetano do Sul, onde a General Motors (GM) tem uma fábrica, o sindicato local reivindica licença remunerada, de 12 dias, aos funcionários da montadora a partir de quarta-feira.

Além da fábrica de São Bernardo do Campo, a Volkswagen vai parar a partir de quarta-feira, até 4 de abril, as linhas de Taubaté e São Carlos, também em São Paulo, e a unidade de São José dos Pinhais, no Paraná.

No sul do Rio de Janeiro, a fábrica da Volkswagen Caminhões e Ônibus mantém a produção. A montadora informa que segue acompanhando os desdobramentos da pandemia e continua seguindo rígidos protocolos de segurança, promovendo também campanhas de conscientização de prevenção com os funcionários.

 https://exame.com/negocios/volvo-suspende-producao-de-caminhoes-no-brasil-por-falta-de-pecas-e-covid/