terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Economia chilena cresce 10,2% em 2021, diz banco central


Rápida recuperação da economia local gerou pressões inflacionárias, levando o banco a acelerar a retirada do impulso monetário que aplicava desde 2020

Bandeira do Chile
Bandeira do Chile Elias Almaguer/Unsplash

Por Fabian Cambero, da Reuters

A economia chilena registrou crescimento de 10,2% em 2021, em meio a uma rápida recuperação do impacto que sofreu com a chegada da pandemia de coronavírus, informou o banco central nesta terça-feira (1).

O Indicador Mensal de Atividade Econômica (Imacec), que representa cerca de 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do país sul-americano, registrou alta anual de 10,1% em dezembro, apoiado por um bom desempenho de serviços e comércio.

 “Todos os componentes do Imacec cresceram em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para a contribuição das atividades de serviços e, em menor escala, do comércio”, disse o banco em nota.

“Este resultado foi explicado, em parte, pela maior abertura da economia, pelas medidas de apoio às famílias e pelos saques parciais dos fundos de pensões”, acrescentou.

A rápida recuperação da economia local gerou pressões inflacionárias, levando o banco central a acelerar a retirada do impulso monetário que aplicava desde a chegada da pandemia em março de 2020.

Em termos dessazonalizados em relação a novembro, a atividade apresentou queda de 0,4%.

 

 https://www.cnnbrasil.com.br/business/economia-chilena-cresce-102-em-2021-diz-banco-central/

468 anos: SP é uma das 100 melhores cidades do Brasil para fazer negócios


Maior cidade do país completa 468 anos neste dia 25 de janeiro e figura como a melhor cidade para fazer negócios no comércio, educação e setor imobiliário

 


O município de São Paulo faz 468 anos nesta terça-feira, 25 de janeiro. E a maior metrópole do país é uma das 100 melhores cidades para fazer negócios. O ritmo acelerado de vacinação contra a covid-19 fez com que a capital paulista ganhasse o título em três das seis categorias do ranking, lançado no fim do ano passado (comércio, educação e setor imobiliário).

No último boletim divulgado pela prefeitura de São Paulo, na segunda-feira, 24, a cidade tem toda a população adulta com o esquema completo de vacinação, e avança na imunização de crianças, com cerca de 10% de vacinados com pelo menos uma dose na faixa etária de 5 e 11 anos.

O ranking das melhores cidades para fazer negócios é elaborado anualmente pela consultoria Urban Systems, com exclusividade para EXAME, em seis segmentos econômicos: educação, comércio, serviços, indústria, mercado imobiliário e agropecuária. Para chegar à lista do mercado imobiliário, foram analisados nove indicadores, entre eles, novos domicílios em quatro faixas de renda e saldo de empregos, nas cidades com mais de 100 mil habitantes.

A consultoria também avaliou o ritmo de vacinação e taxa de letalidade da covid-19 em cada um dos municípios, no dia 15 de outubro do ano passado, para uma fotografia de comparação.

Dos três setores em que São Paulo ficou em primeiro lugar no ranking, o mercado imobiliário nunca parou durante a pandemia de covid-19.  Desde o primeiro decreto de restrições, a construção civil foi considerada essencial. Apesar da incerteza inicial, o ritmo de obras foi retomado e cresceu.

De janeiro a junho do ano passado, os lançamentos totalizaram 27.114 unidades, superando o recorde anterior do primeiro semestre de 2019, com o registro de 20.157 unidades lançadas. O impacto positivo medido foi também reflexo da baixa taxa básica de juro, a Selic, que estava na casa dos 2% em 2020. Agora, ela está em 9,25% ano ano.

No começo da pandemia, a cidade foi uma das mais impactadas no setor comercial, com o fechamento de mais de 50.000 postos de trabalho entre janeiro e agosto. No ano passado, o saldo do setor, no mesmo período, já foi positivo, com mais de 7.000 empregos a mais entre desligamentos e contratações.

Apesar do avanço da variante Ômicron do coronavírus e recorde de casos, o número de mortes está mais controlado, resultado da vacinação. Mesmo assim, a prefeitura decidiu, no começo deste ano, diminuir a capacidade de grandes eventos para 70%. Outra decisão foi o adiamento dos desfiles de escola de samba para o feriado de Tiradentes, em abril. A tradicional festa popular brasileira impacta diretamente no comércio.

"A decisão foi tomada em respeito ao atual quadro da pandemia de covid-19 no Brasil e a necessidade de, neste momento, preservar vidas e somar forças para impulsionar a vacinação em todo o território nacional", disse a nota conjunta assinada pelo prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), e Eduardo Paes (DEM), prefeito do Rio de Janeiro, que também decidiu adiar o evento.

Também muito impactado pela pandemia, o setor de educação precisou se adaptar à nova realidade, com o ensino remoto. Na educação básica, quase 6% dos alunos de todo o país estão na capital paulista. Já na educação superior, a cidade tem cerca de 920.000 estudantes, o que equivale a 10,7% de todos os matriculados no Brasil.

Com a volta das atividades presenciais obrigatórias e o fim do distanciamento entre os alunos, os números ficaram positivos: de janeiro a agosto de 2021, foram criados 9.401 empregos, em comparação a 2020.

 

 https://exame.com/brasil/468-anos-sp-e-uma-das-100-melhores-cidades-do-brasil-para-fazer-negocios/

Como o Brasil se tornou essencial na estratégia global da Lacoste


Com investimento em redes sociais, novas lojas e agora à frente da subsidiária da América Latina, o Brasil se torna peça-chave na estratégia global da Lacoste. A meta: dobrar o faturamento da região nos próximos cinco anos 

 

O primeiro post da conta do Instagram @lacostebrasil foi publicado no dia 28 de julho do ano passado. Trata-se de um carrossel com duas imagens de René Lacoste, fundador da marca esportiva que leva seu nome: um retrato de frente e uma foto do ex-jogador de tênis na quadra. Quando a conta foi aberta, a meta era terminar 2021 com 120.000 seguidores. Em dezembro, o número já passava de 1 milhão, com alto engajamento. Esse feito revela dois fatos. O primeiro: somos realmente o país das redes sociais. O segundo: o Brasil virou uma aposta da marca, uma espécie de cabeça de chave em sua estratégia global. O Instagram brasileiro é o único regional autorizado.

“O Brasil é um dos quatro países com prioridade estratégica para a marca, ao lado de Estados Unidos, França e China”, afirma Pedro Zannoni, CEO da Lacoste para a América Latina. Zannoni, um ex-tenista profissional que chegou a ser patrocinado pela Lacoste, foi contratado em meados de 2020 com a missão de estruturar a subsidiária regional. Até então, cada país respondia para a matriz. O bloco hoje é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia, Peru, América Central e Caribe. “Dessa forma conseguimos unificar processos, calendário de lançamentos e discurso”, diz o executivo.

Zannoni esteve em novembro passado em Barcelona para participar de um encontro global de lideranças da marca. Saiu de lá com metas bem definidas — e arrojadas. A principal: dobrar o faturamento da região nos próximos cinco anos. A Lacoste, que pertence à holding suíça Maus Frères, não divulga números. Zannoni, porém, revela as ferramentas para atingir esse crescimento. Uma delas é o foco na comunicação. A área de marketing recebeu neste ano o dobro de investimento, destinado principalmente a ações em redes sociais com influenciadores, da elite à periferia (veja quadro abaixo).

Outra estratégia passa pelo aumento no número de pontos de venda. A Lacoste conta hoje com cinco lojas próprias, 13 outlets e 42 franquias, além do e-commerce e da presença em centenas de marketplaces e lojas multimarcas. Nos próximos dois anos, a ideia é triplicar o número de lojas próprias, a maioria com um conceito chamado Le Club Evolution, com uma linguagem visual que simula uma arena de tênis. O número de franquias deverá passar para 65, e a quantidade de outlets será mantida.

O incentivo à produção local deve ajudar na estratégia de crescimento. Dois anos atrás, 90% dos calçados, por exemplo, eram importados. Hoje, mais da metade vem de fornecedores nacionais. Tudo é homologado pela matriz. Nem uma etiqueta pode ser produzida sem aprovação. Parte das clássicas camisas polo já vinha de uma fábrica própria na Argentina e de um produtor no Peru. Agora elas começam a ser feitas aqui. Dessa forma, a marca se protege do câmbio alto e melhora a margem de lucro. “Também nos dá flexibilidade. Se um tom de azul vendeu bem, não preciso esperar uma remessa de fora para repor o estoque”, diz Zannoni.

Catherine Spindler, chief brand officer da Lacoste: potencial de crescimento no Brasil em calçados, roupas íntimas e femininas

Catherine Spindler, chief brand officer da Lacoste: potencial de crescimento no Brasil em calçados, roupas íntimas e femininas (Divulgação/Divulgação)

O embaixador Guga Kuerten

A Lacoste foi fundada por René Lacoste em 1933, com as clássicas polo para a prática de tênis. No Brasil, a Paramount Têxteis, do empresário paulistano Fuad Mattar, pai do ex-tenista Luiz Mattar, manteve o licenciamento por 26 anos. Em 2008, a Lacoste, então avaliada em 1 bilhão de euros, foi comprada pela holding suíça Maus Frères. No mercado brasileiro, nesse mesmo ano, a marca passou a ser administrada por uma joint-venture entre a Devanlay Ventures do Brasil e a companhia argentina Vesuvio. Em 2018, a empresa francesa passou a ser a única acionista de suas operações na América Latina. 

“O Brasil é um país querido pela Lacoste por vários motivos”, diz Catherine Spindler, chief brand officer global da marca. Uma dessas razões, diz a executiva, é a base de fãs. Uma pesquisa mundial conduzida em setembro passado apontou que o Brasil foi o país em que a imagem da marca mais cresceu. Contou para isso, de acordo com Spindler, o lançamento da única conta da Lacoste no Instagram além da global. “Temos grandes ambições no Brasil, onde o potencial de crescimento é significativo. Também é uma grande satisfação ter o lendário Guga como um amigo querido.”

René Lacoste, fundador da marca: camisas polo em tecidos mais leves revolucionaram a roupa para a prática de tênis nos anos 1930 e reforçam até hoje o legado esportivo

René Lacoste, fundador da marca: camisas polo em tecidos mais leves revolucionaram a roupa para a prática de tênis nos anos 1930 e reforçam até hoje o legado esportivo (Divulgação/Divulgação)

Como embaixador global da marca, Gustavo Kuerten participa de alguns lançamentos e eventos por ano, como o torneio de Roland Garros, em que foi tricampeão. A admiração pelo logo do crocodilo, diz, vem do início de carreira. “Na Copa Davis, a equipe brasileira era dividida entre os mais jovens e os profissionais. Uma vez, eu, o Márcio Carlsson e o André Sá decidimos bagunçar o quarto do Fininho [Fernando Meligeni], do Jaime [Oncins], do Fernando Roese. Quando chegamos ao closet do Nico [Luiz Mattar], vimos as roupas arrumadinhas, as polos da Lacoste dobradinhas, parecia até vitrine. Aí não tivemos coragem, pelo respeito a toda aquela elegância.”

Calendário da moda

Guga ajuda a criar a conexão com a herança da marca. A Lacoste se posiciona como uma marca de fashion sport, entre a moda e o esporte, no segmento premium. A camisa polo básica é vendida a 450 reais. Não é barato — mas uma peça similar em uma marca de luxo, como a Zegna, pode custar cinco vezes mais. A ligação entre esporte e moda é recente. O tweed era utilizado em peças para cavalgada no começo do século passado. A Adidas criou forte conexão com artistas de hip hop, e grifes de moda, como Balenciaga, se inspiraram no surfe para apresentar suas coleções na passarela. Mas nenhuma marca esportiva tem uma presença tão forte no universo fashion. Recentemente, a Lacoste trocou a Semana de Moda de Nova York, mais comercial, pela Paris Fashion Week, que dita tendências — e é nesse território que a Lacoste quer trafegar.

A partir do próximo ano as coleções verão e inverno serão unificadas em todos os mercados. Tradicionalmente, o que é mostrado nos desfiles na Europa no verão, por exemplo, demora seis meses para chegar ao Brasil. “Teremos de fazer adaptações. Talvez não faça sentido trazer uma jaqueta grossa no nosso verão”, diz Zanno­ni. Está prevista para este ano uma exposição em um museu brasileiro. Essa é uma estratégia adotada por marcas de luxo como Chanel e Dior em espaços como o Metropolitan, em Nova York, e o Louvre, em Paris. Com isso, as grifes saem do patamar do consumo e se posicionam como arte. A exposição brasileira deve trafegar entre as colaborações com cantores de rap e a conexão com o tênis, traduzidas hoje no patrocínio a Novak Djokovic e Daniil Medvedev, tenistas número 1 e 2 do ranking mundial. Djokovic foi notícia recentemente pela deportação da Austrália, por se recusar a se vacinar contra a covid. Resta saber qual será a repercussão em imagem para a Lacoste.

 (Arte/Exame)

A Lacoste vive hoje um momento muito mais favorável, diferentemente do que acontecia nos anos 1990, quando a marca passou por uma popularização excessiva, que atingiu seu prestígio como um forehand. Na época, algumas medidas foram adotadas. Lojas menores foram fechadas e peças foram tiradas das promoções das lojas de departamento. Também houve o início do rejuvenescimento das coleções, com cortes e cores com informação de moda e colaborações com marcas de luxo, uma forma de atingir um público diferente do consumidor clássico da polo lisa. Os resultados vieram. No Brasil, a operação cresceu dois dígitos em 2021 em relação a 2019, antes da pandemia.

Loja da Lacoste em Paris: a herança do tênis é reforçada pelo conceito Le Club Evolution, com referências às quadras

Loja da Lacoste em Paris: a herança do tênis é reforçada pelo conceito Le Club Evolution, com referências às quadras (Divulgação/Divulgação)

O principal desafio hoje da Lacoste é atingir o segmento feminino. Mais mulheres entram nas lojas, mas para comprar itens masculinos. A preferência das consumidoras brasileiras é por cores chamativas e modelagens justas. “Alinhadas com todos os nossos mercados, temos ambições em categorias de grande potencial, como roupas femininas. Vamos oferecer em breve uma nova coleção que materializa nossa visão, que permitirá às mulheres abraçar sua feminilidade em sua vida diária”, diz ­Catherine Spindler.  

 

LACOSTE NA QUEBRADA

A grife abraça a ideia de que faz sucesso nas periferias e forma parcerias com artistas de rap | André Lopes

MD Chefe: mudança de visão da marca

MD Chefe: mudança de visão da marca (Divulgação/Divulgação)

É esperado ver Maurizio Gucci, o herdeiro da maison francesa protagonista do filme Casa Gucci, de polo Lacoste voltando de uma partida de tênis. Assim como os mimados adolescentes espanhóis da série Elite, na Netflix. Mas o que dizer quando jovens da série Sintonia, ambientada em um bairro fictício em São Paulo, aparecem com peças da marca? A cena exemplifica bem como a grife agora compõe estilos nos rincões das comunidades brasileiras. 

O caminho para a periferia, quase sempre, é via música. Nos últimos tempos, a Lacoste se tornou rima e fonte de inspiração para uma dezena de canções de rap, em composições que retratam mais a ostentação para mostrar superação do que a crítica social tão característica do gênero. “Hoje eu porto Lacoste porque eu posso. Até o senhor René hoje me chamará de sócio”, dizem os versos cantados pelos artistas Kyan e Kayblack. No clipe, ambientado em um conjunto habitacional, todos vestem a marca. 

Na música Rei Lacoste, MD Chefe, também vestido de Lacoste, canta: “Se abrir o meu closet, vira um pântano dentro de casa. Estrearam a loja nova bem no meio da minha sala”. Segundo o artista, citar a marca transfere parte de seu status a quem ouve a música. “É uma forma de se sentir bem pelo que está vestindo e pela conquista da compra”, diz. A julgar pelos 60 milhões de ouvintes no YouTube, MD tem razão. Em setembro, a marca chamou o rapper para ser modelo de uma coleção e usou o ensaio no novo plano de engajamento no Instagram. “Eles entenderam que uma música como a minha é uma força imbatível, uma mudança de visão sem volta”, diz o músico.

A parceria da Lacoste com artistas nacionais tem sido orgânica, ou seja, a marca cede as roupas, mas neste ano devem ser assinados acordos comerciais com cerca de 20 influenciadores, de socialites a jovens de comunidades. A associação de artistas de rap com marcas de luxo não é nova. A moda é tema das letras desde os anos 1990. O americano Tupac e os brasileiros dos Racionais já listavam suas grifes favoritas nas letras, com faixas repletas de citações a Gucci, Prada e Versace. Tome-se, como outro exemplo, o cantor americano ASAP Rocky, que depois de tanto cantar e rimar sobre a Dior se tornou um dos principais embaixadores da marca. Faturou tanto com a parceria que deixou a carreira da música e agora vive de ser o rosto da grife.

 

 https://exame.com/revista-exame/curte-esse-crocodilo/

 

Conheça as marcas que apostam em carros chineses para brasileiros


BYD, Caoa Chery, Great Wall e JAC Motors fazem parte da nova safra de fabricantes que chegaram ao mercado

Os primeiros carros chineses chegaram ao mercado brasileiro há apenas 14 anos. Era o Effa M100, que tinha missão de disputar compradores com o consolidado Fiat Mille – que, naquele momento, era a opção mais barata do país. E a receita era simples: preços ainda mais baixos e equipamentos como ar-condicionado e vidros elétricos (inexistentes nos rivais). Por outro lado, a qualidade ainda era assumidamente ruim. Ou seja, completamente diferentes dos conterrâneos atuais.

Enquanto o preconceito contra modelos importados da China está cada vez mais enterrado, BYD e Great Wall tentam mudar a opinião dos mais receosos. Em vez de preços baixos (a qualquer custo), os fabricantes têm apostado em tecnologias dignas de ficção científica, como inteligência artificial; motores movidos a hidrogênio; internet 5G; e capacidade de substituir motorista. Para comprovar essa mudança, a Caoa Chery já é o décimo maior fabricante de automóveis em volume.

 

Conheça a trajetória dos carros chineses e quais estão chegando ao Brasil:

 

BYD

Essa empresa está no país desde 2015, quando passou a vender caminhões, furgões, empilhadeiras e ônibus. E por que não existe nenhuma concessionária nas ruas? Simples: o modelo de negócio era baseado em vendas diretas, principalmente para empresas e frotistas. Mas tudo mudará neste ano, quando os primeiros veículos de passeio serão oferecidos ao consumidor brasileiro – como parte do plano de globalização que iniciou há menos de doze meses na América Latina e Noruega.

Já estão confirmados dois modelos elétricos, ambos com preços entre 400 mil reais e 500 mil reais, para disputar a preferência de clientes de empresas tradicionais, como Audi, BMW, Mercedes-Benz e Volvo. Em comum, tanto o sedã Han como o SUV Tan (batismos inspirados nas dinastias chinesas) receberam piloto automático adaptativo, telas espalhadas pela cabine e conjunto de baterias Blade, sistema desenvolvido pela própria BYD que permite 50% mais armazenamento de carga.

Ainda há outros planos reservados para nosso mercado, porque a BYD prometeu oferecer uma série de soluções de energia para os clientes, como painéis fotovoltaicos, acumuladores para quando falta luz solar e carregadores. Também serão comercializados modelos híbridos, que terão como missão a “popularização” da marca por aqui. Para isso, serão mais acessíveis, com preços estimados em torno dos 300 mil reais. E olha que os irmãos mais caros já esgotaram a pré-venda em oito dias.

Caoa Chery

Caoa Chery Tiggo 8 é o modelo topo de linha da marca no país

Caoa Chery Tiggo 8 é o modelo topo de linha da marca no país (Caoa Chery/Divulgação)

Talvez o fabricante pareça um novato para o público brasileiro, só que a Chery já está por aqui desde 2009 – ainda que a presença nos primeiros anos tenha sido discreta. É verdade que a marca chinesa até tentou mudar essa realidade com a inauguração da fábrica de Jacareí (SP), em 2014, e planos de produzir 50 mil unidades anuais. Mas o negócio não decolou e montava apenas 30 unidades por dia. Em setembro de 2017, foi dada a cartada final: vender 51% da operação brasileira à Caoa.

Essa mudança custou 60 bilhões de dólares à empresa de Carlos Alberto de Oliveira Andrade, que já tinha experiência na representação das marcas Hyundai e Subaru, além de ter sido responsável pela chegada da Renault ao nosso mercado na década de 1990. Mais que isso, a gigante automotiva tinha outras credenciais, como a maior rede de concessionárias Ford do país e a fábrica em Anápolis (GO), responsável pela montagem do caminhão HR e dos SUVs Ix35, Tucson e New Tucson aqui.

Para tornar a recém-criada Caoa Chery mais conhecida, foram destinados mais de 6 bilhões de reais para campanhas de marketing. Com a nova operação, também cresceu o número de revendas, que tinha somente 20 pontos no Brasil – atualmente, são mais de 140 –, e mudou totalmente o foco. Em vez de vender modelos populares, apostou por utilitários esportivos mais luxuosos e de maior valor agregado (o que, consequentemente, aumenta a margem de lucro). E realmente deu certo.

 

Great Wall Motor

Haval XY da Great Wall Motor Conceito Haval XY pode antecipar carros da Great Wall que serão vendidos no Brasil

Conceito Haval XY pode antecipar carros da Great Wall que serão vendidos no Brasil (Great Wall Motor/Divulgação)

Foram mais de doze anos de estudo do mercado brasileiro antes de realmente cravar os pés aqui. E, para mostrar que o relacionamento vai além de flerte, a Great Wall Motor já comprou a fábrica que pertencia à Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) e anunciou 10 bilhões de reais para investimentos. Logo de cara, a empresa pretende expandir a capacidade de produção para 100 mil unidades anuais, pois o plano é exportar a outros mercados, e chegar a 130 concessionárias em 112 cidades.

Por aqui, o foco será em veículos híbridos, híbridos plug-in (que permitem carregamento na tomada) e elétricos. Ainda não foram confirmados os candidatos ao mercado brasileiro, mas o primeiro carro da empresa chegará importado na China no fim deste ano, enquanto a produção nacional terá início na segunda metade de 2023. Com plano agressivo, o fabricante prometeu lançar dez novos modelos até 2025 – sempre SUVs e picapes, duas das categorias mais queridinhas dos consumidores.

E a Great Wall Motor chegará com a mesma estratégia de mercado adotada pelas conterrâneas nos últimos anos: modelos mais equipados e tecnologia de ponta. Ainda não foram revelados os preços dos futuros lançamentos, mas executivos da companhia anunciaram que todos terão conectividade com internet 5G, condução semiautônoma e conjunto eletrificado. Para os próximos anos, também estão em desenvolvimento os novos motores movidos com hidrogênio gerado pelo etanol.

 

JAC Motors

JAC E-JS1 é o carro elétrico mais barato do mercado brasileiro

JAC E-JS1 é o carro elétrico mais barato do mercado brasileiro (Divulgação/Divulgação)

Faz pouco mais de uma década que a TV aberta era inundada pelos comerciais com o apresentador Fausto Silva exaltando qualidades da recém-chegada marca chinesa. Por trás da operação estava o empresário Sérgio Habib, que já tinha trazido a Citroën ao Brasil nos anos 1990, logo após abertura das importações, e que chegou a ser o maior distribuidor da empresa no mundo. E, para conquistar nosso mercado, a novata focou em bom custo-benefício e garantia superior à concorrência.

Não é que essa estratégia deu certo? Foram abertas 50 concessionárias em um único dia (chamado “J Day”) e, na primeira semana, a JAC vendeu 1,2 mil unidades dos modelos J3 e J3 Turin, pioneiros da marca por aqui. Só que o jogo virou quando o governo anunciou o acréscimo de 30% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para modelos trazidos de países que não fossem do Mercosul – que passou a valer em 2012, quando a empresa era a segunda maior importadora do Brasil.

Na tentativa de contornar a situação, os chineses anunciaram 900 milhões de reais para construção de uma fábrica em Camaçari (BA), que deveria produzir 100 mil unidades anuais já em 2014. Mas o empreendimento não foi para frente e, assim, foram cobrados 180 milhões de reais dos benefícios fiscais. Desde então, o Grupo SHC, responsável pela representação no nosso mercado, entrou com pedido de recuperação judicial e a marca reduziu volume, agora focada em SUVs e elétricos.

 

 https://exame.com/negocios/conheca-as-marcas-que-apostam-em-carros-chineses-para-brasileiros/

Vibra e Americanas anunciam parceria no segmento de lojas de conveniência


Com a parceria foi constituída a sociedade Vem Conveniência, cujo capital é detido pela Americanas e pela Vibra, ambas com participações de 50% 



A Americanas S.A. e a Vibra Energia anunciaram nesta terça-feira, dia 1º, uma parceria para a exploração do negócio de lojas de pequeno varejo, dentro e fora de postos de combustível, através das redes de lojas Local e BR Mania. As empresas não informaram valores.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as empresas informam que a efetivação da parceria se deu após o cumprimento das condições precedentes, habituais em operações de natureza similar, incluindo a aprovação prévia pela autoridade antitruste Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em 30 de dezembro de 2021, sem restrições, sendo esta decisão considerada final.

Com a parceria foi constituída a sociedade Vem Conveniência, cujo capital é detido pela Americanas e pela Vibra, ambas com participações de 50%. A Vem Conveniência terá uma estrutura de gestão e governança corporativa própria.

A Vem Conveniência conta com 1.257 lojas de pequeno varejo, sendo 55 lojas com operação própria, e que utilizarão a marca Local, e 1.202 lojas em postos de combustíveis, operadas por franqueados, as quais continuarão a utilizar a marca BR Mania.

"A Parceria visa oferecer uma nova proposta de valor a consumidores, franqueados, revendedores e atendentes de lojas, contando com o somatório de forças da Vibra e da Americanas, que compreende ampla experiência de varejo no mercado brasileiro, uma rede de pontos de venda com capilaridade nacional, escala e estrutura de suprimentos e logística, tecnologia e atuação no varejo digital, além de marcas reconhecidas, e representa um importante passo para a expansão no mercado de lojas de pequeno varejo no Brasil", afirma a Americanas.

Já a Vibra afirma que a iniciativa está alinhada à visão estratégica de prover soluções de conveniência ligadas à mobilidade e melhorar continuamente a experiência dos consumidores que frequentam os pontos de venda.

 

Stone abre programa de recrutamento sem limite de vagas ou requisitos


Em 2021, o programa teve mais de 130 mil inscrito e 850 foram contratadas

 

A Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros focada no empreendedor, abre nesta terça-feira, 1, as inscrições para a 15ª edição do Recruta Stone, sua maior porta de entrada para novos talentos. Em 2021, foram 850 pessoas contratadas pelo programa que teve mais de 130 mil inscritos.

O Recruta Stone não tem pré-requisitos ou limite de vagas. 

E essa característica se reflete no processo de seleção.

Após a primeira etapa de inscrição, os candidatos respondem questionário sobre sua vida e fazem um teste para avaliar seu perfil. Na próxima fase, há outro questionário mais profundo sobre as experiências de vida para instigar a reflexão e autoconhecimento.

Segundo Lívia Kuga, sócia e líder na Stone, a inteligência emocional é uma base do processo do Recruta Stone. Como não há requisito de inglês, idade ou formação, informações desse tipo são omitidas e o perfil comportamental dos candidatos ganha maior destaque.

“O programa tem esse jeito de tentar ser o mais próximo das pessoas. Envolvemos cerca de 200 funcionários em cada Recruta, que é um grande ritual de cultura”, explica.

Depois dos questionários, há um feedback e em abril começam as dinâmicas e entrevistas. São três dias de dedicação a essa etapa e os aprovados já serão contratados. Essa turma ainda vai passar por seis semanas de imersão, com uma trilha de desenvolvimento e um desafio.

A expectativa esse ano é realizar a final do processo, que define os Recrutas da edição, presencialmente. Na edição passada, a empresa conseguiu realizar essa última etapa de forma presencial, com todos apresentando comprovante de vacinação e realizando testes de Covid-19.

Mesmo com a possibilidade de voltar a realizar o grande evento de finalização do Recruta Stone, Kuga conta que as inovações que vieram com a mudança do processo para o online vão ficar no programa.

“Dois anos atrás, as pessoas precisavam se deslocar para São Paulo ou o Rio de Janeiro para as etapas. E não é uma questão de querer participar, muitos não têm condições financeiras. Com o online, a gente consegue trazer pessoas diferentes até a final. E na final, se for presencial, a gente banca a viagem”, explica.

A equipe organizadora sempre recolhe feedbacks dos candidatos para trazer melhorias ao programa a cada ano. Em 2021, a empresa iniciou o programa de imersão e forneceu aos candidatos aprendizados também ao longo da seleção.

No total, mais de 15 mil pessoas tiveram acesso a conteúdo formativo sobre como melhorar seu autoconhecimento, fazer entrevistas e ter bom desempenho em processos seletivos. Assim, mesmo quem não foi contratado teve algum ganho com sua participação.

Para a nova edição, uma melhoria foi a criação do portal do candidato, um recurso que era um pedido antigo dos participantes do programa.

“Queremos que seja o mais humanizado possível com uso de tecnologia e machine learning”, diz Kuga.

Quanto ao desafio do processo de imersão, Kuga não promete que vai ser fácil, mas realizá-lo dará uma mostra de como é o trabalho na Stone. Segundo ela, o conselho vale especialmente para os selecionados como Recrutas:

“Vai ser difícil. Uma certeza que tenho em oito anos de Stone é que o trabalho vai ser desafiador, mas quando você consegue executar, bota a mão na massa, você se dá conta que consegue fazer mais do que era capaz”, diz.

  As inscrições começam às 12 horas e vão até o dia 10 de março pelo site.

 

 https://exame.com/carreira/recruta-stone-2022-vagas-sem-requisito/

 

Brasil começará a reduzir IOF cambial ainda este ano


Medida faz parte de acordo para adesão à OCDE 
 
 
Segundo o Ministério da Economia, o Brasil está em estágio avançado de convergência com a OCDE, tendo aderido a 104 dos 251 instrumentos normativos do organismo internacional

As operações com moeda estrangeira terão o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) reduzido gradualmente até ser zerado em 2029, confirmou o Ministério da Economia. O imposto começará a ser reduzido ainda este ano, para operações de entrada e saída de recursos estrangeiros de curto prazo, em até 180 dias.

O corte do imposto abrangerá quatro faixas de incidência do IOF cambial, com reduções graduais para cada faixa. O primeiro grupo envolverá as operações de curto prazo. O segundo abrangerá transações com cartões de crédito ou débito, cheques de viagem e cartões pré-pagos internacionais. O terceiro englobará operações de câmbio para compra de moeda estrangeira à vista no Brasil e para transferência de residentes no país para contas em seu nome no exterior. O quarto grupo, por fim, envolverá as demais operações de câmbio.

A medida foi exigida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a entrada do Brasil ao grupo, que reúne as economias mais industrializadas do mundo. Nesta semana, a organização internacional formalizou o convite para o início do processo de adesão do país, abrindo caminho para um processo que durará anos.

As reduções de alíquotas do IOF serão estabelecidas por meio de decreto presidencial. A mudança é uma das obrigações a serem cumpridas pelo Brasil para adesão aos Códigos de Liberalização de Movimentação de Capitais e de Operações Invisíveis, instrumento exigido para os países que integram a OCDE.

De acordo com a Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, a eliminação do IOF sobre transações com o exterior tem o objetivo de acabar com a prática de "câmbios múltiplos", em que a taxa efetiva de câmbio varia conforme o tipo de operação. Essa multiplicidade, explicou a pasta, favorece determinados tipos de transação em detrimento de outros e discrimina agentes econômicos que desejam operar no país, sendo condenada tanto pela OCDE como pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo o Ministério da Economia, o Brasil está em estágio avançado de convergência com a OCDE, tendo aderido a 104 dos 251 instrumentos normativos do organismo internacional. O processo de adesão está mais acelerado que em outros países convidados a integrar o grupo ou que atuam como parceiros-chave, como Argentina (51 instrumentos), Romênia (53), Peru (45), Bulgária (32) e Croácia (28).

A adesão mais recente ocorreu na quinta-feira (27), quando o Brasil se comprometeu a adotar as recomendações da OCDE no tema "Crianças no ambiente digital". Fundada em 1961, em Paris, a OCDE funciona como um organismo que avalia e recomenda práticas e políticas que promovam prosperidade, igualdade, oportunidade e bem-estar global. Com 38 países-membros, a organização reúne 61% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

Com Agência Brasil
 
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