sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Ibovespa hoje: bolsa afunda 2,7% na semana – maior queda desde julho


FedEx anunciou cortes de custos "agressivos" e assustou mercados globais com possibilidade de recessão

 

 Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

 

 

 

 

 

 

 

Guilherme Guilherme e Beatriz Quesada

Em uma semana de fortes quedas para as bolsas globais, o mercado local não passou ileso. 

 Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame

 

 Em uma semana de fortes quedas para as bolsas globais, o mercado local não passou ileso.O Ibovespa, principal índice da B3, caiu 0,6% nesta sexta-feira, 16, e encerrou a semana acumulando queda de 2,7%, puxado para baixo pelo clima de aversão a risco que se instalou, principalmente, no mercado americano. 

Por lá, investidores vem reagindo negativamente na expectativa do aumento de juros e suas consequências para a economia. Nesta sexta, o maior pessimismo no exterior teve como pano de fundo os alertas emitidos, na última noite, pela americana FedEx, uma das maiores empresas de logística do mundo.

A companhia anunciou uma série de cortes de custos motivados pela piora da expectativa para a economia global. Entre as medidas, estiveram o fechamento de mais de 90 escritórios, adiamento de contratações e redução das operações aos domingos.

O plano de sobrevivência foi divulgado junto com os números preliminares do trimestre findo em agosto, classificados pela própria companhia como "decepcionantes". A FedEx ainda informou que, mesmo com "ações agressivas de corte de custos, espera que as condições de negócios se enfraqueçam ainda mais". As ações da FedEx desabaram 21,4% na bolsa americana NYSE.

A perspectiva negativa de uma das maiores empresas do setor logístico vai de encontro com os maiores temores do mercado financeiro: de que altas de juros para conter a inflação global provoquem danos significativos na economia.

O saldo foi uma queda generalizada nas bolsas americanas. No acumulado da semana, o índice Dow Jones, mais associado à economia tradicional, caiu 4,1%. O S&P 500, principal índice da bolsa americana, recuou 4,8%. E o mais prejudicado, o índice de tecnologia Nasdaq, desabou 5,5% em sua pior semana desde junho.

Duras perdas também foram sentidas pelos principais índices da Europa, após a divulgação da inflação ao consumidor da Zona do Euro, que subiu mais 0,6% para o mês de agosto, mantendo a alta de 9,1% no acumulado de 12 meses.

  • Dow Jones (Nova York): - 0,45%
  • S&P 500 (Nova York): - 0,72%
  • Nasdaq (Nova York): - 0,90%
  • Stoxx 600 (Europa): - 1,58%

Ações em destaque

A Natura (NTCO3), que esteve entre os destaques de alta nos últimos pregões com mudanças estratégicas no radar, hoje foi a ação que lidera as perdas do Ibovespa em um forte movimento de correção. 

Outro papel com recuo foi a Sabesp (SBSP3), que já havia desabado 4% na véspera após ter a recomendação rebaixada de compra para neutra pelo banco UBS. O banco reduziu o preço-alvo de R$ 60 para R$ 56 por ação. 

Entre as maiores quedas estiveram ainda as empresas de educação Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3), associadas à economia local e à dinâmica de juros. 

Apenas 15 das 91 ações fecharam o dia em alta. BB Seguridade (BBSE3), Fleury (FLRY3) e Magazine Luiza (MGLU3) lideraram os ganhos.

https://exame.com/invest/mercados/ibovespa-hoje-16-09-2022/

Stihl exporta tecnologia nacional para o mundo


Trocas de informações sistemáticas acontecem por meio de constantes programas de intercâmbio 
 
“É um movimento que muito nos orgulha, pois significa que a Stihl Brasil exporta tecnologia nacional para tantos países”, comemora Alexandre Sikler, diretor de desenvolvimento de pesquisa da Stihl

 

O centro de desenvolvimento e inovação da Stihl Brasil, localizado em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, é o maior da empresa fora da matriz e trabalha de forma muito integrada com os departamentos na Alemanha, país-sede da marca de ferramentas motorizadas. Trocas de informações sistemáticas, assim como a transferência de tecnologia entre os dois lados, acontecem por meio de constantes programas de intercâmbio dos engenheiros entre as diferentes fábricas ao redor do mundo.

Um bom exemplo do alcance desta parceria é a fabricação do cilindro. Como o componente utilizado pela sede alemã é desenvolvido inteiramente na unidade brasileira, todas as inovações implementadas neste item, ou no seu processo de produção, são imediatamente introduzidas nos produtos da matriz e exportados para mais de 170 países. "É um movimento que muito nos orgulha, pois significa que a Stihl Brasil exporta tecnologia nacional para tantos países", comemora Alexandre Sikler (foto), diretor de desenvolvimento de pesquisa da multinacional.

Na Stihl, o processo de inovação não fica restrito ao laboratório – muito pelo contrário, ele ganha o campo. A geração de novos produtos é conduzida de acordo com a leitura das necessidades dos clientes realizada no mercado e este trabalho é exercido pela área de marketing. Anualmente, após o recebimento das demandas, o setor de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia dimensiona a capacidade interna para desenvolver os pedidos, além de acordar entre as duas áreas quais projetos serão mais impactantes e, consequentemente, priorizados. De acordo com a empresa, esse mapeamento é a fase mais crítica, pois a leitura da maturidade do mercado para algo novo e o tempo necessário para o seu desenvolvimento devem estar muito bem alinhados, sob pena da companhia perder a janela de oportunidade de lançamento e acabar frustrando seus potenciais clientes.

Entre as campeãs de vendas, especialmente no setor do agronegócio, estão a motosserra MS 170 e a roçadeira FS 120. A motosserra possui um dispositivo que realiza a compensação da entrada de ar limpo, permitindo aumentar os intervalos de limpeza do filtro de ar sem perda de potência, sem emissões e sem aumento do consumo de combustível. Já a roçadeira conta com o sistema elastostart que proporciona um arranque quase sem solavancos devido a um elemento amortecedor que absorve os picos de força. Desta forma, o arranque é suave e demanda menor esforço do usuário.

Recentemente, a Stihl inovou com o lançamento de um produto que abriu uma nova categoria no portfólio da marca: o aspirador de pó e líquidos SE 33, dotado de um motor 30% mais eficiente do que a média do mercado. "Quando se busca por um aspirador, normalmente o usuário observa apenas a potência. Porém, deve-se levar em consideração a relação entre potência e a capacidade de aspiração", explica Sikler. Com incrementos desta natureza, o poder de sucção de novos clientes, pela Stihl, também aumenta.

Esse conteúdo integra a edição 340 da revista AMANHÃ, publicação do Grupo AMANHÃ, que trouxe os resultados da 18ª edição do ranking Campeãs da Inovação. Clique aqui para acessar a publicação online, mediante pequeno cadastro.

https://amanha.com.br/categoria/negocios-do-sul1/engie-vende-termeletrica-pampa-sul-por-r-2-2-bilhoes?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Engie+vende+termel%C3%A9trica+Pampa+Sul+por+R%24+2%2C2+bilh%C3%B5es+-+Grupo+Amanh%C3%A3+%283%29&utm_medium=email&utm_source=EmailMarketing&utm_term=News+Amanh%C3%A3+16_09_2022

 

Engie vende termelétrica Pampa Sul por R$ 2,2 bilhões


A usina era a última a carvão da companhia catarinense 
 
A Pampa Sul tem capacidade instalada de 345 MW

 

A Engie Brasil Energia assinou contrato para a venda da usina termelétrica Pampa Sul, no município de Candiota (RS), para os fundos de investimento em participações Grafito e Perfin Space X, geridos pelas empresas Starboard e Perfin, por R$ 2,2 bilhões.

"A venda é muito positiva para os planos da ENGIE de direcionar esforços e investimentos aos empreendimentos de energia renovável e infraestrutura de transmissão. Após o fechamento da operação, avançaremos em nossa estratégia, nos consolidando como a maior empresa de energia limpa do setor elétrico brasileiro, totalizando 8.096 MW de capacidade instalada própria proveniente de fontes renováveis", declara Eduardo Sattamini, diretor presidente e de relações com investidores da Engie Brasil Energia, em comunicado.

As empresas Starboard e Perfin são gestores de fundos de investimento em participações independentes, especializados em renda variável, ativos de infraestrutura e em situações especiais, e continuarão contando com a experiência das equipes de administração e operação da usina.

A Pampa Sul tem capacidade instalada de 345 MW e era a última a carvão da companhia catarinense. A venda da térmica está alinhada ao reposicionamento estratégico do grupo de não utilizar mais fontes de origem fóssil em suas operações. O complexo já recebeu mais de R$ 2 bilhões em investimentos até hoje.

 

 https://amanha.com.br/categoria/negocios-do-sul1/engie-vende-termeletrica-pampa-sul-por-r-2-2-bilhoes?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Engie+vende+termel%C3%A9trica+Pampa+Sul+por+R%24+2%2C2+bilh%C3%B5es+-+Grupo+Amanh%C3%A3+%283%29&utm_medium=email&utm_source=EmailMarketing&utm_term=News+Amanh%C3%A3+16_09_2022

Projeto de lei pretende regulamentar a profissão de influenciador digital


Crédito: wayhomestudio/freepik

Com mais de 500 mil influenciadores digitais no Brasil, um Projeto de Lei pretende regulamentar essa categoria como uma profissão (Crédito: wayhomestudio/freepik)

O Brasil tem mais de 500 mil influenciadores digitais, de acordo com levantamento da Nielsen, e um Projeto de Lei apresentado pelo deputado José Nelto (PP/GO) pretende regulamentar essa categoria como profissão.

Apresentado no fim de agosto, o PL 2347/2022 foi recebido pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados e, se seguir para aprovação, poderá mudar a maneira como os influenciadores digitais trabalham atualmente.

Se o PL passar, algumas exigências serão feitas para quem quiser virar influenciador, como cadastro exigido pelo Governo Federal, que irá permitir (ou não) que os produtores de conteúdo exerçam suas atividades.

Além disso, também deverá ser solicitado “conhecimento técnico” para que os profissionais possam falar sobre determinados assuntos e sejam classificados como influenciadores.

O PL ainda não avançou, e talvez não vá muito adiante: ele pode ser interpretado como inconstitucional, já que a Constituição Federal assegura que todos podem exercer qualquer atividade econômica, independente de autorização, salvo casos específicos.

 

https://www.istoedinheiro.com.br/projeto-lei-regulamentar-profissao-influenciador-digital/



Nubank se livra de ‘pacote de obrigações’ ao deixar a Bolsa brasileira: entenda quais

Nubank se livra de ‘pacote de obrigações’ ao deixar a Bolsa brasileira: entenda quais

Matheus Piovesana 49 minutos atrás






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Os recibos brasileiros de ações do Nubank (ou BDRs), representam uma parte pequena da composição acionária da fintech. Ainda assim, sob o atual modelo do programa, o neobanco tem obrigações regulatórias quase equivalentes às que cumpre nos Estados Unidos, onde se concentra a maior parte das negociações do ativo em Bolsa.
Em dezembro, ao fazer duas ofertas simultâneas de ações, o Nubank vendeu 8,1 milhões de ações, ou menos de 0,2% do total do capital da fintech, que serviam como lastro para os BDRs por aqui. Cada recibo brasileiro equivale a um sexto de uma ação listada em Nova York. Ou seja: foram vendidos 48,5 milhões de BDRs na oferta.
Mesmo com essa base relativamente pequena, a companhia é obrigada a fazer por aqui o pacote completo. Como é formalmente uma empresa de capital aberto no Brasil, o Nubank tem de publicar formulário de referência anual, balanços trimestrais na janela prevista pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), fatos relevantes, comunicados e atas de reuniões do conselho.

 
© Fornecido por Estadão Fachada da Bolsa de Nova York com a cor do Nubank; neobanco vai manter negociação de ações apenas nos EUA Foto: Brendan McDermid/Reuters - 9/12/2021
Reduzindo obrigações
A questão é que a fintech tem de publicar os mesmos documentos nos Estados Unidos, e não basta traduzi-los, dado que os dois mercados têm normas diferentes. É para reduzir essa redundância que o Nubank vai pedir a mudança de seu programa de BDRs para o nível 1, que o desobriga de cumprir certas normas por aqui. A Stone tem BDRs no mesmo enquadramento.
A mudança, anunciada na quinta-feira, 15, mantém a negociação de recibos de ações no Brasil, mas sem a mesma carga regulatória. Os detentores dos atuais BDRs poderão trocar de um programa para o outro, migrar a posição acionária para Nova York ou simplesmente vender seus recibos.
“O Nubank visa maximizar a eficiência e a escalabilidade, reduzindo cargas de trabalho duplicadas desnecessárias em requisitos regulatórios, que consomem recursos consideráveis”, disse a cofundadora e CEO do Nubank no Brasil, Cristina Junqueira. “Nosso foco é melhorar processos, produtividade e escalabilidade para entregar crescimento e valor para todos os nossos stakeholders.”
O número de BDRs vendidos na oferta não considera a distribuição que a fintech fez pelo programa NuSócios, no qual entregou a clientes um BDR de forma gratuita. O programa teve a adesão de 7,5 milhões de usuários do Nubank, que só podem vender este “pedacinho” (como o Nu chamou os BDRs) a partir de dezembro.
Percepção negativa
Em relatório enviado a clientes, o Itaú BBA afirmou que a mudança é ruim para os acionistas minoritários. Na visão do analista Pedro Leduc, uma das perdas é que os dados financeiros devem ser menos comparáveis aos de instituições financeiras brasileiras.
“Na prática, as divulgações (no Brasil) podem ficar mais pobres, e ainda menos comparáveis às instituições financeiras locais”, afirmou o analista Pedro Leduc. “Julgamos (a mudança) como negativa para minoritários locais e para a governança corporativa.”
Como mostrou o Estadão/Broadcast, analistas de instituições financeiras locais e estrangeiras têm manifestado posições opostas a respeito do Nubank. A comparação com bancos brasileiros é um dos fatores que deixa os locais mais pessimistas.
Os BDRs do Nubank caíam 5,9% nesta tarde, negociados a R$ 4,48. O movimento segue o da ação negociada em Nova York, que despenca 6,7%, a US$ 5,14. O dia é negativo nos mercados americanos, diante das expectativas para a próxima decisão de juros do Federal Reserve (o Banco Central americano), na semana que vem.
A aposta majoritária é de que o Fed vá elevar os juros em 0,75 ponto porcentual. Se isso acontecer, as ações mais penalizadas devem ser as de empresas de tecnologia, em que o crescimento a curto prazo tem mais preponderância que o resultado. Caso do próprio Nubank.Response negocia M&A para dobrar de tamanho

Leia mais em https://braziljournal.com/response-negocia-ma-para-dobrar-de-tamanho/?utm_source=BJ+subscribers&utm_campaign=cc799abab3-EMAIL_CAMPAIGN_5_5_2019_20_17_COPY_01&utm_medium=email&utm_term=0_850f0f7afd-cc799abab3-427637301 .



Matheus Piovesana - Estadão



Crédito: REUTERS/Paulo Whitaker



Os recibos brasileiros de ações do Nubank (ou BDRs), representam uma parte pequena da composição acionária da fintech. Ainda assim, sob o atual modelo do programa, o neobanco tem obrigações regulatórias quase equivalentes às que cumpre nos Estados Unidos, onde se concentra a maior parte das negociações do ativo em Bolsa.


Em dezembro, ao fazer duas ofertas simultâneas de ações, o Nubank vendeu 8,1 milhões de ações, ou menos de 0,2% do total do capital da fintech, que serviam como lastro para os BDRs por aqui. Cada recibo brasileiro equivale a um sexto de uma ação listada em Nova York. Ou seja: foram vendidos 48,5 milhões de BDRs na oferta.


Mesmo com essa base relativamente pequena, a companhia é obrigada a fazer por aqui o pacote completo. Como é formalmente uma empresa de capital aberto no Brasil, o Nubank tem de publicar formulário de referência anual, balanços trimestrais na janela prevista pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), fatos relevantes, comunicados e atas de reuniões do conselho.

 
© Fornecido por Estadão Fachada da Bolsa de Nova York com a cor do Nubank; neobanco vai manter negociação de ações apenas nos EUA Foto: Brendan McDermid/Reuters - 9/12/2021 


Reduzindo obrigações


A questão é que a fintech tem de publicar os mesmos documentos nos Estados Unidos, e não basta traduzi-los, dado que os dois mercados têm normas diferentes. É para reduzir essa redundância que o Nubank vai pedir a mudança de seu programa de BDRs para o nível 1, que o desobriga de cumprir certas normas por aqui. A Stone tem BDRs no mesmo enquadramento.


A mudança, anunciada na quinta-feira, 15, mantém a negociação de recibos de ações no Brasil, mas sem a mesma carga regulatória. Os detentores dos atuais BDRs poderão trocar de um programa para o outro, migrar a posição acionária para Nova York ou simplesmente vender seus recibos.


“O Nubank visa maximizar a eficiência e a escalabilidade, reduzindo cargas de trabalho duplicadas desnecessárias em requisitos regulatórios, que consomem recursos consideráveis”, disse a cofundadora e CEO do Nubank no Brasil, Cristina Junqueira. “Nosso foco é melhorar processos, produtividade e escalabilidade para entregar crescimento e valor para todos os nossos stakeholders.”


O número de BDRs vendidos na oferta não considera a distribuição que a fintech fez pelo programa NuSócios, no qual entregou a clientes um BDR de forma gratuita. O programa teve a adesão de 7,5 milhões de usuários do Nubank, que só podem vender este “pedacinho” (como o Nu chamou os BDRs) a partir de dezembro.


Percepção negativa


Em relatório enviado a clientes, o Itaú BBA afirmou que a mudança é ruim para os acionistas minoritários. Na visão do analista Pedro Leduc, uma das perdas é que os dados financeiros devem ser menos comparáveis aos de instituições financeiras brasileiras.


“Na prática, as divulgações (no Brasil) podem ficar mais pobres, e ainda menos comparáveis às instituições financeiras locais”, afirmou o analista Pedro Leduc. “Julgamos (a mudança) como negativa para minoritários locais e para a governança corporativa.”


Como mostrou o Estadão/Broadcast, analistas de instituições financeiras locais e estrangeiras têm manifestado posições opostas a respeito do Nubank. A comparação com bancos brasileiros é um dos fatores que deixa os locais mais pessimistas.


Os BDRs do Nubank caíam 5,9% nesta tarde, negociados a R$ 4,48. O movimento segue o da ação negociada em Nova York, que despenca 6,7%, a US$ 5,14. O dia é negativo nos mercados americanos, diante das expectativas para a próxima decisão de juros do Federal Reserve (o Banco Central americano), na semana que vem.


A aposta majoritária é de que o Fed vá elevar os juros em 0,75 ponto porcentual. Se isso acontecer, as ações mais penalizadas devem ser as de empresas de tecnologia, em que o crescimento a curto prazo tem mais preponderância que o resultado. Caso do próprio Nubank.

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Sengi investe R$ 440 milhões em duas fábricas de painéis solares no Brasil


Companhia espera triplicar faturamento no próximo ano 
 
Com o lançamento dos complexos fabris no Paraná e Pernambuco, empresa projeta saltar de um faturamento de R$ 400 milhões previstos neste ano para R$ 1,2 bilhão em 2023

A Sengi Solar, fabricante brasileira de geradores fotovoltaicos, acaba de anunciar um investimento de R$ 440 milhões para a criação de duas fábricas de painéis solares no país. Localizadas nos estados do Paraná e Pernambuco, os empreendimentos terão capacidade anual de produção da ordem de um gigawatt em equipamentos, correspondendo a fabricação de mais de 3 mil módulos por dia, com uma linha de processos automatizados e de alta tecnologia.

Com o lançamento dos complexos fabris, a empresa projeta saltar de um faturamento de R$ 400 milhões previstos neste ano (2022) para R$ 1,2 bilhão em 2023. Os investimentos devem gerar cerca de 500 empregos diretos nas duas regiões, sendo um na matriz em Cascavel (PR), prevista para entrar em operação já em setembro deste ano, e na filial em Ipojuca (PE), com lançamento programado para março de 2023.

Os módulos fotovoltaicos produzidos nas novas fábricas serão enquadrados no sistema do Finame, dentro da estratégia adotada pela empresa para o mercado nacional, já que apresenta uma linha de crédito mais atrativa pelo BNDES e que viabiliza os projetos de geração própria de energia em telhados e pequenos terrenos no território nacional. Os equipamentos terão potência entre 440 watts e 670 watts, que estão entre as maiores do mercado internacional, e serão manufaturados com tecnologias bifaciais e double glass, que permitem a captação da radiação solar nas partes superiores e inferiores dos painéis fotovoltaicos.

De acordo com Everton Fardin, diretor geral da Sengi Solar, a proposta é atender de forma plena o crescimento do mercado interno de energia solar e oferecer um produto brasileiro aos mais de 80 distribuidores de equipamentos fotovoltaicos em atuação nopPaís, com prazo de entrega curto, pós-venda nacional e tecnologia de ponta. "Como nossas unidades fabris foram dimensionadas dentro do conceito de Indústria 4.0, teremos um ritmo de produção muito acima do praticado na indústria nacional, com uma média de mais de 3 mil módulos fotovoltaicos manufaturados por dia. E cada um dos processos terá menos de 25 segundos de duração, englobando montagem, transformação e inspeção", comenta Fardin.

 

 https://amanha.com.br/categoria/empresa/sengi-investe-r-440-milhoes-em-duas-fabricas-de-paineis-solares-no-brasil?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Sengi+investe+R%24+440+milh%C3%B5es+em+duas+f%C3%A1bricas+de+pain%C3%A9is+solares+no+Brasil+-+Grupo+Amanh%C3%A3+%283%29&utm_medium=email&utm_source=EmailMarketing&utm_term=News+Amanh%C3%A3+08_09_2022

De olho em mercado bilionário, Bossanova cria comitê e passa a investir em startups de games

 

Novo comitê Bossa Game Labs mira empresas ligadas ao mercado de games e reformula tese de investimentos do fundo de venture capital
 
 
 
 
 
 Games: Bossanova amplia tese e passa a olhar para empresas e startups do setor (the_burtons/Getty Images)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Games: Bossanova amplia tese e passa a olhar para empresas e startups do setor (the_burtons/Getty Images)
 
Maria Clara Dias

 Games: Bossanova amplia tese e passa a olhar para empresas e startups do setor (the_burtons/Getty Images)

Maria Clara Dias

 

 Um imperativo no mercado de startups, o desejo de encontrar as melhores oportunidades de investimento desperta a atenção para as tendências mais proeminentes ligadas a tecnologias em ascensão. De olho nisso — e no potencial financeiro de alguns segmentos — o fundo de venture capital Bossanova Investimentos acaba de criar uma vertical totalmente dedicada à análise e investimentos em startups ligadas ao mercado de games.

Um novo comitê, chamado de Bossa Game Labs, tem como objetivo encontrar e investir em empresas do segmento, com um adicional de capacitação a empreendedores do setor e empresas em estágios iniciais. A projeção é investir e mentorar pelo menos 10 empresas nos próximos três anos.

 

Por que a Bossanova vai investir no mercado de games

A abertura do leque para empresas do setor é uma novidade para a Bossanova, que desde 2011 não incluía em sua tese negócios com soluções destinadas exclusivamente ao mercado de games, ao governo, a lojas de e-commerce ou que necessitassem de investimento em hardware.

Em 2021, o mercado global de jogos eletrônicos movimentou cerca de US$ 180 bilhões, segundo a consultoria Newzoo. No Brasil, o total foi de US$ 2,3 bilhões. Em ritmo acelerado, o setor cresce algo como 8,5% globalmente, e 9% no Brasil.

Os grandes números chamaram a atenção da Bossanova, que tratou de não dispensar o potencial do segmento ao passar a aceitar empresas do setor no portfólio e também atrair investidores já interessados nesse universo.

Segundo Antonio Patrus, diretor da Bossanova, a percepção de que há potencial nesta vertical já vem de longa data. Faltava ao fundo, porém, um parceiro estratégico para pivotar essa análise mais azeitada de empresas de games. “Agora com um líder adequado, trazemos um mercado de alto potencial de forma eficiente e com oportunidades de coinvestir em empresas verdadeiramente promissoras”, diz.

“Não podíamos ignorar que os números positivos registrados nos últimos anos e a tendência cada vez maior de crescimento são consequências da evolução e da diversificação do mercado de games, tanto no Brasil como no mundo. Nos deparamos com um novo cenário e tomamos uma decisão baseada em dados”, afirma João Kepler, CEO e fundador da Bossanova.

Como vai funcionar o comitê de games da Bossanova

A intenção do fundo é investir em até 20 startups nos próximos três anos. Os cheques devem variar de R$100 mil a R$300 mil, podendo chegar a R$ 5 milhões.

“Somos o quinto maior consumidor de games do mundo, mas só o 12º em faturamento. Ou seja, consumimos, mas ainda criamos muito pouco nesse setor”, afirma Ricardo Fernandes, um dos líderes do comitê. “Esse é um mercado ainda pouco organizado no Brasil, se compararmos com o cenário geral de startups que temos aqui. O movimento que iniciamos busca impulsionar essas soluções para que se desenvolvam junto às outras áreas”, complementa.

Por trás dos cheques está também uma tese baseada na capacitação das empresas escolhidas e a conexão dessas companhias com parceiros estratégicos do mercado.

No caso de estúdios de games, por exemplo, a Bossanova pretende ampliar a conexão com publishers, responsáveis pela publicação e comercialização dos games, que mais se relacionam com a proposta do estúdio em si. Já para os publishers, companhias já com certa maturidade, o principal incentivo deve ser o financeiro. Nesta frente, a Bossanova deve conectá-los a fundos maiores e globais que podem ser os viabilizadores de rodadas futuras.

“A ideia é entender o que cada empresa necessita em suas diferentes fases de maturação e fazê-las chegar lá para fomentar este mercado no Brasil e não lá fora”, diz Ricardo Fernandes, líder do comitê.

Quem está por trás do comitê

À frente do recém-lançado comitê está o empreendedor Ricardo Fernandes, fundador da startup Legal Labs, vendida por US$ 26 milhões para a Neoway (empresa adquirida pela B3). Atualmente, Fernandes é também líder da Labs Capital,  fundo de investimento em startups, estúdios e empresas de mídia ligadas ao mercado de games. Além de Fernandes está Daniel Cambraia, também sócio fundador da Bluestone e da TDR Family Office.

A percepção de Fernandes é de que há um desequilíbrio entre os estágios de maturação do mercado de startups e de games no Brasil. “Enquanto um já está maduro e estruturado, o outro ainda engatinha e é muito baseado na perspectiva artística, dos criadores de games. Isso acaba repercutindo em uma migração de cérebros brasileiros para gigantes gringas”, diz. “Por isso nosso objetivo é fomentar e criar toda uma comunidade de games no Brasil. Assim retemos talentos”, diz.

O fundo, que começa com R$ 1,5 milhão, pode chegar a R$ 5 milhões nos próximos anos.

 

 https://exame.com/negocios/bossanova-cria-comite-para-investir-em-startups-de-games/