segunda-feira, 27 de março de 2023

Sólides vai às compras e avança no segmento de PMEs um ano após aporte de R$ 530 milhões

 Após aporte Sólides anuncia compra


A Sólides conseguiu aproveitar o fim da janela de oportunidades para as startups antes do aperto monetário em escala global jogar as empresas de tecnologia e crescimento em um forçado “inverno”.

Os cheques ficaram escassos desde fevereiro de 2022, quando a startup voltada a ferramentas de recursos humanos para pequenas e médias empresas (PMEs) levantou US$ 100 milhões (R$ 530 milhões na cotação da época) com a gestora Warburg Pincus.

Para Mônica Hauck, CEO e fundadora da Sólides, além do timing, o dinheiro representou o reconhecimento de uma tese que ia na contramão do consenso de anos anteriores. “Eles nos viram como o melhor player posicionado para PMEs e mostrou que nossa visão de apostar em uma solução única era a vencedora”, diz.

Com o cheque em mãos, a startup listou alguns objetivos centrais: realizar aquisições para aumentar o portfólio de serviços, aumentar a carteira de clientes PMEs, investir em soluções de inteligência artificial e dobrar de tamanho ao fim de 2022.

“Nós cumprimos todos os objetivos”, garante Hauck, sem abrir os números. Em M&A, a empresa comprou a Tangerine, uma plataforma voltada ao departamento pessoal. Nele, a Sólides conseguiu passar a oferecer também gestão de ponto, férias e documentos dos funcionários. Eles se juntaram à oferta de serviços, como perfil dos funcionários, onboarding pesquisa de clima e controle de metas, por exemplo.

Criada em 2010 como empresa que produzia relatórios de perfil comportamental, a Sólides ‘pivotou’ em 2015 para soluções de recursos humanos para empresas de pequeno e médio porte porque via uma necessidade – ou “dor” no vocabulário das startups – que não era atendida por nenhuma outra plataforma.

“Estamos falando de um período em que existiam menos startups. Mas a tese da época era de soluções fragmentadas. Nós não concordávamos e acabamos pegando o caminho mais difícil para receber qualquer aporte”, reconhece.

O racional dela e do cofundador Alessandro Garcia é de que as PMEs mal tinham orçamento para contratar uma solução, o que dirá de mais uma. “É difícil vender para o pequeno e por isso que as concorrentes não focam no mercado, prefere um grande cliente”, prossegue a CEO da Sólides.

Somente quatro anos depois que o primeiro cheque chegou à Sólides, o fundo DGF aportou R$ 14 milhões na empresa. “Sempre vivemos no ‘inverno’, então tínhamos que gerar caixa sempre. Isso nos deu disciplina para não queimar caixa a qualquer custo”, aponta Hauck.

Para 2023, a empresa vê espaço para avançar em regiões para além do Sudeste. “É um mercado gigante, existem empresas do Nordeste, Norte e Centro-Oeste que não são vistas. No segmento do agronegócio, por exemplo, há muitas empresas que buscam nossas soluções – e são empresas forte que voam abaixo do radar das concorrentes”, avalia a executiva.

Segundo cálculos da empresa, de dez contratações que ocorrem no Brasil, pelo menos oito são feitas por pequenas e médias empresas. Isso demonstra que o grosso do mercado é pulverizado e necessita de atenção. 

Fornecedora offshore Ocyan será vendida, e EIG é visto como comprador mais forte, diz O Globo

Ocyan deve ser vendida

 

(Reuters) – A fornecedora offshore brasileira Ocyan deve ser vendida e o fundo americano EIG Global Energy Partners é o mais forte candidato à aquisição, afirma reportagem do jornal O Globo neste domingo.

A notícia foi publicada na coluna do jornalista Lauro Jardim sem maiores detalhes.

EIG e Ocyan, que era conhecida como Odebrecht Óleo e Gás até 2018, não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

(Reportagem de Marcela Ayres em Brasília)

Relator de reforma tributária defende novo sistema com poucas exceções


Relator de reforma tributária defende novo sistema com poucas exceções

Relator de reforma tributária defende novo sistema com poucas exceções


BRASÍLIA (Reuters) – O relator da reforma tributária na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que a ideia é reorganizar o sistema de tributos do país de forma a que ele tenha poucas exceções, argumentando que são os brasileiros quem pagam a conta de concessões ou benefícios.

Aguinaldo ponderou que para haver tratamento diferenciado dentro do sistema tributário, é necessária uma análise objetiva dos impactos da unificação dos tributos em torno do imposto sobre valor agregado (IVA), porque “conceitualmente não podemos construir um sistema que nos traga complexidade”.

“Quando a gente fala do setor de serviços, assim como outros setores, você tem várias especificidades que agente tem que fazer uma avaliação muito realista do impacto realmente daquilo que se tem com IVA. Nós não vamos poder –eu já disse publicamente– criar um sistema tributário onde a gente atende a todos os setores, porque se não, nós vamos continuar como a gente está, né?”, afirmou o deputado no evento Arko Conference, por videoconferência.

“Porque no final das contas… Essa conta é paga por todos os brasileiros”, acrescentou.

De qualquer forma, garantiu Aguinaldo, o impacto sobre os setores será debatido para a construção do relatório, discussão que contará com a participação de todos os envolvidos, incluindo o governo, que criou uma secretaria especial no Ministério da Fazenda apenas para cuidar da reforma.

Aguinaldo ressaltou que o setor de serviços deve sofrer pouco ou nenhum abalo por conta da reforma já que, segundo ele, nessa fatia 70% das empresas se enquadram no Simples.

O deputado relatou ainda que o grupo de trabalho tem se debruçado sobre as alternativas adotadas por outros países e avaliou que com o uso da tecnologia é possível aumentar a base sem precisar aumentar a carga, além de reduzir a regressividade.

Para ele, a taxação excessiva de alguns setores é a “confissão” da “ineficiência” do Estado.

Ainda sobre os impactos da reforma, Aguinaldo lembrou que haverá um processo de transição para as novas regras.

PATRIMÔNIO E RENDA

Também presente no evento, o coordenador do grupo de trabalho que discute a reforma na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), afirmou que um dos objetivos do IVA é ampliar a base de arrecadação, defendendo que o governo avalie, paralelamente ao longo do processo de transição, setores não tributados.

“Só é possível manter o percentual de carga tributária relacionada ao PIB se de fato a base de incidência for ampla”, disse Reginaldo.

“Só que o IVA tem aí uma transição de 6 anos. Portanto, o governo, ele precisa enfrentar esse setores que não são tributados agora”, defendeu, citando como exemplos o setor de apostas eletrônicas e compras online.

“De fato, o governo terá que fazer esse enfrentamento aí, ampliar a incidência tributária, na minha opinião, antes da implementação do IVA.”

Ao comentar a necessidade de reindustrialização do país e a tentavia de torná-lo mais competitivo, Lopes foi categórico ao dizer que “jamais vamos tributar exportação com essa reforma”.

Ainda de acordo com o coordenador do grupo de trabalho, a taxação sobre patrimônio e renda será tratada “em um segunda etapa”.

No momento, a reestruturação do sistema debatida no grupo de trabalho da Câmara encontra-se em fase de audiências públicas com especialistas e setores envolvidos.

A previsão de Aguinaldo é de divulgar um texto com a conclusão dos debates no grupo em 16 de maio.

Encerrada essa etapa, a proposta pode seguir ao plenário da Câmara. Mas, devido à complexidade do tema, até mesmo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), patrocinador da reforma tributária, considerou “difícil” fixar um prazo para a votação. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma tributária precisará receber no mínimo 308 votos entre os 513 deputados, em dois turnos de votação, para ser aprovada.

Deputados do grupo de trabalho partem de duas PECs sobre a reforma tributária — a 45 e a 110 — já em tramitação no Congresso, para elaborar o texto a ser submetido ao plenário.

A PEC 45, que tramita na Câmara, prevê a criação de um único imposto sobre bens e serviços nos âmbitos federal, estadual e municipal. Já a PEC 110, do Senado, prevê uma tributação dual: um imposto sobre o valor agregado para a União e outro para os demais entes da Federação.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello; Edição de Alexandre Caverni)


China vai manter certo nível de crescimento em meio a transição, diz premiê


China vai manter certo nível de crescimento em meio a transição, diz premiê

Primeiro-ministro da China, Li Qiang

 

PEQUIM (Reuters) – A economia da China manterá um certo nível de expansão econômica conforme acelera a transição para um crescimento de maior qualidade, disse o primeiro-ministro, Li Qiang, segundo a imprensa estatal chinesa nesta segunda-feira.

O desenvolvimento econômico global está em um período complexo e os países devem chegar a um consenso e fortalecer a cooperação, disse Li durante reunião com executivos empresariais globais e outros delegados estrangeiros no Fórum de Desenvolvimento da China em Pequim.

Esforços serão feitos para solidificar a confiança e estabilizar as expectativas diante dos desafios, disse Li.

“No futuro, mantendo um certo ímpeto de crescimento, a economia da China irá acelera as mudanças em qualidade, eficiência e força motriz, e se esforçará para alcançar um desenvolvimento de maior qualidade e melhorar a vida das pessoas”, disse Li.

“Tudo isso dará um novo impulso ao crescimento econômico mundial e também um amplo espaço para o desenvolvimento de empresas de vários países da China.”

A China abrirá mais sua economia para o mundo exterior, independentemente das mudanças na situação internacional, disse Li.

A China se conectará com regras financeiras internacionais de alto padrão e se esforçará para criar um ambiente de negócios de primeira classe, legalizado e internacionalizado e orientado para o mercado, acrescentou Li.

A China estabeleceu uma meta modesta de crescimento anual de cerca de 5% este ano, depois de ter ficado abaixo de seu objetivo para 2022.

(Por Redação de Pequim e Kevin Yao)

Ibovespa avança com apoio externo e expectativa de regra fiscal


Ibovespa avança com apoio externo e expectativa de regra fiscal

Bolsa de Valores B3

 

Por Paula Arend Laier

 

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa avançava nesta segunda-feira, com o viés positivo de praças acionárias no exterior apoiando a recuperação após cinco semanas seguidas de baixa no pregão paulista, enquanto agentes financeiros aguardam novidades sobre nova regra fiscal do país.

Às 11:20, o Ibovespa subia 0,91%, a 99.726,06 pontos. O volume financeiro somava 3,9 bilhões de reais.

Tal performance ocorre após o Ibovespa acumular cinco semanas de queda, período em que caiu cerca de 9,5%.

Na visão da XP Investimentos, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva -que adiou viagem à China por motivos de saúde- e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Brasil, aumentam as chances de o novo arcabouço fiscal ser anunciado nesta semana.

Sobre a pauta brasileira, a equipe da plataforma de investimentos também afirmou que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, prevista para terça-feira, é bastante aguardada.

Na semana passada, o Copom manteve a Selic em 13,75% ao ano e esfriou expectativas de um corte em breve, o que motivou uma forte correção no mercado local, contaminando o Ibovespa.

Para estrategistas do JPMorgan, há pouca possibilidade de o mercado brasileiro de ações engatar uma tendência de alta na ausência de juros mais baixos, ou sem ao menos uma expectativa de que exista caminho para isso.

No exterior, as atenções devem ficar voltadas para discursos de autoridades do Federal Reserve, com agentes financeiros buscando sinais sobre os próximos passos da política monetária, mas também a dados econômicos e a situação no setor bancário.

Em Wall Street, nesta segunda-feira, o S&P 500 subia 0,5%, após acordo de compra dos depósitos e empréstimos do falido Silicon Valley Bank.

DESTAQUES

– VIA ON mostrava alta de 3,21%, a 1,93 reais, e MAGAZINE LUIZA ON subia 1,93%, a 3,36 reais, endossadas pelo relativo alívio na curva de juros, que também ajudava outras ações de varejo. PETZ ON valorizava-se 2,89%, após desabar 11,7% na semana passada.

– RAÍZEN PN avançava 3,32%, a 2,49 reais, no segundo pregão de recuperação, após atingir mínimas históricas na última quinta-feira. O JPMorgan reiterou recomendação “overweight” para os papéis, citando valuation, mas cortou previsão para o Ebitda e citou falta de gatilhos no curto prazo.

– BRASKEM PNA subia 3,3%, a 18,45 reais, conforme persistem expectativas atreladas ao controle da petroquímica. Mais cedo, a Petrobras informou que não houve mudanças em seu plano de venda de sua participação na Braskem. Os papéis também atingiram na semana passada mínimas desde abril de 2020.

– COGNA ON caía 3,24%, a 1,79 reais, ampliando a perda da semana passada e renovando mínimas desde 2011, apesar de perspectivas positivas sinalizadas por executivos do grupo de educação. No setor, YDUQS ON perdia 3,18%, a 7 reais, após saltar mais de 10% na sexta-feira.

– BRF ON recuava 2,59%, a 6,02 reais, corrigindo parte da alta da última sexta-feira, quando disparou 11,35%. A companhia busca reabilitação de suas duas maiores fábricas pela China, afirmaram fontes à Reuters na semana passada.

– PETROBRAS PN registrava acréscimo de 1,23%, a 23,07 reais, em sessão de alta dos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent subindo 2,01%.

– VALE ON tinha alta de 0,24%, a 78,86 reais. Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura se recuperaram nesta segunda-feira, mas os ganhos foram limitados pela decepção dos traders principalmente com a fraca demanda por produtos de aço para construção na China.

– ITAÚ UNIBANCO PN avançava 1,72%, a 23,62 reais, e BRADESCO PN valorizava-se 1,89%, a 12,95 reais, endossando a recuperação na bolsa paulista.

– CEMIG PN ganhava 1,79%, a 10,82 reais, após anunciar projeção de investimentos de 42,2 bilhões de reais para o período entre 2023 e 2027, maior plano de investimentos da sua história. A elétrica mineira também encerrou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido de 1,4 bilhão de reais.

– DASA ON, que não está no Ibovespa, subia 7,5%, a 8,17 reais, após divulgar que engajou os bancos BTG Pactual, Bradesco BBI e Itaú BBA para uma potencial oferta primária de ações de 1,5 bilhão de reais a ser lançada depois da divulgação do balanço da companhia, esperada para o dia 28 deste mês.


sexta-feira, 24 de março de 2023

Coface/Krause: Economias desenvolvidas devem puxar desaceleração do PIB global

Coface/Krause: Economias desenvolvidas devem puxar desaceleração do PIB global

A economista da Coface para América Latina, Patrícia Krause, confirmou nesta quinta-feira, 23, a revisão da previsão que a empresa fez no final de 2022 de um crescimento de 3,1% da economia global em 2023 para uma atual de 1,9%. A nova projeção consta do Barômetro de Risco País e Setorial, um estudo mundial produzido pelos economistas da companhia e que o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, antecipou na terça-feira, 21.

Essa desaceleração deve ser puxada principalmente pelos países desenvolvidos”, disse a economista agora há pouco durante a ‘Conference Risk 2023’, evento anual da Coface, que depois de três anos sendo feito virtualmente por causa da pandemia voltou a ser presencial nesta edição.

Neste contexto em que os países desenvolvidos é que devem puxar a desaceleração do PIB mundial, Patrícia destaca a Europa no centro da questão energética, evitando o pior com a benesse de um inverno menos rigoroso do que se esperava inicialmente.

“Foi evitado um pior cenário de racionamento que poderia levar à recessão, mas ainda assim os custos seguiram elevados por causa da importação de gás liquefeito, que tem um preço maior que o do gás que chegava via gasodutos e segue sob atenção”, disse a economista.

Nos Estados Unidos, segundo ela, há a expectativa de forte aperto das taxas juros e desaceleração econômica. A Coface prevê alta de 0,8% do PIB americano contra uma expansão de 2,1% em 2022.

“Contrariamente, em poucos mercados, como a China, a gente espera aceleração, mas mesmo assim uma expansão fraca, saindo de 3% no ano passado para 4%. Essa alta, em decorrência da reabertura da economia chinesa deverão ajudar a partir do segundo semestre”, disse.

A economista disse ver ainda a Índia crescendo em um nível elevado este ano e contribuindo para a taxa de crescimento global.

Pensando em Brasil, a economista da Coface disse que é interessante que a China cresça mais, mas que desta vez o crescimento chinês se dará mais por meio da expansão do setor de serviços, o que não influi muito nos preço das commodities, que são as principais mercadorias brasileiras comercializadas entre os dois países. A previsão da Coface é de um crescimento de 0,7% para o País em 2023...

 

 

Nubank pode impedir que funcionário fale mal da empresa? Especialista comenta o caso


Crédito: Divulgação / Nubank

Um grupo de pessoas teria sido demitida com a promessa de um salário adicional e uma extensão de três meses do plano de saúde (Crédito: Divulgação / Nubank )

 

Edda Ribeiro

 

 Falar mal da empresa gera consequências? Para evitar qualquer relato negativo, o Nubank se adiantou e adicionou cláusula para os seus funcionários: desde a admissão, quem trabalha na empresa assina um contrato que garante “obrigações de confidencialidade e de não-difamação”.

Conforme relatos apurados pelo Valor Investe, um grupo de pessoas teria sido demitida da empresa com a promessa de um salário adicional e uma extensão de três meses do plano de saúde para aceitar o termo. 

Segundo Flávio Monteiro, professor de Direito Trabalhista do Ibmec BH, para este tipo de cláusula ser válida, não pode haver nenhum tipo de coação sobre o trabalhador. 

“Ele tem que ter liberdade para aceitar ou não esse tipo de contrato. Além disso, tem que haver transparência e boa fé entre as partes: ele tem que ter clareza sobre o que está recebendo e o compromisso que está assumindo”, explica o professor. 

Veja abaixo a nota completa do Nubank sobre as demissões: 

 “O Nubank, como todas as empresas, avalia constantemente sua estrutura e realiza contratações, desligamentos e transferências internas de acordo com as demandas do negócio, performance, necessidade de equipe, entre outros motivos. O Nubank segue contratando, no ritmo adequado para seus planos de negócios em 2023.

Em respeito ao sigilo e proteção de dados dos seus funcionários, a empresa não comenta publicamente casos específicos, mas reitera que segue à risca a legislação trabalhista. As obrigações de confidencialidade e de não-difamação são recíprocas e praticadas por diversas empresas do setor. Elas constam nos nossos contratos de trabalho desde o momento de admissão e são reiteradas nos acordos de desligamento.”

Segundo Monteiro, é necessário que haja proporcionalidade e razoabilidade no contrato.

“O banco não pode colocar uma condição dessa na rescisão de forma que o funcionário não possa nunca mais falar nada de negativo sobre a empresa; deve ter uma limitação temporal para que seja razoável”, explica, acrescentando que, em casos semelhantes, a jurisprudência tem entendido que algo como 12 meses de vigência da cláusula.

 

O professor também alerta: a cláusula não pode ser usada para impedir relatos ou denúncias a órgãos oficiais, como a Justiça do Trabalho. No entanto, uma vez assinado o contrato, é preciso ficar atento, pois até mesmo relatos verdadeiros sobre assédio ou outro tipo de denúncia devem ser evitados em redes sociais.