segunda-feira, 19 de junho de 2023

Mulheres na Suíça saem às ruas para lutar contra a desigualdade e o sexismo

 Centenas de milhares de mulheres participaram de uma greve nacional nas principais cidades da Suíça na quarta-feira, exigindo igualdade salarial.


Keystone-SDA/sb

A diferença salarial entre os sexos é uma das principais reivindicações da greve das mulheres deste ano, juntamente com um protesto contra outras formas de discriminação e assédio no local de trabalho.

A Federação Suíça de Sindicatos afirma que as mulheres levaram para casa, em média, 43% menos em rendimentos do que os homens no ano passado. Parte dessa discrepância pode ser explicada pelo fato de mais mulheres trabalharem em tempo parcial e assumirem empregos com salários mais baixos, como o de faxineira.

Mas as mulheres também ganham 18% menos do que os homens em trabalhos comparáveis, tornando a Suíça um dos piores países da Europa em termos de desigualdade salarial.

+ Por que as mulheres voltaram à greve depois de 30 anos

"Também são necessárias medidas sistemáticas em nível nacional para combater a violência de gênero, sexual e doméstica", disse a parlamentar verde Sibel Arslan, uma das principais figuras do movimento das mulheres.

A Suíça ratificou a Convenção de Istambul contra a violência contra a mulher e a violência doméstica em 2017. Já é hora de implementar seus objetivos, acrescentou.

Na quarta-feira, o ministro do Interior, Alain Berset, que ocupa a presidência rotativa da Suíça este ano, disse que lamentava a situação "infeliz" que as mulheres enfrentam no local de trabalho.

"As mulheres geralmente ganham salários mais baixos do que os homens e fazem trabalho não remunerado com mais frequência", disse Berset, dirigindo-se à Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra. "Elas também são vítimas de discriminação e assédio."

A ação de greve de hoje mostra "como a indignação pode ser transformada em ação política", acrescentou.

'Praticamente nenhum progresso'

A greve nacional anterior das mulheres na Suíça foi realizada em 2019. No início deste ano, a Federação Sindical da Suíça reclamou que "praticamente nenhum progresso" havia sido feito em relação aos direitos das mulheres desde então.

A greve das mulheres de 2019, organizada pelos sindicatos, reuniu quase 500.000 pessoas. Ela ocorreu quase três décadas depois de uma greve em 1991, quando as mulheres exigiram que um artigo constitucional sobre igualdade entre os sexos fosse traduzido em legislação concreta.

O dia 14 de junho foi escolhido como um dia especial, pois marca o aniversário da votação em 1981 que consagrou o princípio da igualdade na Constituição.

 

 https://www.swissinfo.ch/por/mulheres-na-su%C3%AD%C3%A7a-saem-%C3%A0s-ruas-para-lutar-contra-a-desigualdade-e-o-sexismo/48589424?utm_campaign=top_pt&utm_medium=email&utm_source=newsletter&utm_content=o&utm_term=automatic


MDIC define composição do conselho de política industrial, que contará com setor privado

Hub de Empreendedorismo e Inovação - InovAtiva

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 19, portaria que traz a participação do setor privado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), órgão que tem como missão desenvolver a nova política industrial no terceiro mandato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O MDIC, comandado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, quer lançar ainda neste ano um plano do que chama de neoindustrialização, marcando o retorno de iniciativas do governo para estimular a indústria.

O conselho será formado por 21 integrantes do setor privado, dos quais os presidentes de 16 entidades industriais, de três centrais sindicais (CUT, Força e UGT), além da Embraer e do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). As entidades são associações, como a de fabricantes de máquinas e equipamentos, da indústria de alimentos, de fármacos, de automóveis e de aço.

Outros 16 representantes do setor produtivo deverão integrar o conselho na categoria de convidados, ou seja, seus dirigentes máximos poderão participar de maneira facultativa. Dentre os convidados, estão os dirigentes da Fiesp, da Gerdau e da Petrobras.

É um desenho diferente do que vigorou até 2016, no governo Dilma Rousseff (2011-2016), com a escolha específica de empresários. Desta vez, o MDIC optou por selecionar setores.

O CNDI é a reedição de um comitê criado em 2004, no governo Lula 1, e que ficou inativo após o fim do governo Dilma. Ganhou o apelido de “Conselhinho” por ser mais restrito do que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o “Conselhão”, que na versão atual tem quase 250 membros da sociedade civil.

A primeira reunião do CNDI será no início do mês que vem e os encontros serão semestrais.

Além dos membros da iniciativa privada, o CNDI tem 21 representantes do governo, sendo indicados pelos ministérios, além do BNDES.

Veja a lista abaixo dos integrantes do setor privado no CNDI:

1 – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos – Abia;
2 – Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim;
3 – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea;
4 – Grupo FarmaBrasil;
5 – Associação Brasileira da Indústria do Plástico – Abiplast;
6 – Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC;
7 – Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base – Abdib;
8 – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – Abinee;
9 – Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial – IEDI;
10 – Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores – Abisemi;
11 – Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação – P&D Brasil;
12 – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – Abimaq;
13 – Embraer S.A.;
14 – Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de tecnologias Digitais – Brasscom;
15 – União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia – Unica;
16 – Central Única dos Trabalhadores – CUT;
17 – Força Sindical;
18 – União Geral dos Trabalhadores – UGT;
19 – Confederação Nacional da Indústria – CNI;
20 – Instituto Brasileiro de Mineração – Ibram; e
21 – Instituto Aço Brasil.

Convidados:

1 – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese;
2 – Gerdau S.A.;
3 – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea;
4 – Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos – Eletros;
5 – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp;
6 – Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras;
7 – Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores – Sindipeças;
8 – Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos Sindusfarma;
9 – Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa – Interfarma;
10 – Associação Brasileira de Indústria de Dispositivos Médicos – Abimo;
11 – Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços – CNS;
12 – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA;
13 – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção – Abit;
14 – Associação Brasileira das Indústrias de Calçados – Abicalçados;
15 – Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos – Abrinq; e
16 – Associação Nacional de Biotecnologia – Anbiotec.

 


BRICS - Com a sua devida atualização.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem 

 

 

Atuais membros dos BRICS e PIB
Brasil: US$ 2,08 trilhões
Rússia: US$ 2,06 trilhões
India: US$ 3,74 trilhões
China: US$ 19,37 trilhões
África do Sul: US$ 399 bilhões

Pedidos de adesão:

Argélia: US$ 206 bilhões
Argentina: US$ 641 bilhões
Bahrein: US$ 44 bilhões
Bangladesh: US$ 420 bilhões (novo)
Egito: US$ 387 bilhões
Indonésia: US$ 1,39 trilhão
Irã: US$ 367 bilhões
Arábia Saudita: US$ 1,06 trilhão
Emirados Árabes Unidos: US$ 499 bilhões

Total: US$ 32,66 trilhões

Absolar adere à iniciativa do Bird para impulsionar investimentos em hidrogênio verde

Ficheiro:Logo ABSOLAR.jpg – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) é a primeira entidade brasileira do setor privado a aderir à iniciativa internacional Hydrogen for Development Partnership (H4D), lançada na COP27 e liderada pelo Banco Mundial (Bird). O objetivo da H4D é ajudar a catalisar financiamentos significativos para investimentos em hidrogênio produzido por fontes renováveis, tanto na esfera pública quanto no setor privado.

No Brasil, participam dessa iniciativa a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).

“Ao reunir as partes interessadas no desenvolvimento desse combustível sustentável, o grupo atuará na promoção e desenvolvimento de capacidades e soluções regulatórias, modelos de negócios e tecnologias para a consolidação do hidrogênio de baixo carbono em países em desenvolvimento”, disse a Absolar em nota.

De acordo com estudo da A&M Infra, publicado com exclusividade pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), as iniciativas de produção de hidrogênio verde no País estão sendo feitas individualmente pelos estados e empresas privadas pela falta de um plano nacional.

Desta maneira, o diretor da A&M Infra, Filipe Bonaldo, avalia que o Brasil pode ficar de fora da corrida global pelo novo combustível, por falta de incentivos e planejamento.

Segundo a Absolar, o grupo H4D do Banco Mundial é uma nova iniciativa para ajudar a catalisar financiamentos significativos para investimentos em hidrogênio produzido por fontes renováveis, tanto na esfera pública, quanto no setor privado.

O grupo conta atualmente com várias instituições industriais, acadêmicas e de pesquisa, que vão se reunir semestralmente para debates, análises e proposituras junto aos setores público e privado, além de trocar informações sobre as atividades dos parceiros e estabelecer acordos organizacionais para a entrega de tarefas.

“A parceria, inédita para uma entidade de classe no Brasil, é mais uma iniciativa da Absolar para contribuir com o desenvolvimento do mercado brasileiro de hidrogênio verde (H2V), tanto para exportação de seus derivados quanto para consumo doméstico”, disse em nota Eduardo Tobias, coordenador da Força-Tarefa de Hidrogênio Verde daAbsolar.

Para Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar, o H2V tem o potencial de se tornar em pouco tempo um eixo estratégico na transição energética e descarbonização dos setores produtivos de diversos segmentos. “Além de sustentável, pode ser utilizado em diversas aplicações, reduzindo drasticamente as emissões de gases de efeito estufa de setores de difícil descarbonização, tais como: fertilizantes nitrogenados, mineração, siderurgia, produção de metanol, de aço, transporte aéreo, marítimo e terrestre de veículos pesados, entre outros”, explica Sauaia.

O hidrogênio verde vem sendo apontado como o provável substituto de parte da demanda por petróleo a partir de 2050. O combustível é obtido via eletrólise – separação do hidrogênio do oxigênio na água – a partir de energia renovável.

 

SVB Securities será adquirido em aquisição liderada por fundador Jeff Leerink

Jeffrey A. Leerink | SVB Securities

Estadão Conteúdoi



O SVB Securities, negócio de banco de investimento vinculado ao Silicon Valley Bank (SVB), será adquirido em uma aquisição liderada por Jeff Leerink, fundador e diretor executivo da unidade. O acordo é apoiado por fundos administrados pelo Baupost Group, do bilionário Seth Klarman, afirmou o ex-controlador do SVB em comunicado divulgado no domingo, 18.

O SVB Financial Group, que era dono do banco com foco em tecnologia, está em processo de recuperação judicial desde meados de março.

O grupo licitante pagará US$ 55 milhões em espécie pelo SVB Securities, reembolsará cerca de US$ 26 milhões em dívidas subordinadas e assumirá outras responsabilidades, de acordo com documento apresentado ao Tribunal de Falências dos EUA.

A transação, que poderá receber aprovação judicial até o final deste mês, fará com que o SVB Securities volte a ser chamado de Leerink Partners.

A empresa, que tem sede em Boston, foi aberta como Leerink Swann em 1995 e é conhecida por seu foco no setor de saúde. Seu fundador continuou administrando o negócio depois de ele ter sido adquirido pelo SVB Financial, em 2019.

A unidade de pesquisa de ações MoffettNathanson continuará sob controle do SVB Financial e não fará parte da aquisição. 

 

Fonte: Dow Jones Newswires.
 

Montadoras usaram 64% dos créditos voltados a carros em programa automotivo

logo mdic.jpg — Ministério do Desenvolvimento, Indústria ...

Em menos de 15 dias, montadoras de carros já solicitaram R$ 320 milhões de créditos do programa automotivo do governo, o que equivale a 64% dos recursos disponíveis para a categoria, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta segunda-feira, 19. Em menos de 15 dias, mais da metade do montante de créditos tributários reservado para automóveis, de R$ 500 milhões, já foi usada.

As montadoras que já solicitaram recursos foram a Renault, Volkswagen, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, GM, Fiat e Peugeot, que oferecem 266 versões de 32 modelos com descontos.

De acordo com a Pasta, as montadoras que mais solicitaram créditos foram a FCA Fiat Chrysler, que já usou R$ 130 milhões; a Volkswagen, com R$ 50 milhões; seguida da Peugeot Citroën, com R$ 40 milhões; e a Renault, que usou R$ 30 milhões. Na sequência, aparecem a GM e Hyundai, que pediram R$ 20 milhões cada; e, por fim, Honda, Nissan e Toyota, que solicitaram R$ 10 milhões cada.

Os descontos patrocinados pelo governo variam entre R$ 2 mil e R$ 8 mil e valem para veículos que custam até R$ 120 milhões.

“As montadoras podem aplicar descontos adicionais por conta própria, como vem ocorrendo”, observou o MDIC.

Ônibus e caminhões

No caso das montadoras de ônibus e caminhões não houve alteração em relação aos montantes já usados e divulgados no balanço da semana passada. Para esses veículos, os descontos variam entre R$ 33,6 mil e R$ 99,4 mil.

Treze montadoras aderiram ao programa na modalidade ônibus e solicitaram R$ 130 milhões, equivalente a 43% dos R$ 300 milhões disponíveis para a categoria. As montadoras são Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Ford, Volkswagen, Volvo, Mercedes-Benz Cars & Vans, Comil, Ciferal, Marcopolo, Volare, Iveco e Caio Induscar.

No caso dos caminhões, são dez montadoras que já usaram R$ 100 milhões, o que corresponde a 14% dos R$ 700 milhões disponíveis. As montadoras que aderiram ao programa automotivo são Volkswagen Truck, Mercedes-Benz, Scania, Fiat Chrysler, Peugeot Citroën, Volvo, Ford, Iveco, Mercedes-Benz Cars & Vans e Daf Caminhões.


quarta-feira, 14 de junho de 2023

“Eletrobras foi sequestrada pela 3G Radar e ninguém vai tirá-la de lá”, diz Ikaro Chaves

 

Acionistas mais influentes não possuem 1% das ações, porém somam experiência em quebrar grandes empresas, como as Americanas e a Light.

Reprodução

O TVGGN 20 Horas desta segunda-feira (12) contou com a participação de Ikaro Chaves, diretor da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras, que denunciou o sequestro da empresa pela 3G Radar, cujos sócios são os responsáveis pela quebra de outras grandes companhias, como as Americanas e a Light.

Chaves comenta que a associação já está denunciando há uito tempo a influência de Jorge Paulo Lemann, Marcelo Telles e Carlos Alberto Sicupira no processo de privatização da então estatal ainda no governo de Michel Temer (MDB). A influência, aliás, continuou ao longo do mandato de Jair Bolsonaro e culminou na venda da companhia no passado.

O convidado se indigna pelo fato de que o governo, maior acionista da Eletrobras não ter representatividade nas decisões da empresa, enquanto o grupo 3G Radar consegui indicar quatro conselheiros, mesmo detendo apenas 0,05% as ações.

“Por que o governo tem 43% das ações ordinárias da Eletrobras e não consegue votar com mais de 10%? Porque foi colocado uma limitação na Lei da Privatiação para que qualquer acionista só possa votar com 10%. Por acaso, o único acionista que continua com 10% da Eletrobras é o governo”, explica o diretor.

Ikaro Chaves reafirma que a Eletrobras foi sequestrada por Lemann e seu grupo, que mandam na empresa e “ninguém vai tirá-los de lá se as coisas permanecerem como estão”.

Privatização às avessas

Enquanto um processo normal de privatização seria feito por meio de um leilão, o que aconteceu na Eletrobras foi “uma privatização para eles mesmos”, em que os acionistas, especialmente os fundos internacionais, vão receber dividendos pelo processo de descotização.

Os acionistas também esperam lucrar com a venda de energia mais cara para o consumidor, enquanto os principais envolvidos na entrega a estatal para o mercado privado receberam altos salários.

Segundo Chaves, o presidente da Eletrobras ganhava R$ 50 mil por mês. Após a privatizaçãao, a remuneração saltou para R$ 300 mil mensais, sem contar os bônus.

Até os conselheiros, que recebiam R$ 5 mil mensais, lucraram com a privatização e chegam a faturar até R$ 200 mil, já que a ideia dos maiores interessados na privatização foi “ganhar muito dinheiro rápido”.

Confira a entrevista na íntegra:

 https://jornalggn.com.br/economia/tvggn-eletrobras-foi-sequestrada-pela-3g-radar-e-ninguem-vai-tira-la-de-la-diz-ikaro-chaves/