segunda-feira, 19 de junho de 2023

Secretário do Tesouro diz à CNN que governo deve estar pronto para emitir título público “verde” em setembro


Gestão elabora “arcabouço” para a emissão e ouvirá ministros sobre sugestões de projetos para atrelar ao mecanismo, na próxima quinta (22)

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional
Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Danilo Moliternoda CNN


O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou em entrevista à CNN que o governo federal deve estar pronto para emitir títulos públicos “verdes” já em setembro deste ano. Atualmente, a gestão elabora um “arcabouço” para o mecanismo.

“Temos a necessidade de montar um arcabouço, que é um conjunto de compromissos que são anexados aos títulos sustentáveis que serão emitidos. É um compromisso do emissor, no caso do governo federal, com uma agenda de sustentabilidade”, explica.

Segundo Ceron, o Comitê de Finanças Sustentáveis Soberanas já trabalha com uma “minuta” para o mecanismo. O documento foi compartilhado com diversos ministros, e está marcada para a próxima quinta-feira (22) uma reunião em que os titulares das pastas vão dar devolutivas sobre a proposta.

“Na reunião, vamos colher subsídios, em cima dessa minuta, com os ministérios, que vão dar sugestões de ações e programas que há em suas pastas e podem ser encaixadas nesse arcabouço”, indica.

O objetivo do comitê é encerrar entre junho e julho a elaboração deste arcabouço e então iniciar um “processo” de validação do documento com entidades técnicas, investidores e outros agentes do mercado.

“Provavelmente a partir de setembro estaremos prontos para fazer essa emissão. Aí é uma janela que — não podemos cravar uma data — vamos sentindo no mercado. O objetivo é materializar a emissão no segundo semestre e estamos caminhando bem para isso”, diz o secretário.

O que são os títulos verdes

Os títulos sustentáveis são papéis que abrangem o ESG (com pautas relacionadas ao meio ambiente, ao social e à governança). A diferença entre uma emissão comum e uma emissão “green” é o compromisso do emissor com a agenda de sustentabilidade.

“Na emissão tradicional não há qualquer compromisso para a aplicação daquele recurso. Pagamos a taxa de juros para os investidores e acabou. Na sustentável, eu vou além, eu tenho compromissos sustentáveis”, explica Ceron.

“E hoje há um grande interesse nessas pautas, o mundo todo quer o incentivo à transição ecológica. Com isso, investidores aceitam uma taxa de juros um pouco menor — caso você acolha esses compromissos”, completa.

Por essa razão, o trabalho do Comitê não se encerra com a emissão dos títulos, diz o secretário. Haverá um processo de acompanhamento e prestação de contas aos investidores sobre o avanço das pautas assumidas como compromisso.

O secretário destaca, contudo, que a diferença de taxa de juros não é o principal objetivo da medida, mas sim seu simbolismo. Segundo Ceron, a emissão “marcará a presença brasileira na agenda de transição ecológica”.

A medida puxa uma das prioridades do governo federal para a continuidade do mandato: a transição ecológica. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem apontando em entrevistas que após “arrumar a casa”, com o marco fiscal e a reforma tributária, a gestão voltará seu foco a este tópico.

 

‘Não roubem nossas vozes’, a luta de dubladores e locutores contra a inteligência artifical


A mexicana Dessiree Hernández durante um piloto de gravação em um estúdio na Cidade do México, em 26 de abril de 2023 - AFP 

 

O advento da inteligência artificial generativa, capaz de criar vozes sintéticas que se diferem muito pouco das humanas, ameaça os empregos de locutores, dubladores e narradores de audiolivros que, ironicamente, alimentam dia a dia essa tecnologia que poderia acabar com o seu sustento.

“Estamos lutando contra um monstro muito grande”, diz o ator de dublagem e locutor Mario Filio, cuja criatividade ficou imortalizada na trilha sonora do filme de animação “Madagascar”, com seu refrão pegajoso em espanhol: “¡Quiero mover el bote! ¡Quiero mover el bote!” (“Eu me remexo muito!”, na versão em português).

O verso original e título da canção era “I like to move it”, em inglês. Mas Filio, que dublou a voz do festeiro lêmure Rey Julien na versão em espanhol para a América Latina, e a responsável musical do filme idealizaram a adaptação, que se transformou em hit.

Este mexicano, que deu voz a Will Smith e a personagens como Obi-Wan Kenobi (Star Wars), Ursinho Puff e Miss Piggy (Muppets), afirma que nunca recebeu royalties por aquele sucesso. Mas isso é uma questão menor diante do desafio que representa a IA generativa, que cria textos, imagens, vídeos e vozes utilizando conteúdo existente, sem intervenção humana.

Para enfrentar essa batalha, sob o lema “Não roubem nossas vozes”, cerca de 20 associações e sindicatos de Europa, Estados Unidos e América Latina criaram a Organização das Vozes Unidas (OVU), que incentiva projetos de lei para harmonizar a inteligência artificial (IA) e a criação humana.

O uso “indiscriminado e não regulamentado” de IA pode extinguir um “patrimônio artístico de criatividade […] que as máquinas não podem criar”, adverte a OVU.

– Direito humano –

Os artistas da voz já competiam com a ferramenta Text To Speech (TTS), que faz a locução de textos, mas com uma dicção robotizada, utilizada em assistentes como Alexa e Siri.

Mas a IA adicionou o ‘machine learning’ (aprendizagem de máquina), com o qual um software pode comparar uma amostra de voz com milhões existentes, identificando padrões que geram um clone.

“Ela se alimenta com vozes que estivemos gravando por anos”, explica Dessiree Hernández, presidente da Associação Mexicana de Locutores Comerciais.

“Falamos do direito humano de usar a voz e a interpretação sem o seu consentimento”, acrescenta.

Plataformas como o revoicer.com oferecem uma ampla gama por mensalidades de 27 dólares (cerca de R$ 129), uma fração do que cobrariam os profissionais. Em seu site, esclarece que “não pretende substituir as vozes humanas”, mas oferecer uma alternativa vantajosa.

Embora as empresas tecnológicas continuem contratando intérpretes, estes suspeitam que isso seja apenas para alimentar seus arquivos, e buscam ferramentas para rastrear suas vozes diante de uma pirataria cada vez mais sofisticada.

Eles defendem a criação de leis que impeçam que seus registros de voz sejam usados para treinar a IA sem o seu aval e imponham “cotas de trabalho humano”, detalha o locutor colombiano Daniel Söler de la Prada, que liderou o lobby da OVU nas Nações Unidas e na Organização Mundial de Propriedade Intelectual.

No México, meca da dublagem na América Latina, também foi apresentado um projeto de lei para regulamentar essa tecnologia.

Além disso, na Argentina já existe uma lei que limita a locução a pessoas com diploma. E uma máquina não tem, observa Fernando Costa, que luta contra o slogan “Não utilize mais locutores, não gaste”, junto ao Sindicato Argentino de Locutores e Comunicadores.

– Sem limites –

Mas a IA abre infinitas possibilidades. No futuro, por exemplo, a voz real de Will Smith poderia ser ouvida em diversos idiomas, mas com a entonação de um dublador, aponta Filio, após conversas com executivos do setor.

Não seria ruim se gerasse emprego e o público ganhasse com isso, “mas precisamos receber de forma justa”, assinala Filio, denunciando a “falta de proteção” de uma associação que trabalha de forma independente.

A AFP fez contato com seis empresas de serviços de voz sintética, mas elas não responderam aos pedidos de comentário.

No entanto, observou uma cláusula contratual que indicava que a cessão de direitos inclui “meios e métodos que não existam ou não sejam conhecidos […] e possam surgir no futuro”, o que os intérpretes consideram “abusivo”.

Maclovia González, locutora mexicana para marcas renomadas, negocia com uma companhia de IA cujo nome foi preservado. Ela tem feito muitos questionamentos para não colocar em risco, caso assine o contrato, o seu ganha-pão, mas não obteve informações completas, a não ser uma promessa de royalties.

Desde que a contataram há cinco meses, outros locutores foram contratados. “Quero ser parte desta revolução, mas não a qualquer preço”.

– ‘Não tem alma’ –

O alarme também soou em Art Dubbing, onde são feitas dublagens de conteúdos cristãos, depois que quatro clientes solicitaram orçamentos para utilizar vozes sintéticas.

Seu fundador, o mexicano Anuar López de la Peña, agora está diante de um dilema: “Ou me adapto ou vou desaparecer”, embora não esteja disposto a sacrificar o talento humano.

Filio deixou de gravar para muitos clientes por se negar a ceder “tudo”. “É hora de apoiar meus colegas”, afirma, com a certeza de que a IA “não poderá” substituir as pessoas porque simplesmente “não tem alma”.

 

Mulheres na Suíça saem às ruas para lutar contra a desigualdade e o sexismo

 Centenas de milhares de mulheres participaram de uma greve nacional nas principais cidades da Suíça na quarta-feira, exigindo igualdade salarial.


Keystone-SDA/sb

A diferença salarial entre os sexos é uma das principais reivindicações da greve das mulheres deste ano, juntamente com um protesto contra outras formas de discriminação e assédio no local de trabalho.

A Federação Suíça de Sindicatos afirma que as mulheres levaram para casa, em média, 43% menos em rendimentos do que os homens no ano passado. Parte dessa discrepância pode ser explicada pelo fato de mais mulheres trabalharem em tempo parcial e assumirem empregos com salários mais baixos, como o de faxineira.

Mas as mulheres também ganham 18% menos do que os homens em trabalhos comparáveis, tornando a Suíça um dos piores países da Europa em termos de desigualdade salarial.

+ Por que as mulheres voltaram à greve depois de 30 anos

"Também são necessárias medidas sistemáticas em nível nacional para combater a violência de gênero, sexual e doméstica", disse a parlamentar verde Sibel Arslan, uma das principais figuras do movimento das mulheres.

A Suíça ratificou a Convenção de Istambul contra a violência contra a mulher e a violência doméstica em 2017. Já é hora de implementar seus objetivos, acrescentou.

Na quarta-feira, o ministro do Interior, Alain Berset, que ocupa a presidência rotativa da Suíça este ano, disse que lamentava a situação "infeliz" que as mulheres enfrentam no local de trabalho.

"As mulheres geralmente ganham salários mais baixos do que os homens e fazem trabalho não remunerado com mais frequência", disse Berset, dirigindo-se à Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra. "Elas também são vítimas de discriminação e assédio."

A ação de greve de hoje mostra "como a indignação pode ser transformada em ação política", acrescentou.

'Praticamente nenhum progresso'

A greve nacional anterior das mulheres na Suíça foi realizada em 2019. No início deste ano, a Federação Sindical da Suíça reclamou que "praticamente nenhum progresso" havia sido feito em relação aos direitos das mulheres desde então.

A greve das mulheres de 2019, organizada pelos sindicatos, reuniu quase 500.000 pessoas. Ela ocorreu quase três décadas depois de uma greve em 1991, quando as mulheres exigiram que um artigo constitucional sobre igualdade entre os sexos fosse traduzido em legislação concreta.

O dia 14 de junho foi escolhido como um dia especial, pois marca o aniversário da votação em 1981 que consagrou o princípio da igualdade na Constituição.

 

 https://www.swissinfo.ch/por/mulheres-na-su%C3%AD%C3%A7a-saem-%C3%A0s-ruas-para-lutar-contra-a-desigualdade-e-o-sexismo/48589424?utm_campaign=top_pt&utm_medium=email&utm_source=newsletter&utm_content=o&utm_term=automatic


MDIC define composição do conselho de política industrial, que contará com setor privado

Hub de Empreendedorismo e Inovação - InovAtiva

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 19, portaria que traz a participação do setor privado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), órgão que tem como missão desenvolver a nova política industrial no terceiro mandato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O MDIC, comandado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, quer lançar ainda neste ano um plano do que chama de neoindustrialização, marcando o retorno de iniciativas do governo para estimular a indústria.

O conselho será formado por 21 integrantes do setor privado, dos quais os presidentes de 16 entidades industriais, de três centrais sindicais (CUT, Força e UGT), além da Embraer e do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). As entidades são associações, como a de fabricantes de máquinas e equipamentos, da indústria de alimentos, de fármacos, de automóveis e de aço.

Outros 16 representantes do setor produtivo deverão integrar o conselho na categoria de convidados, ou seja, seus dirigentes máximos poderão participar de maneira facultativa. Dentre os convidados, estão os dirigentes da Fiesp, da Gerdau e da Petrobras.

É um desenho diferente do que vigorou até 2016, no governo Dilma Rousseff (2011-2016), com a escolha específica de empresários. Desta vez, o MDIC optou por selecionar setores.

O CNDI é a reedição de um comitê criado em 2004, no governo Lula 1, e que ficou inativo após o fim do governo Dilma. Ganhou o apelido de “Conselhinho” por ser mais restrito do que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o “Conselhão”, que na versão atual tem quase 250 membros da sociedade civil.

A primeira reunião do CNDI será no início do mês que vem e os encontros serão semestrais.

Além dos membros da iniciativa privada, o CNDI tem 21 representantes do governo, sendo indicados pelos ministérios, além do BNDES.

Veja a lista abaixo dos integrantes do setor privado no CNDI:

1 – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos – Abia;
2 – Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim;
3 – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea;
4 – Grupo FarmaBrasil;
5 – Associação Brasileira da Indústria do Plástico – Abiplast;
6 – Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC;
7 – Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base – Abdib;
8 – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – Abinee;
9 – Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial – IEDI;
10 – Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores – Abisemi;
11 – Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação – P&D Brasil;
12 – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – Abimaq;
13 – Embraer S.A.;
14 – Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de tecnologias Digitais – Brasscom;
15 – União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia – Unica;
16 – Central Única dos Trabalhadores – CUT;
17 – Força Sindical;
18 – União Geral dos Trabalhadores – UGT;
19 – Confederação Nacional da Indústria – CNI;
20 – Instituto Brasileiro de Mineração – Ibram; e
21 – Instituto Aço Brasil.

Convidados:

1 – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese;
2 – Gerdau S.A.;
3 – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea;
4 – Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos – Eletros;
5 – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp;
6 – Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras;
7 – Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores – Sindipeças;
8 – Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos Sindusfarma;
9 – Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa – Interfarma;
10 – Associação Brasileira de Indústria de Dispositivos Médicos – Abimo;
11 – Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços – CNS;
12 – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA;
13 – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção – Abit;
14 – Associação Brasileira das Indústrias de Calçados – Abicalçados;
15 – Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos – Abrinq; e
16 – Associação Nacional de Biotecnologia – Anbiotec.

 


BRICS - Com a sua devida atualização.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem 

 

 

Atuais membros dos BRICS e PIB
Brasil: US$ 2,08 trilhões
Rússia: US$ 2,06 trilhões
India: US$ 3,74 trilhões
China: US$ 19,37 trilhões
África do Sul: US$ 399 bilhões

Pedidos de adesão:

Argélia: US$ 206 bilhões
Argentina: US$ 641 bilhões
Bahrein: US$ 44 bilhões
Bangladesh: US$ 420 bilhões (novo)
Egito: US$ 387 bilhões
Indonésia: US$ 1,39 trilhão
Irã: US$ 367 bilhões
Arábia Saudita: US$ 1,06 trilhão
Emirados Árabes Unidos: US$ 499 bilhões

Total: US$ 32,66 trilhões

Absolar adere à iniciativa do Bird para impulsionar investimentos em hidrogênio verde

Ficheiro:Logo ABSOLAR.jpg – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) é a primeira entidade brasileira do setor privado a aderir à iniciativa internacional Hydrogen for Development Partnership (H4D), lançada na COP27 e liderada pelo Banco Mundial (Bird). O objetivo da H4D é ajudar a catalisar financiamentos significativos para investimentos em hidrogênio produzido por fontes renováveis, tanto na esfera pública quanto no setor privado.

No Brasil, participam dessa iniciativa a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).

“Ao reunir as partes interessadas no desenvolvimento desse combustível sustentável, o grupo atuará na promoção e desenvolvimento de capacidades e soluções regulatórias, modelos de negócios e tecnologias para a consolidação do hidrogênio de baixo carbono em países em desenvolvimento”, disse a Absolar em nota.

De acordo com estudo da A&M Infra, publicado com exclusividade pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), as iniciativas de produção de hidrogênio verde no País estão sendo feitas individualmente pelos estados e empresas privadas pela falta de um plano nacional.

Desta maneira, o diretor da A&M Infra, Filipe Bonaldo, avalia que o Brasil pode ficar de fora da corrida global pelo novo combustível, por falta de incentivos e planejamento.

Segundo a Absolar, o grupo H4D do Banco Mundial é uma nova iniciativa para ajudar a catalisar financiamentos significativos para investimentos em hidrogênio produzido por fontes renováveis, tanto na esfera pública, quanto no setor privado.

O grupo conta atualmente com várias instituições industriais, acadêmicas e de pesquisa, que vão se reunir semestralmente para debates, análises e proposituras junto aos setores público e privado, além de trocar informações sobre as atividades dos parceiros e estabelecer acordos organizacionais para a entrega de tarefas.

“A parceria, inédita para uma entidade de classe no Brasil, é mais uma iniciativa da Absolar para contribuir com o desenvolvimento do mercado brasileiro de hidrogênio verde (H2V), tanto para exportação de seus derivados quanto para consumo doméstico”, disse em nota Eduardo Tobias, coordenador da Força-Tarefa de Hidrogênio Verde daAbsolar.

Para Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar, o H2V tem o potencial de se tornar em pouco tempo um eixo estratégico na transição energética e descarbonização dos setores produtivos de diversos segmentos. “Além de sustentável, pode ser utilizado em diversas aplicações, reduzindo drasticamente as emissões de gases de efeito estufa de setores de difícil descarbonização, tais como: fertilizantes nitrogenados, mineração, siderurgia, produção de metanol, de aço, transporte aéreo, marítimo e terrestre de veículos pesados, entre outros”, explica Sauaia.

O hidrogênio verde vem sendo apontado como o provável substituto de parte da demanda por petróleo a partir de 2050. O combustível é obtido via eletrólise – separação do hidrogênio do oxigênio na água – a partir de energia renovável.

 

SVB Securities será adquirido em aquisição liderada por fundador Jeff Leerink

Jeffrey A. Leerink | SVB Securities

Estadão Conteúdoi



O SVB Securities, negócio de banco de investimento vinculado ao Silicon Valley Bank (SVB), será adquirido em uma aquisição liderada por Jeff Leerink, fundador e diretor executivo da unidade. O acordo é apoiado por fundos administrados pelo Baupost Group, do bilionário Seth Klarman, afirmou o ex-controlador do SVB em comunicado divulgado no domingo, 18.

O SVB Financial Group, que era dono do banco com foco em tecnologia, está em processo de recuperação judicial desde meados de março.

O grupo licitante pagará US$ 55 milhões em espécie pelo SVB Securities, reembolsará cerca de US$ 26 milhões em dívidas subordinadas e assumirá outras responsabilidades, de acordo com documento apresentado ao Tribunal de Falências dos EUA.

A transação, que poderá receber aprovação judicial até o final deste mês, fará com que o SVB Securities volte a ser chamado de Leerink Partners.

A empresa, que tem sede em Boston, foi aberta como Leerink Swann em 1995 e é conhecida por seu foco no setor de saúde. Seu fundador continuou administrando o negócio depois de ele ter sido adquirido pelo SVB Financial, em 2019.

A unidade de pesquisa de ações MoffettNathanson continuará sob controle do SVB Financial e não fará parte da aquisição. 

 

Fonte: Dow Jones Newswires.