A
evolução do conceito de ecossistema de negócios liderados por mulheres é
um reflexo da crescente conscientização sobre a importância da
diversidade e da inclusão feminina no mundo empresarial.
Mulheres
trazem uma perspectiva única e valiosa para o mercado e podem ser muito
bem-sucedidas em seus negócios. A maioria de empreendimentos criados e
comandados por mulheres já nascem com algumas características distintas –
afinal elas têm perspectivas diferentes sobre os problemas de mercado,
são criativas o bastante para pensar em soluções inovadoras e muito boas
em conciliar a vida pessoal com a profissional, gerenciando várias
tarefas ao mesmo tempo.
Cada vez mais os empreendimentos
liderados por mulheres estão sendo reconhecidos como uma força
importante no mercado. Com isso, surgiu a necessidade de criar um
ecossistema de negócios que apoie e promova tais empreendimentos.
E assim as mulheres têm se unido em
parcerias e colaborações para compartilhar recursos, conhecimento e
experiência. Isso tem ajudado a impulsionar a inovação e a criar novas
oportunidades, formando ecossistemas poderosos.
A evolução do conceito de ecossistema
de negócios femininos é um reflexo da crescente conscientização sobre a
importância da diversidade e da inclusão no mundo empresarial. No
passado, as mulheres enfrentavam barreiras significativas para entrar
neste universo e, quando o faziam, muitas vezes enfrentavam
discriminação e falta de apoio.
Esse ecossistema tem como objetivo
fornecer as empreendedoras uma rede de suporte que inclui mentoria,
acesso a recursos financeiros, bancos de dados e informações sobre
oportunidades do mercado. Além disso, esse ecossistema também ajuda a
criar conexões entre mulheres empresárias, permitindo que elas
compartilhem conhecimentos e experiências. É uma forma de remediar essa
desigualdade e garantir que mais mulheres tenham acesso aos recursos e
ao apoio necessários para iniciar e expandir suas atividades.
Mas, e o que é um ecossistema de negócios?
Ecossistema de negócios é um conjunto
de empresas, organizações e indivíduos interdependentes que compartilham
recursos, conhecimentos, informações e estratégias com a finalidade de
gerar valor em um determinado mercado. Essas empresas podem operar em
diferentes áreas, mas estão conectadas em função de seus objetivos
comuns.
Atualmente o conceito é muito
utilizado em inovação, empreendedorismo e gestão estratégica. O objetivo
é criar um ambiente colaborativo, onde as empresas possam trabalhar
juntas e se beneficiar da sinergia gerada da cooperação entre elas. É
uma forma de aumentar a competitividade de um mercado e,
consequentemente, gerar benefícios para todas as partes envolvidas.
Um ecossistema de negócios é composto por uma variedade de organizações, recursos e redes, tais como:
- Organizações
de apoio às mulheres empreendedoras: suporte específico incluindo
acesso a capital, mentoria, treinamento e networking.
- Aceleradoras
e incubadoras de negócios: recursos e suporte para empresas em estágio
inicial, incluindo treinamento, orientação, networking e acesso a
capital.
- Grupos de networking e comunidades de mulheres empreendedoras: conexão, compartilhamento de experiências, recursos e parcerias.
- Eventos e
conferências voltados para mulheres empreendedoras: oportunidade para se
conectarem, aprenderem com especialistas e líderes de negócios.
- Recursos de
financiamento específicos para mulheres empreendedoras: acesso a
capital, incluindo fundos de capital de risco, empréstimos e outros
tipos de financiamento.
- Programas de
mentoria para mulheres empreendedoras: fornecem orientação e suporte de
líderes experientes e bem-sucedidos em seus setores.
- Recursos de
treinamento e capacitação: cursos on-line, workshops e programas de
treinamento em tópicos como finanças, marketing, liderança e
desenvolvimento de negócios.
Conheça alguns dos ecossistemas que ajudam mulheres a desenvolver negócios
O primeiro clube de mulheres
empresárias do World Trade Center (WTC), player de negócios conhecido
internacionalmente, foi lançado no Brasil no início deste ano, em
Florianópolis (SC). À frente dessa iniciativa estão as empresárias Daniella Abreu, presidente do WTC em unidades do Sul, Brasília e Sinop, Virgínia Peluffo, presidente do WTC Woman, e Marina Ramos,
vice-presidente do novo clube de mulheres. Para participar do WTC Woman
é preciso ser empresária ou CEO de uma empresa internacional ou que
tenha interesse em se globalizar. O grupo promove encontros presencias
com palestrantes relevantes do mundo empresarial e de desenvolvimento
pessoal, pelo menos uma vez ao mês.
O Movimento Mulher 360
é uma associação independente sem fins lucrativos que foi criada em
2011 a partir de uma iniciativa do Walmart. Em 2015, ele se tornou uma
associação independente, formada por meio da união entre organizações
protagonistas do cenário empresarial brasileiro, comprometidas em
promover a equidade de gênero e o aumento da participação das mulheres
no ambiente corporativo, nas comunidades e nas cadeias de valor. De
acordo com Margareth Goldenberg,
gestora executiva, o MM360 atua para engajar e mobilizar empresas,
organizações, governos e sociedade civil em torno da promoção da
equidade de gênero e da igualdade de oportunidades entre homens e
mulheres. Para isso, o Movimento desenvolve programas, projetos e
iniciativas que visam a conscientização, a capacitação e a promoção de
boas práticas relacionadas à equidade de gênero, além de realizar
pesquisas e estudos sobre o tema.
Women Leaders in Fintech, criado por Kaliane Abreu, Adriana Camargo, Dayana Uhdre e Mareska Tiveron,
em 2022, com o objetivo de aumentar a representatividade feminina nas
startups financeiras do país. Para isso o WLF vai realizar encontros de
networking, debates técnicos e mentorias, visando criar um ecossistema
inclusivo e diversificado, onde as mulheres possam desenvolver
habilidades e construir redes de contatos para que possam avançar em
suas carreiras e ocupar cargos de liderança nas fintechs.
Erica Fridman, Flavia Mello, Jaana Goeggel e Mariana Figueira criaram uma plataforma de investidoras que só seleciona startups do universo feminino. A Sororitê
é uma comunidade de investidoras-anjo, que conta com mais de 70
investidoras com experiências em diferentes áreas, avaliando as startups
em estágio inicial (pre-seed) de maneira abrangente.
Camila Farani criou o ElaVence, que nasceu para ajudar empreendedoras, intraempreendedoras ou mulheres interessadas em ter o seu próprio negócio.
Jéssica Silva Rios e Luana Ozemela fundaram a BlackWin,
primeira plataforma no Brasil que apoia mulheres negras a se tornarem
investidoras-anjo, conectando-as ao ecossistema de inovação e à
oportunidades de investimento em negócios liderados por pessoas negras.
O MIA – Mulheres Investidoras Anjo, fundado por Maria Rita Spina Bueno,
apoia startups que criam soluções inovadoras para problemas reais. Ela
criou um movimento de fomento ao investimento anjo feminino para
estimular a entrada de mais mulheres como investidoras e empreendedoras
de startups.
A união faz a força e contribui para a inovação e o sucesso nos negócios
Compartilho da visão de que fazer
parte de ecossistemas pode trazer benefícios significativos para todos
os envolvidos. Enquanto negócios geralmente são vistos como
competidores, trabalhar em conjunto para identificar e desenvolver
soluções inovadoras pode criar um ambiente mais saudável, justo e
eficiente para todos, incluindo comunidades, consumidores e, claro, as
próprias empresas.
Malala Yousafzai, ativista pelos
direitos das mulheres e da educação, disse: “Acredito no poder das
mulheres. Acredito que todas nós podemos criar o futuro que queremos se
tivermos coragem e visão”. Eu também acredito!
https://istoe.com.br/mulher/noticia/um-novo-ecossistema-de-negocios-porque-juntas-podemos-nos-ajudar-mais/