Etarismo é o nome que se dá ao preconceito contra pessoas com base na sua idade. Os idosos constituem o grupo que mais sofre com o Etarismo no Brasil e no mundo. O 'Etarismo” (ageismo) como uma das formas menos visíveis de intolerância, pelo comportamento discriminatório que impõe exclusões etárias nos relacionamentos, tem sido presente dentro dos atuais confinamentos familiares; afetando, sensivelmente, as pessoas idosas.
O Etarismo, ou ageismo , é comum acontecer tanto com os mais jovens, quanto com os mais velhos. O Etarismo pode acontecer de diversas formas, seja na negação de empregos ou promoções, na negação de serviços, na exclusão social, na falta de representatividade na mídia e até mesmo na violência física ou verbal.
"O Etarismo é um problema no Brasil, mas não somente aqui. A Organização Mundial da Saúde apontou, por meio de uma pesquisa, que um em cada seis idosos no planeta já sofreram algum tipo de violência em algum momento de sua vida. Uma das formas de violência consideradas nessa pesquisa é o Etarismo."
Com a radical transformação no padrão demográfico brasileiro com a redução das taxas de crescimento populacional em paralelo com aumento da população em idade ativa e da população idosa é uma preocupante realidade, conforme dados recentes divulgados pelo IBGE (2022). Sendo assim, é possível inferir a necessidade da população em permanecer por mais tempo no mercado de trabalho para a sustentação da economia do país.
"A pesquisa da OMS também revelou que até 2050, a população de idosos será de cerca de 2 bilhões de pessoas, sendo necessário agir para impedir que o Etarismo siga tão difundido assim. No caso do Brasil, estima-se que o país terá uma das populações mais idosas do mundo nas próximas décadas. Lembrando que o etarismo pode se manifestar por meio de violência psicológica, verbal e até mesmo física."
O Brasil precisará urgentemente se preparar para combater o Etarismo, sendo fundamental e importante que sejam criadas políticas públicas que incentivem a inclusão e a valorização das pessoas de todas as idades. É preciso combater os estereótipos e preconceitos que limitam a capacidade das pessoas de se desenvolverem plenamente em todas as fases da vida. A inclusão de pessoas de diferentes idades em espaços de convivência e aprendizado também pode ser uma forma eficaz de combater o Etarismo, permitindo que as pessoas se conheçam e aprendam umas com as outras.
Outro dado agravante da Organização Mundial da Saúde (OMS), o está associaEtarismodo à várias doenças e a morte precoce . Esta constatação foi uniforme nos 10 estudos que examinaram este desfecho na Austrália, China, Alemanha e Estados Unidos.
Segundo pesquisas as pessoas idosas propensas ao Etarismo contra si próprias apresentaram uma probabilidade quase 20% maior de morrer durante o período de seis anos do estudo do que as pessoas com percepções mais positivas sobre si mesmas.
O Etarismo está associado com a piora da saúde física, e isso impede que a pessoa se recupere de um evento incapacitante. Dos 52 estudos que investigaram o impacto do Etarismo sobre as doenças físicas realizados pela OMS, 50 encontraram vínculos.
O Etarismo contribui para a piora da
saúde sexual e reprodutiva e está associado a um aumento nas taxas de infecções
sexualmente transmissíveis (IST).
Em todo o mundo, as pesquisas epidemiológicas indicam que as taxas das IST têm
aumentado em pessoas idosas, e que o Etarismo
tem algo a ver com isso. As pessoas idosas correm maior risco de contraírem IST
devido à falta de informações e de campanhas voltadas para esse público. Além
disso, é menos provável que as pessoas idosas busquem diagnóstico e tratamento
por haver poucas informações sobre as IST, falta de serviços de saúde sexual
para pessoas idosas e temor de se deparar com atitudes estaristas em relação à
sua sexualidade.
A exclusão de pessoas idosas dos dados de vigilância e das pesquisas sobre as IST também pode ter contribuído para o aumento dessas doenças nessa população ao reduzir a conscientização sobre o risco das doenças entre essa parcela da população.
SAÚDE PUBLICA E DADOS DO IBGE – 2022
A população total do país foi estimada em 212,7 milhões em 2021, o que representa um aumento de 7,6% ante 2012. Nesse período, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais saltou de 11,3% para 14,7% da população. Em números absolutos, esse grupo etário passou de 22,3 milhões para 31,2 milhões, crescendo 39,8% no período.22 de jul. de 2022.
"A pesquisa da OMS também revelou que até 2050, a população de idosos será de cerca de 2 bilhões de pessoas, sendo necessário agir para impedir que o Etarismo siga tão difundido assim. No caso do Brasil, estima-se que o país terá uma das populações mais idosas do mundo nas próximas décadas. Lembrando que o Etarismo pode se manifestar por meio de violência psicológica, verbal e até mesmo física."
Para concluir, o Brasil precisará urgentemente lançar Campanhas Preventivas e Políticas Públicas para atender essa demanda cada vez maior maior dentro da nossa população tão vulnerável e carente.
Esilda Alciprete