segunda-feira, 10 de julho de 2023

Threads, aplicativo da Meta e rival do Twitter, ultrapassa 100 milhões de usuários

What Is the Threads Logo Supposed to Look Like? - The New York Times

O aplicativo Threads, produzido pela Meta para rivalizar com o Twitter, já ultrapassou 100 milhões de usuários cadastrados, segundo Search Engine Journal. O levantamento utilizou como base uma contagem dos símbolos que aparecem nos perfis do Instagram, quando pessoas associam as contas em ambas as redes sociais.

A marca foi atingida em cerca de cinco dias após o lançamento do aplicativo. A título de comparação, o ChatGPT levou pelo menos dois meses para alcançar 100 milhões de seguidores e o TikTok levou nove meses.

Os papéis da Meta tinham alta de 0,62% em Nova York, às 15h38 (de Brasília). O movimento ocorre na contramão de pares do setor de tecnologia, que operam sob forte pressão de baixa.

*Com informações da Dow Jones Newswires

 

Febraban: pesquisa mostra que é unânime visão de que BC vai começar a cortar juros em agosto


Febraban: pesquisa mostra que é unânime visão de que BC vai começar a cortar juros em agosto

A previsão é que o primeiro corte seja de 0,25 ponto porcentual e as próximos de 0,50 ponto. Nesse ritmo, a taxa básica de juros, a Selic, fecharia 2023 em 12%. (Crédito: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

Pesquisa da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) com economistas mostra que é unânime entre os participantes – 100% dos entrevistados – a expectativa de que o Banco Central vai começar a reduzir os juros em agosto, com reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para os dias 1º e 2. A previsão é que o primeiro corte seja de 0,25 ponto porcentual e as próximos de 0,50 ponto. Nesse ritmo, a taxa básica de juros, a Selic, fecharia 2023 em 12%.

+ Selic no fim de 2023 permanece em 12,00% ao ano, projeta Focus

A pesquisa também questionou os economistas sobre os impactos do ambiente externo na condução da política monetária do BC. A maioria (73,7%) entende que os riscos estão bem equilibrados, e que não devem prejudicar o plano de voo do Copom.

Em relação à taxa de juros neutra da economia, tema mencionado recentemente na comunicação oficial do Banco Central, 52,6% dos analistas consultados pela Febraban estimam que o juro real neutro é de 4,5% ao ano (ou menos), patamar em linha com a recente revisão do BC, que foi de 4% para 4,5%. Já para os demais (47,4%), a taxa neutra é superior a esse nível, ficando em 5% ao ano (ou mais). No geral, a pesquisa mostra que os analistas concordam com a sinalização do BC, de uma taxa neutra mais elevada.

No câmbio, a previsão é de dólar a R$ 5,00 ao final do ano, nível menor que em levantamentos anteriores, onde os analistas previam a moeda americana acima de R$ 5,20.

EUA

Já para os Estados Unidos, não há consenso quanto ao grau restante de aperto monetário que ainda ocorrerá na maior economia do mundo, mas a maior parte (52,6%) dos analistas consultados espera que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) eleve os juros em 0,25 ponto porcentual apenas mais uma vez, encerrando o ciclo no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano.

O levantamento da Febraban é realizado a cada 45 dias, logo após a divulgação da Ata da reunião do Copom, e esta edição foi feita com entrevistas com 19 bancos entre 28 de junho a 4 de julho.

 

Abraciclo: produção de motos cresce 13,9% no 1º semestre e chega ao melhor resultado em 8 anos


Fábrica da Honda em Manaus

A projeção da Abraciclo é que, até o final do ano, sejam produzidas 1,56 milhão de novas unidades (Crédito: Divulgação/ Honda) 

 

A produção de motos cresceu 13,9% no primeiro semestre de 2023, na comparação com os primeiros seis meses de 2022, atingindo um total de 764.271 novas unidades, de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira, 10, pela Abraciclo, a associação que representa as montadoras de veículos de duas rodas instaladas no polo industrial de Manaus (AM). É o melhor primeiro semestre em oito anos, de acordo com a associação.

Em junho, foram produzidas 95.274 unidades, recuo de 6,3% em relação ao mesmo mês de 2022. A projeção da Abraciclo é que, até o final do ano, sejam produzidas 1,56 milhão de novas unidades, o que representaria alta de 10,4% em relação a 2022.

“O cenário é positivo e, se as projeções forem confirmadas, devemos retomar o nível de produção observado em 2014”, destacou nesta segunda-feira, 10, o presidente da Abraciclo, Marcos Antonio Bento, durante apresentação dos números do semestre. Ele destacou o crescimento dos serviços de entrega (delivery) e a continuidade do custo-benefício por quilômetro rodado como vetores de impulsionamento para o setor de motos no País.

Durante a apresentação do balanço, Bento ainda elogiou a aprovação da Reforma Tributária pela Câmara dos Deputados na última quinta-feira, 6, destacando a importância da garantia constitucional de manutenção da Zona Franca de Manaus até 2073. “Isso garante a competitividade da indústria, colabora muito com o desenvolvimento socioeconômico regional e, principalmente, com a preservação ambiental da região da Amazônia”, afirmou o presidente da entidade. “A segurança jurídica é importante também para a atração de novos investimentos”, emendou.

De acordo com a Abraciclo, desde o início do ano, já foram emplacadas 780.070 motocicletas no País, um aumento de 22,6% em relação ao mesmo período de 2022.

Só em junho, foram 140.387 emplacamentos, aumento de 16,2% na comparação com junho de 2022. A média diária de vendas em junho, que teve 21 dias úteis, foi de 6.685 motocicletas, segundo a associação.

A projeção da Abraciclo é que, até o final do ano, o número de licenciamentos atinja 1,511 milhão de unidades, um crescimento de 10,9% em relação ao ano passado. Já para as exportações, a estimativa é de recuo de 11,5% na comparação com 2022, com embarque previsto de 49 mil unidades.

 

Flávio Dino manda PF analisar discursos de Eduardo Bolsonaro contra professores


Dino PF discurso Bolsonaro

Dino afirmou nas redes sociais que o objetivo da investigação é identificar indícios de eventuais crimes, especialmente incitações ou apologias a atos criminosos. (Crédito: REUTERS/Amanda Perobelli/File Photo)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), anunciou hoje que ordenou à Polícia Federal (PF) que investigue os discursos proferidos durante um evento armamentista em Brasília, no qual o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) esteve presente. Dino afirmou nas redes sociais que o objetivo da investigação é identificar indícios de eventuais crimes, especialmente incitações ou apologias a atos criminosos.

A declaração de Eduardo Bolsonaro, na qual ele comparou “professores doutrinadores” a traficantes de drogas, causou polêmica. “Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nosso filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior”, disse ele. O discurso ocorreu durante um ato do grupo “Pró Armas”, que defende a flexibilização do porte e posse de armas para cidadãos comuns, próximo à sede do Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios.

A declaração de Eduardo Bolsonaro, na qual ele comparou “professores doutrinadores” a traficantes de drogas, causou polêmica. “Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nosso filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior”, disse ele. O discurso ocorreu durante um ato do grupo “Pró Armas”, que defende a flexibilização do porte e posse de armas para cidadãos comuns, próximo à sede do Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios.

 

 https://istoe.com.br/flavio-dino-manda-pf-analisar-discursos-de-eduardo-bolsonaro-contra-professores/

Os limites do respeito, ou da falta dele, na chamada demissão “humanizada”


Oferecer chocolates no momento da demissão não é humanizá-la: como empresas devem agir para equilibrar a necessidade de realizar cortes com a consideração pelos sentimentos e bem-estar dos funcionários.

 

Os limites do respeito, ou da falta dele, na chamada demissão "humanizada"

Os limites do respeito, ou da falta dele, na chamada demissão "humanizada" (Crédito: Pexels)

Presentear o colaborador com uma cesta de chocolates no dia da demissão é considerado “demissão humanizada”? Há alguns dias viralizou uma postagem no LinkedIn de uma profissional de RH, mencionando que estava feliz por poder realizar uma “demissão humanizada” ao dar chocolates para uma funcionária quando a demitiu. 

Ela recebeu uma chuva de críticas e o post foi deletado.

Em minha experiência profissional já presenciei muitas situações de demissão desrespeitosa. Lembro de que uma chefe minha foi desligada e, ao voltar para sala para me passar algumas atividades, já que eu ficaria no lugar dela, simplesmente não conseguiu abrir o computador – sua senha já tinha sido bloqueada.

É comum nas empresas que você entre como “herói” e saia como “vilão”… No momento da demissão, algumas instituições chegam a tratar o funcionário como se de fato ele fosse um meliante – e não há dúvida de que essa atitude fere demais a autoestima profissional das pessoas.

Como mentora, recebo muitos profissionais que passaram por algo semelhante, constatando como é necessário trabalhar profundamente os danos emocionais que uma demissão desrespeitosa pode causar. 

O que se intitula hoje como “demissão humanizada” poderia ser substituído por um desligamento respeitoso –  uma situação em que o colaborador já recebeu feedbacks e não é pego de surpresa ou com justificativas que mais confundem do que explicam. Se a empresa quiser fazer mais, pode oferecer um acompanhamento psicológico ou uma mentoria de recolocação para ajudar nesse processo.

Isso é muito mais efetivo e menos constrangedor do que oferecer uma cesta com balões e chocolates.

A demissão humanizada busca equilibrar a necessidade da empresa em realizar cortes ou ajustes com a consideração pelos sentimentos e bem-estar dos funcionários. Ao adotar essa abordagem, as instituições esperam minimizar o impacto emocional negativo causado pelos desligamentos e manter um ambiente de trabalho mais humano e respeitoso.

Para implementar a demissão humanizada em uma empresa é necessário adotar uma estratégia consciente e sensível durante todo o processo de desligamento do funcionário. Aqui estão algumas etapas importantes a serem consideradas:

  1. Preparação e planejamento: antes de iniciar o processo de demissão, a empresa deve se preparar adequadamente. Isso envolve revisar a situação, identificar os motivos do desligamento e garantir que seja uma decisão justa e bem fundamentada. Além disso, é importante planejar a logística da demissão, como local, horário e pessoas envolvidas.
  2. Comunicação clara e direta: ao comunicar a demissão ao funcionário, é fundamental ser objetivo sobre os motivos e a decisão tomada. Essencial também manter um tom respeitoso e evitar linguagem ofensiva, explicando a situação de forma transparente e dando ao funcionário a oportunidade de fazer perguntas ou expressar suas preocupações.
  3. Confidencialidade: durante a demissão é importante garantir a privacidade do funcionário. A empresa deve escolher um local discreto para a conversa, onde o colaborador possa expressar suas emoções sem constrangimento, assegurando que as informações pessoais relacionadas à demissão sejam tratadas com confidencialidade.
  4. Empatia e suporte emocional: reconheça e valide as emoções do funcionário durante a demissão. Demonstre empatia e ouça ativamente suas preocupações. Esteja aberto para fornecer informações adicionais, se necessário, mostrando-se disponível para ajudar durante o processo de transição.
  5. Recursos de apoio: além do suporte emocional, a empresa pode disponibilizar recursos para auxiliar o funcionário demitido na transição para uma nova fase profissional. Isso pode incluir recomendações, treinamentos ou orientação profissional, ou mesmo acesso a programas de outplacement, que ajudam no desenvolvimento de habilidades e na busca por novas oportunidades de emprego.
  6. Acompanhamento pós-demissão: mantenha o contato com o funcionário após o desligamento para saber como ele está se adaptando, oferecer suporte adicional e, se necessário, fornecer referências ou apoio para oportunidades futuras. 

Lembre-se de que cada situação de demissão é única, e a empresa deve adaptar essas práticas à sua cultura e às necessidades individuais dos funcionários demitidos. A chave é tratar os funcionários com dignidade, respeito e empatia durante todo o processo.

 https://istoe.com.br/mulher/noticia/os-limites-do-respeito-ou-da-falta-dele-na-chamada-demissao-humanizada/

 

‘Lula pode plantar esperança’, diz diretor de festival italiano

Lula | Site oficial do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

SÃO PAULO, 10 JUL (ANSA) – Por Lucas Rizzi – No fim de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará por videoconferência do principal festival de cinema na Itália dedicado ao público infanto-juvenil e falará para uma plateia ansiosa para saber mais sobre as complexidades do Brasil.   

O Giffoni Film Festival acontece de 20 a 29 de julho, na pequena cidade de Giffoni Valle Piana, na Campânia, e Lula será uma das estrelas de um elenco que inclui diversos ministros italianos e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.   

Em entrevista à ANSA, o diretor do evento, Claudio Gubitosi, conta que, na preparação da programação, os jovens sempre são questionados sobre com quais protagonistas da vida política, social e econômica eles gostariam de se encontrar.   

“Lula está há tempos entre as 10 personalidades com quem gostariam de debater, porque o presidente do Brasil representa para eles uma oportunidade formativa e de crescimento”, diz Gubitosi, acrescentando que o petista pode “plantar a semente da esperança para uma juventude que vive em uma sociedade que não consegue lhes transmitir confiança”.   

Segundo o diretor, Lula é um “patrimônio que faz parte da história do mundo” e simboliza um país “muito amado” pelo público do Giffoni Film Festival por sua complexidade, contradições e belezas naturais.   

Gubitosi chegou a se reunir com o presidente em Roma, no mês passado, em encontro intermediado pelo professor Domenico De Masi, amigo de ambos. “Foi uma conversa muito intensa, vi um homem tranquilo, mas ansioso para colocar em movimento a máquina social do Brasil. Pude constatar como seu olhar está constantemente voltado às faixas mais frágeis”, relata.   

Criado em 1971, o Giffoni tem um forte teor social e reúne milhares de crianças e adolescentes de toda a Itália, que discutem com diretores, atores e lideranças políticas algumas das principais questões da atualidade.   

Gubitosi cita como exemplos de temas urgentes para o público juvenil os fenômenos migratórios, a fuga de cérebros para o exterior, o medo de uma devastação ambiental e o “drama do desmatamento da Amazônia”.   

“São estes alguns dos temas que estão no coração das jovens gerações, e o presidente Lula encarna tudo isso: compromisso e paixão civil, luta política, afirmação da legalidade, proximidade aos mais frágeis, a ideia de uma cooperação concreta com todos os países da América Latina e de uma maior solidariedade internacional”, ressalta.   

Já confirmada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, a participação de Lula no festival deve durar cerca de 30 minutos, mas a data exata ainda não foi definida. “Não faltarão perguntas de nossos jovens, e Lula terá a oportunidade de enviar uma mensagem que, tenho certeza, eles jamais esquecerão”, diz o diretor.   

Ao todo, o festival exibirá 150 filmes de 35 países e também receberá convidados internacionais, como os atores britânicos Matt Smith, o “Daemon Targaryen” de “A Casa do Dragão”, e Asa Butterfield, o “Otis” de “Sex Education”. (ANSA).  

 

Depoimentos ao TSE de aliados de Bolsonaro mostram estratégia para livrar ex-presidente

Jair Bolsonaro trabalha menos horas que um estagiário e | Política

Antes de Jair Bolsonaro ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos ataques às urnas eletrônicas em reunião com embaixadores, aliados do ex-presidente lançaram uma estratégia uníssona na Corte na esperança de livrar o ex-chefe do Executivo da inelegibilidade. Militares e políticos ligados diretamente a Bolsonaro tentaram, em depoimentos no TSE, minimizar a conduta do ex-presidente, sustentando, por exemplo, que suas declarações contra as urnas eram “hipóteses”, não “afirmações”.

Eles ainda tentaram ligar as falas de Bolsonaro a sua “simplicidade de linguagem”. Disseram que a transmissão do evento com diplomatas pela TV Brasil visava à “transparência”. Alegaram que os efeitos da reunião foram “superestimados”. E evocaram “falta de intenção” do ex-presidente. Mas nada disso convenceu a Corte.

As alegações constam nos termos de oitiva tornados públicos pelo TSE após o julgamento que alijou Bolsonaro das eleições até 2030. Foram divulgados depoimentos do ex-ministro da Justiça e delegado da Polícia Federal Anderson Torres, do ex-chefe da Casa Civil e senador Ciro Nogueira (PP-PI) e do deputado Filipe Barros (PL-PR). Os relatos do almirante Flávio Augusto Viana Rocha, ex-secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, e do ex-deputado major Vitor Hugo (PL-GO) também foram detalhados.

Todos prestaram depoimento na Ação de Investigação Judicial Eleitoral conduzida pelo corregedor-geral do TSE, ministro Benedito Gonçalves. O ex-presidente foi declarado inelegível no último dia 30, para decepção de Bolsonaro e seus seguidores. Leia abaixo trechos dos depoimentos, que, agora, podem ser usados em outras investigações que envolvem o ex-presidente:

FELIPE BARROS

As perguntas dirigidas a Filipe Barros ficaram centradas na live em que o presidente usou inquérito da PF para alegar suposta fraude nas urnas eletrônicas. Tanto Filipe Barros como Bolsonaro foram investigados pela divulgação do caso, que acabou arquivado. Sobre o sigilo do inquérito, Barros sustentou que norma da Câmara diz que todos os documentos recebidos pelo Parlamento têm de ser tornados públicos, a não ser que tenha pedido para colocação de sigilo.

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O deputado ainda sustentou que “jamais disse que teria havido fraude nas urnas”. Ele citou a “simplicidade de linguagem típica’ de Bolsonaro” e disse que o ex-chefe “aventa uma hipótese” sobre fraude as urnas, mas “não afirma que houve uma fraude”. “Todas as falas… Eu, depois, me atentei, para ler a transcrição da live inteira e, em nenhum momento, nem eu nem o presidente Bolsonaro afirmamos categoricamente que havia fraude.”

Na live, Barros disse: “O hacker teve acesso a todo o código-fonte da urna, com a possibilidade até de alterar. O quê? Qual a consequência disso? Alterar o código-fonte, você faz programações. Por exemplo, bota 1, aparece o 13; bota 17, cai o voto nulo”. Ao TSE, ele disse que tratava de “mera possibilidade”.

MAJOR VITOR HUGO

Outro participante da live em que Bolsonaro usou o inquérito da PF para atacar as urnas, o ex-deputado major Vitor Hugo disse que, em nenhum momento, “percebeu na fala do então presidente um ataque às instituições democráticas”. “Eu sempre percebia no presidente, e ele, lógico como políticos que chegam nos cargos mais relevantes, tem uma maneira própria e peculiar de se referir, de falar, de conquistar o apoio da população ou da parte da população que lhe apoia, de manter esse apoio, mas em nenhum momento eu vi, eu senti no presidente a intenção de atacar as instituições.”

CIRO NOGUEIRA

Indagado se houve alguma dúvida de embaixadores estrangeiros sobre o funcionamento das urnas ou sobre a Justiça Eleitoral, o ex-ministro Ciro Nogueira respondeu: “Não”. Nogueira disse que o encontro “foi uma reunião bem tranquila” e seus efeitos, “superestimados”. “As pessoas que foram convidadas não eram eleitoras em nosso País, então, não teriam influência na questão eleitoral no Brasil.” Para ele, Bolsonaro só manifestou dúvidas sobre o sistema eleitoral, sem “promoção pessoal” ou “ganho eleitoral”. Mas avaliou que a reunião “poderia ter sido evitada”.

FLÁVIO ROCHA. O almirante Flávio Rocha foi questionado sobre a organização da reunião com diplomatas. Disse não ter sido consultado sobre o teor do discurso do ex-chefe e que a transmissão pela TV Brasil ocorreu para “dar transparência” ao evento.

ANDERSON TORRES

O ex-ministro Anderson Torres estava preso quando prestou depoimento ao TSE. Torres tentou desvincular Bolsonaro da “minuta de golpe” apreendida em sua casa. Disse que não levou o documento, nem comentou sobre o teor dele com o ex-presidente. E sustentou que “nem lembrava” da minuta, achada sob um porta-retrato com uma foto sua ao lado da mulher.

Segundo Torres, após a derrota nas urnas, Bolsonaro “entrou em um processo introspectivo”. “Ele ficou bastante isolado, fazendo esse tratamento. Acho que passando por um processo ali até de, eu diria, de aceitação do processo, de recuperação dessa doença.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.