quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Embraer informa que American Airlines comprou 4 jatos E175 para operação da Envoy Air

Entregas da Embraer sobem 9% em 2019 e somam 198 jatos - ISTOÉ DINHEIRO

 

A Embraer informou nesta quinta-feira, 19, que a American Airlines assinou um pedido firme para a compra de quatro novas aeronaves E175, que serão operadas pela subsidiária da empresa, a Envoy Air. As entregas estão previstas para ocorrer no quarto trimestre de 2024. O contrato é avaliado em US$ 230,6 milhões, conforme preço de lista, e será adicionado na carteira de pedidos da Embraer do quarto trimestre de 2023.

Em nota, a fabricante brasileira destaca que esse pedido seguem a encomenda anunciada em junho em meio a recuperação dos mercados domésticos nos Estados Unidos.

Segundo a Embraer, a frota de E-Jets da companhia aérea americana crescerá para mais de 150 jatos até o fim do próximo ano.

“Mais uma vez, essa nova encomenda demonstra a importância do E175 para a conectividade pelos Estados Unidos, e é um outro sinal de que os desafios que o mercado estava enfrentando estão melhorando”, destaca na nota Martyn Holmes, CCO da Embraer Aviação Comercial. “O E175 é a espinha dorsal da rede regional dos Estados Unidos, com mais de 620 aeronaves vendidas, e tendo 86% de participação de mercado desde 2013”, afirma.

A Envoy Air Inc., subsidiária integral do American Airlines Group, opera mais de 130 aeronaves Embraer em 700 voos diários para mais de 160 destinos nos Estados Unidos, Canadá, México, Bahamas e Caribe.

Com 19 mil funcionários, a empresa fornece voos regionais para a American Airlines, sob a marca American Eagle, e serviços de assistência em solo para diversos voos do Grupo American Airlines.

 

Campos Neto diz que apoia reajuste de combustíveis e que política da Petrobras está correta


Campos Neto diz que apoia reajuste de combustíveis

Campos Neto participou do 7º Encontro Regional da Fenabrave-MT, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. (Crédito: Lula Marques/Agência Brasil)

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira, 19, que apoia reajuste nos preços dos combustíveis realizado pela Petrobras, mesmo que ele não seja bom para a inflação. “Tem que ter uma política de preço da forma como a Petrobras tem feito”, pontuou.

O banqueiro central defendeu que é importante que a inflação seja medida naturalmente. “Não adianta exercer uma política de preços que não seja compatível, porque, no final das contas, acaba tendo desabastecimento e outros efeitos. Esse é um ativo que tem um preço internacional”, disse.

Campos Neto participou do 7º Encontro Regional da Fenabrave-MT, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.

Ele também reiterou a importância de manter e perseguir a meta de inflação, e frisou que após o anúncio da manutenção do alvo em 3,0% houve queda nas expectativas.

Ainda sobre o tema, o banqueiro central afirmou que o recente avanço registrado na confiança do consumidor está relacionado à melhora da inflação.

“Uma forma de fazer as pessoas consumirem mais e de forma mais estável é ter inflação baixa”, pontuou Campos Neto.

Nubank solicita licença bancária no México para expandir oferta de produtos


Nubank solicita licença bancária no México para expandir oferta de produtos

De acordo com a fintech, a licença permitirá uma oferta mais ampla de produtos aos clientes. (Crédito: Divulgação / Nubank)

 

O Nubank solicitou à Comissão Nacional Bancária e de Valores Mobiliários (CNBV), o regulador do mercado financeiro do México, uma licença bancária para sua operação local, o Nu México. De acordo com a fintech, a licença permitirá uma oferta mais ampla de produtos aos clientes. O México é a segunda maior operação do grupo, atrás do Brasil.

Essa oferta incluirá investimentos, portabilidade de salário e também limites de depósito mais altos, segundo o Nubank. No Brasil, a fintech tem um conglomerado financeiro com licenças de instituição de pagamentos e de financeira, mas não de banco. Na Colômbia, atua apenas como corporação, e busca uma licença de empresa financeira.

“Como agora somos capazes de criar e lançar produtos em ritmo muito mais rápido, precisamos garantir o quadro regulamentar adequado para desbloquear os próximos passos da nossa jornada de crescimento no México”, diz em nota a cofundadora e diretora de crescimento do Nubank, Cristina Junqueira. “Acreditamos que a Licença Bancária é a opção certa para a empresa e para os nossos planos de longo prazo.”

Segundo ela, os clientes mexicanos têm demandado uma gama maior de produtos bancários.

“Estamos muito entusiasmados com todos os produtos que iremos lançar a curto prazo, mas nosso compromisso com o México é a longo prazo e os clientes nos pedem para ir além: elevar os limites de depósitos, produtos de investimento e portabilidade de salário para o Nu”, afirma o líder do Nu México, Iván Canales. “Portanto, ao transformar nossa atual licença Sofipo em uma Licença Bancária, seremos capazes de garantir uma figura regulatória ainda mais ampla e robusta que vai nos permitir continuar libertando cada vez mais mexicanos da complexidade característica das instituições incumbentes”, conclui Canales.

 

Viticultores franceses bloqueiam entrada de caminhões com vinho espanhol


Viticultores descarregam vinho de um caminhão durante um protesto contra as importações de vinho espanhol, em uma rodovia em Le Boulou, perto da fronteira com Espanha, no dia 19 de outubro de 2023 - AFP

 

Centenas de viticultores franceses bloquearam uma rodovia perto da fronteira com a Espanha, nesta quinta-feira (19), para impedir a entrada de caminhões carregados com vinho espanhol em forma de protesto, em um contexto tenso devido à inflação e às más colheitas.

Na altura da comuna de Le Boulou, no sul da França, viticultores queimaram pneus e “controlaram” os caminhões provenientes da Espanha com vinho para importação, afirmou um fotógrafo da AFP.

Os manifestantes destruíram paletes carregados com garrafas de vinho e esvaziaram a cuba transportada por um caminhão, depois de queimarem uma carga de tomates.

Posteriormente, deixaram o local, confirmou à AFP a prefeitura do departamento dos Pirineus Orientais, que registrou a participação de 380 pessoas.

Frédéric Rouanet, presidente do sindicato de viticultores do departamento de Aude, vem denunciando há semanas um “coquetel explosivo” de fatores desfavoráveis, entre eles uma colheita ruim devido às más condições climáticas.

Além disso, o setor também denuncia o aumento dos custos de produção associados à inflação e os preços do vinho que não acompanham a tendência, já que as importações do produto estão diminuindo este valor.

Em 2022, a França importou mais de seis milhões de hectolitros de vinhos, de acordo com a Organização Internacional da Vinha e do Vinho, com sede em Dijon (oeste de França). Alguns vinhos, sobretudo tintos e rosés, registaram queda nas vendas.

No início de outubro, uma fábrica que engarrafa e comercializa vinhos foi incendiada em Aude. O incidente, que não deixou feridos, foi reivindicado pelo Comitê de Ação da Viticultura para manifestar sua rejeição às importações deste artigo.

lb-cor-dmc-tjc/yr/mvv

Grupo Abra e Aerolíneas Argentinas assinam Memorando de Entendimento

Grupo Abra

O Grupo Abra (Avianca e Gol) anunciou nesta quinta-feira, 19, a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) com a Aerolíneas Argentinas com o objetivo de fortalecer a colaboração e explorar oportunidades entre as duas organizações, especificamente nas áreas comerciais, operacionais e tecnológicas.

Em nota, o Grupo Abra destaca que as companhias aéreas associadas ao grupo e à Aerolíneas Argentinas manterão independência, autonomia, marcas, talentos e cultura. Da mesma forma, o acordo assinado não contempla nenhuma mudança nas estruturas acionárias do grupo das empresas mencionadas.

“Se necessário, as companhias aéreas solicitarão e obterão qualquer autorização governamental para a implementação dessa aliança”, afirma o grupo.

Para o Constantino de Oliveira Junior, CEO do Grupo Abra, o acordo de colaboração permitirá fortalecer ainda mais a presença do grupo no Cone Sul e buscar novas oportunidades em diferentes áreas.

Para o diretor comercial da Aerolíneas Argentinas, Fabián Lombardo, a parceria permitirá criar melhores redes, mais conectividade e, em última análise, um produto melhor. “Tenho certeza de que esse acordo impulsionará ainda mais o crescimento do mercado aéreo em toda a região”, disse.

 

Haddad diz estar confiante que Congresso poderá ‘promulgar’ reforma tributária em 2023


Haddad diz estar confiante que Congresso poderá 'promulgar' reforma tributária em 2023

O ministro destacou que o Congresso tem sido sábio na condução dos interesses dos entes subnacionais e setores, administrando essas demandas. (Crédito: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou estar confiante no avanço da reforma tributária no Congresso este ano, destacando que o Legislativo já teve grande atuação na agenda econômica no primeiro semestre, enfrentando temas espinhosos. Ele participou do XXVI Congresso Internacional de Direito Constitucional, promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e a Fundação Getulio Vargas (FGV) em Brasília.

“Todos os senadores têm frequentado o Ministério da Fazenda para tratar desse tema (reforma tributária). Há um clima no Senado para endereçar essa votação ainda este ano. Haverá mudanças, com toda certeza, mas nada que impeça a Câmara de, ainda neste ano, se debruçar sobre o texto do Senado e aprová-lo e eventualmente o Congresso poderá promulgá-lo esse ano. Estou confiante que, apesar dos prazos apertados, é bastante possível que isso aconteça”, disse Haddad.

O ministro destacou que o Congresso tem sido sábio na condução dos interesses dos entes subnacionais e setores, administrando essas demandas.

Ele ainda afirmou que a Fazenda já trabalha no conjunto de leis complementares que são necessárias para desdobrar a reforma tributária, nos prazos que estarão na Constituição. Para ele, entre os temas fundamentais da área econômica, o primeiro é a correção do sistema tributário. Na sequência, outras tarefas se impõem, como a regulação de setores estratégicos.

O ministro lembrou que relatório do Banco Mundial colocou o Brasil na 184ª posição, entre 190 países, como um dos piores sistemas tributários do mundo.

A avaliação é de que a insegurança jurídica do sistema tributário é o principal obstáculo para investimentos no País. Além de afastar o investimento estrangeiro, o emaranhado tributário é razão para a baixa produtividade, principalmente da indústria.

 

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Inflação no Brasil surpreende um pouco positivamente na parte qualitativa, diz presidente do BC

Reação às falas de Campos Neto, inflação dos EUA, Nubank e o que mais move  o mercado | Exame

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira, 18, que a inflação corrente tem surpreendido positivamente no Brasil, sobretudo na parte qualitativa. “A parte de núcleos também tem tido uma surpresa positiva”, comentou o banqueiro central, em evento do Credit Suisse.

Campos Neto destacou ainda que a inflação do Brasil tem se comportado melhor do que a média global indicaria. Repetiu, ainda, que foi importante manter o centro da meta de inflação em 3% para promover uma redução das expectativas de IPCA de longo prazo.

O presidente do BC salientou também que o Brasil tem juros reais altos, mas que o diferencial em relação a outros países diminuiu ao longo dos anos. Ainda repetiu que é necessário avançar na agenda de recuperação de crédito.

“É um tema super importante, grande parte do problema está no fato de a recuperação de crédito ser judicial”, comentou Campos Neto.

O presidente do BC ainda destacou que o Brasil é “disparado” o país que mais tem crédito direcionado, o que mantém os juros altos.

“Não é uma fala específica em relação ao que o BNDES está fazendo, ou ao que um banco A, B ou C está fazendo”, afirmou Campos Neto. “Quando o crédito direcionado caiu, o juro estrutural também caiu”, completou.

Desinflação nos debates internacionais

O presidente do Banco Central disse também que questionamentos sobre o caminho da desinflação à frente têm marcado debates internacionais, incluindo as últimas reuniões do FMI, no Marrocos.

“Uma das perguntas que surgiu muito nas reuniões internacionais é de onde vai vir a desinflação daqui para a frente”, disse Campos Neto.

O banqueiro central destacou que a inflação parou de cair em alguns países, em parte devido ao aumento dos preços de energia. Esses fatores levaram, inclusive, a um aumento nas projeções de inflação de alguns países para 2024.

Campos Neto salientou ainda que os preços do petróleo já sofriam “implicações” do arranjo entre Arábia Saudita e Rússia mesmo antes do conflito entre Israel e Hamas. Mas notou que grande parte dos países têm expectativas de inflação entrando no intervalo da meta, sobretudo para 2024 e 2025.

Sobre o Brasil, o presidente do BC voltou a destacar que a manutenção do centro da meta em 3% foi importante para ancorar as expectativas. Campos Neto disse ainda que os preços de alimentos continuam contribuindo para a desinflação no País.

Precificação da curva de juros dos EUA

Campos Neto disse ainda que a precificação da curva de juros norte-americana tem sido o principal tema de política mundial global.

“Em termos de política monetária, todos os olhos agora estão na precificação da curva americana”, disse ele, acrescentando que este é um dos primeiros momentos em que diversos países se referem ao tema da taxa de juros americana como um dos principais fatores para determinar os juros locais.

O presidente do BC acrescentou que há dúvidas no curto prazo sobre se o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode voltar a elevar os juros a partir de dezembro.

Sobre a curva, destacou que há incerteza sobre se existe um componente fiscal no aumento dos juros. “A grande pergunta é: será que tem alguma coisa de fiscal nessa curva de juros americana ou é uma coisa técnica?”, disse, lembrando que há dúvidas sobre o impacto de alguns programas fiscais nos EUA, mas também que a China tem vendido títulos do Tesouro americano.