Maior empresa de alimentos do mundo, JBS tem renovado seus próprios recordes de faturamento, investimento e expansão
Tudo que envolve a brasileira JBS parece superlativo. Maior empresa de proteína animal do mundo, a companhia fechou 2022 com receita recorde de R$ 374,8 bilhões, alta de 6,9% sobre o ano anterior. Vencedor do prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO 2023 no setor de Alimentos, o grupo também se tornou no primeiro semestre deste ano o maior empregador do País, com 151 mil funcionários no Brasil, à frente de gigantes como Carrefour, Grupo Pão de Açúcar, Itaú e Vale. No mundo, são 260 mil.
O volume de produção, entre carne bovina, aves e suínos, já passa de 60 mil animais por dia. Para o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, os números da empresa comprovam a solidez da organização como plataforma mundial de alimentos. “A força está na nossa diversificação, na agilidade e na capacidade para implementarmos as medidas operacionais necessárias para otimizar a performance tanto comercial quanto industrial”, afirmou Tomazoni.
Mesmo enfrentando um mercado global com excesso de oferta de aves e margens mais estreitas no negócio de bovinos nos Estados Unidos, a JBS avalia que as perspectivas são promissoras para 2023.
“Embora o cenário continue desafiador para o setor de proteínas, estamos confiantes de que já estamos em um caminho de recuperação das nossas margens. No segundo trimestre, dobramos a margem em relação ao primeiro trimestre”, disse o CEO global.
Apesar do cenário desafiador, a JBS teve uma geração importante de caixa e, com isso, manteve a dívida líquida em dólar estável, mesmo investindo R$ 1,8 bilhão na expansão dos negócios e distribuindo R$ 2,2 bilhões em dividendos.
O cenário macroeconômico não impediu a empresa de continuar investindo para ampliar a capacidade produtiva e modernizar as operações. Em 2022, a JBS destinou R$ 13,1 bilhões na expansão dos seus ativos e em aquisições. Com isso, a empresa fortaleceu as avenidas de crescimento para o futuro, já que esses aportes foram focados especialmente em ampliar a produção em itens de valor agregado.
A expansão da Seara no Brasil, além das novas unidades de alimentos preparados de base suína e de especialidades italianas nos Estados Unidos, são exemplos dessa estratégia.
“Temos
a confiança de que, com a nossa plataforma global diversificada, com a
nossa cultura e com as nossas pessoas, continuaremos a gerar valor para
todos.”
Gilberto Tomazoni, CEO global
A avaliação otimista se apoia em uma conjuntura favorável para o gado no Brasil. A expansão das vendas de produtos de maior valor agregado, o fortalecimento da parceria com fornecedores e clientes, o aumento da demanda do mercado interno e a abertura de novos mercados no exterior reforçam o cenário positivo para carne bovina nos próximos trimestres.
Nesse contexto, segundo Tomazoni, a estratégia de diversificação traçada pela companhia tem sido complementada por investimentos em produtos de valor agregado e marcas fortes em todos os países onde a empresa atua. No final de março deste ano, a JBS deu início à produção de empanados na fábrica de Rolândia, no Paraná, e os resultados dessa nova operação têm animado a empresa.
Perspectivas
Olhando para o futuro próximo, Tomazoni diz que enxerga um cenário de maior equilíbrio na oferta de aves, com potencial positivo sobre os preços do setor. Além disso, a JBS iniciou a captura, em sua estrutura de custos, da queda nos preços dos grãos, condição que beneficia os negócios de frangos e suínos globalmente.
“Todos esses fatores nos fazem crer que a JBS possui uma posição única na indústria global de proteínas, e que as vantagens competitivas da nossa plataforma diversificada global ainda não foram devidamente reconhecidas e precificadas pelo mercado”, afirmou o CEO.
Em busca desse reconhecimento, a companhia avalia que a proposta de Dupla Listagem, que anunciou em julho, será um passo decisivo para se construir novas avenidas de crescimento, assim como foi o IPO, em 2007.
Em agosto, a JBS comemorou 70 anos de operação. Uma empresa que nasceu como um pequeno frigorífico no interior de Goiás e é, hoje, uma das maiores empresas de alimentos do mundo. “Temos a confiança de que, com a nossa plataforma global diversificada, com a nossa cultura e com as nossas pessoas, continuaremos a gerar valor para todos os nossos stakeholders e a criar oportunidades para as nossas comunidades e para os nossos mais de 260 mil colaboradores.”