terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Eleições 2022: auditoria do TCU diz que possibilidade de fraude é próxima de 0%

 

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O Tribunal de Contas da União (TCU) completou a quarta e a quinta etapas da auditoria que conduziu sobre as Eleições Gerais de 2022 e confirmou a segurança do sistema eleitoral mais uma vez, concluindo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está de acordo com “as melhores práticas internacionais” e que a probabilidade de fraude é próxima de 0%.

No processo, o TCU verificou 9 milhões de informações de 4.577 boletins de urna, que correspondem ao mesmo número de seções eleitorais, entregues fisicamente pelo TSE após o primeiro turno das eleições.

A análise também contou com 1.163 boletins de urnas recolhidos no dia das votações, nos dois turnos. O material foi coletado por 54 auditores de controle externo do TCU, em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, e conferidos por 15 auditores na sede do Tribunal, em Brasília, durante os dias das votações.

A comparação foi feita entre os Boletins de urna em papel, que são impressos e assinados após o término da votação, e os dados utilizados pelo TSE para totalização dos votos, referentes aos mesmos boletins. Em ambas as análises, nenhuma divergência foi encontrada.

A auditoria encontrou 100% de correspondência entre as informações das urnas eletrônicas – impressos nos boletins de urna -, e os dados que o TSE divulgou referentes aos mesmos boletins, como resultado do primeiro turno das eleições gerais de 2022, concluindo que a probabilidade de fraude é de praticamente 0%.

“Considerando que nenhum BU (boletim de urna) com divergência foi identificado na amostra auditada, infere-se que a probabilidade de erro ou fraude na totalização de votos capazes de alterar o resultado da eleição para Presidente da República no primeiro turno se aproxima de 0%, quando analisada a situação do candidato com mais votos”, afirma o relatório assinado pelo ministro Jhonatan de Jesus.

Para os demais candidatos à Presidência, a probabilidade de que tenha havido erro ou fraude capaz de alterar o resultado em desfavor a algum deles é ainda mais insignificante, conclui no relatório.

Bristol Myers anuncia compra da RayzeBio por US$ 4,1 bilhões

 

Media Library - Bristol Myers Squibb

A Bristol Myers Squibb fechou um acordo de US$ 4,1 bilhões para comprar a empresa de terapêutica radiofarmacêutica RayzeBio. A Bristol Myers disse que pagará US$ 62,50 por ação em dinheiro da RayzeBio, mais que o dobro do preço de fechamento de sexta-feira de US$ 30,57 para a empresa de San Diego.

A transação da RayzeBio ocorre logo após o acordo da Bristol na semana passada para comprar a Karuna Therapeutics por US$ 14 bilhões.

A Bristol Myers disse que o negócio, que envolve cerca de US$ 3,6 bilhões em dinheiro líquido, está previsto para ser fechado no primeiro semestre de 2024.

O principal programa da RayzeBio, o RYZ101, está na fase 3 de desenvolvimento para o tratamento de tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos e em desenvolvimento inicial para câncer de pulmão de pequenas células e potencialmente outros tipos de tumor, disse a Bristol.

 

 Fonte: Dow Jones Newswires.

Light leva nova proposta a credores, com conversão de 40% das dívidas em ações

 Light


A Light levou aos credores uma nova proposta de pagamento das dívidas da companhia, que alcançam R$ 11 bilhões. O plano prevê a conversão de 40% dos débitos de cada credor em ações e elimina o complexo plano de recuperação judicial apresentado em julho, que foi amplamente rejeitado por credores de diferentes perfis.

Para quem aderir à proposta de conversão, o restante dos débitos, 60%, seria pago num prazo de oito anos e com remuneração equivalente à variação do IPCA mais 4% ao ano, disseram fontes próximas às negociações. O preço de conversão seria baseado na média das cotações dos últimos 45 dias, acrescentaram.

Para quem não aderir à conversão, o prazo de pagamento seria de 15 anos, com remuneração de IPCA mais 2% ao ano.

A proposta se dá em paralelo à intenção do empresário Nelson Tanure – cuja asset WNT é a maior acionista individual da elétrica, com 30,05% – de fazer uma injeção de R$ 1 bilhão na companhia, como informou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Tanure procurou representantes dos credores recentemente e apresentou informalmente a ideia.

O novo plano de pagamento da Light encontrou mais simpatia entre pequenos credores. Um dos motivos é o fato de que eleva de R$ 10 mil para R$ 20 mil o valor que a companhia se propõe a pagar integralmente e à vista, de acordo com as fontes. Com a elevação do teto, a companhia consegue abranger uma fatia maior dos investidores que compraram debêntures da Light.

Para um negociador ouvido pelo Broadcast, o novo formato ainda não é o ideal, mas abre caminho para negociações, o que era impossível com o plano apresentado em julho.

Contudo, a proposta de conversão não foi bem vista por negociadores dos bancos, de acordo com fontes que falaram sob condição de anonimato. “O problema é que, na visão deles, a proposta para quem não converte precisa ser bem ruim para forçar a conversão, que não é atrativa isoladamente. Isso gera um impasse”, disse uma pessoa próxima das negociações. “O ideal seria que as duas propostas fossem razoáveis isoladamente para atrair quem tem esse apetite e não forçar quem não tem.”

Ao elaborar uma proposta que tende a agradar mais os pequenos credores, a Light poderia reunir um bloco de negociação e ganhar poder de barganha com os bancos. Os debenturistas, de diferentes perfis – pessoas físicas e fundos de investimento – somam R$ 7 bilhões.

O universo de credores da elétrica abrange mais de 40 mil investidores pessoa física, 250 fundos de investimento e dez instituições financeiras, nacionais e estrangeiras, conforme a companhia. A exposição da companhia a bancos está na casa de 8% do total das dívidas.

Venda da Compagas avança e deve ser concluída já no início de 2024

Compagas amplia atendimento e chega a mais de 51 mil ...

Depois de vender a termelétrica Araucária para o grupo J&F no início deste mês, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) avança para se desfazer da concessionária de distribuição de gás natural Compagas, numa operação que deve ser concluída nos primeiros meses de 2024. A Compagas é avaliada em mais de R$ 2 bilhões.

O ativo atrai o interesse de empresas do Brasil e do exterior, como o Grupo Infra e a colombiana Promigas.

Além delas, há a possibilidade de a Commit, da Cosan, e a japonesa Mitsui, que já são sócias no ativo, com 24,5% cada, exercerem direito de preferência para comprar a fatia da Copel, de 51%.

De acordo com uma pessoa próxima às negociações, existe a possibilidade de que tanto Cosan quanto Mitsui façam um acordo para aumentar suas participações na empresa – que tem concessão para fornecimento de gás no Estado do Paraná.

Um acordo, contudo, dependeria de uma harmonização de “interesses distintos nesse processo”.

O primeiro passo para destravar o negócio foi dado no fim de setembro, quando a XP foi contratada para liderar a venda da participação da Copel na empresa.

Durante o evento Copel Day, com investidores e analistas, o diretor-presidente da empresa, Daniel Slaviero, disse que as propostas vinculantes para o ativo deveriam ser entregues neste mês, para garantir a conclusão do negócio já no início de 2024.

“Estamos sendo muito ágeis nas operações de desinvestimentos”, disse o executivo.

Outras Opções

Embora a Compagas seja a operação mais madura à venda, existem outras oportunidades de aquisição nesse segmento. Uma delas é a privatização da mineira Gasmig, um desejo da administração Romeu Zema (Novo), e que ainda depende de avaliações internas.

Hoje, a principal hipótese para a privatização da concessionária mineira é a realização de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa, operação por meio da qual o Estado e a Cemig reduziriam suas participações na empresa. Essa possibilidade tem sido cogitada tanto pelo governo quanto por executivos da estatal mineira.

Procurada, a Cemig disse que “ainda não foi tomada uma decisão formal sobre a oferta pública, e que uma definição está sujeita à obtenção das aprovações societárias necessárias, condições macroeconômicas favoráveis e interesse de investidores”.

Além disso, na Bahia o governo autorizou a realização de estudos sobre uma futura venda da Bahiagás. O resultado dessas avaliações deve sair no início de 2024, mas já chama a atenção dos potenciais investidores do setor, e também dos sindicatos locais, que iniciaram movimentos contrários à venda da participação do Estado na empresa.

No setor privado, há ainda uma indefinição de como se dará o processo de desinvestimentos da Compass, do grupo Cosan, em ativos que pertenciam à Gaspetro e que, por força de acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), precisariam ser revendidos.

Ao aprovar a operação, foi acertado que a empresa teria de se desfazer de participação em 12 distribuidoras, das quais cinco ainda precisam ser vendidas: Companhia de Gás do Ceará (Cegás), Companhia Potiguar de Gás (Potigás), Gás de Alagoas (Algás), Sergipe Gás (Sergás) e Companhia Pernambucana de Gás (Copergás).

Elas foram reunidas em uma nova empresa, a Norgás, e agora os governos estaduais precisam informar se desejam exercer seus direitos de preferência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em dia de noticiário escasso, Ibovespa começa semana renovando recordes

 Ibovespa hoje: índice alcança os 126 mil pontos, maior nível ...


A última semana de 2023 começa com clima morno nos mercados internacionais, mas o Índice Bovespa volta a registrar pontuação recorde. Mesmo com o noticiário escasso e a liquidez reduzida, o índice encontra alguma tração na alta das commodities e no avanço dos índices futuros de ações de Nova York. No exterior, persiste o monitoramento da política monetária dos Estados Unidos, enquanto no Brasil o investidor espera novas medidas que tragam impacto positivo para o cenário fiscal.

O Ibovespa chega aos últimos pregões de dezembro registrando ganho de 4,26% no mês e de 20,98% no ano.

Além disso, o fluxo de capital externo está positivo em R$ 42,093 bilhões no ano, até a última quinta-feira.

Com sucessivos recordes de pontuação nos últimos pregões, a tendência, segundo analistas, é de que o índice continue em alta, em busca de novos objetivos gráficos. Para isso, sopram favoravelmente ao mercado de ações os ventos do afrouxamento monetário no Brasil e nos Estados Unidos.

Levantamento do CME apontou nesta manhã 88% de chances de o Federal Reserve iniciar os cortes de suas taxas básicas já em março.

Nesta manhã, um dos poucos destaques foi o Boletim Focus, do Banco Central, normalmente divulgado às segundas-feiras.

O documento mostrou que a expectativa para a inflação deste ano recuou mais uma vez, passando de 4,49% para 4,46%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção passou de 3,93% para 3,91%.

Às 10h58, o Ibovespa futuro tinha alta de 0,53%, aos 133.456,53 pontos.

Chile autoriza ministério brasileiro a habilitar unidades produtoras de ovos para exportação

 

Ovos Caixa De Ovo Galinha - Foto gratuita no Pixabay - Pixabay

O Chile reconheceu a equivalência do sistema brasileiro de inspeção sanitária para adquirir ovos do Brasil, informou em nota o Ministério da Agricultura. No processo, conhecido por “pre-listing”, o Ministério da Agricultura do Chile permite que o Ministério da Agricultura brasileiro certifique e habilite estabelecimentos previamente auditados para exportar ovos para o país andino.

Além disso, o acordo inclui a possibilidade de habilitar outras unidades produtivas que atendam aos requisitos estabelecidos.

Segundo o Ministério da Agricultura brasileiro, entre janeiro e novembro, o Chile foi o sétimo maior importador de ovos do Brasil, totalizando mais de US$ 7 milhões em aquisições.

“O reconhecimento do sistema brasileiro outorgado pelas autoridades chilenas permitirá ao Brasil incrementar sua participação no setor e contribuir para garantir a segurança alimentar no país”, diz a pasta.

Neste ano, o Brasil atingiu a marca de US$ 1,6 bilhão em exportações para o Chile, destacando-se a venda de carnes, produtos florestais e itens do complexo sucroenergético.

Em contrapartida, as importações do Brasil provenientes do Chile somaram US$ 1,3 bilhão, com destaque para pescados, frutas e bebidas.

2023: um ano de virada para as energias renováveis



Nos últimos 12 meses, mundo viu o crescimento da demanda por bombas de calor, energia solar e uma explosão na procura por baterias para a mobilidade elétrica

 

Para os especialistas, o ano de 2023 foi um divisor de águas para o cenário energético global, com fontes renováveis como a solar e a eólica e outras tecnologias inovadoras moldando um futuro mais sustentável.

Os combustíveis fósseis ainda abastecem cerca de 80% das necessidades energéticas do mundo, mas 2023 registrou avanços significativos no uso da energia renovável.

A Agência Internacional de Energia (AIE) reportou que a capacidade global de energia renovável teve o maior crescimento de todos os tempos este ano, chamando o aumento de “sem precedentes”.

Transformação energética

“As energias renováveis estão se tornando cada vez mais baratas. Assim, pela primeira vez, mais investimentos estão sendo voltados para, por exemplo, a energia solar do que para a produção de petróleo“, diz a professora Claudia Kemfert, do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica.

Como resultado, a energia solar superou as expectativas “mais uma vez”, disse Gunnar Luderer, especialista em sistemas de energia do Instituto Potsdam de Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK), da Alemanha.

Segundo previsões, as novas instalações de energia solar em todo o mundo devem atingir este ano uma capacidade total de 400 gigawatts (GW). Em 2022, o aumento foi de 239 GW.

Cerca de 110 GW de energia eólica foi acrescida à rede em 2023, de acordo com a Associação Mundial de Energia Eólica.

Em 2023, também quatro novos reatores nucleares com uma capacidade total de 4 GW foram concluídos, enquanto cinco reatores com uma capacidade de 6 GW foram desativados na Alemanha, na Bélgica e em Taiwan.

Energia solar e eólica barateiam a eletricidade

O custo favorável da eletricidade proveniente de fontes renováveis foi um dos principais motivos por trás do forte crescimento das energias eólica e solar.

A eletricidade produzida por novas turbinas eólicas em terra custou, em média, 3 centavos de euro por quilowatt-hora (kWh) em 2022 em todo o mundo, segundo um relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA).

A eletricidade produzida em grandes parques solares custou 4,5 centavos de euro por kWh – bem mais barato do que os combustíveis fósseis, que custam até 22 centavos de euro por kWh em todo o mundo.

O preço da eletricidade de novas instalações solares continuou a cair nos últimos 12 meses, principalmente porque os sistemas de energia solar se tornaram mais acessíveis. Na Europa, os custos foram 40% menores do que no ano passado.

Placas solares mais baratas

O aumento da produção de placas solares na China foi um dos principais impulsionadores da queda dos preços. De acordo com o site ambiental Carbon Brief, do Reino Unido, o país produziu 600 GW de células solares este ano – 225 GW a mais do que em 2022. Até 2025, esse número poderá chegar a 1.000 GW.

A Índia, os EUA e a União Europeia (UE) também planejam investir mais em grandes fábricas de energia solar. Na Índia, os módulos com uma capacidade anual de 100 GW deverão ser fabricados em 2027, e as empresas da UE começarão a fabricar módulos de 30 GW em 2025.

“Isso está acontecendo mais rápido do que o esperado”, disse Niklas Höhne, do NewClimate Institute, um think tank de Colônia, na Alemanha. “A energia fotovoltaica está sendo expandida com extrema rapidez. E, de fato, tão rapidamente a ponto de se alinhar com a meta de aquecimento [máximo] de 1,5°C [em relação aos níveis pré-industriais].”

Mais veículos elétricos

“O ano de 2023 pode entrar para a história como o ponto de virada para as baterias na transição energética global”, acredita Christian Breyer, professor de economia solar da Universidade Técnica Lappeenranta (LUT), na Finlândia.

As baterias de lítio, cobalto e níquel estão bem estabelecidas, “mas agora as baterias de íons de sódio também estão sendo introduzidas no mercado”, disse Breyer.

O lítio é raro e caro, enquanto o sódio para as novas baterias de íons de sódio é muito mais barato, e o suprimento é praticamente ilimitado, por exemplo, no sal de cozinha.

De acordo com a revista de negócios Clean Thinking, o preço das baterias de sódio já é 40% menor do que o das células de íons de lítio. Entretanto, elas ainda estão nos estágios iniciais de desenvolvimento comercial e atualmente representam menos de 1% das baterias. No futuro, o sódio poderá ser usado principalmente para baterias estacionárias.

Ainda assim, as baterias de íon-lítio comumente usadas estão se tornando mais baratas devido à queda do preço das matérias-primas.

As baterias são cada vez mais usadas em pequenos sistemas solares e em parques solares para armazenar eletricidade barata para uso noturno. Mais baterias também são necessárias à medida que a mobilidade elétrica se expande. A participação dos carros elétricos nas vendas globais de veículos aumentou de 1,6% em 2018 para cerca de 18% em 2023.

Bombas de calor

Também está havendo progresso na tecnologia de aquecimento. De acordo com a AIE, as bombas de calor estão se tornando uma tecnologia fundamental na transição global para o abastecimento do aquecimento sustentável.

“A tecnologia pode ser implantada em grande escala. Muitos países, especialmente na Escandinávia, mostram como a tecnologia funciona bem, mesmo quando faz muito frio, como é o caso da Finlândia”, disse Breyer, da LUT.

Segundo a AIE, as bombas de calor cobrem cerca de 10% da demanda global de aquecimento em edifícios. Em 2022, as vendas da tecnologia aumentaram 11% globalmente e 38% na Europa. Na Alemanha, os números preliminares mostram que as vendas em 2023 aumentaram quase 50% em relação ao ano anterior.

Apesar do crescimento, “os investimentos em bombas de calor estão abaixo do necessário para atingir as metas do Acordo de Paris”, diz Roland Rösch, diretor do Centro de Inovação e Tecnologia da IRENA.

Para manter-se dentro do limite de 1,5°C e evitar mudanças climáticas catastróficas, os atuais 64 bilhões de dólares em financiamento global anual para bombas de calor precisam quadruplicar até 2030, ainda de acordo com a IRENA.