terça-feira, 9 de abril de 2024

Petrobras informa descoberta de petróleo em águas da Bacia Potiguar, na Margem Equatorial

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A Petrobras comunicou há pouco que descobriu uma acumulação de petróleo em águas ultra profundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, da Concessão POT-M-762_R15.

O poço está situado próximo à fronteira entre Ceará e Rio Grande do Norte, a cerca de 190 quilômetros de Fortaleza e 250 quilômetros de Natal, a 2.196 metros de profundidade, na Margem Equatorial brasileira.

Segundo comunicado da companhia, esta é a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024 e foi precedida pela comprovação da presença de hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste, localizado na Concessão BM-POT-17, a cerca de 24 quilômetros de Anhangá. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões com 100% de participação. As descobertas ainda necessitam de avaliações complementares.

“As atividades exploratórias na Margem Equatorial representam mais um passo no compromisso da Petrobras em buscar a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética”, diz o comunicado.

A estatal acrescenta que a constatação de reservatórios turbidíticos de idade Albiana portador de petróleo é inédita na Bacia Potiguar.

A companhia pretende investir US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028, sendo US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Está prevista a perfuração de 50 novos poços exploratórios no período, sendo 16 na região da Margem Equatorial.

“Caso o Brasil mantenha a demanda de petróleo nos patamares atuais e não sejam incorporadas novas reservas, o País poderá se tornar um importador de petróleo, daí a importância da diversificação energética, garantindo tanto a oferta de petróleo, como também investimentos em novas energias de baixo carbono”, conclui o documento.

Governo habilita primeiras 23 empresas no Mover, programa de mobilidade verde

 Carro elétrico da frota dos Correios


O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) publicou nesta terça-feira, 9, 23 portarias de habilitação de empresas do setor automotivo no programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Outros 18 pedidos permanecem em análise técnica, informou a pasta. O Mover foi lançado pelo governo em medida provisória editada no final do ano passado e prevê que o IPI dos veículos será diferenciado a partir de quatro critérios: fonte de energia usada na propulsão, consumo energético, potência do motor e reciclabilidade.

O programa também prevê créditos financeiros para quem investir em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica que contribuam para a descarbonização da frota de carros, ônibus e caminhões.

As empresas já habilitadas são: Toyota, Horse, Renault, Peugeot-Citroen, Volks, Sodecia, GM, Mercedes-Benz, Nissan, Honda, Weg Drive & Controls, Marcopolo, FCA Fiat Chrysler, Weg equipamentos elétricos, FTP, Eaton, On-Highway, Volks Truck & Bus, Bosch, Faurecia, FMM, Schulz e Ford (centro de pesquisa).

De acordo com o Mdic, podem se habilitar no programa empresas que produzam ou tenham projeto de desenvolvimento no País. A maioria das autorizações iniciais são para fabricantes de veículos e autopeças que já produzem no país.

“Das que permanecem sob análise, 11 são para projetos de desenvolvimento, incluindo novas plantas, novos modelos e relocalização de fábricas; e três são para serviços de pesquisa de empresas que não fazem carros nem componentes, mas têm centros de P&D e laboratórios no país. As outras quatro são empresas com fábricas já em funcionamento”, informou o Mdic.

As empresas habilitadas no Mover precisam apresentar seus projetos para requisitar os créditos proporcionais aos investimentos – que variam de R$ 0,50 a R$ 3,20 por real investido acima de um patamar mínimo. Quanto maior o conteúdo nacional de inovação presente nas etapas produtivas, maior o crédito, destacou o Ministério. A busca por mercados externos também cria incentivos adicionais.

Investimento de US$ 6,9 tri ao ano é necessário para infraestruturas sustentáveis, diz OCDE

 OCDE | Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico Social


 

Temperaturas recordes provocaram temporadas mais longas de incêndios florestais e mais ondas de calor, inundações e secas em 2023, apontou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório divulgado nesta terça-feira, 9. O documento sustenta que investimentos “massivos” serão necessários para desenvolver uma infraestrutura sustentável resiliente e capaz de mitigar riscos climáticos, o que representa uma soma anual de US$ 6,9 trilhões até 2030 para ser compatível com os objetivos do Acordo de Paris, segundo estudo da OCDE.

O relatório detalha a pressão crescente destes fenômenos climáticos sobre as infraestruturas em todos os setores, desde as redes de eletricidade, comunicações e transportes até à água e ao tratamento de resíduos, sendo os países em desenvolvimento particularmente atingidos.

 As nações terão de tomar medidas para resolver esta questão, desempenhando os governos regionais e locais um papel essencial, sendo responsáveis por 69% do investimento público significativo para o clima nos países da OCDE.

Paralelamente, os ativos de infraestruturas constituem uma parte importante dos danos, tendo as perdas econômicas resultantes de catástrofes aumentado sete vezes entre as décadas de 1970 e 2010, passando de uma média de US$ 198 bilhões para US$ 1,6 trilhões.

Grupo alemão DVA retoma negócios com agroquímicos no Brasil com marca Agroallianz

 Agroallianz | LinkedIn


O Grupo alemão DVA retorna ao mercado de agroquímicos no Brasil com a estreia de uma nova marca, a Agroallianz, após nove anos, período em que a companhia não poderia atuar no segmento de defensivos agrícolas em território nacional. Em 2021, porém, a empresa já atuava no cenário nacional, mas com soluções de especialidades, tecnologias para fertilizantes e adjuvantes, com foco em bioestimulantes fabricados na Espanha. Recentemente, a companhia investiu em fábrica no Brasil.

A estimativa da Agroallinanz no mercado brasileiro de defensivos é atingir 44 produtos até 2028 (a companhia já chega com 22 produtos, entre fungicidas, inseticidas e herbicidas) e, em cinco anos, pretende faturar no País perto de US$ 100 milhões. “Em 2023, foram US$ 8 milhões somente com o segmento de especialidades, que é recente também. Contudo, para 2025, a expectativa com os agroquímicos é de saltarmos para US$ 25 milhões. Ou seja, três vezes mais a cada ano”, disse em nota o diretor geral da Agroallianz, Fernando Fernandes.

Nos outros países de atuação, o setor de defensivos agrícolas é o grande faturamento da companhia, sendo mais de 800 registros de crop protection. Somente no Brasil eles não estavam sendo comercializados.

“Aqui, nesta retomada, temos ciência de que é um ano atípico, ainda mais difícil. Entretanto, enxergamos o Brasil como uma das maiores potências para nossas soluções e objetivos. A ideia é que, de 8% hoje, o mercado brasileiro passe a representar metade do faturamento anual da DVA toda”, destacou o executivo.

Paralelamente, a companhia entendeu que o mercado de especialidades também era uma demanda importante e com um crescimento muito rápido no Brasil. “Frente a isso, ao longo dessa jornada, o Grupo DVA investiu cerca de US$ 80 milhões para ofertar ao mercado a linha especialidades, distribuídos em Incentia – bioestimulantes e fertilizantes, Adyuvia – adjuvantes, e Esencys – biológicos, além dos protocolos de registros de agroquímicos”, detalhou.

Produção industrial opera acima do nível pré-pandemia em 9 dos 15 locais, mostra IBGE

 

Após três meses de queda, produção industrial cresce 1,4% em ...

A produção industrial operava em fevereiro em nível superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia de covid-19, em nove dos 15 locais pesquisados, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os parques industriais que superaram o pré-covid foram Amazonas (22,1% acima do pré-pandemia), Mato Grosso (14,8% acima), Minas Gerais (13,3% acima), Rio de Janeiro (12,8% acima), Goiás (9,0% acima), Rio Grande do Sul (3,1% acima), Paraná (1,7% acima), Santa Catarina (1,2% acima) e São Paulo (0,2% acima).

Na média nacional, a indústria brasileira operava 1,1% abaixo do pré-crise sanitária.

Os locais com nível de produção aquém do pré-covid foram Pernambuco (-4,2%), Espírito Santo (-4,5%), Ceará (-6,9%), Pará (-15,5%), Nordeste (-17,8%) e Bahia (-20,6%).

Queda em SP exerce maior influência negativa na indústria nacional em fevereiro ante janeiro

 Portal FNP - IBGE aponta aumento da autonomia financeira dos ...


 

O recuo de 0,5% na indústria de São Paulo em fevereiro ante janeiro deu a maior contribuição para a retração de 0,3% da produção industrial brasileira no período. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O setor de derivados do petróleo foi o que mais influenciou negativamente no comportamento da indústria paulista, seguido pelo setor de alimentos e de produtos químicos”, apontou Bernardo Almeida, analista da pesquisa do IBGE, em nota oficial.

Na passagem de janeiro para fevereiro, na série com ajuste sazonal, dez dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas. No entanto, São Paulo responde por cerca de um terço de toda a produção industrial nacional.

Aneel nega recurso da Enel SP e mantém multa de R$ 165,8 milhões à distribuidora

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A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu, por unanimidade dos votantes, manter a multa de R$ 165,8 milhões aplicada à Enel São Paulo por conta da demora em restabelecer o serviço após o apagão de novembro do ano passado.

Na ocasião, uma tempestade com ventos de até 105 quilômetros por hora impactou o fornecimento de energia a milhões de consumidores na capital paulista e região metropolitana. Parte dos consumidores chegou a ficar uma semana sem o serviço.

A multa havia sido aplicada pela área técnica na agência reguladora em fevereiro, mas a empresa recorreu. Agora, a penalidade foi confirmada pela diretoria colegiada da Aneel e deverá ser paga pela empresa.

De acordo com a área técnica da Aneel, a penalidade está sendo aplicada pela demora no restabelecimento do serviço e não pela ocorrência em si. Entre os pontos destacados está o aumento “significativo” da quantidade das equipes apenas na segunda-feira, 6 de novembro, embora a ocorrência tenha se iniciado na sexta-feira anterior, em 3 de novembro.

A agência citou ainda que após 24 horas do início do evento, o serviço foi restabelecido a aproximadamente 60% dos clientes afetados na área de concessão, enquanto em outras áreas também atingidas pela tempestade, mas atendidas por outras empresas, o porcentual era de 80%.

A Aneel pontuou também a piora de indicadores que nos últimos anos. O tempo médio de restabelecimento de interrupções da Enel São Paulo no ano passado, medida até 31 de outubro, ficou em 10,62 horas, acima das 6,82 horas da média nacional. O número de unidades consumidoras com interrupções com duração superior a 24 horas chegou em seu pior nível quatro anos.

Durante a reunião, o representante da Enel SP, o advogado Fabiano Brito, defendeu ser preciso separar as dimensões do evento da atuação da distribuidora. “A concessionária agiu. Pode não ter sido o perfeito, se pode sempre melhorar. Agora, ela efetivamente agiu e religou um milhão de usuários e boa parte das concessionárias do país não tem sequer esse número de consumidores”, pontuou.

Ele chegou a questionar a tipificação da multa e sua dosimetria, ou seja, o valor calculado pela Aneel, mas não foi atendido pelos diretores.