segunda-feira, 6 de maio de 2024

PT: Reconstrução do RS exigirá aprovação pelo Congresso de PEC como durante pandemia

 


RS

A legenda critica "erros trágicos do negacionismo" e o "descaso com as políticas ambientais" (Crédito: Ricardo Stuckert/ PR )

A Executiva Nacional do PT publicou uma nota em que manifesta apoio à aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) “da mesma forma” como na pandemia do coronavírus, quando houve um “orçamento de guerra”.

O texto foi publicado nesta segunda-feira, 6, enquanto parlamentares discutem como se dará a ajuda financeira emergencial ao Estado, após as recentes tragédias.

“A unidade demonstrada neste momento será necessária também na próxima etapa, de reconstrução da infraestrutura e da economia do Rio Grande do Sul, que exigirá a aprovação pelo Congresso de uma PEC para garantir a destinação dos recursos federais incontestavelmente necessários, na quantidade que for necessária, da mesma forma como ocorreu durante a pandemia de covid-19. Situações excepcionais exigem medidas excepcionais”, diz o texto.

O partido também defende que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) “reduza o ritmo dos cortes na taxa básica de juros” e também menciona alterações em políticas públicas.

“A garantia do socorro emergencial e da reconstrução do Rio Grande do Sul, como vem fazendo o governo Lula, tem necessariamente de ser acompanhada de um vigoroso reforço na legislação ambiental e nas políticas públicas de infraestrutura, prevenção frente à crise climática e às emergências ambientais, em todos os níveis federativos”, diz a publicação.

Além disso, a legenda critica “erros trágicos do negacionismo” e o que chama de “descaso com as políticas ambientais”, que, segundo o texto, “estão na origem tanto das enchentes e inundações quanto das secas prolongadas, da morte dos rios e das queimadas que afetam especialmente a população mais pobre em todas as regiões do País”.

Os líderes do Congresso ainda decidem qual será o mecanismo de repasse das verbas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já citou como uma possibilidade a elaboração de uma PEC.

A discussão ocorre após o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ter reivindicado uma espécie de “Plano Marshall” para recuperar o Estado. A demanda foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministros pelo próprio governador, em reunião em Porto Alegre, no domingo, 5.

Seguros para satélites arrecadam mais de R$ 255 mi entre 2019 e 2023, segundo Confederação Nacional das Seguradoras

 CNseg - Confederação Nacional das Seguradoras | LinkedIn


Entre 2019 e 2023, as seguradoras brasileiras arrecadaram mais de R$ 255 milhões com os seguros para satélites, de acordo com levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Ao todo, cinco satélites brasileiros que estão em órbita têm seguros, e há apólices para os chamados nanosatélites, com peso entre 1 e 10 quilos.

O ano de maior arrecadação foi 2021, com R$ 146,3 milhões em prêmios, cifra milhares de vezes superior à de 2019, de R$ 8,8 milhões. Naquele ano, o Brasil lançou o satélite Amazônia-1, o primeiro de observação da Terra que foi totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil.

Os seguros cobrem os danos ocorridos tanto no lançamento dos satélites quanto durante a vida em órbita. Neste último caso, as vigências são de 12 meses, com renovações anuais ao longo da vida útil dos equipamentos. Os satélites de comunicação, como grande parte dos brasileiros, têm vida útil de cerca de 15 anos.

De acordo com a CNseg, o alto risco envolvido faz com que as apólices em geral sejam cobertas por resseguros, com o compartilhamento dos riscos. Nos últimos cinco anos, não houve pagamento de indenizações nesta linha específica.

Ao oferecer cobertura para os ativos e infraestrutura espaciais, as seguradoras garantem que os investimentos da operação estejam protegidos contra possíveis perdas financeiras, diz o coordenador da subcomissão de Seguros Aeronáuticos da CNseg, Carlos Eduardo Polizio. “Isso proporciona um ambiente mais favorável para o desenvolvimento de projetos espaciais de longo prazo no Brasil, com mais confiança dos investidores”, explica.

Madonna recupera o melhor do Brasil em show em Copacabana

 


Madonna reúne cerca de 1,6 milhões de pessoas na Praia de Copacabana

Cantora, que sempre pregou a diversidade, apostou no Brasil diverso (que é gigante) e colocou tudo (e todos) ao mesmo tempo em seu show de cerca de duas horas.Há muito tempo, eu não via tanto verde e amarelo. As cores da bandeira, que tanto desgosto nos causaram nos últimos anos, estão nas redes sociais dos meus amigos, na mídia e em qualquer lugar que fale sobre o Brasil. Até no Tagesschau, mais ou menos o equivalente ao Jornal Nacional da Alemanha, essas cores apareceram na noite deste domingo (05/05).

A diferença é que, desta vez, as cores da bandeira do Brasil não representavam o patriotismo violento e conservador – aquele que, para pessoas como eu, causa desgosto e enjoo –, mas uma festa libertária, subversiva e de celebração da diversidade.

Falo, claro, do show da Madonna, o maior de sua carreira, o quinto maior concerto já feito no mundo, que reuniu 1,6 milhão pessoas em uma cidade violenta como o Rio de Janeiro sem que maiores tragédias fossem registradas – o que, por si só, já é um feito e tanto. Sim, sabemos fazer festa. E isso atrai turismo, dinheiro e gera empregos, o que é ótimo. Mas ainda somos mais que isso.

E Madonna, ao encerrar sua turnê Celebration Tour em Copacabana, com essa mega festa ao ar livre, conseguiu reunir em duas horas o que, acho, nosso país tem de melhor.

O fato do show ser uma celebração democrática e gratuita para centenas de milhares de pessoas é mais do que simbólico. Seria difícil reunir o melhor do Brasil sem brasileiros, não? Ou apenas com uma lista de vips escolhidos a dedo.

“Peguei o metrô e estava lotado, todo mundo cantando e batendo leque”, me disse uma amiga carioca que foi ao show.

Os leques de que ela fala formaram uma espécie de segunda trilha sonora para o show. Em alguns dos vídeos é possível ouvir sons de “coros” de leques, uma marca de homens gays ou drags saudando Madonna, que sempre foi e sempre será uma mãe simbólica dessa comunidade. E ela sabe bem disso.

“A comunidade queer nunca me largou e eu sempre vou lutar por vocês”, disse, no palco, para a multidão, cuja imensa maioria não estava no grupo heteronormativo.

Essa comunidade, enorme e forte no Brasil, está entre os grupos que mais sofreram com o conservadorismo e com o ódio dos últimos anos, vamos lembrar. Eles mereciam, e muito, essa celebração da liberdade. E nós, mulheres, que também sofremos muito nos últimos tempo, e que desde adolescentes temos Madonna como guia, merecemos também.

A cantora, que sempre pregou a diversidade, apostou no Brasil diverso (que é gigante) e colocou tudo (e todos) ao mesmo tempo em seu show de cerca de duas horas.

Beijo gay e lésbico ainda são tabu para muitos? Pois Madonna foi lá e beijou uma trans no palco. Falar de sexualidade feminina é problemático, principalmente se a mulher tiver mais de 50 anos? Pois Madonna, de 65 anos, foi lá e simulou uma cena de masturbação diante de milhares de pessoas e mais toda a audiência da Rede Globo, que transmitiu o espetáculo.

Sim, foi preciso uma mulher transgressora e artista corajosa de 65 anos para quebrar, em duas horas, todos esses tabus de uma vez só.

Isso não é pouco em um país onde uma pessoa transexual é assassinada a cada dois dias e meio, de acordo com levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) divulgado este ano, e onde os números relacionados a crimes relacionados ao machismo também batem recordes todos os anos.

Viva a Pabllo

Não por coincidência, a segunda estrela do show, depois de Madonna, foi a cantora Pabllo Vittar, com quem Madonna rebolou e dançou, enquanto as duas puxaram bandeiras do Brasil. Em um dos momentos mais icônicos, Pabllo pegou, literalmente, Madonna no colo. Além de Pabllo e Madonna correndo e dançando pelo palco, o número do hit Music contou também com jovens percussionistas das alas mirins de várias escolas de samba. Dá para ser melhor?

A escolha de Pabllo para participar do show foi perfeita. A drag, além de ser uma das cantoras mais famosas do Brasil, é a cara da nova geração queer, muito mais bem resolvida do que as gerações anteriores.

Mas é preciso lembrar dos mais velhos. E eles estavam lá. Em um dos números mais emocionantes da Celebration Tour, Madonna lembra de seus amigos que morreram de aids nos anos 80 e 90. A mais que esperta produção de Madonna foi lá e lembrou de algumas das nossas maiores perdas para a aids, como Cazuza, Renato Russo e o escritor Caio Fernando Abreu, por exemplo. Esse trio é parte do que temos de melhor (pelo menos para a minha geração, que foi “educada” por eles).

Mas o show ainda teve muito mais do melhor do Brasil. Em Music, enquanto Pabllo Vittar e Madonna dançavam com a bandeira, no telão, imagens de brasileiros de respeito eram exibidas. Entre eles, estavam a ativista Marielle Franco, o educador Paulo Freire, a ativista e ministra do Meio Ambiente Marina Silva, o rapper Mano Brown, a cantora Maria Bethânia, o ativista cacique Raoni, o indigenista Bruno Pereira (assassinado na floresta amazônica ao lado do jornalista britânico Dom Philips), a atriz Fernanda Montenegro e muitos outros brasileiros que nos ensinam e representam.

É sensacional que essa retomada do “Brasil que deu certo” seja feita por uma mulher de 65 anos.

Madonna é uma das primeiras mulheres a falar sobre etarismo, o preconceito contra a idade. Por mais de uma vez, ela afirmou que não iria mudar de acordo com os anos e que também não “desapareceria”.

Ela já disse que a coisa mais polêmica que já fez na vida foi “continuar por aí”.

Que bom que ela continuou e que nos deu mais essa lição: não há idade limite para ser livre nem para quebrar tabus. E até para alegrar um país. O Brasil estava precisando.

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Nina Lemos é jornalista e escritora. Escreve sobre feminismo e comportamento desde os anos 2000, quando lançou com duas amigas o grupo “02 Neurônio”. Já foi colunista da Folha de S.Paulo e do UOL. É uma das criadoras da revista TPM. Em 2015, mudou para Berlim, cidade pela qual é loucamente apaixonada. Desde então, vive entre as notícias do Brasil e as aulas de alemão.

O texto reflete a opinião da autora, não necessariamente a da DW.

House flipping: comprar imóvel para reformar e revender rende lucro de até 30%

 


Reforma e revenda de imóvel rendem até 30%

Reforma e revenda de imóvel rendem até 30% (Crédito: Arquivo/Agência Brasil)

Comprar casas ou apartamentos para alugar e ter um complemento de renda é uma das formas mais tradicionais de investimento dos brasileiros. Agora, essa prática vem sendo aperfeiçoada, com a aquisição de imóveis para reformar e vender posteriormente, algo comum nos Estados Unidos.

Chamada house flipping, no jargão do setor, a prática consiste em encontrar boas oportunidades de compra de imóveis, especialmente residenciais, a preços atrativos para reformá-los e revendê-los. A prática gera lucros entre 20% e 30% em um prazo médio de 12 meses.

A estratégia de reformar e revender imóveis é vista como uma das melhores formas de obter lucro com esse tipo de ativo no Brasil atualmente, ao lado do investimento em fundos imobiliários. Mas é preciso técnica e agilidade para não perder dinheiro. Os preços dos imóveis em cidades como São Paulo, maior mercado imobiliário do País, às vezes sobem abaixo da inflação. Por isso, o tempo entre a compra, a reforma e a revenda, segundo especialistas, deve ser de até 12 meses, para evitar problemas como perda da margem de lucro por conta do pagamento de contas de condomínio e IPTU.

No primeiro trimestre de 2024, segundo dados do QuintoAndar, o preço médio do metro quadrado (m²) na capital subiu 3,73% em 12 meses, ante uma inflação acumulada de 3,93%. Mesmo para quem busca lucro com aluguéis, a rentabilidade anual é de 6%. Já os fundos imobiliários – que fazem a gestão de propriedades comerciais e residenciais – podem oferecer rentabilidade média mais alta. Segundo o índice Ifix, que reúne os principais ativos dessa classe, a valorização dos fundos imobiliários foi de 17,96% nos 12 meses terminados em 3 de maio -, mas deve-se levar em conta que esses fundos são ativos de renda variável, sujeitos à volatilidade do mercado.

Com a prática de comprar imóveis para reforma e revenda em curto prazo, segundo especialistas, os investidores conseguem obter retornos entre 20% e 30%. No caso de imóveis comprados em leilões, o retorno pode ser ainda maior, a depender do desconto no ato da compra e do tempo para a desocupação do imóvel.

Por isso, a prática tornou-se comum entre pessoas físicas e também empresas. Quatro a cada dez pessoas que compraram imóvel residencial em 2023 disseram ser para investimento. De acordo com o Raio-X FipeZap de dezembro, entre quem comprou uma propriedade com essa finalidade no ano passado, 46% disseram esperar ter lucro com a revenda e 54% contam com o lucro vindo do aluguel. A maior parte dos investidores, segundo a Fipe-Zap, é do sexo masculino (71%) com mais de 50 anos de idade (52%) e renda mensal acima de R$ 15 mil (48%).

Entre empresas, a Loft chegou a atuar nesse mercado por alguns anos, mas optou por mudar para se tornar uma plataforma de conectividade e de dados para o mercado imobiliário, o que a ajudou a deixar as contas no azul.

Essa prática tem se provado ser melhor para pessoas físicas ou para empresas de menor porte, com crescimento controlado, e não no ritmo alucinante das startups de tecnologia. Esse é o caso da Brise, que realiza projetos em São Paulo.

A empresa faz três projetos por ano, reformando apartamentos que compra. “Compramos em um preço de oportunidade, abaixo do mercado, geralmente apartamentos em situações muito precárias, que nunca foram reformados. A nossa reforma valoriza características antigas e entrega um projeto contemporâneo”, diz Arnaldo Borensztajn, sócio da Brise, que atua no centro e em bairros nobres da capital paulista.

Push Matcha capta R$ 4 milhões e anuncia rebranding para Push & Pow

 


Com aporte da Moriah Asset, empresa muda o nome, quer se tornar referência no segmento e projeta aumentar as vendas de energéticos em 10x até o final do ano

 

 

Bruno Rohlfs, cofundador e CEO da Push, idealizadora do produto, batizado como Pow

Bruno Rohlfs, cofundador e CEO da Push, idealizadora do produto, batizado como Pow (Crédito: Divulgação)

Ser referência no segmento de energéticos e ganhar escala com a venda da bebida em latas. É assim que a Push & Pow – antiga Push Matcha -, empresa que criou o primeiro energético natural, à base de matcha, voltado para as novas gerações, quer ser reconhecida. Para isso, a empresa acaba de receber um aporte de R$ 4 milhões, liderado pela Moriah Asset e por Georgios Frangulis, da Oakberry, com meta de aumentar em 10x a quantidade de energéticos vendidos até o final do ano. Além da captação, a companhia anuncia seu processo de rebranding com novo nome, Push & Pow, com objetivo de dar mais destaque e crescimento para o energético, que agora é o seu produto principal. Push Matcha continuará existindo, mas como produto.

Este movimento não apenas atende a uma demanda crescente por produtos energéticos mais saudáveis, mas também representa um passo significativo na diversificação do mercado de bebidas energéticas. “No Brasil, nunca existiu uma marca ou produto que fosse posicionado para a criação de um energético natural que atenda de fato as demandas de comportamento das novas gerações e das mulheres. Queremos nos estabelecer como marca de lifestyle saudável e atingir a galera mais jovem para ser a número 1 em energéticos saudáveis na América do Sul, antes de ganhar o mundo”, diz Bruno Rohlfs, cofundador e CEO da Push, idealizadora do produto, batizado como Pow.

O energético saudável da marca é zero açúcar, de baixa caloria, não contém taurina e além da cafeína do matcha, é rico em vitaminas e fibras e com ação antioxidante. Em 2023, o Pow ganhou o prêmio de 2ª melhor bebida natural da América Latina pela NaturalTech, a maior feira do segmento na região.

A decisão de direcionar o produto no público “Gen Z” e feminino surgiu das interações estabelecidas pela marca com micro e nano influenciadoras, principalmente no TikTok, onde a presença feminina predominou por um longo período. Além disso, considerando que aproximadamente 70% do mercado de produtos saudáveis no Brasil é composto por mulheres, a estratégia de comunicação da marca sempre esteve alinhada a esse perfil, em contraste com outras marcas que optam por abordagens distintas.

Segundo Rohlfs, o dinheiro será usado para ampliar a produção da bebida dos lotes atuais, de 40 mil unidades, para lotes de meio milhão. “Passaremos a trabalhar com um distribuidor de grande porte, para aumentar a nossa presença em grandes pontos de venda e potencializar os resultados de ações de marketing”, afirma ele.

Em paralelo, o número de sabores vai crescer, já com a nova embalagem que segue a estratégia de rebranding. Hoje são dois: sour pink lemonade e lemon boost, vendidos em embalagens rosa e verde fluorescente, com tipologia “viva e descolada. “Em 2025, será lançada a versão de tangerina e, depois, mais uma ou duas por ano”, comemora Rohlfs.

Em 2023, quando o Pow foi lançado, a empresa vendeu cerca de 100 mil latas e faturou R$ 1,8 milhão, conta o empresário. Com o aporte, a meta para os próximos anos é bem mais ambiciosa. Em 2024, a expectativa é alcançar 1 milhão de latas comercializadas e faturamento de R$ 8 milhões. “Em 2026, queremos atingir nosso ambicioso objetivo, vender 1 milhão de latas por mês em mais de 10 mil pontos de vendas”, afirma Rohlfs.

Para Fabiano Zettel, CEO da Moriah Asset, empresa de investimento focada nos segmentos de mídia, saúde e bem-estar, esta é uma proposta inovadora, em um segmento com alto potencial de crescimento, alinhada às principais tendências em consumo de bebidas e alimentos no mundo. “Faz todo sentido dentro do nosso portfólio de empresas investidas, não só pela lucratividade potencial, mas também pela possibilidade de uma série de sinergias”, aponta.

Marketing de influência

Para dar vazão ao crescimento da produção, a Push & Pow pretende dar continuidade à sua estratégia de marketing, fortemente baseada em influenciadores e criação de comunidade por meio de experiências físicas e conteúdo digital orgânico e autêntico. Além disso, quer criar e expandir eventos e ações de relacionamento em pontos de venda estratégicos.

“Vamos colocar o produto em pontos de venda âncora, para gerar demanda, como grandes escritórios, centros comerciais, faculdades e academias, onde podemos atingir público jovem e também influenciar aqueles que já têm o comportamento de consumir energéticos tradicionais. Assim, atingimos o público em um local onde as pessoas demandam energia e foco”, afirma Rohlfs.

Segundo o empresário, a empresa já comercializa em escritórios de grandes companhias financeiras e de tecnologia, localizadas na região da avenida Faria Lima. Também quer ampliar o número de pontos de venda, levando junto iniciativas de marketing para criar conexão e um senso de comunidade com os clientes, como um clube de corrida da marca. “São empresas nas quais o RH faz movimentos para que os colaboradores adotem hábitos mais saudáveis e nós temos um produto que atende a essa demanda”, diz o CEO.

Um dos principais diferenciais do Pow é o elemento base de sua composição. O produto é feito a partir do matcha, concentrado em pó do milenar chá-verde japonês que, apesar de ter mais cafeína que um expresso, tem liberação gradual da substância, de forma mais lenta, evitando picos de euforia e ansiedade. Também é famoso por ajudar a regular o intestino, acelerar o metabolismo e ter outras substâncias, como a L-Teanina, que relaxa a musculatura. “É uma bebida que te dá energia de forma equilibrada. É ideal para trabalhar, estudar e fazer esportes”, afirma Rohlfs.

Em 2021, quando foi criada, a Push divulgava os benefícios do produto, então vendido apenas em pó, em vídeos no Tiktok pelos de micro e nano influenciadores jovens, que já conheciam o matcha por outros produtores de conteúdo, principalmente dos Estados Unidos. Chegou a trabalhar com mais de 1 mil, e a ter 250 ao mesmo tempo. Mas Rohlfs diz que com a criação da versão em lata, para facilitar e expandir o consumo, reduziu para 60, com a intenção de dar mais atenção e criar conteúdo cada vez mais autêntico com o propósito da marca, de superação de limite. A estratégia vem alinhada com a demanda do público por influenciadores ou atletas que realmente gostam da marca e do produto que estão divulgando.

Para chegar à formulação atual do produto, o empresário conta que gastou quase R$ 1 milhão em pesquisa e desenvolvimento. Na composição, em fase de registro de patente, além do matcha que vem direto do melhor produtor do mundo, no Japão, entram guaraná da Amazônia e outros ingredientes brasileiros, que formam a base à qual são adicionados os sabores. A empresa ainda vende a versão em pó do matcha, que hoje não é mais a linha principal de receita, mas ainda é muito importante para a educação do público sobre a iguaria japonesa e como tomar ela em diversos momentos e formas.

Momento de virada

Rohlfs conta que conheceu o matcha pela namorada, em um período difícil no trabalho. Formado em economia pelo Insper, o empresário havia conseguido o “emprego dos sonhos” no mercado financeiro, mas tinha uma rotina muito pesada. Trabalhava até de madrugada e, para aguentar, tomava mais de 10 cápsulas de café ao dia. “Ficava muito ansioso, tinha refluxo e produtividade muito baixa. Sem tempo pra fazer exercícios, cheguei aos 123 quilos”, diz.

A virada veio com um ultimato de sua parceira e a sugestão para que trocasse o café pela matcha, que ela já tomava. Depois de ver os benefícios do produto, Rohlfs ficou curioso para saber porque não havia ninguém vendendo no Brasil. Pesquisou referência nos Estados Unidos, encontrou um fornecedor no Japão e decidiu empreender. Com o apoio de outros amigos que já haviam seguido caminho semelhante, “pediu as contas”, se juntou a um designer como sócio e lançou a Push, em fevereiro de 2021.

Hoje, além da Moriah e de Georgios, a empresa conta com um grupo smart money de investidores anjos que entraram no começo da marca e têm papel estratégico de networking e conhecimento. Entre eles, estão Juliana Felmanas Marques, da família dona da Cimed; Alexandre Liuzzi, co-fundador da Remessa Online; Rodrigo Bezerra e a GBM Investimentos; João Pedro Pentagna Guimarães, do Banco BS2; Juliana Bechara, do Bioma Food Hub; João Jonk, fundador da Trela; Stefano Masini, da Hubla; Rodrigo Marsili, da SaudaBe; Roger Rohlfs, da ARM Holding; João Pedro Perpetuo, do grupo Hyperlocal; entre outros empreendedores, executivos e famílias.

“No longo prazo, não queremos fornecer para as pessoas só energia, mas também dar suporte ao pós-energia, para que possam dormir melhor, por exemplo, tudo com a intenção de ajudar as pessoas a superar mais os limites do dia a dia. Para isso, precisamos de bons sócios, como a Moriah e o Georgios, que além de investir contribuem com conhecimento, fortes sinergias e pontes importantes no mercado”, finaliza o empreendedor.

 

 https://istoedinheiro.com.br/push-matcha-capta-r-4-milhoes-e-anuncia-rebranding-para-push-pow/

Excesso de anúncios nas telas faz consumidores desistirem de compras online, diz pesquisa

 


Compras pelo celular

Compras pelo celular (Crédito: Pexels)

Basta uma rápida passada pelas redes sociais, aplicativos do celular, ou vídeos em sites de streamings para nos depararmos com algum tipo de publicidade. O que deveria ser um incentivo às compras, no entanto, tem gerado um efeito oposto no público. Dados da pesquisa The Empowered Consumer, realizada pela Accenture, apontam que 75% das pessoas reclamam do excesso de publicidade nas telas, o que teria causado a desistência de 74% das compras nos últimos três meses de 2023.

A Accenture ouviu cerca de 19 mil consumidores de 12 países, incluindo o Brasil, para analisar o impacto dos anúncios no público e oferecer dados sobre as decisões dos consumidores nos setores de varejo, viagens e bens de consumo, entre outros. “Essa é uma pesquisa global que cobre vários países para entender essa relação do público com a publicidade, com foco nos principais mercados”, diz Silvio Barboza, diretor da área de Produtos da Accenture Brasil.

A pesquisa também revelou que 73% dos entrevistados se sentem “inundados” por muitas opções de compra, enquanto 71% deles não veem nenhum ganho para tomar uma decisão de compra. Barboza explica que essa sensação negativa na relação com a propaganda vem crescendo nos últimos anos, haja vista o aumento das opções de canais e pontos de conexão das marcas com o público – novos aplicativos, redes sociais, serviços de streaming e afins.

“É uma tendência crescente, essa proliferação de iniciativas das diferentes indústrias vai no sentido de tentar conexão com o consumidor diretamente, o que tem feito com que a quantidade de abordagens sem um foco adequado, sem a menor personalização, tenha se ampliado no dia a dia do público”, diz. “Essa multiplicidade de canais e de oferta de produtos faz com que o consumidor fique confuso.”

IMPACTO GERACIONAL

Na avaliação de Cecília Russo, da Troiano Branding, o efeito negativo mostrado pela pesquisa da Accenture indica um desconhecimento de marcas e anunciantes da forma mais eficaz de comunicar seu propósito e produtos. “As marcas não podem só jorrar conteúdo. É preciso mostrar para que vieram ao mundo, como tornam a vida do cliente melhor, qual significado carregam, como ajudam a realizar sonhos. Só que de forma efetiva, não vazia”, diz.

De acordo com o relatório da Accenture, o impacto negativo da publicidade na percepção dos usuários pode ser ainda pior quando se leva em conta os recortes geracionais. A pesquisa mostra que o porcentual de consumidores que abandonaram as compras pelo excesso de publicidade sobe para 79% entre os millennials, e dispara a 89% entre usuários da geração Z.

Barboza, da Accenture, diz que diferencial do impacto entre consumidores mais jovens está associado ao fato dessa geração ser mais conectada e, portanto, mais exposta à propaganda. “É natural que as gerações mais recentes sejam mais digitais, assim, o grau de acesso a outras experiências é maior e portanto, o nível de paciência e resiliência para não desistir de uma compra é menor para os mais jovens.”

Para a presidente do IAB Brasil, Cristiane Camargo, um dos principais trabalhos da entidade, que reúne os anunciantes, hoje é justamente encontrar um equilíbrio na relação entre marcas e consumidores. “O entendimento da eficiência e do equilíbrio entre volume de investimento e o retorno sobre investimento tem de ser um cálculo perseguido e polido por quem compra e vende mídia incessantemente.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 5 de maio de 2024

Randon e Fras-le retomam operações no Rio Grande do Sul nesta segunda-feira

 


A Frasle Mobility, controlada pela Fras-le S.A., e a Randoncorp, da Random Implementos e Participações, divulgaram na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Comunicado ao Mercado informando que a maioria de suas operações no Rio Grande do Sul será retomada nesta segunda-feira, 6, após paralisação causada pelas fortes chuvas no estado.

Segundo as companhias, as operações foram suspensas em 2 de maio em decorrência do estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul. As medidas consideram o contexto e as condições nas cidades envolvidas, “respeitando e preservando os profissionais que estejam passando por dificuldades em suas moradias ou com familiares”, escrevem.

“A companhia reforça ainda que está tomando todas as medidas necessárias para adequar suas operações ao cenário atual, priorizando antes de tudo a segurança das pessoas”, diz a nota. Frasle Mobility e Randoncor expressam ainda sua solidariedade a todos os afetados pela tragédia e seguem atentas aos desdobramentos da situação, informando de maneira tempestiva, “qualquer atualização relevante relacionada a este tema”.