Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
A
juíza do plantão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS),
Fernanda Ajnhorn, determinou que a empresa Meta Plataforms, que gere o
Facebook, exclua, em 24 horas, as publicações com conteúdo de
desinformação que questionam a atuação do estado em ações de socorro às
vítimas da tragédia climática que atinge os municípios gaúchos. A ordem
atende a uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Rio
Grande do Sul (MPRS).
Na
mesma decisão, a magistrada determinou que autor das notícias
falsas “não poderá reiterar as afirmações, sob pena de aplicação de
multa no valor de R$ 100 mil”.
Segundo
o MPRS, sem provas, ele noticiou nos seus perfis nas redes sociais, de
grande alcance do público e com milhões de seguidores, que o governador
do estado do Rio Grande do Sul e a Brigada Militar “estariam obstando
que barcos e jet skis, de propriedade privada, realizassem
salvamentos e resgates na região de Canoas, por suposta ausência de
habilitação dos condutores destes meios de locomoção”.
Na decisão
liminar tomada na quinta-feira (9), a juíza levou em consideração a
calamidade pública decretada no Rio Grande do Sul, causada pelas fortes
chuvas que têm castigado o estado nas últimas semanas. Ela considerou
ainda os inúmeros prejuízos provocados pelos alagamentos, que deixam o
povo gaúcho em uma situação de vulnerabilidade.
“A disseminação de
informações inverídicas, sem embasamento na realidade sobre a atuação
estatal, atrapalha o delicado trabalho de socorro, gerando incerteza e
insegurança à população, com potencial de desestimular a ajuda da
sociedade civil”, apontou a magistrada em nota publicada no site do MPRS.
A Agência Brasil solicitou uma declaração da Meta Plataforms, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.
Uma
das maiores franquias de bolos do Brasil, marca aposta em mais lojas,
internacionalização, gestão e portfólio diversificado — inclusive para
pets
Sodiê Doces: faturamento de R$ 640 milhões em 2023 (Crédito:Divulgação)
editora3i
Fundada em 1997, a massa levinha e fresca, de pão de ló, sempre foi a receita de sucesso da Sodiê Doces.
Embora ainda seja o grande trunfo, novos ingredientes foram adicionados
para fazer a marca crescer: uma pitada de diversificação do cardápio,
uma colher (bem cheia) de transparência na gestão para os franqueados e
uma dose elevada de novas lojas – dos formatos até a arquitetura. Com
isso, a rede paulista registrou faturamento de R$ 640 milhões em 2023,
15% mais do que em 2022. E com essa nova receita, a marca estima faturar
mais de R$ 700 milhões neste ano. A cereja do bolo é o acréscimo de
itens presenteáveis e produtos para pets. “É uma empresa com uma gestão inovadora e que atende todos os tipos de investidores e clientes”, afirmou Cleusa Maria da Silva, fundadora da Sodiê Doces.
Um dos responsáveis pelo mix dos novos ingredientes foi Fabio Araujo, diretor-geral da marca.
Desde a sua entrada em agosto de 2022, a companhia passou por várias
mudanças para se destacar diante de uma concorrência diversa, que vai
desde redes do setor e padarias até boleiras informais, e em
crescimento, devido ao impulso do delivery.
Para a empresa, que comercializa 550 mil bolos por mês,
a principal estratégia foi reduzir a dependência do carro-chefe da
casa, recheando o cardápio com opções de doces sem açúcar e veganos,
bebidas quentes e geladas, e com novidades na linha de salgados, como o
pão de queijo. Esse cardápio não foi desenvolvido apenas para oferecer
todos os produtos de uma festa. A proposta é também atrair cada vez mais
o cliente para o consumo no local.
E para a receita continuar crescendo, mais dois ingredientes: bolos e muffins para gatos e cachorros e chocolates para presentes
(barras, trufas e caixas de bombom). Ambos os produtos estão previstos
para lançamento em julho deste ano. O primeiro, com linha voltada para
pets, pode parecer uma porção de ousadia da rede.
Mas, segundo pesquisa da YouGov, nos Estados Unidos,
quase metade dos “pais de pet” celebram os aniversários de seus animais
de estimação e compram presentes. No Brasil, o anuário Comac (Comissão
Animais de Companhia) de 2022 apontou que 77% dos entrevistados possuem
algum tipo de pet em casa. Fabio Araujo disse que os produtos para os
bichinhos de quatro patas são pedidos frequentes por parte dos clientes.
“A constante procura e o crescimento de gatos e cachorros nos lares foram fatores decisivos para o desenvolvimento da linha”, afirmou o diretor.
A
expansão não ocorre apenas no portfólio da marca. O último ano foi
marcado pela maior expansão anual da Sodiê no número de lojas, passando
de 341 unidades em 2022 para 374 em 2023. Entre elas, duas lojas em
Orlando, nos Estados Unidos.
O segredo
para obter esse crescimento deve ser atribuído a fatores como o novo
olhar de gestão para os franqueados, fundamentais para a empresa que
entrou no setor de franchising em 2006 e atualmente não possui lojas
próprias. Segundo Araujo, a disponibilidade e transparência de números, dados e análises do negócio abriu portas para uma nova gestão. “Buscamos
melhorar a margem do franqueado através de reformulações de sistemas e
mais acesso às informações atuais e previsões futuras”, disse o executivo.
EXPANSÃO
Se
a expansão internacional dá um toque especial para o momento da Sodiê, a
ampliação de lojas para estados do Nordeste, além de São Paulo, onde a
companhia nasceu, também foi e segue como uma prioridade.
Para crescer, a empresa investiu em novos modelos de lojas.
Além dos formatos tradicionais e pontos de vendas, que requerem
investimentos mais altos, de R$ 650 mil e R$ 450 mil, respectivamente, a
marca apostou em outros três tipos de lojas: quiosque (investimento
inicial de R$ 150 mil), contêiner (entre R$ 160 e R$ 250 mil) e express
(de R$ 170 a R$ 230 mil). “São formatos menores, já que não têm
cozinha para as produções e, por isso, têm custo de instalação até 60%
menor comparado às outras lojas. Foram pensados para supermercados,
parques, shoppings, escritórios e postos de gasolina”, afirmou Araujo.
R$ 640 milhões Foi o faturamento da sodiê em 2023, um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. Para 2024, estima-se que a cifra ultrapasse R$ 700 milhões
Dessa
forma, a estimativa é abrir 40 lojas neste ano, sendo 50% já nos novos
modelos, chegando a mais de 410 unidades no Brasil e nos Estados Unidos,
mercado no qual a Sodiê ingressou com licenciamento e aguarda
autorização para operar como franquia. Além disso, parcerias com a Nutella e Mattel, e até com celebridades como Ana Maria Braga e Larissa Manoela,
são elementos especiais para o fortalecimento da marca com o público.
Com tantos ingredientes, a nova receita é simples: crescer vendendo bem
mais do que bolos.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou ao Estadão
que o seu papel é o de deixar um amplo pacote de corte de gastos pronto
para dar opções ao governo. Esse leque de medidas, segundo ela, “vai de
A a Z” e é muito mais amplo do que apenas o debate sobre uma eventual
desvinculação de benefícios previdenciários do reajuste do salário
mínimo. Se o arsenal será ou não usado, aí a decisão “será política”,
diz a ex-senadora.
“Até o final do ano, a minha equipe, junto com o
Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), vai estudar, colocar
no papel e fazer um levantamento oficial do impacto da vinculação do
salário mínimo aos demais benefícios acima da inflação; do piso
(constitucional da Saúde e Educação); e de outros programas. E, aí,
vamos deixar o pacote pronto”, diz Tebet. “Vai ser usado? É uma decisão
política. Não vai ser usado? Também é uma decisão política.”
A
declaração de Tebet ocorre após fala do ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, contra a proposta de desvinculação do reajuste das
aposentadorias em relação à correção do mínimo. Ao Estadão/Broadcast, Haddad disse não ver “muito espaço” para a discussão no governo.
Segundo
ele, o tema foi superado quando a pasta propôs, sem êxito, que a
valorização do piso nacional fosse definida pelo avanço do PIB per
capita. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou, porém,
por uma fórmula com reajuste maior.
ARCABOUÇO
Como mostrou o Estadão
no fim de abril, a projeção de gastos feita pela equipe econômica para
os próximos anos mostra que o aumento de despesas obrigatórias, entre
elas, os benefícios previdenciários e os pisos constitucionais de Saúde e
Educação, vai pressionar cada vez mais o arcabouço fiscal – aprovado no
ano passado.
De
acordo com economistas, o governo terá de escolher entre o arcabouço e a
manutenção dos gastos mínimos com as duas áreas – os quais têm regras
que os fazem crescer num ritmo mais acelerado do que o limite do próprio
arcabouço.
Questionado sobre a viabilidade dos pisos, Haddad foi
na mesma linha de Tebet e disse que se trata de “decisão política”.
Segundo ele, o governo terá mais clareza sobre o quanto essas despesas
estão comprimindo as demais no fechamento da próxima peça orçamentária.
Outro
item que está na lista de Tebet é o Fundo da Educação Básica (Fundeb),
já que, de acordo com ela, os repasses aos municípios estão “aumentando
demais”, sem que haja um desenho de melhora da política pública.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O
Rio Grande do Sul terá mais três hospitais de campanha montados pelo
Ministério da Saúde (MS). Com isso, já somam cinco as unidades montadas
pela pasta nesta semana, auxiliando o estado a enfrentar os problemas
decorrentes das enchentes que atingem o estado desde o fim de abril.
Segundo
o ministério, as estruturas começam a ser montadas neste sábado (11) em
Porto Alegre, devendo ser concluídas em até dois dias. Uma delas será
instalada no município de São Leopoldo, localizado a 40 quilômetros da
capital gaúcha.
“Os
insumos e suprimentos para as unidades, como medicamentos, serão
disponibilizados pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias estadual e
municipais de Saúde”, informou o ministério. De acordo com a pasta, na
sexta-feira (10) foram entregues, ao estado, mais 30 kits emergenciais
com medicamentos e insumos. Cada um deles com capacidade para atender
1,5 mil pessoas por um mês.
Ao todo, já foram disponibilizados 50
kits de emergência, desde o início da situação de emergência no estado, o
que poderá auxiliar no atendimento de cerca de 75 mil pessoas até o fim
do mês. Outros 50 kits já foram solicitados e já estão sendo preparados
para envio.
Segundo o diretor do Departamento de Emergências em
Saúde Pública do MS, Márcio Garcia, os três hospitais de campanha
resultarão em uma “grande ampliação de atendimentos” para a população,
após várias unidades de saúde de referência terem sido danificadas.
Rede está presente em 20 estados e no Distrito Federal (Crédito: Divulgação/ Outback)
Bruno Pavani
A
Blooming Brands, dona da rede Outback, está analisando vender a
operação no Brasil. Mesmo o país sendo responsável por cerca de 80% do
faturamento internacional da companhia, o grupo anunciou que está
estudando alternativas, incluindo a venda da operação no Brasil.
A
avaliação de uma possível saída do brasil foi divulgada no relatório
dos resultados financeiros do primeiro trimestre de 2024, que mostrou
uma queda no faturamento global. O
grupo somou US$ 1,2 bilhões em receitas totais nos três primeiros meses
do ano, com queda de 4% sobre o mesmo período de 2023. Também houve
queda na margem operacional da companhia de 9,7% para 6,4%.
Em
2023 a companhia, que também é dona das marcas Abraccio e Aussie Grill,
apresentou um aumento de 5,5% nas vendas no Brasil. No entanto, os
números do primeiro trimestre de 2024 mostraram uma queda de 0,7% nas
vendas no país.
De acordo com reportagem do Valor Econômico, a Bloomin’ Brands vem avaliando a venda das operações da rede no país desde 2022. A necessidade de acelerar o crescimento da rede também motivou a buscar de novos sócios.
Procurada pela IstoÉ Dinheiro,
a companhia confirmou que está avaliando uma possível venda da operação
no Brasil, mas destacou o compromisso com as marcas no país. “A
Bloomin’ Brands confirma que está explorando alternativas estratégicas
para os restaurantes no Brasil, incluindo, mas não se limitando, à uma
possível venda. Reafirmamos o nosso compromisso com nossos negócios e
marcas em território brasileiro que possuem grande potencial de
crescimento”, afirmou, em nota.
Outback está no Brasil desde 1997
A informação que circulava no mercado dois anos atrás, segundo reportagem do Valor, era de Peter Rodenbeck, hoje com 84 anos, estaria buscando uma saída do negócio. Fundos
estrangeiros foram sondados no ano passado, quando os negócios vinham
numa recuperação, após a queda nas vendas até 2021.
Foi Rodenbeck quem trouxe a rede para o Brasil em 1997. Na década de 1970 ele também foi o responsável por trazer o McDonald’s para o país.
Em
nota, a Bloomin’ Brands Brasil esclareceu, no entanto, que Rodenbeck
não tem mais nenhum envolvimento com a marca “há muito tempo”.
O
economista e investidor da Corano Capital, Bruno Corano, entende que o
posicionamento da companhia dá margem para muitas interpretações
. “Embora no último trimestre a empresa tenha dado prejuízo, eu não acho
que essa é a motivação. O negócio é bem parrudo, muito sólido. Nos
últimos anos, em razão da pandemia, surgiram novos desafios, e isso
remete justamente ao ponto da gestão, que às vezes, depois de tantos
anos tocando um negócio, quando você precisa mais uma vez se reinventar,
às vezes prefere jogar a toalha. Mas o Brasil não vai deixar de contar
com o Outback”, afirmou.
Outback virou fenômeno no país
Apesar
dos números mostrarem dificuldades, o Outback é um sucesso em várias
partes do país. A churrascaria de estilo australiana já foi eleita o
restaurante mais popular do Rio de Janeiro e o restaurante de shopping
mais popular em São Paulo por cinco anos consecutivos.
A rede tem mais de 150 restaurantes no país e investiu R$ 20 milhões em expansão em 2023. O
Outback está presente no Brasil desde 1997, quando inaugurou o primeiro
restaurante no Rio de Janeiro. Hoje, presença em 20 Estados e no
Distrito Federal.
A popularidade do Outback no Brasil foi assunto
internacional no ano passado. Uma reportagem publicada pelo Washington
Post deixou americanos chocados com o sucesso da rede os brasileiros.
Outback se tornou um “marco cultural” para os brasileiros, destacou o
jornalista, acrescentando que muita gente nem sequer sabe da origem
americana por trás da comida com toque australiano.
Marcelo
Toledo, professor de marketing do curso de Administração da ESPM,
explica que o ‘hype’ em volta do Outback tem a ver com atendimento,
preço e ambiente diferenciado.
“Uma
boa experiência do cliente, com um ambiente diferenciado e um cardápio
que não se encontra em outros restaurantes, por um valor acessível a seu
público. Dentro deste segmento, podemos falar que é um luxo acessível
para aqueles que desejam ir a um restaurante diferente e com uma boa
comida”, contou.
Na
quarta-feira, 8, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
anunciou que médicos registrados no Conselho Regional de Medicina do Rio
Grande do Sul (Cremers) estão autorizados, em caráter temporário, a
disponibilizar receitas online de medicamentos de uso controlado, como
entorpecentes e psicotrópicos, para a população do RS, que há duas
semanas vivencia uma das suas piores tragédias climáticas e limitações
em relação ao acesso aos serviços de saúde.
O processo deve
ser realizado por meio de plataforma digital criada pelos Conselhos
Regionais de Medicina do Brasil em abril de 2020, durante a pandemia de
covid-19, e já conta com 5 milhões de documentos emitidos. Agora, com o
respaldo da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, o Cremers agiu
para promover o uso da ferramenta, visando garantir maior facilidade de
acesso àqueles que fazem uso de medicamentos controlados, além do
controle da prescrição e rastreabilidade dos medicamentos dispensados.
A
ferramenta digital do Cremers poderá ser utilizada para auxiliar
pessoas que estão em áreas isoladas ou com difícil deslocamento. Dessa
forma, aqueles que precisarem de medicamentos que só poderiam ser
prescritos nas notificações de receita azul e amarela, que englobam
entorpecentes e psicotrópicos, poderão solicitar aos seus médicos que
prescrevam as medicações por meio da plataforma digital.
“A
emissão de receitas para medicamentos de controle especial vai
beneficiar principalmente aqueles pacientes psiquiátricos e oncológicos
que foram afetados pelas enchentes”, declarou o presidente do Cremers,
Eduardo Neubarth Trindade, em comunicado.
A ferramenta já
está disponível para uso dos médicos gaúchos registrados no Cremers.
Para utilizar, basta acessar o ‘Espaço Médico’, no site do Conselho
Regional. Em breve, a emissão das receitas digitais também estará
disponível por meio do aplicativo do Conselho de Medicina.
A
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias
do Rio Grande do Sul (Fiergs) apresentaram à Secretaria de Comércio
Exterior (Secex) e à Câmara de Comércio Exterior (Camex) propostas para
adoção de medidas emergenciais e temporárias que facilitem o comércio
exterior e auxílio adicional à população do Estado do Rio Grande do Sul,
em calamidade pública por causa das fortes chuvas. A indústria defende
que a inspeção de cargas importadas com bens de ajuda humanitária,
suprimentos essenciais e produtos perecíveis, como alimento e
medicamentos, seja acelerada.
“As medidas são particularmente
relevantes para viabilizar ajuda, mas também porque o Rio Grande do Sul é
o segundo Estado com maior concentração de empresas exportadoras do
Brasil, com 11,1%. São quase três mil exportadores, mais de 50% de médio
e grande portes”, destaca a CNI em nota.
As
entidades afirmam que, neste momento, é preciso agilizar a liberação de
cargas, com foco em insumos para indústria e a população; e autorizar o
reconhecimento tanto físico como digital de documentos e certificados
para acelerar a liberação de produtos importados e exportados. Essas
medidas, segundo a CNI, ajudariam a minimizar os impactos das enchentes
no Estado, garantindo acesso tempestivo da população gaúcha a itens
essenciais, criando ambiente favorável à retomada da atividade econômica
e a reconstrução do Estado.
“O Rio Grande do Sul é extremamente
importante para o setor industrial brasileiro, dada a relevância e a
diversidade do tecido empresarial gaúcho. Precisamos agora olhar
tempestivamente, com ações paliativas de curto prazo, como a
simplificação de processos aduaneiros que acelerem as operações de
apoio, e de longo prazo, com medidas mais estruturantes de fomento ao
comércio exterior. As propostas foram muito bem recebidas pelo
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)”,
diz o presidente da CNI, Ricardo Alban.
O setor industrial defende
ainda que o governo estabeleça mecanismo de financiamento emergencial,
carência e renegociação voltado ao capital de giro, para ajudar na
retomada das atividades das empresas exportadoras que foram afetadas
pelo desastre natural.
Outra proposta apresentada é a
desburocratização dos procedimentos para importação e exportação e
facilitação das operações, adiando prazos de pagamento de encargos e
taxas aduaneiras. CNI e Fiergs ainda pedem a ampliação do prazo máximo
entre a contratação e liquidação do contrato de câmbio de exportação de
750 dias para 1,5 mil dias após o embarque da mercadoria. Para os
financiamentos direcionados ao comércio exterior, como o Proex, as
entidades defendem carência para os pagamentos.
“A
situação que estamos vivendo é diferente do que enfrentamos durante a
pandemia de covid-19. Há uma perda permanente de capital, danos
significativos à infraestrutura e problemas logísticos que afetam
diretamente a capacidade de recuperação econômica. O processo de
reconstrução exigirá medidas extraordinárias”, afirma o presidente em
exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira.