sábado, 11 de maio de 2024

Justiça do RS determina retirada de notícias falsas do Facebook

 

Fernanda Ajnhorn - Candidata Direção da Escola da AJURIS - YouTube

A juíza do plantão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), Fernanda Ajnhorn, determinou que a empresa Meta Plataforms, que gere o Facebook, exclua, em 24 horas, as publicações com conteúdo de desinformação que questionam a atuação do estado em ações de socorro às vítimas da tragédia climática que atinge os municípios gaúchos. A ordem atende a uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).

Na mesma decisão, a magistrada determinou que autor das notícias falsas “não poderá reiterar as afirmações, sob pena de aplicação de multa no valor de R$ 100 mil”.

Segundo o MPRS, sem provas, ele noticiou nos seus perfis nas redes sociais, de grande alcance do público e com milhões de seguidores, que o governador do estado do Rio Grande do Sul e a Brigada Militar “estariam obstando que barcos e jet skis, de propriedade privada, realizassem salvamentos e resgates na região de Canoas, por suposta ausência de habilitação dos condutores destes meios de locomoção”.

Na decisão liminar tomada na quinta-feira (9), a juíza levou em consideração a calamidade pública decretada no Rio Grande do Sul, causada pelas fortes chuvas que têm castigado o estado nas últimas semanas. Ela considerou ainda os inúmeros prejuízos provocados pelos alagamentos, que deixam o povo gaúcho em uma situação de vulnerabilidade.

“A disseminação de informações inverídicas, sem embasamento na realidade sobre a atuação estatal, atrapalha o delicado trabalho de socorro, gerando incerteza e insegurança à população, com potencial de desestimular a ajuda da sociedade civil”, apontou a magistrada em nota publicada no site do MPRS.

A Agência Brasil solicitou uma declaração da Meta Plataforms, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.

Muito além do bolo: Sodiê Doces quer faturar R$ 700 milhões em 2024

 


Uma das maiores franquias de bolos do Brasil, marca aposta em mais lojas, internacionalização, gestão e portfólio diversificado — inclusive para pets

 

 

Sodiê Doces: faturamento de R$ 640 milhões em 2023 (Crédito:Divulgação)

Fundada em 1997, a massa levinha e fresca, de pão de ló, sempre foi a receita de sucesso da Sodiê Doces. Embora ainda seja o grande trunfo, novos ingredientes foram adicionados para fazer a marca crescer: uma pitada de diversificação do cardápio, uma colher (bem cheia) de transparência na gestão para os franqueados e uma dose elevada de novas lojas – dos formatos até a arquitetura. Com isso, a rede paulista registrou faturamento de R$ 640 milhões em 2023, 15% mais do que em 2022. E com essa nova receita, a marca estima faturar mais de R$ 700 milhões neste ano. A cereja do bolo é o acréscimo de itens presenteáveis e produtos para pets. “É uma empresa com uma gestão inovadora e que atende todos os tipos de investidores e clientes”, afirmou Cleusa Maria da Silva, fundadora da Sodiê Doces.

Um dos responsáveis pelo mix dos novos ingredientes foi Fabio Araujo, diretor-geral da marca. Desde a sua entrada em agosto de 2022, a companhia passou por várias mudanças para se destacar diante de uma concorrência diversa, que vai desde redes do setor e padarias até boleiras informais, e em crescimento, devido ao impulso do delivery.

Para a empresa, que comercializa 550 mil bolos por mês, a principal estratégia foi reduzir a dependência do carro-chefe da casa, recheando o cardápio com opções de doces sem açúcar e veganos, bebidas quentes e geladas, e com novidades na linha de salgados, como o pão de queijo. Esse cardápio não foi desenvolvido apenas para oferecer todos os produtos de uma festa. A proposta é também atrair cada vez mais o cliente para o consumo no local.

Massa levinha e fresca é a marca registrada da rede de franquias de bolos, que inclui novas delícias no cardápio para aumentar faturamento (Crédito:Divulgação )

E para a receita continuar crescendo, mais dois ingredientes: bolos e muffins para gatos e cachorros e chocolates para presentes (barras, trufas e caixas de bombom). Ambos os produtos estão previstos para lançamento em julho deste ano. O primeiro, com linha voltada para pets, pode parecer uma porção de ousadia da rede.

Mas, segundo pesquisa da YouGov, nos Estados Unidos, quase metade dos “pais de pet” celebram os aniversários de seus animais de estimação e compram presentes. No Brasil, o anuário Comac (Comissão Animais de Companhia) de 2022 apontou que 77% dos entrevistados possuem algum tipo de pet em casa. Fabio Araujo disse que os produtos para os bichinhos de quatro patas são pedidos frequentes por parte dos clientes. “A constante procura e o crescimento de gatos e cachorros nos lares foram fatores decisivos para o desenvolvimento da linha”, afirmou o diretor.

A expansão não ocorre apenas no portfólio da marca. O último ano foi marcado pela maior expansão anual da Sodiê no número de lojas, passando de 341 unidades em 2022 para 374 em 2023. Entre elas, duas lojas em Orlando, nos Estados Unidos.

O segredo para obter esse crescimento deve ser atribuído a fatores como o novo olhar de gestão para os franqueados, fundamentais para a empresa que entrou no setor de franchising em 2006 e atualmente não possui lojas próprias. Segundo Araujo, a disponibilidade e transparência de números, dados e análises do negócio abriu portas para uma nova gestão. “Buscamos melhorar a margem do franqueado através de reformulações de sistemas e mais acesso às informações atuais e previsões futuras”, disse o executivo.

“É uma empresa com uma gestão inovadora e que atende todos os tipos de clientes e investidores”, diz Cleusa Maria da Silva, fundadora da Sodiê Doces (Crédito:Divulgação )

EXPANSÃO

Se a expansão internacional dá um toque especial para o momento da Sodiê, a ampliação de lojas para estados do Nordeste, além de São Paulo, onde a companhia nasceu, também foi e segue como uma prioridade.

Para crescer, a empresa investiu em novos modelos de lojas. Além dos formatos tradicionais e pontos de vendas, que requerem investimentos mais altos, de R$ 650 mil e R$ 450 mil, respectivamente, a marca apostou em outros três tipos de lojas: quiosque (investimento inicial de R$ 150 mil), contêiner (entre R$ 160 e R$ 250 mil) e express (de R$ 170 a R$ 230 mil). “São formatos menores, já que não têm cozinha para as produções e, por isso, têm custo de instalação até 60% menor comparado às outras lojas. Foram pensados para supermercados, parques, shoppings, escritórios e postos de gasolina”, afirmou Araujo.

R$ 640 milhões
Foi o faturamento da sodiê em 2023, um crescimento de 15% em relação ao ano anterior.
Para 2024, estima-se que a cifra ultrapasse R$ 700 milhões

Dessa forma, a estimativa é abrir 40 lojas neste ano, sendo 50% já nos novos modelos, chegando a mais de 410 unidades no Brasil e nos Estados Unidos, mercado no qual a Sodiê ingressou com licenciamento e aguarda autorização para operar como franquia. Além disso, parcerias com a Nutella e Mattel, e até com celebridades como Ana Maria Braga e Larissa Manoela, são elementos especiais para o fortalecimento da marca com o público. Com tantos ingredientes, a nova receita é simples: crescer vendendo bem mais do que bolos.

 

 https://istoedinheiro.com.br/muito-alem-do-bolo-sodie-doces-quer-faturar-r-700-milhoes-em-2024/


Tebet fala em ‘decisão política’ ao defender agenda de corte de gastos

 Saiba quem é a nova ministra do Planejamento, Simone Tebet

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou ao Estadão que o seu papel é o de deixar um amplo pacote de corte de gastos pronto para dar opções ao governo. Esse leque de medidas, segundo ela, “vai de A a Z” e é muito mais amplo do que apenas o debate sobre uma eventual desvinculação de benefícios previdenciários do reajuste do salário mínimo. Se o arsenal será ou não usado, aí a decisão “será política”, diz a ex-senadora.

“Até o final do ano, a minha equipe, junto com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), vai estudar, colocar no papel e fazer um levantamento oficial do impacto da vinculação do salário mínimo aos demais benefícios acima da inflação; do piso (constitucional da Saúde e Educação); e de outros programas. E, aí, vamos deixar o pacote pronto”, diz Tebet. “Vai ser usado? É uma decisão política. Não vai ser usado? Também é uma decisão política.”

A declaração de Tebet ocorre após fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, contra a proposta de desvinculação do reajuste das aposentadorias em relação à correção do mínimo. Ao Estadão/Broadcast, Haddad disse não ver “muito espaço” para a discussão no governo.

Segundo ele, o tema foi superado quando a pasta propôs, sem êxito, que a valorização do piso nacional fosse definida pelo avanço do PIB per capita. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou, porém, por uma fórmula com reajuste maior.

ARCABOUÇO

Como mostrou o Estadão no fim de abril, a projeção de gastos feita pela equipe econômica para os próximos anos mostra que o aumento de despesas obrigatórias, entre elas, os benefícios previdenciários e os pisos constitucionais de Saúde e Educação, vai pressionar cada vez mais o arcabouço fiscal – aprovado no ano passado.

De acordo com economistas, o governo terá de escolher entre o arcabouço e a manutenção dos gastos mínimos com as duas áreas – os quais têm regras que os fazem crescer num ritmo mais acelerado do que o limite do próprio arcabouço.

Questionado sobre a viabilidade dos pisos, Haddad foi na mesma linha de Tebet e disse que se trata de “decisão política”. Segundo ele, o governo terá mais clareza sobre o quanto essas despesas estão comprimindo as demais no fechamento da próxima peça orçamentária.

Outro item que está na lista de Tebet é o Fundo da Educação Básica (Fundeb), já que, de acordo com ela, os repasses aos municípios estão “aumentando demais”, sem que haja um desenho de melhora da política pública.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

MS instalará mais três hospitais de campanha no Rio Grande do Sul

 Ministério da Saúde.PNG


O Rio Grande do Sul terá mais três hospitais de campanha montados pelo Ministério da Saúde (MS). Com isso, já somam cinco as unidades montadas pela pasta nesta semana, auxiliando o estado a enfrentar os problemas decorrentes das enchentes que atingem o estado desde o fim de abril.

Segundo o ministério, as estruturas começam a ser montadas neste sábado (11) em Porto Alegre, devendo ser concluídas em até dois dias. Uma delas será instalada no município de São Leopoldo, localizado a 40 quilômetros da capital gaúcha.

“Os insumos e suprimentos para as unidades, como medicamentos, serão disponibilizados pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias estadual e municipais de Saúde”, informou o ministério. De acordo com a pasta, na sexta-feira (10) foram entregues, ao estado, mais 30 kits emergenciais com medicamentos e insumos. Cada um deles com capacidade para atender 1,5 mil pessoas por um mês.

Ao todo, já foram disponibilizados 50 kits de emergência, desde o início da situação de emergência no estado, o que poderá auxiliar no atendimento de cerca de 75 mil pessoas até o fim do mês. Outros 50 kits já foram solicitados e já estão sendo preparados para envio.

Segundo o diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do MS, Márcio Garcia, os três hospitais de campanha resultarão em uma “grande ampliação de atendimentos” para a população, após várias unidades de saúde de referência terem sido danificadas.

Entenda por que a dona do Outback quer vender operações e sair do Brasil

A Blooming Brands, dona da rede Outback, está analisando vender a operação no Brasil. Mesmo o país sendo responsável por cerca de 80% do faturamento internacional da companhia, o grupo anunciou que está estudando alternativas, incluindo a venda da operação no Brasil.

A avaliação de uma possível saída do brasil foi divulgada no relatório dos resultados financeiros do primeiro trimestre de 2024, que mostrou uma queda no faturamento global. O grupo somou US$ 1,2 bilhões em receitas totais nos três primeiros meses do ano, com queda de 4% sobre o mesmo período de 2023. Também houve queda na margem operacional da companhia de 9,7% para 6,4%.

Em 2023 a companhia, que também é dona das marcas Abraccio e Aussie Grill, apresentou um aumento de 5,5% nas vendas no Brasil. No entanto, os números do primeiro trimestre de 2024 mostraram uma queda de 0,7% nas vendas no país.

De acordo com reportagem do Valor Econômico, a Bloomin’ Brands vem avaliando a venda das operações da rede no país desde 2022. A necessidade de acelerar o crescimento da rede também motivou a buscar de novos sócios.

Procurada pela IstoÉ Dinheiro, a companhia confirmou que está avaliando uma possível venda da operação no Brasil, mas destacou o compromisso com as marcas no país. “A Bloomin’ Brands confirma que está explorando alternativas estratégicas para os restaurantes no Brasil, incluindo, mas não se limitando, à uma possível venda. Reafirmamos o nosso compromisso com nossos negócios e marcas em território brasileiro que possuem grande potencial de crescimento”, afirmou, em nota. 

Outback está no Brasil desde 1997

A informação que circulava no mercado dois anos atrás, segundo reportagem do Valor, era de Peter Rodenbeck, hoje com 84 anos, estaria buscando uma saída do negócio. Fundos estrangeiros foram sondados no ano passado, quando os negócios vinham numa recuperação, após a queda nas vendas até 2021.

Foi Rodenbeck quem trouxe a rede para o Brasil em 1997. Na década de 1970 ele também foi o responsável por trazer o McDonald’s para o país. 

Em nota, a Bloomin’ Brands Brasil esclareceu, no entanto, que Rodenbeck não tem mais nenhum envolvimento com a marca “há muito tempo”.

O economista e investidor da Corano Capital, Bruno Corano, entende que o posicionamento da companhia dá margem para muitas interpretações . “Embora no último trimestre a empresa tenha dado prejuízo, eu não acho que essa é a motivação. O negócio é bem parrudo, muito sólido. Nos últimos anos, em razão da pandemia, surgiram novos desafios, e isso remete justamente ao ponto da gestão, que às vezes, depois de tantos anos tocando um negócio, quando você precisa mais uma vez se reinventar, às vezes prefere jogar a toalha. Mas o Brasil não vai deixar de contar com o Outback”, afirmou.

Outback virou fenômeno no país

Apesar dos números mostrarem dificuldades, o Outback é um sucesso em várias partes do país. A churrascaria de estilo australiana já foi eleita o restaurante mais popular do Rio de Janeiro e o restaurante de shopping mais popular em São Paulo por cinco anos consecutivos. 

A rede tem mais de 150 restaurantes no país e investiu R$ 20 milhões em expansão em 2023. O Outback está presente no Brasil desde 1997, quando inaugurou o primeiro restaurante no Rio de Janeiro. Hoje,  presença em 20 Estados e no Distrito Federal.

A popularidade do Outback no Brasil foi assunto internacional no ano passado. Uma reportagem publicada pelo Washington Post deixou americanos chocados com o sucesso da rede os brasileiros. Outback se tornou um “marco cultural” para os brasileiros, destacou o jornalista, acrescentando que muita gente nem sequer sabe da origem americana por trás da comida com toque australiano.

Marcelo Toledo, professor de marketing do curso de Administração da ESPM, explica que o ‘hype’ em volta do Outback tem a ver com atendimento, preço e ambiente diferenciado. 

“Uma boa experiência do cliente, com um ambiente diferenciado e um cardápio que não se encontra em outros restaurantes, por um valor acessível a seu público. Dentro deste segmento, podemos falar que é um luxo acessível para aqueles que desejam ir a um restaurante diferente e com uma boa comida”, contou. 

 

 https://istoedinheiro.com.br/entenda-por-que-a-dona-do-outback-quer-vender-operacoes-e-sair-do-brasil/


sexta-feira, 10 de maio de 2024

Médicos são autorizados a emitir receitas online de remédios controlados para população do RS

 

Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde - INCQS

Na quarta-feira, 8, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), anunciou que médicos registrados no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) estão autorizados, em caráter temporário, a disponibilizar receitas online de medicamentos de uso controlado, como entorpecentes e psicotrópicos, para a população do RS, que há duas semanas vivencia uma das suas piores tragédias climáticas e limitações em relação ao acesso aos serviços de saúde.

O processo deve ser realizado por meio de plataforma digital criada pelos Conselhos Regionais de Medicina do Brasil em abril de 2020, durante a pandemia de covid-19, e já conta com 5 milhões de documentos emitidos. Agora, com o respaldo da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, o Cremers agiu para promover o uso da ferramenta, visando garantir maior facilidade de acesso àqueles que fazem uso de medicamentos controlados, além do controle da prescrição e rastreabilidade dos medicamentos dispensados.

A ferramenta digital do Cremers poderá ser utilizada para auxiliar pessoas que estão em áreas isoladas ou com difícil deslocamento. Dessa forma, aqueles que precisarem de medicamentos que só poderiam ser prescritos nas notificações de receita azul e amarela, que englobam entorpecentes e psicotrópicos, poderão solicitar aos seus médicos que prescrevam as medicações por meio da plataforma digital.

“A emissão de receitas para medicamentos de controle especial vai beneficiar principalmente aqueles pacientes psiquiátricos e oncológicos que foram afetados pelas enchentes”, declarou o presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade, em comunicado.

A ferramenta já está disponível para uso dos médicos gaúchos registrados no Cremers. Para utilizar, basta acessar o ‘Espaço Médico’, no site do Conselho Regional. Em breve, a emissão das receitas digitais também estará disponível por meio do aplicativo do Conselho de Medicina.

CNI e Fiergs propõem ao governo medidas emergenciais para facilitar comércio exterior para RS

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) apresentaram à Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e à Câmara de Comércio Exterior (Camex) propostas para adoção de medidas emergenciais e temporárias que facilitem o comércio exterior e auxílio adicional à população do Estado do Rio Grande do Sul, em calamidade pública por causa das fortes chuvas. A indústria defende que a inspeção de cargas importadas com bens de ajuda humanitária, suprimentos essenciais e produtos perecíveis, como alimento e medicamentos, seja acelerada.

“As medidas são particularmente relevantes para viabilizar ajuda, mas também porque o Rio Grande do Sul é o segundo Estado com maior concentração de empresas exportadoras do Brasil, com 11,1%. São quase três mil exportadores, mais de 50% de médio e grande portes”, destaca a CNI em nota.

As entidades afirmam que, neste momento, é preciso agilizar a liberação de cargas, com foco em insumos para indústria e a população; e autorizar o reconhecimento tanto físico como digital de documentos e certificados para acelerar a liberação de produtos importados e exportados. Essas medidas, segundo a CNI, ajudariam a minimizar os impactos das enchentes no Estado, garantindo acesso tempestivo da população gaúcha a itens essenciais, criando ambiente favorável à retomada da atividade econômica e a reconstrução do Estado.

“O Rio Grande do Sul é extremamente importante para o setor industrial brasileiro, dada a relevância e a diversidade do tecido empresarial gaúcho. Precisamos agora olhar tempestivamente, com ações paliativas de curto prazo, como a simplificação de processos aduaneiros que acelerem as operações de apoio, e de longo prazo, com medidas mais estruturantes de fomento ao comércio exterior. As propostas foram muito bem recebidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)”, diz o presidente da CNI, Ricardo Alban.

O setor industrial defende ainda que o governo estabeleça mecanismo de financiamento emergencial, carência e renegociação voltado ao capital de giro, para ajudar na retomada das atividades das empresas exportadoras que foram afetadas pelo desastre natural.

Outra proposta apresentada é a desburocratização dos procedimentos para importação e exportação e facilitação das operações, adiando prazos de pagamento de encargos e taxas aduaneiras. CNI e Fiergs ainda pedem a ampliação do prazo máximo entre a contratação e liquidação do contrato de câmbio de exportação de 750 dias para 1,5 mil dias após o embarque da mercadoria. Para os financiamentos direcionados ao comércio exterior, como o Proex, as entidades defendem carência para os pagamentos.

“A situação que estamos vivendo é diferente do que enfrentamos durante a pandemia de covid-19. Há uma perda permanente de capital, danos significativos à infraestrutura e problemas logísticos que afetam diretamente a capacidade de recuperação econômica. O processo de reconstrução exigirá medidas extraordinárias”, afirma o presidente em exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira.