O
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (13)
a decisão de suspender o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a
União pelo período de 36 meses. Além disso, os juros que corrigem a
dívida anualmente, em torno de 4%, serão perdoados pelo mesmo período. O
estoque da dívida do estado com a União está em cerca de R$ 100 bilhões
atualmente e, com a suspensão das parcelas, o estado disporá de R$ 11
bilhões a serem utilizados em ações de reconstrução. O Rio Grande do Sul
é um dos estados que participa de um regime de recuperação fiscal com a
União, assinado em 2022, e enfrenta efeitos devastadores das enchentes
que atingem a região há cerca de duas semanas.
O anúncio da suspensão da dívida foi feito durante uma reunião com as presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador gaúcho, Eduardo Leite, que participou de forma remota, dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, do vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, além de outros ministros do governo federal, como Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).
Segundo Haddad, a suspensão da dívida e renúncia dos juros está prevista em uma proposta de lei complementar que será enviada ao Congresso Nacional, que precisa aprovar o texto. O projeto de lei prevê que os recursos que o Rio Grande do Sul deveria pagar à União sejam depositados em um "fundo contábil" com aplicação exclusiva em ações de reconstrução da infraestrutura do estado.
Com Agência Brasil