sexta-feira, 7 de junho de 2024

Eve Air Mobility seleciona fornecedores de peças para “carro voador”

 



Eve Air Mobility seleciona fornecedores de peças para "carro voador"
(Foto: Divulgação / Embraer) Eve Air Mobility seleciona fornecedores de peças para “carro voador”

 

A Eve Air Mobility anunciou nesta quarta-feira (5), a seleção de quatro novos fornecedores de peças para sua aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL), também conhecido como ‘carro voador‘. A KRD Luftfahrttechnik GmbH, Latecoere, RALLC e Alltec fornecerão componentes essenciais como janelas, portas e partes da fuselagem.

“A Eve consolidou uma lista robusta de fornecedores globais e locais, reconhecidos pela qualidade excepcional de seus produtos e credibilidade”, afirma Johann Bordais, CEO da Eve. “Essas parcerias de longo prazo irão abranger todo o ciclo de vida da aeronave, incluindo protótipos, produção, serviços e suporte operacional pós-venda”.

Detalhes dos Fornecedores

  • KRD Luftfahrttechnik GmbH (KRD): Com sede na Alemanha, fornecerá as janelas de policarbonato KASIGLAS®, projetadas para durabilidade e resistência ao impacto, além de serem leves.
  • Latecoere: Baseada na França, será responsável pelas portas da aeronave. Reconhecida por altos padrões de segurança e desempenho, a empresa apoia diversos fabricantes, incluindo a Embraer.
  • RALLC e Alltec: Ambas sediadas no Brasil, fornecerão componentes da fuselagem. A RALLC oferece soluções integradas e inovadoras em componentes estruturais, enquanto a Alltec se especializa em compósitos de alto desempenho para os mercados aeronáutico e de defesa.

Inovações e Futuro

O eVTOL da Eve utiliza uma configuração Lift + Cruise, com rotores dedicados para decolagem e asas fixas para voo em cruzeiro. Este design oferece baixo custo operacional, eficiência de empuxo e baixo ruído, informou a Embraer.

Em 2023, a Eve iniciou a montagem do primeiro protótipo do “carro voador” em sua fábrica em Taubaté, com testes programados para 2024 e primeiras entregas em 2026. A empresa também desenvolve o Vector, um software de Gerenciamento de Tráfego Aéreo Urbano, ampliando suas soluções de Mobilidade Aérea Urbana globalmente.

Processo de inovação foi rápido e BC precisa de autonomia financeira, afirma Campos Neto

 

Roberto Campos Neto é o 27º Presidente do Banco Central do ...

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a defender a aprovação da autonomia financeira da autarquia. Ele disse que a autoridade monetária está “estrangulada” na parte de recursos humanos e afirmou que há necessidade de mais verba para investir na agenda de inovação.

“O que a gente vê ao longo do tempo é que você pode ter a autonomia operacional, mas pode ser asfixiado no administrativo e no financeiro”, disse Campos Neto, em um evento da Monte Bravo Corretora, em São Paulo.

Como a agenda de inovação andou rapidamente e a autarquia desenvolveu vários programas, agora o BC demanda mais recursos humanos e financeiros, disse o presidente. “Se pensarmos que temos hoje 205 milhões de operações no Pix por dia, isso demanda uma quantidade de recursos enorme”, exemplificou.

Segundo Campos Neto, fica claro que a autarquia já usou bem a autonomia operacional quando aumentou os juros em 2022, ano em que o ex-presidente Jair Bolsonaro disputou as eleições com o atual chefe do Executivo, Luís Inácio Lula da Silva.

Campos Neto disse ainda que o BC apoia o projeto de autonomia financeira discutido hoje no Senado. “É um projeto que tem um relator muito bom, que foi o mesmo relator da autonomia operacional e que tem conversado com a gente”, ele disse, referindo-se ao senador Plínio Valério (PSDB-MA).

 

Open Finance

 

 O presidente do Banco Central afirmou que o Open Finance já está sendo usado no Brasil. Ele listou benefícios criados pelo sistema financeiro aberto. Entre eles, mencionou a diminuição de barreiras de entrada e o aumento da inclusão.

“A gente já tem benefícios reais, já tem R$ 10 bilhões que foram economizados por pessoas que receberam mensagens, que tinham dinheiro parado na conta. Ou no cheque especial, você migrar de um produto para outro. Eu mesmo, que uso isso, já recebi mensagens desse tipo”, disse Campos Neto.

Drex

Ele repetiu, ainda, que o Drex – projeto de moeda digital do BC – servirá para inserir os demais pontos da agenda de tecnologia em um mundo de tokenização. Eles incluem o Pix, a internacionalização da moeda e o próprio Open Finance.

Sobre a internacionalização de moedas, o presidente do BC disse que duas das três grandes barreiras enfrentadas – tecnologia e liquidação – já foram resolvidas. Agora, é necessário trabalhar para alcançar uma governança em comum, afirmou.

Superintendência do Cade aprova aquisição da CJ Selecta pela Bunge Alimentos

 

Bunge anuncia empresa para frete digital no Brasil; dará ...

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição da CJ Selecta pela Bunge Alimentos. De acordo com a Bunge, a operação tem como escopo a melhoria de sua capacidade de competir globalmente com outras empresas do ramo de agronegócio que operam no setor de produtos derivados da soja.

“Ao reunir os seus negócios com os da CJ Selecta, a Bunge será capaz de maximizar as sinergias entre suas atividades e as da empresa-alvo, reduzindo os custos de produção e expandindo suas ofertas aos clientes finais”, alegou a companhia no processo.

BB informa que União fez aporte de R$ 4,5 bi no FGO para Pronampe destinado ao RS

 


O Banco do Brasil informou que o governo federal fez um aporte de R$ 4,5 bilhões no Fundo Garantidor de Operações (FGO) no último dia 28 de maio. O recurso fará a garantia de empréstimos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) para empresas do Rio Grande do Sul que tiveram perdas materiais decorrentes das enchentes que atingiram o Estado no último mês.

O BB é o administrador do FGO, e nessa condição, recebe uma remuneração de 1% ao ano, calculada a partir do volume de ativos do fundo.

Além disso, a BB Asset, que gere fundos de investimentos exclusivos em que os recursos foram aplicados, faz jus a uma remuneração de 0,09% ao ano.

O aporte foi possibilitado por uma medida provisória que criou um crédito extraordinário de R$ 4,5 bilhões para o aporte no FGO. O governo estimou em maio que o montante poderia garantia até R$ 30 bilhões para microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte via Pronampe.

O Programa é operado por diferentes bancos, públicos e privados, além de cooperativas de crédito. Neste ano, o Pronampe já movimentou R$ 14,4 bilhões, de acordo com os dados mais recentes do FGO, sendo que o Bradesco, com R$ 3,5 bilhões, e o BB, com R$ 3,3 bilhões, são os bancos com os maiores volumes emprestados.

Galípolo diz que reuniões do Copom não seguem apenas modelos e que há sempre julgamentos

 Haddad confirma indicação de Gabriel Galípolo para diretoria ...


O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta sexta-feira, 7, que as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC não seguem apenas modelos e que há sempre julgamentos para tomar decisões. Participante de seminário do programa de pós-graduação em Economia da Universidade de Brasília (UnB) nesta sexta-feira, ele foi questionado sobre a observação de modelos tradicionais da literatura econômica para a tomada de decisões da política monetária.

Galípolo destacou que o consumo tradicional de dados pelos Bancos Centrais costuma ser mais conservador e que quando os BCs mencionam que a curva de Phillips, por exemplo, está mais flat é uma forma elegante de dizer que perdeu potência, até pelas correlações inusitadas que são observadas.

“No Copom, o modelo não vai lá e cospe um resultado. Tem nove pessoas, existe um julgamento, uma decisão que está juntando esses dados, esses modelos”, observou o diretor do BC.

Desinflação no mundo

Galípolo afirmou ainda que o mundo passou por processo de desinflação relevante em 2023, mas de forma inusitada. “A gente assistiu a um processo desinflacionário ao redor do globo com nível de atividade ainda bastante resiliente”, disse o diretor.

Ele comentou sobre o cenário dos Estados Unidos e disse que desde 2023 havia oscilação nas expectativas. Por isso, ele destacou que o processo norte-americano de desinflação mais lento, mas com menor probabilidade de recessão. “(O Fed) tem mais êxito de fazer isso sem tanto custo para a sociedade”, afirmou, citando o Federal Reserve, o banco central norte-americano.

O diretor do BC ainda comentou que a desinflação mais resiliente nos Estados Unidos está associada a serviços e mercado de trabalho. “Será possível ver desinflação sem aumento do desemprego nos Estados Unidos simplesmente por normalização de cadeias?”, observou.

Mais cedo, ele destacou o esforço empreendido pelos Bancos Centrais no período de 2008 até agora, com ênfase no período da pandemia. Ele também comentou os efeitos de apostas para as tendências inflacionárias. “Historicamente, preços de serviços rodam numa inflação superior ao preço de bens”, observou.

Desinflação no Brasil

O diretor de Política Monetária do Banco Central afirmou que a posição do Brasil em relação ao processo de desinflação – com dados benignos, mas expectativas desancorada – coloca o País em posição mais delicada e incomoda a ele e a outros diretores da autoridade monetária.

Galípolo comentou que a postergação da expectativa de corte de juro nos Estados Unidos refletiu em elevação de juro terminal em emergentes. “O que coloca o Brasil em situação mais delicada é que ocorreu alteração na taxa de juros terminal, mas continuamos observando o processo de desancoragem das expectativas, em processos meio dissonantes”, observou.

Ele destacou que os últimos dados de inflação foram benignos, mas a desancoragem das expectativas persiste – e é isso que causa a preocupação no BC.

O diretor ainda citou o consumo resiliente das famílias e aumento da balança comercial como pontos que continuam surpreendendo a economia brasileira, apesar de os juros permanecerem em patamar restritivo.

Galípolo ainda chamou atenção para a taxa de investimento, avaliando que é preciso elevar o seu atual patamar.

Posição privilegiada

O diretor do Banco Central afirmou também que a economia brasileira está em posição privilegiada em relação aos desafios que estão sendo impostos pelo mundo. Ele comentou sobre as vantagens competitivas do País, como a matriz energética limpa.

Aos alunos da UnB, Galípolo procurou passar um tom otimista sobre a condução da política monetária e da economia brasileira.

Demitidos da Ansa serão recontratados até 6 de julho, após parecer do TST, diz FUP

 ANSA estuda reabertura de unidade de fertilizantes no Paraná ...


Após a decisão da retomada das operações da fábrica de fertilizantes da Petrobras no Paraná, Araucária Nitrogenados (Ansa), em agosto do ano passado, a estatal deverá recontratar os empregados demitidos da unidade até o dia 6 de julho, disse a Federação Única dos Petroleiros (FUP), para evitar o período eleitoral.

A recontratação dos cerca de 400 empregados dispensados após o fechamento da fábrica pelo governo Bolsonaro, em 2020, depende, no entanto, de decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), prevista para a próxima semana, segundo a entidade sindical.

A demora da retomada da Ansa foi um dos pontos de atrito entre a FUP e o ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, demitido em meados de maio e substituído por Magda Chambriard, convocada pelo governo para acelerar a produção de fertilizantes pela estatal, entre outros projetos.

“A luta e resistência dos trabalhadores do sistema Petrobras foram fundamentais para a construção desse acordo, com o apoio do Ministério Público do Trabalho e sob a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que deverá homologar o entendimento ainda nesta semana. A expectativa é a recontratação dos trabalhadores que foram demitidos até o dia 6 de julho, por conta da legislação eleitoral”, disse o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar

Ele observou que, sob o comando de Magda, a Petrobras encontrou o caminho de consenso para a efetiva retomada do parque de fertilizantes brasileiro.”A Ansa é a primeira de outras que virão: as Fafens Bahia, Sergipe e Mato Grosso do Sul”, assegurou o sindicalista.

Segundo Bacelar, a decisão é importante para o cumprimento do plano de governo que a FUP ajudou a construir visando a retomada do segmento de fertilizantes da Petrobras. A previsão da estatal é de que a Ansa volte a operar no segundo semestre de 2025.

Com a paralisação da fábrica de Araucária, em 2020, mais de mil empregados perderam seus postos de trabalho, sendo cerca de 400 empregados diretos e 600 indiretos. A fábrica, que operava desde 1982, entrou no plano de desinvestimento da Petrobras em 2019, no governo Bolsonaro.

A Ansa possui capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia e 475 mil toneladas/ano de amônia, além de 450 mil m?/ano do Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32).

A reabertura da unidade está incluída no plano estratégico 2024-2028 da Petrobras e no Plano Nacional de Fertilizantes. O Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, é atualmente o quarto maior consumidor internacional de fertilizantes e importa 85% do que utiliza.

Segundo estimativa da FUP, a reativação da Ansa, a retomada das Fafens Bahia e Sergipe e a conclusão das obras da fábrica de Mato Grosso do Sul (Fafen III) podem reduzir para 35% as importações do insumo agrícola.


Preço do arroz sobe em 15 capitais e encarece cesta básica, aponta Dieese

 


Arroz

Arroz (Crédito: Reprodução/Pixabay)

No mês de maio, o custo médio da cesta básica aumentou em 11 das 17 capitais brasileiras que são analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A maior alta na comparação com o mês de abril ocorreu em Porto Alegre, atingida pelas chuvas em maio, com  aumento de 3,33% no custo médio da cesta básica. Em seguida aparecem Florianópolis (2,50%), Campo Grande (2,15%) e Curitiba (2,04%). Já as principais quedas foram registradas em Belo Horizonte (-2,71%) e Salvador (-2,67%).

Um dos vilões para o aumento no custo da cesta foi o arroz. Entre abril e maio, o preço médio do arroz aumentou em 15 capitais, com variações de 1,05% em Recife até 16,73% em Vitória. Como o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior produção de arroz, as enchentes reduziram a oferta. Mesmo com a importação do grão, informou o Dieese, houve aumentos na maior parte das cidades consultadas pela pesquisa, com exceção de Natal e Goiânia.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou nesta quinta um leilão para a compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado, com objetivo de reduzir o preço do produto no mercado interno.

Cesta básica mais cara é de SP

A capital paulista continua apresentando a cesta mais cara do país. Em maio, o conjunto dos alimentos básicos em São Paulo custava, em média, R$ 826,85. Em Porto Alegre, o preço médio girava em torno de R$ 801,45, pouco acima da cesta de Florianópolis (R$ 801,03).

Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 579,55), Recife (R$ 618,47) e João Pessoa (R$ 620,67).

Na comparação anual, entre maio de 2023 e 2024, todas as capitais brasileiras analisadas pelo Dieese tiveram alta no preço da cesta, exceto Goiânia, onde a variação foi de -0,05%.

Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o salário-mínimo em maio deveria ser de R$ 6.946,37 ou 4,92 vezes o mínimo de R$ 1.412,00.

Porto Alegre

Para fazer a pesquisa de preços da cesta básica em Porto Alegre, cidade que foi muito afetada pelas chuvas de maio, a equipe técnica do Dieese acabou se dividindo e conseguiu visitar presencialmente quase todos os supermercados que são analisados mensalmente no estudo, exceto um, que foi afetado pela enchente. Mas a pesquisa acabou sendo prejudicada porque houve dificuldade dos técnicos em visitar padarias e açougues. Com isso, apenas 73% desses estabelecimentos foram visitados na pesquisa elaborada em maio.

“A percepção, ao longo da coleta de preços, é de que não houve desabastecimento na cidade, entretanto, algumas marcas ficaram ausentes/faltantes por conta de problemas de logística/distribuição, pois houve interrupção no tráfego de algumas rodovias e alagamentos nos estoques de distribuidoras e/ou caminhões. Em alguns estabelecimentos, havia aviso de limite de unidades por cliente como, por exemplo, leite e arroz. Apesar de tudo, há indicações de que serão/são problemas limitados e pontuais, que não devem continuar ocorrendo, mas desaparecer gradativamente, com o restabelecimento do fluxo de logística, transporte e distribuição”, informou o Dieese.