quarta-feira, 10 de julho de 2024

Primeiro vertiporto da América Latina será instalado em São José dos Campos

 


Primeiro vertiporto da América Latina será instalado em São José dos Campos
Representação gráfica de um vertiporto, desenvolvido pela Eve Air Mobility/Embraer – Foto: Reprodução/Eve

 

O Aeroporto Internacional de São José dos Campos receberá o primeiro vertiporto da América Latina. O local é destinado a operação dos eVTOLS (Electric Vertical Take-Off and Landing), popularmente chamados de “carros voadores”.

A novidade foi anunciada nesta quarta-feira (10) pela SJK Airport, concessionária que administra o aeroporto. A medida será implantada por meio de uma parceria com a empresa VertiMob Infrastructure.

 Sobre o vertiporto em São José dos Campos

A expectativa é que o vertiporto experimental seja implantado na área de teste de motores do Aeroporto de São José dos Campos, cuja área pavimentada já está disponível para esse tipo de iniciativa.

Utilizando o ecossistema Advanced Air Mobility, a implantação está programada a partir de 2025, podendo levar até 2 anos. A instalação vai utilizar os critérios do edital do sandbox regulatório da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

fachada azul do aeroporto de sao jose dos campos, que receberá primeiroo voo de carga
Aeroporto Internacional de São José dos Campos receberá o primeiro vertiporto da América Latina – Foto: Reprodução/PMSJC

Conectividade

De acordo com a concessionária que administra o aeroporto, o vertiporto promoverá a conectividade aérea, a mobilidade urbana, e fomentará o crescimento econômico e tecnológico da Região Metropolitana do Vale do Paraíba.

A expectativa da empresa parceira, a VertiMob Infrastructure, é estabelecer uma rede de vertiportos em áreas urbanas estratégicas para melhorar a mobilidade, reduzir os congestionamentos e prestar o apoio ao novo modal.

Além disso, o projeto visa fortalecer a posição de São José dos Campos como um centro de inovação aeroespacial.

Produção em Taubaté

Em julho de 2023, a Eve Air Mobility anunciou Taubaté como a cidade sede da produção dos primeiros carros voadores do Brasil.

De acordo com a empresa, braço da Embraer, o local se beneficia de uma logística estratégica, oferecendo fácil acesso por meio de rodovias como a BR-116, rodovia Presidente Dutra, e por sua proximidade de uma linha de vôo.

Outra vantagem é a localização próxima à sede da Embraer em São José dos Campos e da equipe de engenharia e recursos humanos da Eve, o que facilitará o desenvolvimento e a sustentabilidade de novos processos de produção, aumentando a agilidade e a competitividade da empresa.

Carro voador da Embraer deve iniciar voos ainda em 2024, diz CEO da Eve
Protótipo da parte interna do carro voador – (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Sobre os eVTOLS

O eVTOL, popularmente conhecido como ‘carro voador’, é uma aeronave de emissão zero, baixo ruído e design simples, que permite com que haja decolagens e pousos verticais com o uso da energia elétrica.

Um levantamento feito pelo site Reset mostra que a Embraer e a Eve estão na vice-liderança do mercado de eVtol, com até 635 unidades encomendadas da aeronave que é movida por eletricidade.

Um outro contrato anunciado recentemente foi com a empresa britânica Bristow, para o fornecimento de até 100 unidades do ‘carro elétrico’ da Embraer.

Eve Air Mobility recebe US$ 94 milhões para desenvolver "carro voador""
Carro voador em produção pela Eve Air Mobility, braço da Embraer – Foto: Reprodução/EVE

Início dos voos

Os carros voadores que estão em produção em Taubaté devem iniciar os voos ainda em 2024. É o que afirmou Johann Bordais, CEO da Eve Air Mobility, empresa derivada da Embraer, responsável pelo projeto.

A declaração foi dada no dia 9 de junho, em entrevista à Rádio CBN, durante o campeonato de miniplanadores realizado no Clube de Campo da ADC Embraer, em São José dos Campos.

De acordo com Johann Bordais, o andamento do projeto dos carros voadores está “indo bem” e os desenvolvedores estão otimistas para iniciar os testes e os voos logo.

“O desenvolvimento tem ido bem. Nós temos agora um protótipo que está em Gavião Peixoto para poder ser desenvolvido. E até o fim do ano a gente vai começar os testes e, quem sabe, talvez até voar”, disse.

Durante a entrevista, o CEO da Eve Air Mobility também explicou que, apesar do nome, o “carro” não estará disponível para venda nas concessionárias.

” A gente fala ‘carro voador’, mas na verdade não é bem assim. Não é bem um carro que você vai na concessionária, que você vai comprar e vai colocar na garagem para voar, infelizmente ainda não”, disse.

O CEO ainda destacou quem serão os possíveis compradores dos veículos.

“São operadores de aviões, companhias aéreas, operadoras de helicópteros… Essa aeronave vai se inserir na frota que eles já têm. São vários modelos de negócios. […] Um voo entre um aeroporto internacional e o centro da cidade, por exemplo. Numa cidade congestionada, isso vai [economizar] muito tempo para as pessoas. E nós temos outros tipos de operações, de carga também, missões especiais… Um time de médicos que poderá ir a cena de um acidente. Todas as possibilidades estão abertas.

Entregas oficiais

Apesar do início dos voos estar programado para 2024, a entrega oficial dos carros voadores deve acontecer somente em 2026.

Até lá, a EVE tem expandido a lista de fornecedores para seu eVTOL, que inclui empresas como Aciturri, Crouzet, Thales, Honeywell, RECARO Aircraft Seating, FACC, Garmin, Liebherr-Aerospace, Intergalactic, Nidec Aerospace LLC, BAE Systems e Duc Hélice Propellers.

Em abril, a Korea Aerospace Industries Ltd. (KAI) foi a escolhida para ser a fornecedora dos pilones, componentes essenciais da estrutura da aeronave, responsáveis por suportar as unidades de energia elétrica e os oito rotores necessários para a decolagem e pouso verticais.

Também em abril deste ano, a Eve assinou uma carta de intenção de compra com AirX para até 50 eVTOLs, Vector e serviços. O pedido de compra apoiará o desenvolvimento contínuo e o dimensionamento de operações inovadoras de transporte no Japão.

Sobre o Aeroporto de São José dos Campos

Aeroporto de SJC inicia voos de passageiros para Salvador nesta terça-feira (2)
Aeroporto de São José dos Campos realiza voos de passageiros – Foto: Reprodução/PMSJC

A administração do Aeroporto de São José dos Campos está concedida à empresa SJK Airport desde novembro de 2022, por um período de 30 anos.

A previsão é que sejam investidos, ao todo, até R$ 130 milhões no terminal.

A concessão do aeroporto faz parte do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).

Os voos de cargas no local foram retomados em maio de 2023, com a rota até Miami. A rota tem dois voos semanais, terças e sextas-feiras, conduzidos pelos aviões de carga Boeing 767, da empresa aérea Latam, com capacidade para transportar até 55 toneladas de carga.

No início de junho, o local recebeu também um novo avião cargueiro da Brasspress.

Também faz parte da frota de voos de carga a Total Linhas Aéreas.

Além disso, o aeroporto retomou as operações de voos para passageiros em março deste ano, com viagens para o Rio de Janeiro.

Em julho deste ano, iniciaram também os voos para Salvador.


Para 53%, falas de Lula não são principal razão para o aumento do dólar

 

Eleitores de Bolsonaro tendem a culpar o presidente, enquanto a maioria dos apoiadores de Lula discorda dessa relação, segundo pesquisa Genial/Quaest


Pesquisa aponta opiniões divididas sobre impacto das falas de Lula no dólar -  (crédito: EBC)

Pesquisa aponta opiniões divididas sobre impacto das falas de Lula no dólar

crédito: EBC

De acordo com a nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (10/7),  53% dos eleitores consideram que as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não são a principal razão para o aumento do dólar. Por outro lado, 34% dos entrevistados associam as declarações do petista à escalada da moeda norte-americana, enquanto 13% dos entrevistados não souberam responder ou preferiram não opinar.

 

 

Ainda segundo o levantamento, essa percepção varia significativamente entre os eleitores do segundo turno das eleições de 2022. Entre os que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 56% acreditam que as falas de Lula foram a principal causa do aumento do dólar, enquanto 35% discordam dessa visão. Já entre os eleitores de Lula, apenas 20% associam suas declarações à alta da moeda, enquanto 66% discordam dessa relação.

Ásia, Pacífico e África puxam Barômetros Globais para baixo, afirma FGV

 

Os Barômetros Globais registram leve queda em julho, puxados por Ásia, Pacífico e África, o que não altera a tendência desses indicadores, avalia o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Após três altas seguidas, o Barômetro Antecedente, que antecipa o desenvolvimento econômico, recuou 1,5 ponto, chegando a 102,4 pontos, ainda acima da zona neutra, enquanto o Barômetro Coincidente, que reflete o estado atual da economia, caiu 0,9 ponto, para 92,8 ponto.

“No plano agregado, o resultado dos Barômetros Globais em julho pouco altera o quadro de crescimento moderado para a economia mundial em 2024. A desagregação por regiões, no entanto, mostra um quadro menos favorável para a região da Ásia, Pacífico & África, sob influência da perda de fôlego da China, que vem sendo compensado, ao menos parcialmente pela resiliência do crescimento no Hemisfério Ocidental e na Europa”, avalia o pesquisador do FGV Ibre Aloisio Campelo Jr.

Segundo a instituição, a queda do Barômetro Coincidente foi quase inteiramente determinada pelo declínio observado na região da Ásia, Pacífico & África. Por sua vez, a redução do índice Antecedente resultou do recuo nas regiões da Ásia, Pacífico & África e Europa, contrabalançado pelo avanço observado no Hemisfério Ocidental.

“A queda do Barômetro Coincidente em julho resulta da contribuição negativa de 1,0 ponto da região da Ásia, Pacífico & África e da contribuição positiva de 0,1 ponto da Europa. Já o Hemisfério Ocidental registra contribuição nula”, explica o FGV Ibre.

De acordo com o levantamento, com a queda o indicador da Ásia, Pacífico & África chegou ao menor nível no ano, acumulando perdas de 3,2 pontos entre dezembro de 2023 a julho de 2024. No mesmo período, os indicadores do Hemisfério Ocidental e da Europa mostraram resiliência ao acumular altas de 5,5 e 5,9 pontos, respectivamente.

“O desempenho dos indicadores setoriais coincidentes em julho é predominantemente negativo, com alta observada apenas na construção. As quedas variam de menor intensidade, como na economia (avaliações dos consumidores e agregadas empresariais) e no comércio, às quedas mais acentuadas, como na Indústria e, especialmente, em serviços”, informa.

Antecedente

O Barômetro Global Antecedente antecipa os ciclos das taxas de crescimento mundial entre três e seis meses. Em julho, as regiões da Ásia, Pacífico & África e Europa contribuíram negativamente, com 1,3 e 0,6 pontos, respectivamente, para a queda do indicador global. O Hemisfério Ocidental, por sua vez, registrou contribuição positiva, de 0,4 ponto. Apesar da queda em seu indicador, a Europa segue sendo a região mais otimista”, avalia o FGV Ibre.

Em julho, os indicadores setoriais antecedentes se comportaram de forma similar aos coincidentes, com a construção sendo o único setor que apresentou avanço no mês. Nos demais setores, as quedas variaram entre 1,0 ponto (comércio) e 8,8 pontos (serviços).

Pochmann diz que IBGE estuda usar notas fiscais eletrônicas no cálculo da inflação

 


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está estudando o cálculo da inflação através de notas fiscais eletrônicas, afirmou o presidente da instituição, Marcio Pochmann, defendendo a necessidade de modernização e maior acesso a bancos de dados pela instituição conforme a digitalização avança na sociedade.

Em entrevista à Reuters na terça-feira, o economista afirmou que o uso de notas fiscais, atualmente empregado em caráter experimental pelo IBGE, permitiria mapear de forma rápida a inflação em todas as cidades do país, com um nível de detalhamento aprofundado.

Pochmann destacou que a mensuração da inflação a partir das notas fiscais eletrônicas faz parte de um trabalho ainda em curso e para o qual não há conclusões tomadas, mas que poderá abrir portas para análises mais específicas, corroboradas por dados coletados tempestivamente, e para comparação com os resultados auferidos com a coleta tradicional.

Por que mudar?

Atualmente, o cálculo do oficial Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é feito por um levantamento mensal conduzido pelos pesquisadores da agência em 13 áreas urbanas, levantando cerca de 430 mil preços em 30 mil estabelecimentos.

“O IBGE não consegue fazer o levantamento dos preços em todas as cidades do Brasil, faz em algumas, que são representativas. Mas com a nota fiscal eletrônica, é possível ter o registro do cafezinho que você tomou, a hora que você tomou, no local que você tomou. Ou seja, tudo isso bem trabalhado permitiria você ter inflação, por exemplo, medida em todas as cidades do Brasil,” disse.

“Tecnicamente isso é possível fazer, agora não é do dia para a noite, nós temos um modelo de cálculo de inflação que vai muito bem,” afirmou ele, pontuando que o IBGE fez um acordo de cooperação com o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), que dispõe dessas informações, além de algumas secretarias de Estados.

Marco legal

Ex-presidente da Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT), Pochmann assumiu o comando do IBGE em agosto do ano passado sob críticas de opositores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e insinuações de que o instituto poderia passar a manipular dados para favorecer o governo.

Pochmann afirmou que “fake news” envolvendo o trabalho do IBGE, inclusive em relação à confiabilidade do IPCA, fazem parte de um questionamento à ciência que também ocorre em outros lugares do mundo.

“O que eu entendo importante é que não se encontrou ainda melhor método de fazer políticas públicas, de enfrentar a realidade, que não seja através de pesquisas consistentes, com metodologia internacionalmente reconhecida, e com o rigor que é necessário. E o IBGE reúne isso já há 88 anos,” disse ele.

Pochmann avaliou que, apesar de o Brasil realizar ampla coleta de dados por diferentes atores governamentais, não há operacionalidade ou metodologia comum, uma agenda que o IBGE pretende colocar na mesa em conferência sobre riscos e oportunidades do Brasil na era digital, que reunirá produtores e usuários de dados entre 29 de julho a 2 de agosto no Rio de Janeiro.

As discussões devem contribuir para a proposta de um novo marco legal a ser apreciado pelo Congresso, mirando a estruturação de um Sistema Nacional de Geociências, Estatísticas e Dados, disse ele. O debate também abarcará a coleta de dados pelas gigantes de tecnologia e como essas informações, sem identificação dos usuários, poderiam ser compartilhadas com o poder público para produção de estatísticas, adicionou.

Orçamentos familiares

Dentre as 17 novas pesquisas que o IBGE pretende divulgar a partir do próximo ano, está a Pesquisa de Orçamentos Familiares, feita pela última vez em 2017, que também deverá lançar luz sobre a necessidade de possíveis mudanças de ponderação nos componentes para o cálculo da inflação.

“A gente vem vendo, historicamente, que a alimentação a cada pesquisa de orçamento familiar reduz o peso, porém aumentam os gastos de serviços. Então isso significa, na verdade, que temos que atualizar essa recomendação estatística”, disse Pochmann.

O economista, que não comentou a conjuntura econômica por avaliar que o IBGE produz dados, mas a tarefa de interpretá-los cabe à sociedade, afirmou que o compartilhamento de dados de movimentação a partir dos sinais de telefonia móvel já é uma realidade em alguns países e permitiria ao Brasil atuar, por exemplo, na formulação de políticas públicas assertivas em casos como o do Rio Grande do Sul, onde inundações históricas em maio e junho deixaram mais de meio milhão de desalojados.

O IBGE já teve reunião inicial sobre o tema com as três maiores operadoras do país – Vivo, TIM e Claro – em conjunto com o Ministério das Comunicações.

No escopo da integração possível para futura análise, também poderiam entrar os dados da Dataprev (previdência social), Inep (educação), Datasus (saúde), Receita Federal (tributação) e os do Banco Central (pagamentos realizados por Pix), ele acrescentou.

A ideia, ressaltou ele, não é ter acesso a dados que possam revelar informações individualizadas de pessoas ou empresas, de maneira que seria preservado o mesmo sigilo estatístico já garantido por lei às pesquisas censitárias e por amostragem que o IBGE conduz.

HSBC anuncia reestruturação de seu banco de investimentos para impulsionar inovação

B9 | HSBC apresentou novo logo e quase ninguém notou a ...

O HSBC deu início a um processo de simplificação da estrutura do seu banco de investimentos através da fusão de equipes setoriais, de acordo com uma nota interna. Com as mudanças, a equipe da companhia será dividida em cinco grupos. A reorganização visa alinhar melhor o negócio com as áreas estratégicas de foco do banco, incluindo a economia da inovação e as indústrias relacionadas com a sustentabilidade, afirma. Às 9h15 (de Brasília), as ações do HSBC tinham queda de 0,19% na Bolsa de Londres; enquanto o American Depositary Receipt (ADR) do banco recuava 0,24% no pré-mercado de Nova York. 

Fonte: Dow Jones Newswires.

Inflação desacelera mais que o esperado em junho, mas bate 4,23% em 12 meses

 


Batatas

Dentro os alimentos com alta, a batata-inglesa subiu 14,49% (Crédito: Arquivo/Agência Brasil)

A inflação do país foi de 0,21% em junho, desacelerando em relação ao mês de maio, quando foi de 0,46%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira, 10, pelo IBGE.

No acumulado em 12 meses, ficou 4,23%, acima dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

O resultado veio melhor do que o esperado. Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,32% em junho, acumulando em 12 meses alta de 4,35%.

Alimentos pesam na inflação do mês

O grupo de produtos e serviços que teve o principal impacto foi Alimentação e bebidas, que apresentou alta de 0,44% e respondeu, sozinho por praticamente metade do IPCA de junho (0,10 ponto percentual).

Entre as maiores altas, destaque para a batata inglesa (14,49%), o leite longa vida (7,43%) e arroz (2,25%). Entre as quedas, destacam-se a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%).

“No caso do leite, o clima adverso na Região Sul e a entressafra contribui para uma menor oferta, por conta da queda na produção. Já a batata também teve oferta mais restrita, mas relacionada ao final da safra das águas e início da safra das secas, que ainda não chegou a um patamar elevado”, afirmou André Almeida, gerente da pesquisa.

O grupo com maior variação foi o de Saúde e cuidados pessoais, com avanço 0,54%, mas também mostrando arrefecimento sobre a taxa de 0,69% de maio. A influência partiu dos aumentos de 1,69% de perfumes e de 0,37% dos planos de saúde.

Os únicos grupos que apresentaram queda foram Comunicação, de 0,08%, e Transportes, com recuo de 0,19%.

As passagens aéreas tiveram queda de 9,88% nos preços. Em relação aos combustíveis, o óleo diesel (-0,64%) e o gás veicular (-0,61%) tiveram recuo de preços, enquanto a gasolina (0,64%) e o etanol (0,34%) registraram alta.

Inflação menos espalhada

Já a inflação de serviços mostrou forte alívio ao passar a uma variação positiva de apenas 0,04%, depois de subir 0,40% em maio, acumulando em 12 meses alta de 4,49%, ainda acima do índice geral.

O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, teve em junho queda a 52%, contra 57% em maio.

Expectativas

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

As expectativas do mercado para a alta do IPCA subiram a 4,02% e 3,88% respectivamente em 2024 e 2025, segundo mostrou a última pesquisa Focus.

Após o reajuste anunciado pela Petrobras para a gasolina e gás de cozinha, no entanto, os analistas passaram a revisar para cima as projeções. Aestrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo, por exemplo, elevou sua estimativa para o IPCA ao final do ano de 4,10% para 4,28%.

 

 https://istoedinheiro.com.br/ipca-inflacao-desacelera-para-021-em-junho-mas-atinge-423-em-12-meses/

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Transpetro lança licitação internacional para contratação de 4 navios

 


Empresas interessadas têm 90 dias para apresentar suas propostas; previsão de divulgação do estaleiro vencedor e assinatura do contrato é para dezembro deste ano

 

 

A Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras, anunciou nesta segunda-feira, 8, uma licitação internacional para a contratação de quatro navios da classe “Handy”, com capacidade de 15 mil a 18 mil toneladas de porte bruto, com o primeiro lançamento de embarcação previsto para o primeiro semestre de 2026.

+ Preços médios de gasolina e diesel estão abaixo do mercado externo, dizem especialistas

Os navios subsequentes deverão ser lançados ao mar a cada seis meses, até meados de 2028, segundo a companhia.

A concorrência será aberta a empresas locais e internacionais, disse o presidente-executivo da Transpetro, Sergio Bacci, mas os estaleiros no Brasil poderão obter acesso ao Fundo da Marinha Mercante (FMM) e a Petrobras levará em conta os impostos de importação ao avaliar as propostas.

“As aquisições de navios que estamos anunciando hoje são, sem dúvida, um grande estímulo para a indústria naval brasileira e esperamos que os estaleiros nacionais aproveitem essa oportunidade”, disse Bacci, durante entrevista coletiva de imprensa, no Rio de Janeiro, sobre o tema.

As empresas interessadas têm o prazo de 90 dias para apresentar suas propostas. A previsão de divulgação do estaleiro vencedor e assinatura do contrato é dezembro deste ano.

As encomendas, segundo a Transpetro, integram um programa de renovação e ampliação da frota do Sistema Petrobras. Atualmente, 16 navios de cabotagem fazem parte desse programa e estão previstos no Plano Estratégico da petroleira para período de 2024 a 2028, enquanto outros nove estão em estudo.

O anúncio ocorre após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressionar a Petrobras a ajudar a fortalecer a indústria naval do país, que ele considera fundamental para a criação de empregos, depois de ter perdido relevância na última década após escândalos de corrupção envolvendo diversas obras.

Em nota, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que o programa dará mais capacidade à logística de petróleo e derivados.

“É um marco do início de contratações que vão contribuir para fortalecimento da indústria naval e offshore nacional”, disse Chambriard.

Maior companhia de logística multimodal de petróleo e derivados da América Latina, a Transpetro opera atualmente 48 terminais, sendo 27 aquaviários e 21 terrestres, cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 33 navios.

Além de atender à Petrobras, a Transpetro presta serviços a distribuidoras, indústria petroquímica e diversas empresas do setor de óleo e gás. Hoje reúne uma carteira com mais de 160 clientes.