segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Efeito Lula: anúncios de investimentos no Brasil batem recorde histórico

 


Levantamento feito pelo banco Bradesco mostra que o número de empresas interessadas em fazer negócios no Brasil é o maior desde 2020

 

O vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente Lula.Créditos: Ricardo Stuckert

Levantamento feito pelo banco Bradesco aponta que o Brasil, sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bateu recorde em anúncios de investimentos feitos por empresas estrangeiras. 

De acordo com o estudo, divulgado nesta segunda-feira (2) pelo site Valor, de janeiro a julho desde ano foram feitos 362 anúncios de investimentos, número 23,6% maior que aquele observado no mesmo período de 2023 e o maior índice para o período desde 2020, quando foram feitos 397 anúncios. 

“Investimento, para nós, é o que aumenta a capacidade produtiva do Brasil. Pode ser, por exemplo, abertura de lojas e fábricas; construção de prédios residenciais, industriais, comerciais e de galpões logísticos; aquisição de equipamentos e frotas de veículos. Não entram, por exemplo, aquisições de empresas e compras de participações”, afirmou Priscila Pacheco, economista do banco responsável pelo levantamento. 

“Temos percebido quase mês a mês esse crescimento e a gente entende que é algo mais generalizado”, prossegue a representante do Bradesco. 


O estudo não leva em consideração os valores dos investimentos, já que esses podem mudar, mas apenas os anúncios, que são registrados através de monitoramento de anúncios feitos na internet e na imprensa por representes do governo e de setores como indústria, agroindústria, serviços e comércio. 

Brasil foi o segundo país que mais recebeu investimentos estrangeiros em 2023

O Brasil ficou em segundo lugar no ranking global de destino de investimentos estrangeiros em 2023. De acordo com informações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país ficou atrás apenas dos Estados Unidos.

Os dados da OCDE mostram que o Brasil recebeu US$ 64 bilhões em investimento estrangeiro direto (IED) no primeiro ano do Governo Lula III.

O líder da lista, os EUA, receberam US$ 341 bilhões em IED e em terceiro lugar figura o Canadá, com US$ 50 bilhões. O documento aponta ainda que houve uma redução global de IED, "abaixo de qualquer nível registrado desde 2005" em um contexto geral de tensões geopolíticas em curso e altas taxas de juros.

Uma das maneiras que o presidente Lula capta recursos estrangeiros diretos ao Brasil é por meio das viagens presidenciais. No dia 18 de março deste ano, a Secretaria de Comunicação Social (Secom), da Presidência da República, divulgou uma nota na qual informa as conquistas alcançadas pelo governo a partir de viagens a outros países.

"O Brasil, após hiato de quatro anos como pária internacional, voltou a ser convidado para os principais eventos globais e a ser recebido pelas principais lideranças do mundo. Além disso, em reconhecimento à importância do país e de suas atuais lideranças, líderes globais também voltaram a visitar o país", diz a nota.

O texto elenca que as viagens realizadas pelo presidente Lula já resultaram em diversos acordos bilaterais e atração de investimentos para o país, como a atração de mais de R$ 117 bilhões de montadoras estrangeiras no país.

Na viagem à China, em abril de 2023, além dos 15 acordos entre os dois governos, outros 42 acordos foram assinados entre empresas brasileiras e chinesas e entre empresas chinesas e o governo brasileiro. A previsão é que os acordos com a potência asiática rendam investimentos de até R$ 50 bilhões.,

Há ainda outros R$ 12,5 bilhões dos atos assinados com os Emirados Árabes, especialmente na área de energia verde. Além disso, a visita à Arábia Saudita resultou em anúncio de investimentos de até R$ 50 bilhões do Fundo Soberano do país em projetos de desenvolvimento sustentável no Brasil, inclusive no âmbito do PAC, até 2030.

Também as empresas portuguesas EDP e Galp anunciaram investimentos de R$ 32 bilhões. Por fim, o Japão anunciou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para investimentos no setor de saúde brasileiro.

Por meio das viagens empreendidas até o momento, o Brasil fechou até agora ao menos 57 acordos bilaterais de diversos níveis: 7 com a Argentina, 15 com a China, 4 com os Emirados Árabes Unidos, 13 com Portugal, 4 com a Espanha, 2 com o Japão, 7 com Angola, 2 com São Tomé e Príncipe, 3 com Cuba, 19 com a Alemanha e 2 com Egito.

As viagens presidenciais ajudaram também na abertura de 96 novos mercados para produtos brasileiros. Exemplo disso é a recente habilitação de 38 frigoríficos para exportar à China, a maior de uma só vez, totalizando 146, o que sozinho pode representar um aumento de US$ 10 bilhões na exportação de proteína animal para o país asiático.

"A atual gestão, ao contrário da anterior, não antagoniza a China, o principal parceiro econômico do Brasil. O presidente da China, Xi Jinping, será recebido no Brasil em visita de Estado no segundo semestre", alfineta a Secom.

Além disso, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, as doações ao Fundo Amazônia, retomadas após paralisia de quatro anos no governo anterior, atingiram recorde de US$ 726 milhões. Outros R$ 3,1 bilhões devem ser doados ao longo de 2024 por EUA, Noruega, Reino Unido, União Europeia e Dinamarca.

Empresas alemãs temem efeito do avanço da ultradireita no leste

 


Desempenho da AfD nas eleições na Saxônia e na Turíngia levanta preocupações sobre futuro econômico do leste da Alemanha e temores de uma fuga de investidores e de mão de obra qualificada da região.A Alternativa para Alemanha (AfD) emergiu como o partido mais forte na Turíngia e quase empatou com a União Democrata Cristã (CDU) na Saxônia, confirmando os temores de uma virada política para a direita em partes do território onde ficava a antiga Alemanha Oriental comunista.

Após os resultados da votação para os parlamentos estaduais, os líderes da AfD, Alice Weidel e Tino Chrupalla, passaram a reivindicar um papel na formação dos governos locais. Eles pedem uma coalizão de centro-direita que também contemple a sigla conservadora CDU. No entanto, a CDU rejeitou qualquer colaboração com a AfD, para manter um cordão sanitário contra a extrema direita.

Antes das eleições, tanto sindicatos como representantes de empresas expressaram preocupação com as possíveis consequências econômicas de uma vitória da AfD. O temor é de que investidores mudem de ideia, temendo instabilidade e um ambiente pouco acolhedor.

Olaf Zachert, investidor especializado em resgatar empresas em dificuldades, é um dos que alertam para um ambiente hostil para negócios. Ele disse à DW que um aumento no apoio à AfD faria com que muitos investidores pensassem duas vezes antes de se comprometerem com novos empreendimentos na Saxônia e na Turíngia.

Lobistas e economistas alarmados

O presidente da Associação de Empregadores Alemães (BDA, na sigla em alemão), Rainer Dulger, também ressaltou a ligação entre uma economia próspera e uma política estável. Ele afirma que a ascensão da AfD reflete “uma profunda ansiedade pública e uma falta de confiança de que a Alemanha está se movendo na direção certa”.

Ele atribui parte da guinada da ultradireita às políticas atuais do chanceler federal alemão, Olaf Scholz. “Os resultados das eleições são um aviso claro para o governo de coalizão”, disse ele à agência de notícias alemã DPA. E acrescentou que qualquer governo deve ter sempre em mente os empregos e a coesão social.

Após as eleições, alguns economistas expressaram a opinião de que a escassez de mão de obra qualificada poderia se agravar no leste da Alemanha com a ascensão da ultradireita, o que pode provocar o êxodo de empresas.

Monika Schnitzer, presidente do Conselho Alemão de Especialistas Econômicos, foi uma dessas vozes. Segundo ela, empresas sediadas na Turíngia e na Saxônia podem ficar em desvantagem na competição global por trabalhadores qualificados.

As instituições estatais e os estabelecimentos de educação já estão sofrendo com a escassez de pessoal, o que pode aumentar, especialmente devido à posição do AfD contra a imigração qualificada.

Marcel Fratzscher, presidente do Instituto Alemão de Pesquisas Econômicas (DIW), reforça esse coro. Ele argumenta que as políticas da AfD, tais como a defesa do protecionismo comercial, a redução da imigração, menor abertura e diversidade, provavelmente resultariam em uma fuga de empresas e trabalhadores qualificados. Esse êxodo poderia levar a mais insolvências e realocações de empresas.

“Cidadãos mais jovens e mais qualificados deixarão os dois estados em direção a regiões onde se sintam mais valorizados”, disse Fratzscher à agência de notícias Reuters.

Investimentos importantes em risco?

Ralf Wintergerst, presidente da associação digital alemã Bitkom, afirma que a AfD não representa valores associados à Alemanha, como abertura e inovação.

“As fábricas de semicondutores planejadas na Saxônia não funcionarão sem talentos estrangeiros”, afirmou.

A empresa de pesquisa Capital Economics chamou a atenção para a possível replicação desses resultados eleitorais estaduais para o plano nacional. Ele observa que algumas posições da AfD podem influenciar os programas dos principais partidos.

O Deutsche Bank Research, por sua vez, minimizou o impacto dos resultados das eleições estaduais, dizendo que eles “não são uma prévia da próxima eleição federal” no ano que vem. Analistas do maior credor privado da Alemanha preveem apenas “riscos econômicos temporários”, principalmente em relação à escassez de mão de obra, e não preveem mudanças fundamentais na política econômica alemã.

Petroleiras devem investir R$ 18 bi no Brasil em busca de petróleo até 2027, diz ANP

 


Petroleiras deverão investir R$ 18,31 bilhões no Brasil em atividades que buscam encontrar petróleo e gás até 2027, sendo mais de R$ 17 bilhões entre este e o próximo ano, apontaram estimativas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), publicadas nesta segunda-feira, 2.

Os montantes serão investidos na fase de exploração, que tem início com a assinatura dos contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural, e foram calculados com base nos Planos de Trabalho Exploratórios (PTEs) relativos a 2024 apresentados à ANP pelas companhias.

Para 2024, são aguardados R$ 9,97 bilhões, enquanto em 2025 deverão ser empenhados R$ 7,64 bilhões. Os R$ 701 milhões restantes deverão ser aportados entre 2026 e 2027, previu a ANP.

Durante a fase de exploração, são realizados estudos para detectar a presença de petróleo e gás natural nas áreas sob contrato, em quantidade suficiente para tornar sua extração economicamente viável. Tendo sucesso nessa etapa, as empresas poderão passar para a fase seguinte de produção, quando iniciarão a produção e área contratada passará a ser chamada de campo.

Do montante total previsto para o período, 88% serão concentrados na perfuração de poços, enquanto os 12% restantes serão distribuídos entre teste de poço (8%), levantamento geofísico exclusivo (3%) e levantamento geofísico não exclusivo (1%).

Já dos volumes previstos para este ano, 9,50 bilhões de reais serão alocados em ambiente marítimo, dos quais 8,50 bilhões de reais na perfuração de poços. Para o ambiente terrestre, a previsão é de R$ 470 milhões até dezembro.

O ano de 2023 foi encerrado com 251 blocos sob contrato, sendo 13 sob o regime de partilha de produção e 238 sob o regime de concessão.

“Como maior parâmetro para a avaliação do desempenho do segmento de exploração de petróleo e gás natural, a perfuração de poços exploratórios tem apresentado desempenho aquém do desejado ao longo dos últimos anos”, disse a ANP em nota.

“O ano de 2023 ratificou a tendência de perfuração de, no máximo, um poço exploratório a cada dez blocos sob contrato, resultado verificado desde o ano de 2016.”

Em 2023, foram perfurados 22 poços na fase de exploração, um a menos do que em 2022.

VR diz que está colaborando com o Cade em investigação sobre PAT

 VR Benefícios | São Paulo SP


A empresa de benefícios de alimentação VR informou que está “colaborando com o Cade e compartilhando todas as informações solicitadas” após o órgão instaurar um procedimento preparatório para investigar se Ticket, VR, Alelo e Pluxee oferecem vantagens indevidas na hora de fechar contratos com empresas, o chamado “rebate”.

A companhia procurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado)após publicação de matéria sobre o caso na última segunda-feira, 26. Em nota, a VR disse ainda que as informações compartilhadas com o Cade “reforçam nosso compromisso com a legislação vigente e atuação alinhada com a regulação setorial”.

Medicina Nuclear salva cavalos com ´Síndrome de Imersão` vítimas da tragédia no Rio Grande Sul

 


Fonte: Blog Tania Malheiros

Na segunda-feira, 10/06, lotes de curativos produzidos por irradiação gama ou feixe de elétrons, parte da medicina nuclear, desenvolvidos no Laboratório do SisNANO do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN) – NuclearNano, foram enviados ao Rio Grande do Sul para auxiliar no tratamento de cavalos resgatados de uma hotelaria em Eldorado do Sul (RS).Um grupo de veterinários voluntários do Rio Grande do Sul contatou a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) em busca de colaboração da Medicina Nuclear para recuperar a saúde dos cavalos, alguns com quase 50% da pele lesionada, correndo sérios riscos de morte.
Nos últimos anos, com o desenvolvimento de hidrogéis com nanopartículas de prata irradiados, produzidos por irradiação gama ou feixe de elétrons, a medicina nuclear vem dando passos significativos, informou o IPEN-CNEN. Vítimas de "síndrome de imersão" – o popular "choque térmico", os cavalos apresentam lesões graves na pele, o maior órgão do corpo desses equinos. Em alguns casos, até 50% da pele apresentam lesões, comprometendo a parte sistêmica e exigindo cuidados especiais para prevenir infecções e promover a cicatrização com segurança.

Reconhecendo a gravidade da situação, um grupo de veterinários da Clinvet Guadalupe, responsáveis pelo tratamento dos animais, procurou os pesquisadores do NuclearNano em busca de colaboração para tentar salvar os cavalos. Ademar Benévolo Lugão, coordenador do NuclearNano, explica que os curativos à base de hidrogéis com nanopartículas de prata passam pelo processo de irradiação, ocorrendo a gelificação de forma simultânea à esterilização do curativo.

O pesquisador ressalta que a irradiação também colabora para a formação e a estabilidade das nanopartículas de prata. "Como o o processo utiliza apenas uma etapa de esterilização por radiação, permite que os curativos sejam produzidos com custos baixíssimos, em torno de R$ 1 por curativo de 100cm2”, acrescenta Lugão. Os hidrogeis são irradiados no Centro de Tecnologia das Radiações do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade da CNEN em São Paulo, localizada na Cidade Universitária. Compostos por 90% de água, propiciam um ambiente úmido que, de acordo com Lugão, estimula a recuperação das lesões.

"Além disso, é totalmente transparente, permeável ao oxigênio, não aderente à ferida, resistente à manipulação por enfermeiros, porém, extremamente macio, de forma a se constituir numa segunda pele, diminuindo ou mesmo eliminando a dor das feridas”, afirma o pesquisador. Totalmente estéreis, os curativos já foram usados em testes clínicos com queimados, testes clínicos com feridas crônicas de hanseníase e leishmaniose, e testes clínicos em feridas de bebes recém-nascidos em tratamento em UTIs. Lugão vem trabalhando há mais de uma década no desenvolvimento de hidrogeis e tem a expectativa de uso em larga escala no Sistema Único de Saúde (SUS).

O Laboratório SisNano NuclearNano/CNEN fica sediado no Centro de Química e Meio Ambiente (CEQMA) do IPEN. De acordo com Lugão, os curativos serão aplicados nos equinos com o auxílio de pastas veterinárias específicas para essas feridas, que demandam um pH bem ácido. O pesquisador adianta estudos para desenvolver, a curto prazo, soluções mais adequadas das lesões por síndrome de imersão em equinos.

"A intenção do IPEN/CNEN é desenvolver rapidamente um novo curativo processado por radiação com o pH e dimensões ajustadas às necessidades específicas desse caso”.

O grupo de veterinários voluntários é coordenado por Guilherme Machado e Paula Bernardo, proprietários da Clínica Guadalupe, local onde estão internados os equinos. Também integram esta equipe Juliana Osório, proprietária da Clínica de Fisioterapia Equina, que leva o seu nome, e Maria Inês Allgayer, CEO da Therapy4horses, empresa de fisioterapia e reabilitação equina, com ênfase em animais de alta performance, situada em Purcell, Oklahoma (EUA), cidade conhecida como a "Capital do Cavalo Quarto de Milha no Mundo”.

A equipe também inclui voluntários que trabalham na Clínica Guadalupe. O grupo conta, ainda, com a colaboração do pesquisador Julio David Spagnolo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, e colaboradores da CNEN, dedicados à produção dos curativos. Para saber como ajudar, basta acessar a conta @clinvet_guadalupe na rede social Instagram.

 

 https://www.ipen.br/portal_por/portal/interna.php?secao_id=39&campo=21038

Temos receita crescendo além do PIB e equalização do déficit primário, diz Durigan

 

 Quem é Dario Durigan, que assume a Fazenda interinamente por ...

 

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta segunda-feira, 2, que o governo conta com resultados concretos que indicam manutenção da estratégia do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025. “Temos receita crescendo além do PIB e equalização do déficit primário”, disse durante entrevista coletiva à imprensa. Ele enfatizou, porém, que foi mantida na composição da peça do ano que vem a nova relação do Fisco e do contribuinte iniciada no ano passado para o PLOA de 2024.

O secretário ressaltou que há uma redução das expectativa de arrecadação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) em 2025. Ele enfatizou que a equipe econômica vem adotando uma postura crítica sobre a metodologia de incorporação dos recursos provenientes de acordo com o Carf e que pode haver uma velocidade diferente da inicialmente esperada em relação aos pagamentos feitos ou não ao Conselho.

“Além do atraso no pagamento do que está sendo julgado pelo Carf, a gente tem sido muito crítico internamente, do ponto de vista da Receita Federal e do próprio alimento jurídico, da metodologia e da velocidade com que as empresas pagam ou não pagam os julgados do Carf”, enfatizou. “Só em seis meses de 2024, já batemos o recorde de julgamentos no Carf, portanto está mostrando a consistência do que a gente previa, que era acabar com o estoque, fazer com que o balanço das empresas mude, e que a gente possa gastar energia com um projeto estratégico e não com mais litígio, com mais estoque parado”, continuou.

O secretário admitiu que tem-se visto uma entrada menor do Carf. Por isso, há um carregamento (de receitas) para o ano que vem. “A gente está anunciando também um novo programa de redução de litígio com as dez maiores empresas do País, a pedido das empresas”, relatou.

Ele salientou que a sugestão feita pelas companhias era de um total de R$ 700 bilhões de estoque para transação, o que daria R$ 130 bilhões de possível pagamento. A partir daí, conforme Durigan, foram feitos cálculos e a previsão de entrada ficou em R$ 30 bilhões a partir dessa transação sugerida por empresas.

O secretário-executivo falou também que a habilitação de benefícios está no pilar de correção de distorções do PLOA 2025, e que são cerca de R$ 20 bilhões esperados para o ano que com a criação de habilitação de benefícios tributários. “Habilitações de benefícios têm permitido um maior controle do Perse, por exemplo”, ilustrou. Ele disse ainda que as ampliações vão sendo feitas considerando os benefícios de PIS/Cofins.

Sabatina de Galípolo deve ser em 10 de setembro, diz ministro

 


Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Internacionais, disse que a data está pré-acertada com o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO)

 

 

Diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabríel Galípolo

 

 

A sabatina do indicado a presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo, deve acontecer na próxima terça-feira, dia 10, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), disse nesta segunda-feira, 2, o ministro da Secretaria de Relações Internacionais, Alexandre Padilha.

De acordo com o ministro, a data está pré-acertada com o presidente da CAE, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), e o governo trabalha para confirmar a data, que aconteceria dentro da segunda semana de esforço concentrado do Congresso, que está em recesso branco por causa das eleições municipais.

O relator da indicação, que foi oficializada na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que pretende já fazer a leitura do seu relatório nesta terça.

“Vamos fazer esse périplo agora e nossa expectativa é que possamos ter a sabatina na próxima semana. Já foi indicado como relator na CAE o próprio líder do governo no Senado, ele está pronto para apresentar esse relatório, e expectativa é que se possa construir condições para que a sabatina aconteça na próxima semana”, disse Padilha, acrescentando que Galípolo deve começar esta semana as visitas aos líderes no Senado e aos senadores membros da CAE.

Com o recesso branco, o governo não tem ainda uma data para a votação no plenário do Senado. Segundo Padilha, a intenção é esperar um momento em que a Casa esteja com quórum garantido – o que, se não acontecer na semana que vem, deve se dar apenas em outubro, depois das eleições, quando o Congresso volta ao trabalho normal.

Independentemente da data da aprovação, Galípolo só toma posse no cargo em janeiro, depois da saída de Roberto Campos Neto. Padilha negou que haja qualquer conversa para uma antecipação da saída do atual presidente do BC.