terça-feira, 15 de outubro de 2024

Banco Mundial reduz comissões para que empréstimos fiquem ‘menos caros’

 


O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga - GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

O Banco Mundial (BM) anunciou, nesta terça-feira (15), que reduzirá consideravelmente as comissões dos empréstimos concedidos a países, especialmente os menores, com o objetivo de tornar os créditos “mais simples e menos caros”.

As novas condições incluirão um pO eríodo de carência antes do início do pagamento do empréstimo, a suspensão dos prêmios de risco e a redução das comissões em empréstimos de curto prazo, detalhou a instituição em um comunicado.

As medidas se somam a uma série de anúncios para aumentar a capacidade de empréstimos do banco, como a redução da relação de capital próprio/empréstimo de 19% para 18%, o que permitiria desbloquear 30 bilhões de dólares (R$ 169,1 bilhões) adicionais em financiamento por ano.

“Essas novas medidas devem nos permitir realizar mudanças significativas na vida das pessoas (…) Sempre que pudermos, de forma responsável, usar melhor nossos recursos, faremos”, disse o presidente do BM, Ajay Banga, citado no comunicado.

As medidas dizem respeito, em primeiro lugar, ao Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird), uma filial do BM.

O anúncio ocorre menos de uma semana após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter anunciado medidas semelhantes para suavizar as condições de endividamento de países com importantes programas de ajuda, como Ucrânia e Argentina.

Desde que Ajay Banga assumiu a presidência em junho de 2023, o BM busca utilizar melhor a carteira para aumentar sua capacidade de financiamento.

Banga se comprometeu a fazer “um banco melhor” antes de pedir aos acionistas, os Estados, que aumentem sua participação para criar um “banco maior”.

Chile: S&P reafirma rating ‘A/A-‘ e eleva perspectiva de negativa para estável

 

A S&P Global Ratings revisou a perspectiva do Chile de negativa para estável e reafirmou os ratings de crédito soberano ‘A/A-1’ em moeda estrangeira e ‘A+/A-1’ em moeda local.

A perspectiva estável pressupõe que a combinação de crescimento econômico e medidas de receita contribuirá para a consolidação fiscal contínua, que estabilizará a dívida líquida do governo geral, diz a S&P. “Esperamos continuidade na política fiscal e monetária, indicando a estabilidade institucional do Chile”.

Embora a obtenção de consenso político seja mais lenta do que no passado, a S&P acredita que as sólidas instituições democráticas do país são âncoras econômicas que absorveram os choques internos e externos nos últimos cinco anos.


Eve recebe R$ 500 milhões do BNDES para investir no “carro voador” em Taubaté

 


Eve recebe R$ 500 milhões do BNDES para investir no "carro voador" em Taubaté
(Foto: Divulgação / EAM) BNDES

 

A Eve Air Mobility garantiu um empréstimo de R$ 500 milhões (cerca de US$ 88 milhões) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a instalação de sua unidade de produção de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), também conhecido como “carro voador” em Taubaté.

O financiamento, que faz parte do programa BNDES Mais Inovação, visa impulsionar projetos inovadores e reforçar o compromisso da empresa com a descarbonização e a mobilidade aérea urbana (UAM).

“O apoio do BNDES é essencial para nossa missão de transformar a mobilidade urbana com experiências de voo sustentáveis. Este financiamento permitirá que nossa unidade de fabricação não só seja a primeira do tipo no Brasil, mas também funcione com energia limpa”, afirmou Johann Bordais, CEO da Eve.

 

Eve recebe R$ 500 milhões do BNDES para investir no "carro voador" em Taubaté
(Foto: Divulgação / EAM) BNDES

Inovação e sustentabilidadeBNDES

O novo financiamento é um desdobramento da parceria entre a Eve e o BNDES, que em 2022 já havia aprovado um crédito de R$ 92,5 milhões para o desenvolvimento do eVTOL. Com uma produção estimada de até 480 aeronaves por ano, a Eve planeja expandir a capacidade de sua fábrica em módulos, permitindo um crescimento sustentável à medida que o mercado evolui.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou que este investimento reforça o compromisso do governo do presidente Lula em fomentar inovações tecnológicas no Brasil. “O programa BNDES Mais Inovação já aprovou R$ 8 bilhões em créditos desde 2023, mostrando que estamos prontos para dar competitividade internacional às empresas nacionais”, ressaltou.

José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo do BNDES, acrescentou que o financiamento busca fortalecer a capacidade de inovação na mobilidade urbana e contribuir para a geração de empregos qualificados no país.

A empresa informou ainda que já possui uma carteira de pedidos de cerca de  2.900 eVTOLs, e que já se posiciona como líder no setor, com um potencial de receita de US$ 14,5 bilhões. A Eve já lançou seu primeiro protótipo em julho e trabalha em uma série de testes para garantir a eficiência e segurança das aeronaves.

Bradesco lança seu primeiro fundo de infraestrutura listado na B3

 


Ilustração de logo do Bradesco

 

matheusi

A Bradesco Asset, braço de investimentos do banco, lançou seu primeiro fundo de investimentos de infraestrutura listado na bolsa de valores. Sob o ticket BINC11, ele captou mais de R$ 474 milhões durante sua oferta primária.

A taxa de gestão do BINC11 é de 0,90% ao ano. Estão previstos pagamentos de amortização aos cotistas a cada 5º dia útil do mês. Ele está disponível para investidores pessoa física.

Também chamados de “fi-infra”, os fundos de infraestrutura investem em projetos de setores como energia, saneamento, rodovias, terminais portuários e aeroportos. Possuem entre suas vantagens a isenção do imposto de renda tanto sobre rendimentos como sobre ganhos de capital.

“Os projetos de infraestrutura estão em alta no Brasil, no embalo do desejo do governo federal em incentivar os investimentos na área como forma de gerar crescimento econômico”, afirma em nota o head de Gestão de Crédito High Grade da Bradesco Asset Management, Victor Tofolo. “O novo fundo está inserido nesse contexto.”

Prefeitura de SP vai à Justiça para exigir que Enel restabeleça energia imediatamente sob multa de R$ 200 mil por dia

 


A Prefeitura de São Paulo ingressou com uma ação civil pública no Tribunal de Justiça nesta segunda-feira, 14, para que a concessionária Enel restabeleça imediatamente a energia elétrica nos pontos ainda afetados pelo apagão sob multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento da determinação. O pedido ainda será analisado pela Corte.

Estadão entrou em contato com a Enel e aguarda posicionamento da empresa a respeito da ação judicial. A companhia tem afirmado que reforçou as equipes próprias em campo, recebeu apoio de técnicos de outras distribuidoras e deslocou profissionais de outros Estados.

A falta de energia elétrica ainda atinge 220 mil imóveis – entre casas e comércios – na capital paulista e na Grande São Paulo, segundo atualização feita pela Enel Distribuição São Paulo na manhã desta terça-feira, 15.

O apagão foi o tema central do debate eleitoral entre os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito, realizado pela Band nesta segunda-feira. O prefeito buscou responsabilizar o governo federal, enquanto o deputado acusou a atual gestão de demora na adoção de medidas para restabelecer a ordem. O tema também tem pautado a propaganda eleitoral obrigatória dos dois candidatos.

Paralelamente à ação judicial, o Ministério de Minas e Energia deu à Enel, na segunda-feira, prazo de três dias para resolver o apagão na cidade de São Paulo.

A ação civil pública da Prefeitura tramita na 2ª Vara de Fazenda Pública da capital, assinada pela procuradora-geral do Município, Marina Magro Beringhs Martinez.

“Os vendavais, de acordo com os registros preliminares, propiciaram a queda de 386 árvores. Parte delas, por estarem próximas à fiação elétrica – e, por inércia da Enel, com manejos em atraso, conforme exaustivamente demonstrado ao longo desta demanda -, causaram a interrupção no fornecimento de energia elétrica para mais de 1,6 milhão de pessoas”, diz trecho do documento.

A Prefeitura afirma que persiste a “inércia da concessionária federal em apresentar Plano de Contingência que leve em consideração o montante de árvores em contato com a fiação elétrica ou dentro dos limites da Zona Controlada (cerca de 1/3 do total de árvores situadas em vias públicas), bem assim a alta probabilidade de intempéries climáticas a que a Cidade se sujeita entre os meses de outubro a março, todos os anos”.

Quatro dias após o temporal, 49 árvores ainda aguardam a atuação da empresa Enel para que as equipes municipais iniciem o trabalho de remoção e limpeza, de acordo com o poder municipal.

A Prefeitura afirma que acionou a Agência Reguladora de Energia Elétrica (Aneel) e o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as deficiências do serviço público prestado pela Enel.

Esta não é a primeira ação da Prefeitura contra a Enel. Desde o ano passado, a Prefeitura já enviou dois ofícios à Corte de Contas e outros dois à Aneel solicitando medidas efetivas contra a concessionária, maior fiscalização do contrato de concessão e aplicação de multa contra a Enel.

No pico do apagão, mais de 2,1 milhões ficaram sem luz após a tempestade com ventania na noite de sexta-feira, com rajadas que chegaram a 107,6 km/h.

Abrasel move ação contra a Enel e pede indenização de R$ 20 mil por restaurante

 


A associação estima que quase 80 mil estabelecimentos foram afetados

 

 

Comerciantes e restaurantes sofrem com a falta de energia em SP - Crédito: Paulo Pinto/ Agência Brasil

A Abrasel SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo) irá ajuizar nesta terça-feira, 15, uma nova ação contra a Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica na capital paulista. Trata-se da segunda ação contra a companhia.

A ação coletiva é restrita aos associados da Abrasel SP, que conta com cerca de 5.000 estabelecimentos associados no estado de São Paulo.

A associação exige que a concessionária indenize bares e restaurantes do município devido aos prejuízos causados pela falta de energia, que iniciou na sexta-feira, 11.

A cidade de São Paulo possui aproximadamente 155 mil estabelecimentos, entre bares, restaurantes e similares. De acordo com a Abrasel SP, metade deles (77.500) foram afetados e tiveram prejuízo com a falta de energia, com perda mínima de R$ 10.000.

“A falta de energia impossibilita o funcionamento de bares e restaurantes e causa grande prejuízo aos empresários, que envolve perda de insumos, cancelamentos de reservas e eventos, impacta de forma significativa o faturamento, principalmente no fim de semana, que é expressivo”, diz Leonel Paim, vice-presidente da Abrasel SP, à imprensa.

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Avenida do Cursino no bairro do Jabaquara sem energia elétrica devido as chuvas – Crédito: Paulo Pinto/Agência Brasil

 

Falta de energia é recorrente

A associação afirma que há empresários que ainda estão esperando uma resposta de uma ação movida em 2023 pela falta de energia.

Percival Maricato, advogado especialista do setor e diretor institucional da AbraselSP, ressalta que a interrupção de eletricidade é uma situação recorrente, sendo a segunda ação movida pela entidade contra Enel.

“Pode-se até se admitir que a energia seja interrompida na sexta-feira por algumas horas, em alguns bairros, em decorrência da tempestade, mas é inaceitável que o serviço seja interrompido por longo período, afetando grande parte da cidade, como já aconteceu anteriormente. A ação coletiva vai requerer indenização por dano financeiro e moral para cada estabelecimento associado.”

E completa: “O dano moral pleiteado pela entidade é no valor aproximado de R$ 20 mil por restaurante ou bar associados, e o dano financeiro será calculado por cada estabelecimento e pode chegar a R$ 50 mil.”

Enel

Em nota divulgada, a Enel Distribuição São Paulo informa que “segue trabalhando para restabelecer a energia para cerca de 214 mil clientes na Grande São Paulo. Desse total, cerca de 46 mil se referem a ocorrências registradas na sexta-feira e no sábado. As equipes atuam, desde os primeiros momentos da tempestade de sexta-feira, no restabelecimento de energia para os clientes que tiveram o serviço afetado e para aqueles que ingressaram com chamados ao longo dos últimos dias”.

Walgreens tem lucro líquido ajustado de US$ 340 mi e anuncia fechamento de 1,2 mil lojas

 

O Walgreens Boots, gigante do varejo farmacêutico, registrou lucro líquido ajustado de US$ 340 milhões e receita acima do esperado no quarto trimestre fiscal encerrado em 31 de agosto, segundo balanço divulgado nesta terça-feira, 15. A empresa norte-americana também anunciou que planeja fechar 1,2 mil lojas nos próximos três anos, sendo que 500 unidades serão descontinuadas no ano fiscal de 2025.

A receita trimestral cresceu 6% ante um ano antes, a US$ 37,54 bilhões, e superou a projeção de analistas, que esperavam US$ 35,75 bilhões.

O lucro ajustado por ação teve queda de 42%, a US$ 0,39 por ação, mas também ficou acima da expectativa, de US$ 0,36.

No resultado sem ajustes, o Walgreens sofreu prejuízo líquido US$ 3,0 bilhões no quarto trimestre, representando aumento expressivo ante o mesmo período no ano passado, quando as perdas somaram US$ 180 milhões.

*Com informações da Dow Jones Newswires