Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
O
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conduz a sessão de abertura
da 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20, o “P20”, nesta
quarta-feira, 6, no plenário. São 35 delegações, uma vez que os países
com sistema bicameral podem enviar delegação das duas Casas
Legislativas.
Participam representantes da África do Sul,
Arábia Saudita, Argentina, Canadá, China, França, Índia, Indonésia,
Itália, México, Reino Unido, Coreia do Sul, Rússia, Turquia, União
Europeia e União Africana.
O P20 tem início nesta quarta e vai até a sexta-feira, 8. Devido ao evento, Lira tem agendas marcadas para toda a tarde.
Integrantes do Copom (Crédito: Divulgação/ Banco Central)
Eduardo Vargasi
O
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia nesta
quarta-feira, 6, a partir das 18h30, a nova taxa básica de juros. A
expectativa é de que o BC irá acelerar o rimo de alta da Selic, com uma elevação de 0,50 ponto percentual (p.p.), passando dos atuais 10,75% para 11,25% ao ano.
Confirmada
a expectativa, será segunda alta seguida nos juros e a Selic voltará ao
patamar que vigorou entre fevereiro e março deste ano, quando o ciclo
ainda de queda. Após passar um ano no nível de 13,75% ao ano, a taxa
teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do
ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom
decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, e em setembro foi anunciado um
corte de 0,25 ponto.
A
visão sobre a decisão de aumento de 0,50 ponto é praticamente unânime
no mercado. Em pesquisa com gestores de carteiras, traders, economistas e
estrategistas de instituições financeiras, o BTG Pactual identificou
que essa é a projeção de 94% dos entrevistados.
Praticamente metade dos entrevistado também destacou que o comunicado do Copom
deve vir com um trecho frisando que “esse ritmo é visto como compatível
com o compromisso de convergência da inflação à meta”. Ou seja, a expectativa é que a Selic encerre o 2024 em 11,75% ao ano.
Vale
explicar que, com a elevação de juros, o BC visa controlar a inflação e
mantê-la dentro da meta. Em contrapartida, juros básicos mais altos se
traduzem em um custo de capital mais elevado, que afetam especialmente
companhias que visam crescimento e tomam dívida. Além disso, dívidas e
financiamentos atrelados ao CDI também encarecem.
Por que os juros voltaram a subir?
Os
motivos que devem fazer o Banco Central elevar os juros em uma
magnitude maior do que a reunião anterior são, basicamente, dois: desancoragem das expectativas de inflação e risco fiscal.
Conforme a última edição do Boletim Focus, a projeção do mercado para inflação de 2024 subiu ainda mais além do teto da meta para o IPCA,
de 4,55% para 4,59%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3%,
sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou
menos.
Sobre o fiscal, as sinalizações recentes do governo tem
piorado expectativas de mercado sobre o controle da dívida pública,
ocasionando uma pressão no câmbio, que saiu de R$ 5,45
na última reunião do Copom para quase R$ 5,90 nos últimos dias – o que
que também impacta na inflação, dado que há uma série de produtos da
cadeia de suprimentos que são dolarizados, além dos importados e de
itens como passagens aéreas.
Além disso, há um ceticismo sobre a manutenção da regra vigente, o chamado arcabouço fiscal.
“Tem
um ponto muito relevante que o BC olha atentamente que é a
sobrevivência do arcabouço. Isso não para este ano, mas para os
próximos. Acredito que teremos o cumprimento da banda inferior da meta
em 2024, mas se continuarmos com esse nível de crescimento de gastos
vamos ver uma dificuldade maior do cumprimento das metas de 2025. Isso
precisa ser equacionado”, observa Gustavo Sung, economista-chefe da Suno
Research.
“Além disso o que preocupa é o
crescimento da dívida, que deve continuar nos próximos anos. O governo
precisa apresentar medidas, sejam elas PECs ou não, para estruturar
melhor o fiscal e garantir uma previsibilidade das despesas”,
acrescenta. A projeção da Suno é que a Selic seja elevada em 0,50 p.p. e
feche o ciclo em 12% no primeiro trimestre de 2025, abrindo espaço para
cortes no fim do ano em questão.
O próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,
sinalizou que considera necessária uma mudança na parte fiscal para que
os ajustes na política monetária sejam mais tênues. “Se tivermos um
choque fiscal muito grande, provavelmente conseguiremos sair com taxas
mais baixas”, afirmou o presidente do BC no fim de outubro.
A decisão do Copom desta quarta ocorre em meio a expectativa do anúncio de medidas fiscaispor
parte do governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as
medidas de contenção de gastos públicos estão “muito avançadas” e
afirmou acreditar ser possível apresentar as iniciativas ainda nesta
semana.
Este será também o penúltimo Copom com Campos Neto na presidência do BC.
PIB em alta dá margem para Copom subir Selic
O
fato de a economia brasileira estar aquecida e as projeções para o PIB
(Produto Interno Bruto) estarem sendo revistas para cima também
pressionam a inflação e justificam uma postura mais cautelosa do Copom.
“De
uma forma geral, o que percebemos é que tivemos uma piora do balanço de
riscos. A atividade do país vem bastante forte, esperamos crescimento
acima de 3% do PIB, impulsionado pelo fiscal e pelo mercado de trabalho
bastante pujante. É bom para a economia, mas tem uma pressão
inflacionária, e tivemos um último IPCA-15 acima do esperado”,
diz Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos e sócio da The Hill
Capital.
Sidney Lima, Analista CNPI
da Ouro Preto Investimentos, também endossa que o cenário exige uma
postura mais austera por parte da autoridade monetária.
“O
contexto de divulgações mais recentes é preocupante e justifica um
ajuste mais expressivo para conter a inflação que já bate no teto
aceitável da meta. Isso tudo demonstrará que o Copom permanece tendo
como prioridade o combate à inflação, o que consequentemente traria
credibilidade ao Brasil”.
O que esperar do comunicado do Copom
O
time de macroeconomia do Itaú, liderado pelo economista-chefe Mario
Mesquita, destaca que o comunicado da última reunião do Copom havia
deixado em aberto o ritmo e magnitude do ciclo. A projeção do banco é,
também, de uma alta da Selic em 0,50 p.p.
“Diante
de um cenário ainda desafiador, com taxa de câmbio em nível mais
depreciado do que na reunião anterior, mercado de trabalho apertado, e
núcleos de inflação e expectativas ainda acima da meta, as autoridades
devem julgar apropriado este aumento do ritmo, avançando mais
rapidamente em território contracionista. Neste contexto, a avaliação de
um balanço de riscos assimétrico para cima também deve ser mantida”,
diz a casa.
É possível que a decisão do Copom ocorra antes da definição do vencedor das eleições nos EUA.
“Para
as próximas reuniões, em um contexto de volatilidade elevada (em
especial, com relação à trajetória esperada para o câmbio em meio à
reprecificação dos juros e eleições nos Estados Unidos, e ruídos
associados à política fiscal no âmbito doméstico), as autoridades devem
manter em aberto o ritmo dos eventuais ajustes futuros e magnitude total
do ciclo, enfatizando, no entanto, o firme compromisso do comitê no
processo de convergência da inflação à meta”, avaliou o Itaú.
A
indústria de automóveis aguarda a publicação nos próximos dias da
regulamentação final do Mover, como é chamado o programa de incentivos a
montadoras lançado no fim do ano passado. São aguardadas definições de
metas de eficiência energética e de reciclagem dos componentes dos
carros a serem observadas pelas montadoras para que os carros paguem
menos impostos. Carros menos poluentes vão pagar alíquotas mais baixas.
Presidente
da Anfavea, a associação das montadoras, Márcio de Lima Leite disse
hoje que não sabe exatamente a data, mas que recebeu do vice-presidente
Geraldo Alckmin, que também chefia o ministério do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços, a garantia de que a regulamentação sai
“nos próximos dias”.
Segundo
Leite, há grande expectativa dos fabricantes pela publicação da
regulamentação, já que as empresas precisam conhecer as regras para
levar adiante o ciclo de investimentos, que passa de R$ 130 bilhões.
Durante
a apresentação dos resultados do setor referentes a outubro, o
presidente da Anfavea falou também que a entidade tem sido cautelosa nas
previsões para o ano que vem, a serem divulgadas em dezembro, em razão
do aumento dos juros.
A
expectativa no mercado é de que os juros de referência, a Selic, subam
0,5 ponto porcentual ao fim, nesta quarta, da reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom).
“Quando falamos a médio prazo, há,
sim, uma grande preocupação com a taxa de juros. Taxa de juros elevada
não combina com a indústria. Naturalmente há um arrefecimento da
indústria”, comentou Leite.
O
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou
nesta terça-feira (5) o lançamento do serviço BNDES Crédito Digital.
Pelo serviço, micro e pequenas empresas poderão ter acesso a crédito de
instituições financeiras parceiras de forma ágil e fácil.
“Sicredi
e BTG já iniciaram a operacionalização da nova solução em suas
plataformas digitais”, informou em nota o BNDES. A solicitação do
crédito poderá ser feita nos aplicativos para os dispositivos móveis das
instituições parceiras e também por meio de seus respectivos internet
bankings.
O
financiamento poderá ser obtido com uma taxa fixa a partir de 1,49% ao
mês e prazos de até 60 meses. De acordo com o BNDES, as empresas obtêm,
assim, flexibilidade para aplicar os recursos na compra de insumos, no
pagamento da folha de pessoal e em investimentos com total
previsibilidade do valor das parcelas. O procedimento de contratação
leva apenas alguns minutos e o dinheiro cai na conta no mesmo dia.
A
inovação é parte dos esforços voltados para a democratização do acesso
ao crédito, diz o BNDES. “Pela primeira vez, a oferta de soluções do
banco será visualizada diretamente pelo cliente final, o que aumentará
substancialmente a visibilidade da marca do BNDES junto ao segmento das
micro e pequenas”, acrescenta.
O lançamento do novo serviço
envolveu investimento de R$ 1 bilhão. Espera-se que, nos próximos meses,
outras instituições financeiras credenciadas no BNDES iniciem a
operacionalização.
Também está prevista a integração de diferentes produtos FGI (Fundo
Garantidor para Investimentos), com o objetivo de complementar as
garantias oferecidas pelas empresas e aumentar as chances de aprovação
dos pedidos de crédito.
A
Engie Brasil Energia reportou lucro líquido de R$ 666 milhões no
terceiro trimestre deste ano, redução de 28,2% em comparação com o
observado em igual período de 2023.
O resultado reflete a venda
parcial de participação na Transportadora de Gás Associado (TAG) e
aumento de custos com material e serviços de terceiros, atenuados pela
redução de custos com compra de energia elétrica para o portfólio e
resultado positivo nas operações no mercado de curto prazo.
No
período, a empresa viu ainda o efeito dos cortes de geração por
restrições sistêmicas, o curtailment, que no trimestre ficou em média em
14% nas usinas da companhia.
O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) totalizou R$ 1,7 bilhão, queda de 5,8%.
A receita líquida da companhia no período foi de R$ 2,5 bilhões, elevação 0,9%, na mesma base de comparação.
Ao
final de setembro, a dívida líquida da companhia totalizou R$ 19,1
bilhões, montante 24,8% maior do que o observado no mesmo intervalo de
2023. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda
ajustado, ficou em 2,7 vezes, alta de 0,6 ponto porcentual (p.p.) em
comparação com igual período do ano passado.
Segundo
o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Engie, Eduardo
Takamori, o aumento na dívida é decorrente do volume maior de
investimentos feitos pela companhia no período. Somente no trimestre os
aportes somaram R$ 1,9 bilhão, e no acumulado do ano totalizam R$ 7,5
bilhões. “Buscamos alavancar aproveitando balanço robusto e momento de
mercado”, afirmou.
Nordeste na mira de um
plano ambicioso: investimentos no combustível do futuro promete
ultrapassar R$ 522 bilhões e revolucionar os setores de energia no mundo
O Nordeste brasileiro está prestes a se tornar um polo global no setor de hidrogênio verde. O estado do Rio Grande do Norte desponta com um megainvestimento que promete transformar a produção de combustível do futuro. Serão R$ 111 bilhões de investimentos destinados a projetos
desse tesouro escondido que visam alavancar a economia local e
fortalecer a matriz energética do país. Este avanço trará inovação e
colocará o estado na liderança do setor de hidrogênio verde (H2V) no Brasil.
Esse cenário é o resultado de pelo menos seis projetos em andamento, que prometem gerar até 5 GW de energia, posicionando o Rio Grande do Norte como um player importante no mercado de H2V. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (Sedec), o total de investimentos previstos pode ultrapassar US$ 20 bilhões, ou cerca de R$ 111 bilhões na cotação atual.
Esses projetos, baseados
em fontes de energia renovável como eólica e solar, estão em diferentes
estágios de desenvolvimento e licenciamento que pode transformar a
economia da região e criar mais de 30 mil novos empregos nos próximos anos.
Investimentos em hidrogênio verde no Nordeste podem chegar a US$ 90
bilhões ( aproximadamente R$ 522 bilhões de reais) e gerar 30 mil
empregos
Entre os seis projetos, três já estão
avançando para a fase de licenciamento ambiental. Além disso, o estado
está focado na viabilização do Porto-Indústria, que será fundamental para o escoamento da produção de hidrogênio verde. Essa infraestrutura será crucial para garantir que o estado consiga atender à demanda crescente por energia limpa. O Nordeste é uma das regiões mais promissoras para a produção de H2V, graças às suas condições climáticas e geográficas, favoráveis à geração de energia renovável.
Os números são impressionantes. Apenas na região do Nordeste, os investimentos em hidrogênio verde podem chegar a US$ 90 bilhões. O Rio Grande do Norte, que já lidera a produção de energia eólica no Brasil, quer assumir também a liderança no setor de H2V. O estado conta com o projeto do Complexo Industrial Alto dos Ventos, em Macau, com investimento de US$ 2,5 bilhões, aproximadamente R$ 14,5 bilhões. Esse complexo, liderado pelas empresas Nordex e Acciona, terá uma capacidade de produção de 1 GW de hidrogênio verde em uma área de 10 hectares.
Outros estados do Nordeste, como Ceará, Piauí e Bahia, também estão mirando o hidrogênio verde como uma alternativa econômica sustentável. O estudo “Hidrogênio Sustentável: Perspectivas para o Desenvolvimento e Potencial para a Indústria Brasileira”, da CNI, destacou a importância da região para o avanço do combustível do futuro. O Ceará, por exemplo, lidera com 27 projetos voltados para o desenvolvimento do hidrogênio verde. Esse movimento coloca o Nordeste em uma posição estratégica no cenário global de energias renováveis.
No Rio Grande do Norte, os três projetos em fase de licenciamento estão localizados nas cidades de Areia Branca, Macau e Pedra Grande.
Segundo Hugo Fonseca, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, o
foco é atrair investimentos que permitam explorar as áreas com maior
potencial de produção de H2V. Contudo, os detalhes dos
projetos permanecem confidenciais, pois estão em fase de acordos
preliminares e memorandos de entendimento. Empresas como Neoenergia, Enterprize e Maturati Participações estão envolvidas nas negociações.
Estado conta com um Marco Legal que define as diretrizes para a produção do combustível do futuro (H2V) no Brasil
As condições para o sucesso no Rio Grande do Norte
são favoráveis. A abundância de recursos naturais, como água e energia
renovável, facilita a implementação da cadeia de produção de hidrogênio verde. Além disso, o estado conta com um Marco Legal que define as diretrizes para a produção de H2V no Brasil. A Assembleia Legislativa do RN está desenvolvendo uma regulação local para o setor, com o objetivo de impulsionar ainda mais os investimentos no estado.
Outro destaque é o Centro de Excelência em Formação Profissional para Hidrogênio Verde,
o primeiro do Brasil, inaugurado em fevereiro deste ano. Essa
instituição visa qualificar profissionais para atuar em todas as etapas
da cadeia produtiva de H2V, desde a geração de energia
até a aplicação prática. A mão de obra qualificada será essencial para
atender à crescente demanda do setor, fortalecendo a posição do estado
como líder na produção de hidrogênio verde.
O desenvolvimento do Porto-Indústria Verde também avança, com localização já definida entre Caiçara do Norte e Galinhos. O projeto é fundamental para o escoamento e exportação do combustível do futuro produzido no estado. O governo do Rio Grande do Norte já solicitou a autorização ao Ministério dos Portos e Aeroportos para iniciar o processo de licenciamento ambiental, um passo crucial para a viabilização do porto.
Construção do Porto-Indústria Verde contará com investimentos do BNDES
Com um investimento de R$ 5,6 bilhões, o Porto-Indústria Verde será desenvolvido em uma área de 13 mil hectares, seguindo o modelo de Parceria Público-Privada (PPP). A expectativa é que o porto se torne um centro estratégico para a exportação de hidrogênio verde
e outros produtos sustentáveis. O processo de licenciamento ambiental
do porto tem custo estimado de R$ 12 milhões, e parcerias com o BNDES e o Ministério dos Portos estão sendo negociadas para garantir o apoio financeiro necessário.
O Porto-Indústria Verde será um marco no desenvolvimento econômico e sustentável do estado, consolidando o Rio Grande do Norte como um dos principais produtores de hidrogênio verde no Brasil. O porto, além de escoar a produção de H2V,
também será um ponto estratégico para a exportação de outros produtos
derivados de fontes renováveis. Com as operações previstas para iniciar
por volta de 2030, o estado tem uma oportunidade única de se destacar no
mercado global de energia limpa.
Hidrogênio Verde: O tesouro escondido do Nordeste que vai revolucionar a energia renovável no mundo
O Nordeste brasileiro está em uma posição privilegiada para se tornar líder mundial na produção de hidrogênio verde. Com investimentos bilionários, um ambiente favorável e apoio governamental, o Rio Grande do Norte desponta como protagonista da revolução energética.
A
Polícia Federal indiciou o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira e
seu irmão Oliverino de Oliveira Júnior no caso das ‘ameaças violentas’ e
perseguição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal, e de sua família. A corporação imputa a dupla crime de abolição
ao Estado Democrático de Direito – que prevê pena de quatro a oito anos
de prisão.
As investigações contra os irmãos por supostos
crimes de ameaça e perseguição ainda estão em andamento, no bojo de um
outro inquérito. Este não tramita no gabinete de Moraes, que se declarou
impedido para relatar o caso.
Já
a apuração sobre crime contra o Estado de Direito continuou sob a
alçada do ministro em razão da conexão com os inquéritos das fake news e
dos atos golpistas de 8 de Janeiro. Agora os achados da PF serão
encaminhados ao procurador-geral da República Paulo Gonet, a quem cabe
denunciar ou não os investigados.
No relatório final da
investigação, encaminhado ao STF nesta segunda, 4, a PF indicou Raul
Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Júnior, “com emprego de
grave ameaça, buscaram atingir o ministro do STF para, assim, restringir
o exercício da atividade jurisdicional”, incidindo no artigo 359 L do
Código Penal.
O
inquérito foi aberto após os irmãos enviarem uma série de e-mails ao
trabalho da esposa de Moraes, em abril. A PF verificou que os
investigados enviaram 41 mensagens para Viviane Barci de Moraes. Para
tanto, Raul e Oliverino criaram diversas contas de e-mail, com vistas a
encobrir quem de fato praticava os crimes, segundo os investigadores.
Raul
Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Júnior foram presos
preventivamente no final de maio, a pedido da Procuradoria-Geral da
República.
Ao
requerer as diligências, o chefe do Ministério Público Federal Paulo
Gonet destacou as mensagens encaminhadas pelos investigados, ‘com
referências a comunismo e antipatriotismo’.
Segundo ele, os
diálogos indicavam o intuito de, ‘por meio de graves ameaças a
familiares do ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre exercício
da função judiciária’ do ministro.
As ameaças foram consideradas graves pelos investigadores. Elas tinham como alvo, em especial, a filha do ministro do STF.
O Estadão
apurou que as mensagens citavam inclusive uma bomba e o itinerário da
filha de Moraes. As informações foram levantadas em uma avaliação
especial de segurança feita pela Secretaria de Segurança do Supremo e
encaminhadas à Polícia Federal.