segunda-feira, 11 de novembro de 2024

BNDES tem lucro de R$19 bi no ano até setembro

 


Logo do BNDES no edifício-sede do banco, no Rio de Janeiro

 

reutersi

RIO DE JANEIRO (Reuters) – O BNDES teve lucro líquido de 19 bilhões de reais de janeiro a setembro, valor 31,4% superior ao resultado positivo de um ano antes, informou o banco de fomento nesta segunda feira.

O lucro líquido recorrente nos 9 primeiros meses de 2024 alcançou 9,8 bilhões de reais, alta de 48,5% frente ao mesmo período de 2023.

As consultas para financiamentos somaram em 9 meses 258,9 bilhões de reais, aumento de 30% ante o mesmo período de 2023. Os desembolsos subiram 15%, para 87 bilhões de reais.

“O banco hoje já é dobro do tamanho do BID e com muito menos funcionários”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a jornalistas se referindo ao Banco Interamericano de Desenvolvimento.

“Estamos tendo 19 bilhões de lucro, mas mandando 25 bilhões em dividendos ao Tesouro. É um esforço muito grande para contribuir com o superávit, com equilíbrio orçamentário e redução do endividamento. Estamos engajados na causa”, acrescentou.

Mercadante lembro que o banco também vai pagar ao Tesouro este ano ao menos 9,3 bilhões de reais na devolução antecipada de recursos emprestados ao banco no passado de forma subsidiada.

PEC da escala 6×1: Ministério do Trabalho diz que redução da jornada é ‘plenamente possível’

 


Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília

 

O Ministério do Trabalho comentou nesta segunda-feira, 11, o debate que ganhou as redes sobre o fim da escala de trabalho 6×1 e avaliou que a redução da jornada de 44h semanais é “plenamente possível e saudável”, diante de uma decisão coletiva.”

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), prevê o fim da escala 6×1 (seis dias de trabalho, um de descanso), mas ainda não conseguiu assinaturas suficientes para iniciar a sua tramitação. A deputada busca a assinatura de 171, dos 513 deputados federais, para que seja protocolada e avance na Câmara.

Pelo texto atual da Constituição e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a jornada de trabalho não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais, sendo facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Confira abaixo a íntegra da nota do ministério:

“O Ministério do Trabalho e Emprego tem acompanhado de perto o debate sobre o fim da escala de trabalho 6×1. Esse é um tema que exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada, levando em conta as necessidades específicas de cada área, visto que existem setores da economia que funcionam ininterruptamente.

O MTE acredita que essa questão deveria ser tratada em convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados. No entanto, a pasta considera que a redução da jornada de 44 horas semanais é plenamente possível e saudável, diante de uma decisão coletiva.”

Cade aprova joint venture entre Eletrobras e Gosolar para usinas solares flutuantes em reservatórios

 


Negócio foi aprovado sem restrições pelo órgão antitruste, que não revelou informações sobre o tamanho dos projetos ou investimentos a serem realizados pelas empresas

 

 

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta segunda-feira, 11, a criação de uma joint venture entre Eletrobras e Gosolar voltada à instalação e operação de usinas solares flutuantes em reservatórios de hidrelétricas.

Segundo os documentos da operação, as empresas preveem a implementação de usinas fotovoltaicas flutuantes nas superfícies de reservatórios de hidrelétricas da Eletrobras, nos municípios de Sapucaia (RJ), Jequié (BA), Paulo Afonso (BA) e Sobradinho (BA).

A Gosolar é uma subsidiária do grupo Goener Participações que atua no mercado de geração distribuída de energia, que envolve a construção e operação de usinas de pequeno porte, com até 5 megawatts (MW) de potência.

O negócio foi aprovado sem restrições pelo órgão antitruste, que não revelou informações sobre o tamanho dos projetos ou investimentos a serem realizados pelas empresas.

Ex-BC da Espanha, Pablo Hernández de Cos é escolhido gerente-geral do BIS

 


O ex-presidente do Banco Central da Espanha, Pablo Hernández de Cos foi indicador para assumir o posto de gerente-geral do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), segundo anúncio feito nesta segunda-feira, 11, pelo conselho da organização.

O mandato de 5 anos à frente da organização internacional responsável pela supervisão bancária, uma espécie de Banco Central dos bancos centrais, começará em 1 de julho de 2025. O dirigente substituirá Agustín Carstens, cujo mandato termina em junho de 2025. Hernández de Cos comandou o BC da Espanha de 2018 até junho de 2024.

“Era essencial que o conselho encontrasse um excelente líder para suceder Carstens, que tem sido extremamente bem sucedido na liderança e transformação do BIS nestes tempos difíceis. Hernández de Cos é uma pessoa de notável calibre e experiência global, e estamos plenamente confiantes de que ele encarnará o espírito de confiança internacional e excelência técnica sobre os quais o BIS se baseia”, disse o presidente do conselho de diretores do BIS, François Villeroy de Galhau, em comunicado.

Durante o seu governo no BC da Espanha, Hernández de Cos foi membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) e também foi presidente do conselho de Supervisão Bancária do Comitê de Basileia de janeiro de 2019 a junho de 2024. Nascido em Madri, Hernández de Cos é PhD em Economia pela Universidade de Complutense de Madri, com especialização em macroeconomia, política fiscal e monetária e estabilidade financeira. É formado em economia e administração de empresas pela CUNEF Universidad e em direito pela UNED.

Lula diz que vencerá mercado outra vez e cobra participação de Legislativo e Judiciário

 


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista que foi ao ar na noite de domingo que vencerá o mercado financeiro mais vez e cobrou participação dos Poderes Legislativo e Judiciário nas medidas de contenção de gastos para ajustar as contas públicas do país.

Em entrevista à RedeTV!, Lula disparou contra o mercado financeiro, afirmando que seus agentes atuam com “gana especulativa” e “com uma certa hipocrisia”.

“Eu vejo o mercado falar bobagem todo o dia. Sabe, eu não acredito nisso não, porque eu venci eles uma vez e vou vencer outra vez. A economia vai dar certo porque o povo está participando do crescimento desse país”, afirmou Lula na entrevista, na qual não quis adiantar medidas de contenção de gastos que vêm sendo discutidas nas últimas semanas dentro do governo e cujo anúncio vem sendo aguardado com grande ansiedade pelo mercado financeiro.

“Eu não posso adiantar porque a gente ainda não concluiu o pacote. Eu estou num processo de discussão muito sério com o governo, porque eu conheço bem o discurso do mercado, conheço a gana especulativa do mercado e eu às vezes acho que o mercado age com uma certa hipocrisia”, disparou o presidente.

Lula disse ainda que o custo do ajuste nas contas não pode recair sobre as pessoas mais necessitadas e questionou se parlamentares estariam dispostos a cortar os recursos de suas emendas ao Orçamento para contribuir com o ajuste fiscal.

O presidente falou também em “excessos” do Judiciário ao defender que o esforço para equilibrar as contas precisa ser dos Três Poderes.

“Nós não podemos mais jogar, toda vez que você tem que cortar alguma coisa, em cima do ombro das pessoas mais necessitadas. Eu quero saber o seguinte, se eu fizer um corte de gastos pra diminuir a capacidade de investimento do orçamento, a pergunta que eu faço é a seguinte: o Congresso vai aceitar reduzir as emendas de deputados e senadores para contribuir?”, questionou.

“É uma responsabilidade do Poder Executivo, é uma responsabilidade do Poder Judiciário. Eu quero saber se também estão dispostos a abdicar daquilo que é excessivo, eu quero saber se o Congresso está disposto também a fazer o corte de gastos. Porque aí fica uma parceria, um cumplicidade para que todo mundo faça o sacrifício necessário para a gente colocar a economia em ordem.”

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Nvidia é a primeira empresa a ultrapassar valor de mercado de US$ 3,6 trilhões

 


Logotipo da Nvidia

As ações da Nvidia subiram para uma máxima recorde na quinta-feira, 07, tornando a fabricante de chips a primeira empresa na história a ultrapassar um valor de mercado de 3,6 trilhões de dólares, à medida que Wall Street estendeu ganhos provocados pelo futuro retorno de Donald Trump à Casa Branca.

As ações da Nvidia subiram 2,2%, impulsionadas pelo amplo otimismo dos investidores em relação a cortes de impostos e regulamentações mais flexíveis após a vitória do candidato republicano na terça-feira.

O valor de mercado da Nvidia terminou o dia em 3,65 trilhões de dólares, superando o recorde da Apple de 3,57 trilhões alcançada em 21 de outubro, de acordo com dados da Lseg.

As ações da Apple subiram 2,1% na quinta-feira, deixando-a com um valor de mercado de 3,44 trilhões de dólares.

O índice de tecnologia do S&P 500 subiu mais de 4% nas duas sessões desde que Trump venceu a eleição de terça-feira.

A Nvidia tem sido a maior vencedora de Wall Street em uma disputa entre Microsoft, Alphabet e outras grandes empresas para desenvolver sua capacidade de computação de inteligência artificial e dominar a tecnologia emergente.

As ações da empresa acumulam alta de 12% em novembro, com seu valor triplicando até agora em 2024.

Os analistas, em média, veem a Nvidia aumentando receita trimestral em mais de 80%, para 32,9 bilhões de dólares. A empresa prevê a divulgação de resultados do período em 20 de novembro, de acordo com a Lseg.

O valor de mercado da Microsoft era de quase 3,16 trilhões de dólares, com suas ações subindo 1,25% na quinta-feira.

Lula quer compreender a redação de cada medida do ajuste fiscal, diz ministro

 

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou na tarde desta sexta-feira, 8, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer compreender “a redação de cada medida” do plano de corte de gastos proposto pela equipe econômica. Segundo o ministro, o chefe do Executivo não é refratário ao compromisso fiscal, mas não deseja que a conta recaia para a população mais vulnerável.

“O objetivo é garantir que se tenha todo o cuidado nas medidas de ajuste. Todo o cuidado. O presidente tem um compromisso, sim. Não tem nenhum presidente que tenha mais compromisso com o equilíbrio fiscal. Ele sabe que o equilíbrio fiscal, o superávit, significa inclusive maior capacidade de investimento. Mas não quer que essa carga caia sobre os mais pobres. Para essa proteção social não faltará dinheiro”, afirmou o ministro, em entrevista à CNN Brasil.

A pasta de Dias é uma das visadas para contribuir com o ajuste fiscal. Ontem, em nota à imprensa, ele disse que o governo não vai cortar “nenhum benefício” de quem tem direito ao Bolsa Família e ao Benefício de Prestação Continuada. A revisão no BPC é uma das medidas estudadas pela equipe econômica para conter os gastos.

Na entrevista à CNN, Dias minimizou os relatos de atritos entre os ministros da ala social e econômica, reforçando que a equipe ministerial segue unida.

“Todo o esforço do ministro Fernanda Haddad é de encontrar uma equação a partir das vitórias que tivemos com o crescimento da economia e daquilo que for possível de se ter redução de despesas e dar o equilíbrio”, afirmou Dias.