terça-feira, 30 de setembro de 2025

Taxa de desemprego estaciona na mínima histórica de 5,6% em agosto, mostra IBGE

 Carteira de trabalho


segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Com fábrica destruída, Toyota deixará de produzir 25 mil carros no Brasil em 2025

 

A Toyota deixará de produzir cerca de 25 mil carros no Brasil até o final de 2025, após uma tempestade com ventos de 90 km/h destruir sua fábrica de motores em Porto Feliz (SP) na tarde de segunda-feira, 22. A informação foi confirmada com interlocutores da montadora.

A unidade fornece propulsores 1.5 e 2.0 às demais plantas. Em Sorocaba (SP) são feitos o Corolla Cross, Yaris (exportação) e Yaris Cross (que seria lançado no dia 16 de outubro, mas foi adiado); e em Indaiatuba (SP) é montado o Corolla sedã.

Houve a paralisação total da companhia no país, desde quarta-feira, 24. No entanto, a fabricante estuda importar motores de outros países para mitigar a situação, mas a previsão, por enquanto, é que a produção retome em 2026.

Fábrica da Toyota em Porto Feliz é parcialmente destruída após tempestade
Fábrica da Toyota em Porto Feliz é parcialmente destruída após tempestade

Lançamento do Yaris Cross adiado

O lançamento do Yaris Cross, previsto para outubro, foi adiado oficialmente pela Toyota. A montadora confirmou a informação na quarta-feira, 24.

Questionada, a fabricante afirma que “o lançamento do veículo será reprogramado”. Ainda não há uma nova previsão.

Uma visão de drone mostra uma fábrica da Toyota após sua produção ter sido forçada a parar devido a danos causados ​​por uma tempestade, em Porto Feliz, no estado de São Paulo, Brasil, em 24 de setembro de 2025 – Foto: REUTERS/Jorge Silva

Yaris Cross

Com o fim da venda do Yaris hatch e sedã no mercado brasileiro, o SUV será o modelo mais barato da Toyota no país. Ele é parte do investimento de R$ 11,5 bilhões anunciado em março de 2024.

De acordo com lojistas, o produto será comercializado entre R$ 130 mil e 190 mil e vai enfrentar Volkswagen T-Cross, Chevrolet Tracker, Nissan Kicks, Hyundai Creta e Honda HR-V, para citar.

Mesmo adiado, a pré-venda dele ocorre normalmente nas lojas paulistanas. Os interessados devem dar um sinal de R$ 10 mil para reservá-lo.

Yaris Cross será um dos lançamentos da Toyota no Brasil em 2025 e cotado para o Salão do Automóvel
Yaris Cross será um dos lançamentos da Toyota no Brasil em 2025 e cotado para o Salão do Automóvel – Foto: Divulgação

Trabalhadores da Toyota aprovam layoff em assembleia

Durante a reconstrução da fábrica de Porto Feliz, os trabalhadores, tanto do local quanto de Sorocaba e Indaiatuba, terão os empregos mantidos. Essa é a promessa da montadora, que se reuniu com os sindicatos de Sorocaba e Itu, na quarta-feira, 24.

No domingo, 28, os trabalhadores da fábrica da Toyota de Sorocaba (SP) aprovaram o layoff proposto pela montadora. O resultado foi divulgado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

A proposta foi aprovada por 96,28% dos votantes. Dos 4.492 trabalhadores aptos a votar, 3.709 participaram da votação.

“Mesmo diante das dificuldades, conseguimos assegurar conquistas importantes, como o pagamento integral do PPR e a estabilidade no emprego durante o período do layoff. Esse resultado mostra a confiança da categoria no trabalho do Sindicato e reafirma nosso compromisso com a defesa dos direitos e dos empregos”, afirmou Leandro Soares, presidente do sindicato.

Com a aprovação, o acordo entra em vigor já na sequência das férias emergenciais de 20 dias, que terão início em 1º de outubro de 2025. A partir de 21 de outubro, será implementado o layoff, com possibilidade de prorrogação mensal por até 150 dias.

De acordo com o sindicato, um dos pontos centrais da negociação foi a garantia de que todos os trabalhadores que recebem salário bruto de até R$ 10.000 terão 100% do pagamento líquido preservado durante o período do layoff, assegurando estabilidade financeira às famílias.

“O desafio agora é acompanhar de perto a execução do acordo e garantir que os compromissos assumidos sejam cumpridos. Continuaremos firmes na luta por soluções que preservem os empregos e valorizem a categoria”, concluiu Leandro.

Ainda não há informações atualizadas sobre a situação dos demais empregados de Indaiatuba e Porto Feliz. A Toyota conta com aproximadamente 7 mil trabalhadores nas três plantas.

China acusa EUA de ampliar sanções e ameaçar cadeias globais com novas regras de exportação

 

A China criticou duramente uma nova regra de controle de exportações publicada pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos ao afirmar que a medida “impacta de forma severa a ordem do comércio internacional e mina a segurança e a estabilidade das cadeias globais de produção e fornecimento”. Em comunicado, o Ministério do Comércio chinês disse que as regras norte-americanas, que estendem sanções a subsidiárias de empresas que fazem parte da “lista de entidades” com participação superior a 50%, representam “mais um exemplo típico da generalização, pelos EUA, do conceito de segurança nacional e do uso abusivo dos controles de exportação”.

Segundo Pequim, a decisão de Washington prejudica os direitos e interesses legítimos das empresas afetadas e tem “natureza extremamente nociva”.

O governo chinês declarou-se contra a medida e instou os EUA a “corrigirem imediatamente essa prática equivocada e a cessarem a repressão injustificada contra empresas chinesas”, prometendo ainda tomar as medidas necessárias para “defender com firmeza” seus interesses.

Em outro comunicado, o Ministério do Comércio também reagiu à decisão do Japão de atualizar sua “lista de usuários finais” de exportação, incluindo diversas empresas chinesas.

A pasta afirmou que Tóquio agiu de forma a “prejudicar os interesses das companhias dos dois países”, e pediu a suspensão imediata da prática. Pequim, porém, saudou a exclusão de duas empresas chinesas da lista, medida que “está de acordo com os interesses comuns de ambas as partes”, e disse estar disposta a ampliar a remoção de outras companhias.

Sob Trump, EUA cedem participação no mercado de carne bovina da China para a Austrália; Brasil também aumenta

 


China carne bovina
Enquanto EUA reduzem exportações, Austrália e Brasil vendem mais carne bovina à China (Reuters/Jorge Adorno)

 

A carne bovina da Austrália substituiu a oferta dos Estados Unidos na China desde que o presidente Donald Trump retornou à Casa Branca, direcionando centenas de milhões de dólares, que em anos anteriores iam para a indústria pecuária dos EUA, para os cofres australianos.

Os embarques dos EUA para a China, avaliados em cerca de US$ 120 milhões por mês, despencaram depois que Pequim, em março, permitiu que licenças expirassem em centenas de frigoríficos americanos e quando Trump deu início a uma guerra tarifária de retaliação.

Outras exportações agrícolas dos EUA para a China, o maior importador de alimentos do mundo, também foram prejudicadas desde que Trump voltou ao poder. Apenas em soja, os agricultores americanos perderam embarques no valor de bilhões de dólares durante a atual temporada de colheita.

As exportações de carne bovina dos EUA, em geral, vinham caindo nos últimos anos, à medida que a seca reduziu o rebanho nacional, diminuindo a produção e elevando os preços a níveis recordes. Mas a queda no comércio com a China foi muito mais repentina e extrema.

O valor da carne bovina dos EUA enviada à China caiu para apenas US$ 8,1 milhões em julho e US$ 9,5 milhões em agosto, segundo dados comerciais chineses, comparado a US$ 118 milhões e US$ 125 milhões nos mesmos meses do ano anterior.

A Austrália absorveu essa demanda. Suas exportações de carne bovina para a China saltaram de uma média de US$ 140 milhões por mês nos dois anos até março para US$ 221 milhões em julho e US$ 226 milhões em agosto.

No total, entre os meses de abril e agosto, as exportações americanas de carne bovina para a China renderam US$ 388 milhões a menos do que se o comércio tivesse mantido o nível médio dos dois anos anteriores. As exportações australianas, no mesmo período, renderam US$ 313 milhões a mais.

O Brasil, maior fornecedor de carne bovina da China, também aumentou suas exportações nos últimos meses, mas a Austrália foi quem mais se beneficiou, já que sua carne bovina alimentada com grãos é a que mais se assemelha aos produtos dos EUA.

“É bom para a Austrália”, disse Matt Dalgleish, analista de carne e gado da consultoria australiana Episode 3. “Isso está sustentando preços muito fortes para o gado.”

Casa Branca diz querer senso comum com democratas para evitar paralisação do governo

 Casa Branca: história, segurança, curiosidades - Brasil Escola

A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo buscará encontrar um senso comum com democratas para evitar a paralisação do governo federal, conhecida como “shutdown” nos EUA. “A proposta no Congresso manterá o governo funcionando até janeiro exatamente com o mesmo orçamento atual, apenas corrigido pela inflação”, disse, em entrevista à CNBC.

Leavitt defendeu que a proposta é razoável e sinalizou que o presidente dos EUA, Donald Trump, não deverá ceder à pressão democrata para alterar o orçamento, afirmando que a prioridade é conseguir um projeto orçamentário “limpo”.

 “O trunfo está nas mãos do presidente, porque a maior parte do país quer que o governo continue funcionando”, afirmou ela. “Esperamos que os democratas se juntem aos republicanos nessa luta”.

Gaza

A secretária também comentou expectativas para o encontro entre Trump e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira. Leavitt expressou confiança de que um acordo de paz na Faixa de Gaza está “muito próximo” de ser alcançado, com aprovação também do Hamas, mas reconheceu que os termos não devem satisfazer completamente nenhuma parte. “Os dois lados terão que ceder algo, isso é necessário para encerrar a guerra”, afirmou.

Leavitt relatou que o acordo envolve um plano “incrivelmente detalhado” e que o governo norte-americano deverá entrar em contato com o Catar em breve para discutir as conclusões do encontro entre Trump e Netanyahu.

Galípolo afirma que BC jamais falou que Selic de 15% não é uma taxa alta

 Galípolo diz não ver ataque especulativo em alta do dólar ...

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira, 29, que a autoridade monetária jamais falou que uma Selic de 15% não se trata de uma taxa alta. “Eu acho que o Banco Central jamais falou algo diferente de que 15% não fosse uma taxa de juros alta. Quando você compara com outros países, ou quando você compara até com uma série histórica”, afirmou Galípolo, durante participação em evento do Itaú BBA, em São Paulo.

Apesar de reconhecer o nível restritivo dos juros, Galípolo frisou que o que importa é garantir que a inflação chegue na meta de 3%.

“É importante a gente lembrar sempre que a métrica que o BC recebe, o comando legal, não é uma sugestão, é um comando legal, para colocar a inflação em 3%. Não é para colocar a inflação na média dos outros países. É em, 3%”, detalhou ele.

Nesse contexto, o presidente do BC reforçou que o movimento de convergência para a meta acontece de forma lenta, por conta da resiliência da economia doméstica. Por isso, acrescentou Galípolo, ainda há muito esforço para ser feito pelo Banco Central e o cenário demanda vigilância e persistência.

Ibovespa bate novo recorde de pontuação intradia; dólar é negociado em queda

 

O Ibovespa avançava nesta segunda-feira, renovando topo histórico, com Eletrobras, Itaú e Vale entre os principais suportes, enquanto Braskem voltava a figurar como destaque negativo com preocupações sobre as alternativas para otimizar a sua estrutura de capital.

Por volta de 11h, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,82%, a 146.644,83 pontos, tendo marcado 147.558,22 pontos na máxima até o momento, novo recorde intradia. Em setembro, já acumula alta de 3,69%. O volume financeiro no pregão somava R$ 3,38 bilhões.

Na visão de analistas do BB Investimentos, a trajetória mais consistente de médio e longo prazos para o Ibovespa permanece de alta, amparada pelo momento de política monetária nos EUA, a partir do início do ciclo de corte de juros, conforme relatório enviado a clientes.

Eles também citaram que a reunião entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, esperada para ocorrer nesta semana, deixa investidores em compasso de espera. “No gráfico semanal, vemos a formação de uma figura de indefinição para a semana, mas ainda dentro de um canal primário de alta”, acrescentaram.

Nesta segunda-feira, o movimento no pregão brasileiro era endossado pelo viés externo, com o índice acionário norte-americano S&P 500 em alta de 0,35% além de alívio nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA.

Destaques da bolsa

– MAGAZINE LUIZA ON avançava 3,13%, ampliando a valorização no mês, que já soma 41%. De acordo com relatório da Ágora Investimentos, contudo, o papel está entre as ações com maior taxa de aluguel, de 22,63% conforme dados de sexta-feira.

– CSN ON subia 2,88%, em destaque no setor de mineração e siderurgia, com a controlada CSN MINERAÇÃO ON em alta de 2,64%. VALE ON avançava 0,32%, mesmo com a queda dos futuros do minério de ferro na China.

– BRASKEM PNA caía 3,7%, ainda pressionada pelo anúncio de que contratou assessores para avaliar opções para sua estrutura de capital. Analistas do BTG Pactual veem um risco de diluição para acionistas da petroquímica “firmemente” presente.

– ITAÚ UNIBANCO PN subia 1,34%, batendo máxima histórica intradia de R$39,36, tendo no radar dados de crédito no país divulgados pelo Banco Central. BRADESCO PN avançava 1,3%, BANCO DO BRASIL ON ganhava 1,18% e SANTANDER BRASIL UNIT subia 1,03%.

– ELETROBRAS ON avançava 2,62% e ELETROBRAS PNB subia 2,61%, trabalhando em níveis históricos e também fornecendo apoio para o avanço do Ibovespa.

– PETROBRAS PN recuava 0,99%, acompanhando a fraqueza dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent mostrava queda de 2,84%.

– AMBIPAR ON, que não está no Ibovespa, subia 3,28%, em mais um dia de trégua após fortes perdas na semana passada, em meio a preocupações sobre a companhia após decisão favorável da Justiça do Rio de Janeiro na semana passada sobre pedido de medida cautelar contra credores.

Dólar em queda

Já o dólar operava em baixa nesta manhã de segunda-feira no Brasil, alinhado ao recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, em meio a preocupações sobre uma possível paralisação do governo dos Estados Unidos caso uma lei orçamentária não seja aprovada até terça-feira.

No Brasil, investidores estiveram atentos a declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante evento do Itaú em São Paulo, e aguardam agora a participação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Às 10h54, o dólar à vista tinha baixa de 0,46%, aos R$ 5,3142 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,69%, a R$ 5,3180.

Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,49%, aos R$5,3386.

No exterior, o dólar cedia ante boa parte das demais divisas, com o mercado à espera da divulgação de indicadores econômicos no restante da semana e atentos às negociações no Congresso dos EUA, onde parlamentares negociam a aprovação de uma lei para evitar a paralisação de parte do governo.

Às 10h57, o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – caía 0,29%, a 97,859.

No Brasil, após iniciar a sessão próximo da estabilidade, o dólar se alinhou ao exterior e passou a recuar ante o real, com investidores atentos ainda à Conferência Itaú Macro Vision, em São Paulo.

No evento, Haddad afirmou que o governo não está fazendo ajuste fiscal vendendo patrimônio, acrescentando que continuará a perseguir as metas fiscais estabelecidas, tanto para 2025 quanto para 2026.

“A meta da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias)… está sendo perseguida com todo o esforço”, afirmou Haddad sobre o objetivo de 2025. “Para 2026 vai ser igual”, acrescentou.

Galípolo, que falou mais cedo em evento do BC sobre a pesquisa Firmus, fala no evento do Itaú ainda nesta manhã.