quarta-feira, 19 de novembro de 2025

PC não vai morrer e terá um papel ainda mais relevante com a IA, diz CEO da Dell

 

Apesar da popularização da Inteligência Artificial (IA) e das teses de que periféricos podem ser tornar dispensáveis com isso, o General Manager da Dell no Brasil, Diego Puerta, acredita em um fortalecimento da indústria de computadores pessoais (PCs).

A tese é de que, com o advento dos agentes de IA, chatbots e ferramentas análogas, o PC deve seguir com protagonismo dentro do ambiente corporativo.

“O PC é e vai continuar sendo a grande ferramenta de produtividade – mesmo que tenha outros devices que tragam conectividade. O PC é o que traz a produtividade. Os trabalhos são realizados onde acontecem as grandes transformações, por isso acreditamos que o PC continua sendo o eixo fundamento do ambiente corporativo”, afirma o General Manager da Dell em entrevista à IstoÉ Dinheiro.

 


   

Nos últimos dez anos o mercado de PCs sofreu uma retração relevante, saindo de cerca de 300 milhões de unidades em meados de 2014-15 para 262 milhões no acumulado de 2024, representando uma queda de mais de 30 milhões, segundo dados do International Data Corporation (IDC).

Essa tendência de queda alcançou um ponto notável em 2023. O Gartner, outra consultoria, relatou que as remessas totais para o ano foram de 242,3 milhões de unidades, registrando o volume mais baixo em sua série histórica. Simultaneamente, a IDC reportou 252 milhões de unidades remessas para o mesmo ano.

O primeiro trimestre de 2023, em particular, refletiu a correção do mercado pós-pandemia, com o Gartner documentando uma queda de 30% nas remessas em relação ao primeiro trimestre de 2022.

Apesar da queda de longo prazo, ambos os relatórios apontam para uma estabilização e um crescimento modesto para 2024. A IDC e o Gartner projetam taxas de crescimento anuais de 1,0% e 1,3%, respectivamente, para o total de 2024 em comparação com 2023.

Os analistas atribuem a recuperação a fatores como o ciclo de atualização de hardware impulsionado pelo fim do suporte ao Windows 10 e a introdução de novos modelos de PCs com capacidades de Inteligência Artificial (AI PCs).

Puerta, da Dell, frisa justamente que espera que o mercado ‘cresça ainda mais com as possibilidades que IA traz’.

“Com o advento da IA, o PC passa ter um papel ainda ias relevante, seja através de um IA PC que em que você consegue extrair valor dos dados do seu PC sem estar conectado, seja como usuário, gerindo e analisando dados da solução de IA da sua companhia. PC vai ser um eixo fundamental desse novo mundo acelerado pela IA.”

Atualmente a companhia domina uma fatia de 15% de market share global de notebooks e computadores pessoais. Essa fatia sobe para 22% olhando somente para o mercado doméstico, no qual a Dell é líder, e ultrapassa 25% em se tratando do mercado corporativo.

‘Grande disrupção de IA ainda está por vir’

O executivo da Dell ainda destaca a grande disrupção a ser gerada pela Inteligência Artificial ainda está por vir. Em uma analogia com a evolução dos celulares, aponta que estamos no momento em que ‘o smartphones foram lançados, mas os apps que transformaram nossa experiencia ainda não foram lançados’.

“Indústrias como da hotelaria e de transportes, com Uber e Airbnb, ainda não aconteceram no mundo de IA. Ainda terá muita coisa interessante acontecendo. Ou seja, estamos apenas no começo de uma jornada que será a mais transformadora destas recentes ondas de tecnologia”, diz.

Motiva vende seus 20 aeroportos para a ASUR por R$ 11,5 bi e foca em trilhos e rodovias

 

A Motiva, ex-CCR, anunciou na noite desta terça-feira, 18, a venda integral de sua plataforma de aeroportos para a Aeropuerto de Cancún, S.A. de C.V., subsidiária do Grupo Aeroportuario del Sureste, S.A.B. de C.V. (ASUR). A ASUR opera nove aeroportos no México e outros sete na América Latina.

A transação, avaliada em R$ 11,5 bilhões, refere-se à alienação de 100% das ações que a Motiva detinha na CPC Holding, veículo que consolida a participação da companhia em seus 20 aeroportos. O valor total compreende R$ 5 bilhões em equity pelas participações acionárias e R$ 6,5 bilhões em dívidas líquidas.

A negociação, que a Motiva classificou como o maior processo competitivo internacional aeroportuário em curso no mundo, superou as expectativas da companhia e atraiu mais de 20 grupos da Europa, América Latina e Ásia.

A venda do conjunto de aeroportos é um avanço na estratégia de simplificação do portfólio, diz a Motiva. A iniciativa faz parte do plano estratégico batizado ‘Ambição 2035’, que prioriza o crescimento rentável nos segmentos de rodovias e trilhos.

“Ao avançarmos na reciclagem de capital e simplificarmos o nosso portfólio, ampliamos a nossa capacidade de investimento nos segmentos estratégicos para nossa companhia, em especial de rodovias e trilhos. Esta transação, de alta relevância para a execução de nosso Plano Estratégico Ambição 2035, vai destravar valor em nosso portfólio e simplificar nosso modelo de negócio, fortalecendo a nossa posição para liderarmos o futuro da mobilidade no Brasil,” afirmou o CEO da Motiva, Miguel Setas, em comunicado.

O múltiplo EV/EBITDA (at stake) dos ativos foi precificado em 8,8x, acima do múltiplo atual da Motiva, o que, segundo a companhia, proporciona a criação de valor.

Com a conclusão do negócio, a alavancagem consolidada da Motiva deve cair de 3,5 vezes para menos de 3,0 vezes. A companhia afirma que esta queda ampliará sua capacidade financeira para fazer frente ao pipeline de R$ 160 bilhões em oportunidades mapeadas para os próximos anos em concessões rodoviárias, de trens e metrôs no Brasil.

Plataforma de Aeroportos

A Motiva Aeroportos, que agora será integralmente vendida à ASUR, é composta por 20 operações aeroportuárias na América Latina, sendo 17 no Brasil e três em outros países da região. O conjunto de ativos movimentava anualmente cerca de 45 milhões de passageiros e possuía mais de 200 rotas regulares, configurando-se como a terceira maior operação do Brasil. Entre os ativos estratégicos, estão os aeroportos de Curitiba, Belo Horizonte e Goiânia.

Nos 12 meses encerrados no terceiro trimestre de 2025, o negócio de aeroportos da companhia registrou Receita Líquida de R$ 2,96 bilhões e EBITDA de R$ 1,52 bilhão, com margem de 51%, além de 524 mil toneladas de carga movimentadas.

A conclusão da operação depende da aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de credores e das aprovações regulatórias nas demais jurisdições onde a Motiva Aeroportos possui operações. Até o fechamento, a Motiva continuará à frente da operação, mantendo o quadro de colaboradores e assegurando o cumprimento integral dos contratos e investimentos previstos.

Resgate do Master será o maior da história do FGC, com total de R$ 41 bilhões

 

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) calcula em R$ 41 bilhões o valor das garantias a serem pagas aos credores do Banco Master. Se confirmado, esse será o maior resgate feito pelo Fundo. Até então, o posto era ocupado pelo Banco Bamerindus, que levou a um total de R$ 3,7 bilhões em resgate em 1997, o equivalente a R$ 19,6 bilhões se corrigidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo).

Em número de clientes, o maior resgate segue sendo para o Bamerindus, com mais de 3,9 milhões de clientes pagos na época. No caso do Master, o FGC estima que são 1,6 milhão de clientes a serem reembolsados. Em seguida está o Banorte, com 146,5 mil clientes na época da insolvência, em maio de 1996.

O FGC disse ainda ter, até setembro, patrimônio de R$ 160 bilhões, dos quais R$ 122 bilhões eram recursos líquidos em caixa para o exercício de sua atividade.

Reembolsos

Após um administrador nomeado pelo Banco Central assumir a gestão, será elaborada uma lista detalhada dos detentores de dívidas do banco. Assim que esse processo for concluído, o FGC reembolsará os investidores até o limite segurado, que é de R$ 250 mil por CPF investidor. Valores acima desse limite entram na massa falida e são pagos após processo judicial, que pode se arrastar por anos.

Na hipótese de ocorrer a intervenção/liquidação de mais de uma instituição ou conglomerado financeiro em um período de quatro anos, os pagamentos de garantia a serem realizados a uma mesma pessoa são limitados ao valor máximo de R$ 1 milhão.

Os pagamentos a serem feitos pelo FGC incluem os CDB (Certificado de Depósito Bancário) do Master, um dos principais pontos sensíveis do banco, que emitia esses títulos de crédito com promessa de retorno bem acima das taxas praticadas no mercado, consideradas até mesmo ‘irreais’ pelos analistas.

Em comunicado, o FGC, cuja principal fonte de recursos são as contribuições periódicas das instituições financeiras associadas, disse que o pagamento da garantia será feito após o envio da base pelo liquidante indicado pelo Banco Central.

“Todos os créditos enquadrados em nosso regulamento terão o processo de pagamento iniciado tão logo o levantamento dos dados dos credores seja concluído e disponibilizado ao FGC”, diz o comunicado do Fundo Garantidor.

Solicitação de pagamento ao FGC

O FGC possui um aplicativo para quando ocorre a liquidação de uma instituição financeira associada e o pedido deve ser feito por meio do app, que está disponível nas versões iOS e Android. Após o processo de solicitação, o valor é recebido em conta bancária de mesma titularidade.

No aplicativo do FGC, é possível conferir as instituições em regime especial decretado pelo Banco Central e se já é possível solicitar o pagamento de garantia, além de receber notificações para acompanhar o seu pedido.

Etapa 1 – Baixe o app e faça seu cadastro

Etapa 2 – Solicite o pagamento de garantia

Após o FGC receber a base da instituição liquidada com informações dos valores da garantia, o credor recebe uma notificação para seguir com as demais etapas pelo aplicativo.

Pagamento a Pessoas Jurídicas (PJ)

Para empresas credoras, o representante da empresa deve solicitar a garantia do FGC pelo Portal do Investidor. Depois do preenchimento das informações, enviaremos um e-mail com os passos necessários. O pagamento é feito por transferência para uma conta-corrente ou poupança, de mesmo CNPJ, em nome da empresa.

Clique aqui para acessar o documento do FGC com perguntas e respostas sobre as garantias e os reembolsos.

São garantidos pelo FGC os seguintes créditos:

  • Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio, que compreendem os valores depositados em conta corrente;
  • Depósitos de poupança;
  • Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado, que também podem ser conhecidos como CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou RDB (Recibo de Depósito Bancário);
  • Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
  • Letras de Câmbio e Letras Hipotecárias, também chamadas de LCs e LHs;
  • Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, conhecidas como LCIs e LCAs;
  • Letras de Crédito do Desenvolvimento, conhecidas como LCDs;
  • Operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos, após 8 de março de 2012, por empresa ligada.

Intervenção e liquidação

O Banco Central decretou nesta terça-feira, 18, uma intervenção de 120 dias e a liquidação extrajudicial do Banco Master.

A intervenção e a liquidação extrajudicial são determinadas pelo BC para interromper o funcionamento de um banco, corretora ou fintech e promover a retirada daquela empresa, de forma organizada, do sistema financeiro nacional. Essa decisão costuma ser tomada quando o BC constata que não é possível recuperar a saúde financeira de uma instituição – no jargão de mercado, uma insolvência irrecuperável – ou quando forem cometidas graves infrações às leis.

Também foram liquidadas a corretora e o banco de investimentos que pertenciam à instituição. Somente o Will Bank, uma fintech pertencente ao grupo, não foi alvo da autoridade monetária, diante do interesse de investidores estrangeiros em comprar a empresa.

O BC também nomeou a empresa EFB Regimes Especiais e Empresas como a liquidante do Banco Master. O responsável técnico da empresa é Eduardo Felix Bianchini. Caberá a ele a função de liquidante extrajudicial, com amplos poderes de administração e representação da sociedade. A decisão de liquidar o Banco Master também determina o bloqueio dos bens dos controladores e ex-administradores, entre eles o banqueiro Daniel Vorcaro.

Com informações de PlatôBR e Reuters

FGC vai reembolsar 1,6 milhão de investidores do Banco Master; veja como ter dinheiro de volta

 


A liquidação do Banco Master deve levar à maior operação de resgate do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que precisará honrar mais de R$ 40 bilhões em depósitos.

O FGC calcula em R$ 41 bilhões o valor das garantias a serem pagas aos credores do Banco Master. De acordo com o Fundo, a estimativa é de que o Master tenha em sua base 1,6 milhão de credores com depósitos e investimentos elegíveis ao pagamento da garantia.

Segundo dados divulgados pelo site do FGC, o maior pagamento de resgate a investidores, até agora, foi em 1997 no caso do Banco Bamerindus, de R$ 19,6 bilhões.

O FGC disse ainda ter, até setembro, patrimônio de R$ 160 bilhões, dos quais R$ 122 bilhões eram recursos líquidos em caixa para o exercício de sua atividade.

Após um administrador nomeado pelo Banco Central assumir a gestão, será elaborada uma lista detalhada dos detentores de dívidas do banco. Assim que esse processo for concluído, o FGC reembolsará os investidores até o limite segurado, que é de R$ 250 mil por CPF investidor. Valores acima desse limite entram na massa falida e são pagos após processo judicial, que pode se arrastar por anos.

Na hipótese de ocorrer a intervenção/liquidação de mais de uma instituição ou conglomerado financeiro em um período de quatro anos, os pagamentos de garantia a serem realizados a uma mesma pessoa são limitados ao valor máximo de R$ 1 milhão.

Os pagamentos a serem feitos pelo FGC incluem os CDB (Certificado de Depósito Bancário) do Master, um dos principais pontos sensíveis do banco, que emitia esses títulos de crédito com promessa de retorno bem acima das taxas praticadas no mercado, consideradas até mesmo ‘irreais’ pelos analistas.

Em comunicado, o FGC, cuja principal fonte de recursos são as contribuições periódicas das instituições financeiras associadas, disse que o pagamento da garantia será feito após o envio da base pelo liquidante indicado pelo Banco Central.

“Todos os créditos enquadrados em nosso regulamento terão o processo de pagamento iniciado tão logo o levantamento dos dados dos credores seja concluído e disponibilizado ao FGC”, diz o comunicado do Fundo Garantidor.

Solicitação de pagamento ao FGC

O FGC possui um aplicativo para quando ocorre a liquidação de uma instituição financeira associada e o pedido deve ser feito por meio do app, que está disponível nas versões iOS e Android. Após o processo de solicitação, o valor é recebido em conta bancária de mesma titularidade.

No aplicativo do FGC, é possível conferir as instituições em regime especial decretado pelo Banco Central e se já é possível solicitar o pagamento de garantia, além de receber notificações para acompanhar o seu pedido.

Etapa 1 – Baixe o app e faça seu cadastro

Etapa 2 – Solicite o pagamento de garantia

Após o FGC receber a base da instituição liquidada com informações dos valores da garantia, o credor recebe uma notificação para seguir com as demais etapas pelo aplicativo.

Pagamento a Pessoas Jurídicas (PJ)

Para empresas credoras, o representante da empresa deve solicitar a garantia do FGC pelo Portal do Investidor. Depois do preenchimento das informações, enviaremos um e-mail com os passos necessários. O pagamento é feito por transferência para uma conta-corrente ou poupança, de mesmo CNPJ, em nome da empresa.

Clique aqui para acessar o documento do FGC com perguntas e respostas sobre as garantias e os reembolsos.

São garantidos pelo FGC os seguintes créditos:

  • Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio, que compreendem os valores depositados em conta corrente;
  • Depósitos de poupança;
  • Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado, que também podem ser conhecidos como CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou RDB (Recibo de Depósito Bancário);
  • Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
  • Letras de Câmbio e Letras Hipotecárias, também chamadas de LCs e LHs;
  • Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, conhecidas como LCIs e LCAs;
  • Letras de Crédito do Desenvolvimento, conhecidas como LCDs;
  • Operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos, após 8 de março de 2012, por empresa ligada.

Intervenção e liquidação

O Banco Central decretou nesta terça-feira, 18, uma intervenção de 120 dias e a liquidação extrajudicial do Banco Master.

A intervenção e a liquidação extrajudicial são determinadas pelo BC para interromper o funcionamento de um banco, corretora ou fintech e promover a retirada daquela empresa, de forma organizada, do sistema financeiro nacional. Essa decisão costuma ser tomada quando o BC constata que não é possível recuperar a saúde financeira de uma instituição – no jargão de mercado, uma insolvência irrecuperável – ou quando forem cometidas graves infrações às leis.

Também foram liquidadas a corretora e o banco de investimentos que pertenciam à instituição. Somente o Will Bank, uma fintech pertencente ao grupo, não foi alvo da autoridade monetária, diante do interesse de investidores estrangeiros em comprar a empresa.

O BC também nomeou a empresa EFB Regimes Especiais e Empresas como a liquidante do Banco Master. O responsável técnico da empresa é Eduardo Felix Bianchini. Caberá a ele a função de liquidante extrajudicial, com amplos poderes de administração e representação da sociedade. A decisão de liquidar o Banco Master também determina o bloqueio dos bens dos controladores e ex-administradores, entre eles o banqueiro Daniel Vorcaro.

Com informações de PlatôBR e Reuters

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Modelos inspirados na aviação e hotelaria estão entre as iniciativas dos restaurantes para auxiliar operações

 Imagem destaque: Soluções da aviação e da hotelaria otimizam operações no food service



 O setor de alimentação fora do lar movimenta quase R$ 500 bilhões por ano no Brasil e representa cerca de 3% do PIB nacional, segundo a Abrasel. Mas, há um desafio constante: manter margens saudáveis e uma operação previsível. Cada vez mais restaurantes estão adotando práticas inspiradas em setores como aviação e hotelaria, entre elas: o yield management, modelo que ajuda a equilibrar ocupação do espaço e receita a partir do uso inteligente dos dados; e a taxa no-show, que pode auxiliar na previsibilidade e eficiência operacional. Ou seja, a digitalização e o uso estratégico de ferramentas como reservas online, cardápios digitais e os modelos citados vem transformando a forma como bares e restaurantes aumentam o faturamento, previsibilidade, eficiência operacional e aprimoram a experiência do cliente. 


Integração dos Modelos

 Com a taxa no-show e o modelo yield para a gastronomia, os estabelecimentos podem criar oportunidades de aplicar preços mais estratégicos, equilibrar horários de pico e períodos ociosos, oferecendo menus e experiências personalizadas ou preços diferenciados para manter o salão sempre cheio. Outras estratégias podem ser utilizadas, para ampliar a operação desses modelos e ajudar no faturamento dos empreendimentos, é a digitalização da jornada do cliente, que pode diminuir a taxa de desistência e a fidelização do consumidor, já que a personalização da comunicação com base no histórico de consumo podem elevar a taxa de retorno. O uso de cardápio digitais e a criação de gift card e experiências antecipadas pode auxiliar nessas etapas, além de ampliar o ticket médio e fortalecer o relacionamento com o cliente.

 "Em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, a capacidade de integrar ações horizontais, verticais e transversais de forma coordenada será o grande diferencial dos restaurantes que desejam crescer de maneira consistente e rentável" aponta, Roni Lacerda, especialista em hospitalidade, Co-CEO e Co-founder da Tagme


Setor em Movimento

 As estratégias mencionadas já estão sendo usadas por alguns estabelecimentos, como a Vinícola Merum, que passou a ter menos desperdício e mais tempo para reorganizar o salão. E a Casa do Porco, que aumentou em 26% a taxa de comparecimento após ajustar o calendário de reservas e adotar a taxa no-show. A mudança de ambas tem impacto direto no comportamento do consumidor, que passou a valorizar mais a experiência e avisar com antecedência em caso de desistência.

BNDES seleciona 25 longas para patrocínio de R$ 15 milhões; filmes com Raoni e Fernanda Montenegro estão na lista

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta terça-feira, 18, a lista dos 25 longas-metragens selecionados para o Edital de Cinema 2025. O programa de fomento destinará R$ 15 milhões em recursos, sendo que cada projeto receberá o patrocínio de R$ 600 mil. A verba está condicionada à exibição pública dos filmes em salas de cinema ou em plataformas de streaming entre janeiro e dezembro de 2026. O edital retornou após nove anos fora.

Os projetos selecionados contemplam produtoras de todas as regiões do Brasil e apresentam uma diversidade de narrativas e temas. Entre os assuntos abordados estão a história do Brasil, a preservação ambiental, a luta pelos direitos dos povos originários, além de debates sobre etarismo, educação e democracia.

O documentário Raoni – A Voz da Floresta, com o cacique Raoni Metuktire, foi um dos escolhidos. A presença de figuras de destaque da música e do cinema mundial no filme reforça a relevância do cacique e do Brasil no debate sobre temas centrais na agenda do BNDES, como a urgência climática.

“São projetos que debatem temas urgentes da sociedade brasileira, promovem a diversidade de narrativas, a descentralização de histórias e a projeção internacional da nossa produção audiovisual, com filmes já selecionados para exibição em festivais internacionais importantes como Sundance, Rotterdan e Berlin, e com potencial de circularem por muitos outros”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Também foram selecionados projetos com elencos renomados, como o filme Velhos Bandidos, que conta com a atriz Fernanda Montenegro, e obras de diretores consagrados, como Carlos Saldanha (100 Dias), e o último longa-metragem realizado por Cacá Diegues (Deus Ainda é Brasileiro). O edital incluiu ainda obras de talentos emergentes e projetos em formatos e gêneros inovadores no Brasil, a exemplo de ficção científica, horror e road movies.

A seleção foi dividida em cinco categorias, com cinco projetos cada: Ficção Grande Público (alto potencial econômico), Ficção Destaque de Crítica (destaque em premiações), Documentário, Animação e Selecionado em Festival.

Confira a lista dos filmes contemplados por segmento:

Segmento: Animação

Amadeo e o Hipotético Mundo Novo (Felistoque Cinema Ltda – DF)

Malu Tatu (Caolha Filmes Ltda – GO)

Vanunu e Toto-II – A Revolta das Águas (Gioconda Produções Artísticas e Edições Culturais Ltda – SP)

A Noite de Alaíde (Toca Filmes Ltda – BA)

Ana, en Passant (Api Produções Artísticas e Audiovisuais EPP – MG)

Segmento: Documentário

Raoni – A Voz da Floresta (Grifa Produções Cinematográficas, Audiovisuais e Artísticas Ltda – SP)

O Sertão das Nossas Memórias (Taiga Filmes e Vídeo Ltda – RJ)

O Ano em Que o Frevo Não Foi Pra Rua (Lira Filmes Produções Ltda – SP)

Escanteio (Anavilhana Filmes Ltda – MG)

Sobre Memória e Esquecimento (Muiraquitã Filmes e Produções Artísticas Ltda – SP)

Segmento: Selecionado em Festival

Yellow Cake (TM Produções Artísticas e Audiovisuais Ltda – AC)

Fiz Um Foguete Imaginando Que Você Vinha (Moçambique Audiovisual Ltda – CE)

Futuro Futuro (Atelier W Produções Cinematográfica – RS)

Criadas (Gato do Parque Cinematográfica Ltda – SP)

Intervenção (Primo Filmes Ltda – SP)

Segmento: Ficção Destaque de Crítica

Pequenas Criaturas (Bananeira Filmes Ltda – RJ)

Nova Éden (Grafo Audiovisual Ltda – PR)

Eclipse (Mercúrio Produções Ltda Me – SP)

Escola Sem Muros (Gullane Entretenimento – SP)

Talismã (Vulcana Cinema Ltda – RS)

Segmento: Ficção Grande Público

100 Dias (Querosene Produções Artísticas e Cinematográficas Ltda – SP)

Velhos Bandidos (Conspiração Filmes Entretenimento 3º Milênio Ltda – RJ)

Viver é Melhor Que Sonhar (Urca Filmes Ltda – RJ)

Deus Ainda é Brasileiro (Filmes do Equador Ltda – RJ)

Um Pai em Apuros (Neoplastique Entretenimento S.A – SP)

FGC diz que pagamento de garantias do Master será realizado após envio da base pelo liquidante

 Banco Master mantém parcerias com gestoras suspeitas em ...

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) comunicou que fará o pagamento da garantia de títulos do Banco Master, liquidado pelo Banco Central na manhã desta terça-feira, 18, após o envio da base de credores indicada pelo responsável legal nomeado pelo BC. “Todos os créditos enquadrados em nosso regulamento terão o processo de pagamento iniciado tão logo o levantamento dos dados dos credores seja concluído e disponibilizado ao FGC”, afirmou em nota.

Com as informações em mãos, o FGC liberará a solicitação em seu aplicativo para que os credores cadastrem uma conta bancária para recebimento e enviem os documentos necessários. O aplicativo pode ser baixado para Android e iOS.

No caso de empresas credoras, um representante deve solicitar a garantia pelo Portal do Investidor do fundo. O pagamento será feito para uma conta com o mesmo CNPJ e nome da empresa.

Fontes ouvidas pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apontam que um plano para recomposição e reenquadramento do fundo de liquidez do FGC deve ser aprovado no ano que vem, provavelmente no primeiro semestre.

Segundo o regimento do fundo, o plano pode levar à antecipação em cinco anos das contribuições mensais feitas pelas instituições financeiras.

Com cerca de R$ 120 bilhões em seu fundo de liquidez, o FGC vai se concentrar, de imediato, no pagamento dos investidores elegíveis, processo que deve começar em aproximadamente 30 dias, tempo médio registrado nos últimos cinco casos de liquidação.

Alertas do FGC

O FGC alerta que não existem instituições ou empresas autorizadas ou credenciadas a intermediar o recebimento dos valores e que não cobra taxas nem solicita depósitos prévios.