quarta-feira, 19 de novembro de 2025

BRB vai contratar auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance Zero e negócios com Master

 

O BRB anunciou nesta quarta-feira, 19, que seu conselho de administração decidiu contratar uma auditoria externa especializada para apurar os fatos apontados pela operação Compliance Zero, da Polícia Federal, que levaram ao afastamento por decisão judicial do presidente do banco, Paulo Henrique Costa, por 60 dias.

“O BRB reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado, e que o conselho de administração seguirá acompanhando de forma contínua os desdobramentos dos fatos, mantendo seus acionistas e o mercado devidamente informados”, disse o banco estatal de Brasília.

Na terça-feira, a PF prendeu o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e várias outras pessoas na Compliance Zero, que apura crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. No mesmo dia, o Banco Central determinou a liquidação extrajudicial do Master.

Em setembro, o Banco Central bloqueou a aquisição planejada do Master pelo BRB, após meses avaliando se o BRB tinha capacidade suficiente para sustentar a nova estrutura de capital.

Antes mesmo da tentativa de compra do Master, o BRB vinha comprando, desde 2024, parte da carteira de crédito do Master e, segundo uma das fontes, é a investigação sobre essas operações que gerou a operação da terça.

Americanas e Magazine Luiza iniciam integração em marketplaces

 Imagem destaque: Americanas e Magazine Luiza iniciam integração em marketplaces



 Em uma parceria que busca reforçar a competição no mercado de marketplaces, o Magazine Luiza iniciou, nesta terça-feira (18), a oferta de produtos da Americanas em sua plataforma digital. O mesmo deve acontecer na plataforma da Americanas nas próximas semanas. "A parceria combina um mix complementar e sinérgico de produtos", afirmaram as empresas em comunicado à imprensa. Após o início de seu processo de recuperação judicial, a Americanas decidiu dar prioridade a categorias de preços mais baixos, como bomboniere, alimentos, limpeza, higiene pessoal e utilidades domésticas.


  Enquanto isso, o Magazine Luiza afirma "liderar o mercado em linha branca, áudio e vídeo, telefonia, móveis e portáteis". Neste momento, 50 lojas físicas da Americanas - localizadas em 15 capitais brasileiras - estarão disponibilizando seus produtos no marketplace. Assim como o Magazine Luiza passará a oferecer produtos próprios no site da Americanas. "O projeto terá início com um grupo piloto de lojas físicas, mas a expectativa é de rápida expansão", afirmaram as empresas. Segundo as informações da CNN, até dezembro, o objetivo da parceria é integrar todas as lojas da Americanas com serviço de entrega a partir dos pontos de venda física.

 

 

 https://gironews.com/varejo-digital/americanas-e-magazine-luiza-iniciam-integracao-em-marketplaces/

 

Parcela da população em home office cai para 7,9% dos trabalhadores

 

Por dois anos seguidos, caiu a proporção de pessoas que trabalhavam em casa, o chamado home office. Em 2024, eram quase 6,6 milhões de pessoas que realizavam as atividades profissionais onde moravam. Em 2022, esse número superava 6,7 milhões.

Em termos de proporção, a redução foi de 8,4% para 7,9% dos trabalhadores. O ponto de inflexão foi em 2023, quando 6,61 milhões estavam trabalhando em casa (8,2% do total).

A constatação representa uma inversão na tendência crescente que tinha sido acentuada pela pandemia de Covid-19 e faz parte de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo traz dados anuais desde 2012, exceto de 2020 e 2021, por causa da pandemia de covid-19 que inviabilizou a coleta de dados. As proporções apontadas pelo IBGE se referem ao universo de 82,9 milhões de trabalhadores em 2024. Por critério do instituto, esse conjunto exclui empregados no setor público e trabalho doméstico.

Efeito pandemia

Segundo o analista da pesquisa, William Kratochwill, a classificação trabalho no domicílio de residência vale também para pessoas adeptas do coworking (escritórios compartilhados). “As pessoas falam: ‘eu trabalho de casa’, mas não necessariamente ela vai trabalhar em casa, ela pode escolher ir a um coworking”, pondera.

O levantamento mostra que as mulheres eram a maioria em home office. Elas somavam 61,6% dos trabalhadores nessa condição. Observando o total de trabalhadores por sexo, 13% das mulheres estavam em home office. Entre os homens, a parcela era de 4,9%.

O pesquisador do IBGE afirma que o trabalho no domicílio de residência “claramente deu uma arrancada depois da pandemia”. Em 2012, a parcela das pessoas nessa condição era de 3,6%. Em 2019, figurava em 5,8%, alcançando o ponto mais alto em 2022 (8,4%), antes de regredir nos dois últimos anos.

“Mas ainda está em um nível superior ao que tínhamos antes do período pandêmico e das novas tecnologias”, assegura Kratochwill.

Insatisfação dos funcionários

A diminuição do home office é um movimento que tem causado insatisfação em algumas empresas. No começo deste mês, o Nubank, um dos maiores bancos do país, anunciou regressão gradual no trabalho de casa.

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A insatisfação terminou com a demissão de 12 funcionários, de acordo com o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

Em março, funcionários da Petrobras fizeram uma paralisação contra a diminuição do teletrabalho, entre outros motivos.

Veja a parcela de pessoas de acordo com o local de trabalho

  • estabelecimento do próprio empreendimento: 59,4%
  • local designado pelo empregador, patrão ou freguês: 14,2%
  • fazenda, sítio, granja, chácara etc.: 8,6%
  • domicílio de residência: 7,9%
  • veículo automotor: 4,9%
  • via ou área pública: 2,2%
  • estabelecimento de outro empreendimento: 1,6%
  • domicílio do empregador, patrão, sócio ou freguês: 0,9%
  • outro local: 0,2%

Um detalhe é que os trabalhadores que realizam atividade no veículo automotor passaram de 3,7% em 2012 para 4,9% em 2024. Para Kratochwill, esse cenário reflete o surgimento de serviços de aplicativo como Uber e 99.

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“Com certeza há um impacto do transporte de passageiros”, diz. “Mas não se pode desconsiderar essa nova onda de food truck (venda de comida em veículos). Cada um, um pouquinho favorece para isso”, acrescenta.

Na categoria trabalho no veículo, as mulheres são apenas 5,4% do total de trabalhadores.

De todos os homens do universo da pesquisa, 7,5% trabalham no veículo. Entre as mulheres a parcela é de 0,7%.

Dados confirmam que tarifaço não comprometeu exportações do Brasil, diz FGV

 

O tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos exportados pelo Brasil tem reduzido as vendas brasileiras para norte-americanos, mas aumentado as remessas para outros parceiros comerciais. No geral, os dados da balança comercial confirmam que o tarifaço, no curto prazo, não comprometeu as exportações totais do Brasil. A avaliação é do relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Considerando os principais produtos de exportação do Brasil, muitos registraram queda nas exportações para os Estados Unidos, mas crescimento nas vendas para terceiros mercados.

“Os dados continuam confirmando que o efeito do tarifaço no curto prazo não comprometeu as exportações totais do Brasil. Nesse período (agosto-outubro), as exportações totais do Brasil aumentaram em 6,4% e para os Estados Unidos recuaram em 24,9%. Como ressaltamos antes, porém, isso não se traduz na hipótese que o mercado dos Estados Unidos não continue sendo relevante para o Brasil e o mundo. Em adição, à medida que os Estados Unidos estão avançando com novos acordos, as margens de preferências do Brasil tendem a cair em terceiros mercados”, ponderou o relatório do Icomex.

Em outubro de 2025, as exportações brasileiras aumentaram 9,1% em valor em relação a outubro de 2024. Em volume, o avanço foi de 11,3% no período. Já as importações recuaram 0,8% em valor em outubro de 2025 ante outubro de 2024, enquanto o recuo em volume foi de 2,5%. No acumulado de janeiro a outubro, o Brasil exportou um volume 4,3% maior que no mesmo período do ano anterior, enquanto o crescimento na importação foi de 8,0%.

A balança comercial brasileira teve um superávit de US$ 7,0 bilhões em outubro. No acumulado do ano até outubro, houve superávit de US$ 52,4 bilhões, US$ 10,4 bilhões a menos que em igual período de 2024. “A queda no saldo da balança comercial no acumulado do ano até outubro está relacionada à redução do superávit com a China de US$ 30,4 bilhões, em 2024, para US$ 24,9 bilhões, em 2025, diferença de US$ 5,5 bilhões. Aumento de US$ 5,4 bilhões do déficit com os Estados Unidos, passando de um déficit de US$ 1,4 bilhão para US$ 6,8 bilhões. Na Argentina, o déficit de US$ 4,7 bilhões passou para um superávit de US$ 5,1 bilhões, um ganho de US$ 9,8 bilhões que não compensa as perdas em dólares do saldo com os Estados Unidos e a China, no valor de US$ 10,9 bilhões”, justificou o Icomex.

Percentual de brasileiros sindicalizados volta a subir após 11 anos

 

O percentual de trabalhadores associados a um sindicato voltou a subir pela primeira vez em 2024, depois de mais de uma década de quedas consecutivas. Dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) mostram que, ao final do ano passado, 8,9% dos brasileiros empregados possuíam vínculo com um sindicato.

Em 2023, os trabalhadores sindicalizados representavam 8,4% do contingente de pessoas ocupadas no país. Em termos absolutos, os sindicatos do Brasil ganharam 812 mil novos associados de um ano para o outro, passando de 8,3 milhões em 2023 para 9,1 milhões ao fim do ano passado.

Apesar do percentual de pessoas sindicalizadas ter voltado a crescer em 2024, a parcela da população ocupada associada a algum sindicato é uma das mais baixas da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Apesar do aparente aumento no interesse do brasileiro pelo sindicalismo, a realidade é que, em 2012, 16,1% dos trabalhadores eram sindicalizados.

sindicalizados

 

Em 2024, o grupamento de atividade da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve queda na taxa de sindicalização, passando de 15% em 2023 para 14,8% no ano passado. Essa atividade possui participação importante dos sindicatos de trabalhadores rurais, muitos deles de pequeno porte da agricultura familiar, principalmente, nas Regiões Nordeste e Sul.

Todas os demais grupamentos de atividade apresentaram estabilidade ou crescimento. As maiores variações ocorreram na administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, e na indústria geral, ambas com um aumento de 1 ponto percentual, alcançando 15,5% e 11,4%, respectivamente. O grupamento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, também apresentou aumento de 0,8 ponto percentual, chegando a uma taxa de sindicalização de 9,6%.

Embora o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas seja responsável por quase 1/5 da população ocupada total, essa atividade registrou taxa de sindicalização de 5,6%, inferior à média observada da população ocupada total (8,9%), após um aumento de 0,5 ponto percentual em relação a 2023.

Todos os grupamentos de atividades apresentaram queda da taxa trabalhadores sindicalizados frente a 2012. Esse panorama é bem ilustrado pelo grupamento de Transporte, armazenagem e correio, que em 12 anos registrou redução de 12,4 ponto percentual – de 20,7% em 2012 para 8,3% em 2024.

Vale lembrar que para os anos de 2020 e 2021, não houve a disponibilização de dados da pesquisa, uma vez que, em decorrência da pandemia de COVID-19, a redução da taxa de resposta da PNAD Contínua trouxe dificuldades para a mensuração de alguns indicadores. Portanto, a série de indicadores disponível no IBGE compreende os períodos de 2012 a 2019 e de 2022 a 2024.

BRAZIL JOURNAL: para o Bradesco, mercado vai reagir mais a juro que a eleição em 2026

 

A política monetária é o principal fator que vai influenciar o preço dos ativos em 2026, na visão do Bradesco.

“O impacto será dois terços juro e um terço eleição,” Fernando Honorato, o economista-chefe do banco, disse ao Brazil Journal durante o CEO Forum que o Bradesco BBI realiza aqui em Nova York esta semana.

O time de Honorato prevê um corte de 0,25 ponto percentual em janeiro e projeta uma Selic de 12% no fim de 2026 – o que, para os estrategistas do banco, muda o cenário para empresas e investidores.

Ben Laidler, o head da estratégia de ações do Bradesco, disse que essa queda na Selic pode elevar os lucros de algumas empresas entre 30% e 40% – uma perspectiva ainda não precificada pelo mercado.

Leia a reportagem completa no Brazil Journal. 

 


WePink, empresa de Virginia, pagará R$ 5 milhões em indenização por danos coletivos; entenda

 

A WePink, empresa de cosméticos da influenciadora Virginia Fonseca, chegou a um acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e pagará R$ 5 milhões em indenização por danos morais coletivos devido a violações de direitos do consumidor.

O Estadão tentou contato com a assessoria de imprensa de Virginia e com a WePink, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. A influenciadora também não comentou a resolução do caso publicamente até o momento.

A WePink deverá pagar o valor em 20 parcelas de R$ 250 mil ao Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (FEDC). O acordo levou a um termo de ajustamento de conduta assinado pela companhia e o processo que era movido pelo MP foi extinto.

O MP-GO afirma que a WePink cometia seis práticas abusivas contra os consumidores: falta de entrega de produtos, descumprimento de prazos, dificuldade de reembolso, atendimento deficiente, exclusão de críticas e produtos com defeito.

A WePink acumula mais de 94 mil reclamações registradas nos últimos 12 meses no site Reclame Aqui, além de 340 denúncias formais no Procon Goiás entre 2024 e 2025. Segundo o promotor Élvio Vicente da Silva, um dos sócios da companhia, Thiago Stabile, havia reconhecido em transmissão ao vivo nas redes sociais que a empresa vendeu produtos sem tê-los em estoque.

O TAC prevê ainda outras ações além do pagamento da multa:

  • A empresa só poderá realizar campanhas e vendas, incluindo lives, quando houver comprovação de estoque físico ou capacidade real de produção e entrega;
  • Deverá adotar sistemas auditáveis, acessíveis ao MP-GO e ao consumidor, para comprovar disponibilidade dos produtos;
  • Fica proibida a venda sem estoque ou a pré-venda sem informação clara e destacada sobre prazos de fabricação e entrega;
  • Em até 30 dias, a empresa deverá implementar um Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) com atendimento humano (não automatizado) e resposta inicial em até 24 horas, fornecimento de protocolo e acompanhamento em tempo real de soluções, como reembolsos e rastreamentos;
  • Reclamações relacionadas a cancelamentos ou pedidos de reembolso deverão ser solucionadas em até sete dias, especialmente nos casos previstos no direito de arrependimento;
  • A empresa também deverá publicar, de forma permanente e acessível em suas redes sociais e site oficial, orientações completas sobre direitos do consumidor, regras de cancelamento, troca, reembolso e canais de atendimento, além de produzir um vídeo tutorial aprovado pelo MP-GO;

O TAC prevê ainda que a WePink mantenha, por pelo menos cinco anos, registros detalhados de todas as reclamações, com data, protocolo, problema relatado, providências adotadas e grau de satisfação do consumidor;]

A exclusão indevida de comentários ou avaliações nas plataformas oficiais está proibida e sujeita a multa.