sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Com Mounjaro, Lilly se torna primeira farmacêutica a atingir US$ 1 tri em valor de mercado

 

A Eli Lilly atingiu um valor de mercado de US$ 1 trilhão nesta sexta-feira, tornando-se a primeira farmacêutica a entrar no clube exclusivo dominado por gigantes da tecnologia e reforçando sua ascensão como uma potência no setor de emagrecimento.

A valorização de mais de 35% das ações da empresa este ano foi impulsionada principalmente pelo crescimento explosivo do mercado de medicamentos para perda de peso.

Nos últimos dois anos, com o lançamento no mercado de novos tratamentos altamente eficazes para a obesidade, essa categoria emergiu como um dos segmentos mais lucrativos da área da saúde.

As vendas da tirzepatida da Lilly, comercializada como Mounjaro para diabetes tipo 2 e Zepbound para obesidade, também superaram as do Keytruda, da Merck, tornando-se o medicamento mais vendido do mundo.

A Novo Nordisk teve uma vantagem inicial no setor, mas o Mounjaro e o Zepbound ganharam popularidade rapidamente e ajudaram a empresa a superar sua rival em número de prescrições.

A Lilly assumiu a liderança em parte porque o lançamento do Wegovy da Novo em 2021 foi prejudicado pela escassez de suprimentos, dando à Lilly espaço para ganhar terreno. Os medicamentos da empresa norte-americana também demonstraram maior eficácia clínica, e a Lilly foi mais rápida em ampliar a produção e expandir a distribuição.

Às 14h43 (de Brasília), as ações eram transacionadas em alta de 2,05%, a US$1.064,65, na máxima histórica dos papéis.

Atualmente, as ações da Lilly são negociadas em um dos patamares mais altos do setor farmacêutico, cerca de 50 vezes o lucro previsto para os próximos 12 meses, segundo dados da LSEG, o que reflete as apostas dos investidores de que a demanda por medicamentos para obesidade permanecerá forte.

Desde o lançamento do Zepbound no final de 2023, a Lilly valorizou-se mais de 75%, em comparação com uma alta de mais de 50% do S&P 500, uma das referências do mercado acionário dos EUA, no mesmo período.

No último balanço trimestral reportado, a Lilly mostrou uma receita combinada de mais de US$10,09 bilhões proveniente de seu portfólio de produtos para obesidade e diabetes, o que representa mais da metade de sua receita total de US$17,6 bilhões.

Em outubro, a Lilly elevou sua previsão de receita anual em mais de US$2 bilhões, considerando o ponto médio, devido ao aumento da demanda global por seus medicamentos para obesidade e diabetes.

Wall Street estima que o mercado de medicamentos para perda de peso atingirá US$150 bilhões até 2030, com a Lilly e a Novo controlando juntas a maior parte das vendas globais projetadas.

Os investidores estão agora focados no medicamento oral para obesidade da Lilly, o orforglipron, cuja aprovação é esperada para o início do próximo ano.

Em uma nota divulgada na semana passada, analistas do Citi afirmaram que a última geração de medicamentos GLP-1 já se tornou um “fenômeno de vendas”, e que o orforglipron está prestes a se beneficiar dos “avanços conquistados por seus predecessores injetáveis”.

Manter o momento

A Lilly deverá se beneficiar de um acordo com o governo do presidente Donald Trump e de seus investimentos bilionários planejados para impulsionar a produção nos EUA.

Analistas afirmaram que o acordo de preços com a Casa Branca pode afetar a receita a curto prazo, mas expande significativamente o acesso, adicionando até 40 milhões de potenciais candidatos ao tratamento da obesidade nos EUA.

A Lilly está começando a se parecer novamente com as “Sete Magníficas”, disse o diretor de pesquisa de ações biofarmacêuticas do Deutsche Bank, James Shin, referindo-se às gigantes da tecnologia, incluindo Nvidia e Microsoft, que impulsionaram grande parte dos retornos do mercado este ano.

Em determinado momento, investidores a consideravam parte desse grupo de elite, mas após algumas notícias e resultados decepcionantes, ela ficou de lado. Agora, porém, pode representar uma alternativa, especialmente considerando as recentes preocupações e a fragilidade de algumas ações de empresas de inteligência artificial, acrescentou Shin.

Ainda assim, analistas e investidores estão de olho para ver se a Lilly conseguirá manter seu crescimento atual, visto que os preços do Mounjaro e do Zepbound estão sob pressão, e se seus planos de expansão, juntamente com seu portfólio diversificado e aquisições, compensarão uma possível redução de margem.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Magnificent Seven perdem US$ 1,75 trilhão em um mês, equivalente a duas bolsas de valores brasileiras

 

O grupo de sete empresas gigantes que encabeçam a capitalização global da economia digital – conhecidas como Magnificent Seven – perdeu uma cifra de US$ 1,75 trilhão entre os dias 19 de outubro e 20 de novembro de 2025. As empresas são: Apple, Amazon, Alphabet (controladora do Google), Meta (Facebook), Microsoft, Nvidia e Tesla.

A cifra equivale a mais do que o dobro do valor de todas as empresas da bolsa de valores brasileiras somadas, segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria. Isso, dado que todas as companhias da bolsa de valores brasileira, a B3, somam US$ 866 bilhões em valor de mercado.

A queda da das ações das Magnificent Seven ocorre em movimento de correção, logo após o índice Nasdaq registrar a maior pontuação nominal de sua história, aos 23.958 pontos em 29 de outubro.

Ações; bolsa de valores; Magnificent Seven

No mesmo dia, a Nvidia também atingiu seu recorde histórico, cotada a US$ 207,04. Desde então, o índice acumulou queda de 7,85%, enquanto a fabricante de chips perdeu 12,75%.

De acordo com a Elos Ayta, o valor consolidado das Magnificent Seven recuou de US$ 22,24 trilhões para US$ 20,49 trilhões.

Nvidia encolheu mais de US$ 640 bilhões

A maior perda nominal é da Nvidia, que mostrou um recuo de US$ 641 bilhões em valor de mercado – cifra equivalente a 74% de todo o valor de mercado da B3.

A Microsoft aparece em seguida, com redução de US$ 469 bilhões (54,2% da B3), seguida pela Meta Platforms, que perdeu US$ 410 bilhões, o equivalente a 47,3% da Bolsa brasileira.

Entre as sete gigantes, apenas a Alphabet apresentou variação positiva no período, adicionando US$ 180 bilhões ao seu valor de mercado, avanço de 20,8%.

Cálculos da CNI mostram que dois terços das vendas do Brasil aos EUA seguem sob o tarifaço

 

Com a inclusão de novos produtos brasileiros na lista de isenção da tarifa de 40%, cerca de 37% das exportações do Brasil para os Estados Unidos, que somam aproximadamente US$ 15,7 bilhões, passam a entrar no mercado americano sem a cobrança adicional, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria). Os cálculos consideram dados de 2024, com base em estatísticas da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos.

Apesar desse avanço, Ricardo Alban, presidente da CNI, ressaltou que 62,9% das vendas continuam sujeitas a algum tipo de tarifa, sinalizando que setores industriais importantes continuam fora das isenções.

Para Alban, as mudanças impulsionam a competitividade do produto brasileiro e sinalizam disposição dos EUA para aprofundar a negociação, o que pode incluir avanços na pauta industrial.

“Setores muito relevantes, como máquinas e equipamentos, móveis e calçados, que tinham os EUA como principais clientes externos, ainda não entraram na lista de exceções. O aumento das isenções é um sinal muito positivo de que temos espaço para remover as barreiras para outros produtos industriais. Esse é nosso foco agora”, avalia Alban.

Veja como fica a situação das exportações brasileiras aos EUA

  •  Isentos de sobretaxa: 37,1% das exportações (US$ 15,7 bilhões)
  •  Total de exportações sujeitas a algum tipo de tarifa: 62,9%
  • Tarifa recíproca de 10%: 7,0% das exportações (US$ 2,9 bilhões)
  • Tarifa adicional de 40%: 3,8% das exportações (US$ 1,6 bilhão)
  • Tarifa combinada de 50% (10% de tarifa recíproca + 40% específica ao Brasil): 32,7% das exportações (US$ 13,8 bilhões)
  • Tarifa setorial de 50% (Seção 232): 11,9% das exportações (US$ 5 bilhões)
  • Isenção da tarifa de 40% condicionada à destinação para a aviação civil, instituída pela Ordem Executiva de julho: 7,5% das exportações (US$ 3,2 bilhões)

*Em atualização

 

Dark kitchens se preparam para a maior data do e-commerce de alimentos

 Imagem destaque: Dark kitchens se preparam para a maior data do e-commerce de alimentos



  Segundo estudo da Unicamp, cerca de 30% dos restaurantes do iFood já operam no modelo dark kitchen, cozinhas voltadas exclusivamente para o delivery. Essa tendência vem revolucionando o setor de alimentação e se consolidando como uma das principais apostas de crescimento nos próximos anos. Com a Black Friday se aproximando, a data mais importante do e-commerce também se tornou estratégica para esse segmento, que intensifica operações e investe em inovação para atender a uma demanda crescente por agilidade e qualidade nas entregas. Nesse cenário, empreendedores, franqueadores e operadores de delivery ajustam processos, escalam produção e buscam garantir rapidez sem abrir mão da experiência do cliente. “O diferencial de uma Dark kitchen está no equilíbrio entre velocidade, eficiência e experiência do cliente. Na Tastefy, temos focado em layouts preparados para picos, integração com plataformas de entrega e rotinas de pré-Black Friday duas a três semanas antes.”, destaca Victor Abreu, CEO da Tastefy. 


Oportunidade na Black Friday 


  No Brasil, as franquias de alimentação que operam via dark kitchen enxergam a Black Friday como uma oportunidade dupla: aumentar o volume de pedidos e otimizar custos operacionais, já que eliminam o salão físico, reduzem aluguel e trabalham com equipes enxutas. O planejamento para a data inclui estratégias como mapas de calor de pedidos, menus cápsula para entrega rápida, embalagens reforçadas, corte no tempo de preparo e incentivos para fidelização pós-campanha. O objetivo é claro: transformar o pico de vendas em relações duradouras com os clientes. Com o mercado de cozinhas fantasmas projetado para crescer em ritmo acelerado — segundo a Statista, deve movimentar mais de R$60 bilhões no país este ano — a Black Friday se consolida como um marco para o fortalecimento desse modelo e para a expansão do delivery no Brasil.

 

 https://gironews.com/food-service/dark-kitchens-se-preparam-para-a-maior-data-do-e-commerce-de-alimentos/

Moraes decreta prisão de Alexandre Ramagem por deixar o Brasil clandestinamente

 


Alexandre Ramagem
Alexandre Ramagem Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decretou a prisão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) por ter deixado o Brasil de forma clandestina, em setembro.

O parlamentar, condenado a 16 anos de prisão pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, teria viajado de avião para Boa Vista (RR), de onde partiu de carro, em uma viagem clandestina em direção à fronteira, e seguiu para outro país, no mês em que a Primeira Turma do STF julgava o chamado “núcleo crucial” da trama golpista.

A Polícia Federal investiga se rota de saída teria ocorrido pela fronteira com a Venezuela ou com a Guiana, com um carro alugado em Boa Vista, visto que os dois países fazem fronteira com o estado de Roraima.

*Texto em atualização 

Setor de pescados fica fora da lista de exceções dos EUA e fala em ‘frustração’

 

A indústria de pescados ficou de fora da lista de produtos brasileiros que tiveram a tarifa adicional de 40% zerada pelos Estados Unidos e afirma “frustração com as negociações”. “Estamos obviamente felizes pelos setores que avançaram, mas frustrados por não vermos evolução e priorização do pescado pelo governo brasileiro”, afirmou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), Eduardo Lobo, por meio de nota.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira, dia 20, a ampliação da lista de isenções da tarifa de 40% para incluir mais produtos agrícolas do Brasil. A medida é retroativa, o que significa que estarão isentas todas as mercadorias retiradas de armazéns para consumo a partir de 12h01 (horário de Nova York) de 13 de novembro. Há uma semana, Trump havia retirado a taxa recíproca de 10% sobre produtos agrícolas. Com isso, importantes produtos agrícolas brasileiros ficam isentos de taxas adicionais aos EUA.

Banco Master: entenda como será calculado o valor do resgate no FGC

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) funciona como um seguro para depositantes e investidores de instituições financeiras e bancárias em caso de liquidação, intervenção ou falência dessas instituições.

Com a intervenção de 120 dias e a liquidação extrajudicial do Banco Master decretada pelo Banco Central na terça-feira, 18, o FGC fará o reembolso de créditos aos clientes da instituição. O Fundo calcula que deve fazer o pagamento para 1,6 milhão de credores com depósitos e investimentos elegíveis ao pagamento da garantia.

O volume deve chegar a R$ 41 bilhões, marcando o maior resgate nos 30 anos de existência do FGC. Até então, o posto era ocupado pelo Banco Bamerindus, que levou a um total de R$ 3,7 bilhões em resgate em 1997, o equivalente a R$ 19,6 bilhões se corrigidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo). Em número de clientes, o maior resgate segue sendo para o Bamerindus, com mais de 3,9 milhões de clientes pagos na época.

Segundo o FGC, o fundo acumulava, até setembro, um patrimônio de R$ 160 bilhões, sendo R$ 122 bilhões de recursos líquidos em caixa para realizar o compromisso.

Quando será feito o reembolso aos clientes?

Primeiramente, o Banco Central vai nomear um administrador para assumir a gestão da instituição em liquidação. Então, será elaborada uma lista detalhada dos credores do banco.

Após esse processo ser concluído, é que o FGC inicia o processo de reembolso. Segundo o Fundo, os pagamentos podem ser feitos a partir de 48 horas após o início do processo de reembolso, e podem levar, em média, cerca de 30 dias.

“O pagamento da garantia pelo FGC será realizado após o envio da base pelo Liquidante (responsável legal indicado pelo Banco Central). Atos do Presidente do Banco Central n.º 1.369, 1.371, 1.372 e 1.373. Os pagamentos serão efetuados conforme Regulamento do FGC e a partir dos dados e valores indicados pelo Liquidante (responsável legal indicado pelo Banco Central). Todos os créditos enquadrados em nosso regulamento terão o processo de pagamento iniciado tão logo o levantamento dos dados dos credores seja concluído e disponibilizado ao FGC”, diz comunicado publicado pelo Fundo.

O credor tem até cinco anos, a partir da data de intervenção ou decretação da liquidação extrajudicial, o que ocorrer primeiro, para solicitar o pagamento da garantia ao FGC.

Quanto será pago?

O FGC reembolsa até o valor limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ investidor. Valores acima desse limite entram na massa falida e são pagos após processo judicial, que pode se arrastar por anos.

Cada investidor receberá o saldo remanescente na conta, ou seja, o valor aportado mais os rendimentos até a data da liquidação do banco, que foi em 18 de novembro. “Saldo é a soma do principal investido e os rendimentos”. O rendimento a ser considerado, segundo o FGC, será o valor registrado na contabilidade da instituição financeira para aquele ativo, ou seja, a taxa de emissão na curva do papel para a data da liquidação.

Será desconto do valor total da garantia a ser paga os impostos e/ou taxas devidos. “O valor do imposto retido será recolhido à Receita Federal pela instituição financeira sob regime especial, caso o credor seja cliente direto, ou se for cliente indireto, pela corretora/distribuidora/outra IF, através da qual o credor tenha feito seu investimento. No prazo devido, a instituição financeira ou corretora/distribuidora/outra IF enviará ao credor o informe de rendimentos para a declaração de imposto de renda”, informa o FGC.

Como fazer a solicitação de pagamento ao FGC

Para solicitar o reembolso, o investidor deve fazer o pedido por meio do aplicativo (app) do FGC, que está disponível nas versões iOS e Android. Basta preencher o cadastro com as informações solicitadas e fazer o pedido.

É possível receber notificações para acompanhar o seu pedido.  Após o FGC receber a base da instituição liquidada com informações dos valores da garantia, o credor recebe uma notificação para seguir com as demais etapas pelo aplicativo.

O valor será depositado em conta bancária de mesma titularidade.

No aplicativo do FGC, é possível conferir as instituições em regime especial decretado pelo Banco Central e se já é possível solicitar o pagamento de garantia.

São garantidos pelo FGC os seguintes créditos:

  • Depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio, que compreendem os valores depositados em conta corrente;
  • Depósitos de poupança;
  • Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado, que também podem ser conhecidos como CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou RDB (Recibo de Depósito Bancário);
  • Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
  • Letras de Câmbio e Letras Hipotecárias, também chamadas de LCs e LHs;
  • Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, conhecidas como LCIs e LCAs;
  • Letras de Crédito do Desenvolvimento, conhecidas como LCDs;
  • Operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos, após 8 de março de 2012, por empresa ligada.