quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Impress investe R$ 100 milhões em fábrica de Araucária

 


Empresa abastece América Latina com superfícies decorativas 
 
Do começo das operações até agora, o número de colaboradores cresceu quatro vezes – dos iniciais 50 funcionários, hoje há 200 pessoas atuando na planta brasileira, em Araucária

A Impress Decor Brasil está investindo cerca de R$ 100 milhões na planta industrial para expandir sua linha de impressão de papéis decorativos. O investimento situa a empresa entre as líderes do setor na América Latina. Localizada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, a empresa é referência no desenvolvimento e produção de superfícies decorativas para a indústria de painéis, móveis e pisos, tem 200 colaboradores no município.

"Hoje conseguimos atender com bastante eficiência o mercado latino-americano, trabalhando com capacidade tomada em quatro turnos. No entanto, acompanhando o crescimento contínuo da demanda, optamos por nos antecipar aos rumos do consumo na região, fortalecendo a indústria e a economia local", ressalta João Martinez, CEO e Managing Director da Impress Decor Brasil.

Na produção, o destaque é a popularização do uso de revestimentos melamínicos de Baixa Pressão, o BP, responsável por 80% da produção da unidade brasileira, sendo a superfície mais utilizada pela indústria moveleira em todo o globo. Apesar da pandemia, o setor moveleiro segue com bons resultados, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel). Os números de 2021 foram menos aquecidos, mas distribuídos de maneira estável.

A produção de móveis, em volume, foi de 36,4 milhões de peças em novembro de 2021, segundo dados do último relatório Conjuntura de Móveis. Nas vendas, em relação ao volume de peças, houve aumento no comparativo com o mês anterior (10,2%). No acumulado do ano, o indicador registrou uma variação negativa, na ordem de 0,3%. Em valores, as vendas tiveram aumento no comparativo como mês anterior (11,5%), e crescimento no acumulado do ano (+8,4%), em relação ao mesmo período do ano anterior.

Foi no início dos anos 2000 que a empresa inaugurou sua fábrica na cidade. "Antes disso, todos os produtos comercializados na América Latina eram importados da unidade espanhola", lembra Martinez. "A unidade brasileira proporcionou que as empresas latinas – da Argentina ao México – tivessem suas demandas atendidas de maneira mais personalizada", completa.

Do começo das operações até agora, o número de colaboradores cresceu quatro vezes – dos iniciais 50 funcionários, hoje há 200 pessoas atuando na planta brasileira, em Araucária. A cidade, segundo a pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), é a quinta no Estado em PIB per capita, perdendo apenas para a capital, e para São José dos Pinhais, Londrina e Maringá.

 

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Quem tem medo da recuperação extrajudicial?


Mesmo oferecendo conceitos mais claros, as vantagens da nova lei ainda são desconhecidas entre empresários 
 
 
Empresas costumam demorar para tomar a decisão de pedir ajuda, o que compromete o timing para a solução adequada

Falar em recuperação judicial ainda causa arrepios em certos empresários. Apesar de ser um mecanismo correto e legal para superar crises, o instrumento é, lamentavelmente, visto de forma negativa por alguns setores. Nada mais equivocado: é justamente o reconhecimento das dificuldades e a disposição para enfrentá-las.

Mas para aqueles que preferem a opção mais discreta — ou, ainda, não comportam os custos de uma reestruturação judicial —, a legislação oferece outras possibilidades. É o caso da recuperação extrajudicial. Disponível aos empresários há mais de 15 anos, com a Lei 11.101/05, passou a chamar atenção a partir da vigência da Lei 14.112/20, que atualizou a antiga norma. Com a reforma, o instrumento, que permite que credores e devedores negociem acordos sem interferência do Judiciário, foi beneficiado por uma série de modificações que estimulam a conversação direta, tornando o processo ainda mais ágil e menos oneroso.

Além da discrição, ela é indicada para situações em que uma empresa, apesar de acometida por uma crise, pode buscar soluções cirúrgicas e mais pontuais — por exemplo, no que se refere a débitos trabalhistas, que eram excluídos dos efeitos da recuperação extrajudicial pela legislação anterior. A nova lei também reduz de 60% para mais de 50% o percentual mínimo de adesão de credores ao plano, admitindo o ingresso do pedido de homologação na Justiça com 33% de quórum, a fim de construir negociação até atingir mais da metade. Mesmo oferecendo conceitos mais claros, técnicas para solução de conflitos mais maduras e ferramentas melhor empregadas, as vantagens da nova lei ainda são desconhecidas entre empresários e operadores do Direito.

O número de solicitações dessa modalidade continua reduzido. Segundo levantamento inédito do Observatório Brasileiro de Recuperação Extrajudicial (Obre), mantido pela Biolchi Empresarial, foram 13 pedidos, no Brasil, em 2021 — pouco mais de um por mês. Número muito abaixo dos pedidos de Recuperação Judicial, que somaram 891, segundo dados do Serasa/Experian. Qual é a razão de tão tímida adesão ao mecanismo? Responder a essa pergunta é fundamental para compreender o momento vivido pela atividade produtiva em nosso país e planejar o futuro. E, nesse sentido, entendo que a recuperação extrajudicial enfrenta três desafios para se popularizar: estrutural, cultural e ambiental.

Sob o ponto de vista da cultura, temos, no país, a preferência pelo litígio, em detrimento da negociabilidade. Estruturalmente, empresas costumam demorar para tomar a decisão de pedir ajuda, o que compromete o timing para a solução adequada. Por fim, há o desafio ambiental, conformado pelo próprio Judiciário, repleto de cartórios assoberbados, que não oferece a quantidade necessária de varas especializadas e que entrega uma tramitação processual mais lenta do que a velocidade do mercado.

Mesmo a melhor legislação acaba tendo seus efeitos comprometidos quando as pessoas, o ambiente e o sistema econômico não estão adequadamente calibrados. Por isso, é preciso desmistificar o caminho fora da Corte, ter a consciência de que cada caso é único e que o foco de todos os envolvidos deve ser comum: o interesse compartilhado de salvar atividades viáveis. Feita com correção e responsabilidade, não há o que temer com a recuperação extrajudicial. Só a ganhar.

*Advogada e sócia da Biolchi Empresarial

 

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Sai o edital do concurso público para 34 vagas de diplomata; veja detalhes


O cargo exige nível superior de escolaridade em qualquer área. O salário é de R$ 19.199,96.

Por g1


Palácio Itamaraty, em Brasília  — Foto: Joelson Maia/TV Globo
Palácio Itamaraty, em Brasília — Foto: Joelson Maia/TV Globo

O Instituto Rio Branco, ligado ao Ministério das Relações Exteriores, divulgou o edital do concurso público para 34 vagas de diplomata. O cargo exige nível superior de escolaridade em qualquer área. O salário é de R$ 19.199,96.

São 25 vagas para ampla concorrência, 7 para candidatos negros e 2 para pessoas com deficiência.

As inscrições devem ser feitas no endereço eletrônico http://www.iades.com.br, entre as 8h de 25 de fevereiro e as 22h de 20 de março. O valor da taxa é de R$ 224.

O concurso será realizado em três fases:

  • Prova objetiva, com questões do tipo certo e errado de língua portuguesa, língua inglesa, história do Brasil, história mundial, política internacional, geografia, economia e direito, de caráter eliminatório, e que habilitará os candidatos a se submeterem à fase seguinte.
  • Provas escritas de língua portuguesa e língua inglesa, de caráter eliminatório e classificatório.
  • Provas escritas de história do Brasil, geografia, política internacional, economia, direito e língua espanhola e língua francesa, de caráter eliminatório e classificatório.

A primeira fase será realizada nas capitais dos 26 estados da Federação e no Distrito Federal, na data provável de 17 de abril, em dois períodos: o primeiro, iniciando-se às 9h30, com duração de 3 horas; e o segundo, iniciando-se às 15h, com duração de 3 horas.

A prova escrita de língua portuguesa será na data provável de 30 de abril e terá duração de 5 horas, com início às 14h. A prova escrita de língua inglesa será aplicada na data provável de 1º de maio e terá duração de 5 horas, com início às 14h.

As provas escritas de história do Brasil, geografia, política internacional, economia, direito e língua espanhola e língua francesa terão duração de 4 horas cada e serão aplicadas nas datas prováveis de:

  • 27 de maio de 2022: Prova de história do Brasil, iniciando-se às 9h;
  • 27 de maio de 2022: Prova de geografia, iniciando-se às 15h;
  • 28 de maio de 2022: Prova de política internacional, iniciando-se às 9h;
  • 28 de maio de 2022: Prova de economia, iniciando-se às 15h;
  • 29 de maio de 2022: Prova de direito, iniciando-se às 9h;
  • 29 de maio de 2022: Prova de língua espanhola e língua francesa, iniciando-se às 15h

A segunda e terceira fases serão realizadas nas capitais onde houver candidatos aprovados na fase anterior.

O resultado final no concurso será publicado no Diário Oficial da União e divulgado no endereço eletrônico http://www.iades.com.br na data provável de 24 de junho.

Último concurso

O Instituto Rio Branco realiza quase todos os anos concurso para diplomata. Em 2020, foram abertas 25 vagas. O concurso também foi organizado pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades).

Fundado em 1946, o Instituto Rio Branco é responsável pela seleção e treinamento dos diplomatas brasileiros, que trabalharão no Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Desde aquele ano, é realizada seleção para o cargo.

O concurso é bastante disputado devido ao alto salário pago, pelo status do cargo e pelo fato de o aprovado ter a possibilidade de morar em vários países, além de aceitar candidatos com nível superior em qualquer área.

 

Os pingos nos 'is': Dono da Amil, UHG não quer sair do Brasil


Grupo americano pode considerar fusão, mas não a venda - Dasa e Rede D'Or já pegaram senha

 

Ao contrário do que tem sido recorrentemente repetido, o United Health Group (UHG), o maior grupo de saúde do mundo, avaliado em US$ 460 bilhões na Nyse e dono da Amil, não quer sair do Brasil. E suas operações de hospitais e planos de saúde verticalizados não estão à venda. Mas o UHG já entendeu que o nome do jogo é escala. Aliás, pelo seu tamanho, é algo que sempre soube.

A diferença é que desde que investiu R$ 11 bilhões na compra da Amil, uma década atrás, o mercado brasileiro se consolidou — e continua se consolidando — de forma brutal, enquanto seu negócio encolheu.

Por isso, qualquer possível transação com seus ativos aqui passa por uma fusão, de forma que o UHG continue mostrando aos seus investidores que tem um pé no terceiro maior mercado mundial de saúde privada, o Brasil. Mas isso não quer dizer que conversas já não estejam ocorrendo e que um movimento rápido não seja possível. Depende de todo mundo querer e colocar foco nisso.

Contudo, o tempo para essa discussão de forma mais aprofundada só deve vir depois de solucionada a questão da venda da carteira de planos individuais abertos, que conta com 330 mil vidas.

Esse portfólio foi adquirido pelo fundo Fiord Capital, constituído pelo ex-Starbord Nikola Lukic, mais a Seferin & Coelho, especializada em administrar hospitais, e ainda o ex-executivo do setor Henning von Koss, que construiu sua carreira na Medial/Amil e ainda passou também pela Hapvida. O acordo foi assinado no fim do ano passado, mas ainda depende de aval da Agência Nacional de Saúde (ANS) em meio às polêmicas sobre a capacidade do grupo de gerir o ativo. A Fiord como estrutura pode ser uma novata, mas quem vai conduzir a operação tem cabelos brancos conquistados com anos de experiência no setor.

As últimas informações que faltavam foram enviadas ontem pelo UHG à agência, de acordo com fontes próximas ao grupo. Mas não estão descartados novos pedidos de dados.

O futuro do UHG

O Brasil, de forma geral, não é operado pelo UHG com olho de dono necessário, pois é uma diminuta fração do todo. Não é de se admirar, portanto, que as operações da Amil tenham encolhido desde que o grupo americano comprou o ativo da Dasa.

E é também pelo fato de o mercado saber disso que o assédio ao UHG para compra do negócio é relevante e recorrente. Mas o grupo já disse ‘não’ para propostas de aquisição pura e simples mais de uma vez. Mostrar o Brasil no mapa continua sendo algo desejado.

Nesses dez anos, dois grupos que acabam de se unir se tornaram muito relevantes. A Hapvida Intermédica será um negócio, tão logo unificado totalmente, com receita líquida anual da ordem de R$ 20 bilhões e 15 milhões de vidas atendidas, entre planos de saúde e odontológicos. Quando as ações de ambos forem combinadas, a companhia resultante valerá mais de R$ 85 bilhões.

Na B3, também apareceu outro gigante: a Rede D’Or de hospitais, fundada pela família Moll, avaliada em aproximadamente R$ 100 bilhões e com quase 70 hospitais. Para completar, a Dasa voltou ao pregão da bolsa, disposta a retomar com força o crescimento – vale hoje perto de R$ 15 bilhões.

Os candidatos

Aliás, Dasa e Rede D’Or são as favoritas para abrir um diálogo com o UHG. Ambas estão próximas e interessadas nesse próximo possível movimento do grupo. No entanto, como não há um mandato formal para negociação, o que se poderia chamar de propostas e interesses de ambas não são comparáveis. No passado, SulAmerica e Bradesco Seguros estiveram também bastante engajados em desenvolver uma negociação.

O negócio do grupo UHG soma 36 hospitais, entre as bandeiras Amil, SOBAM, Americas, Santa Helena e Ana Costa e um total de 3 milhões de vidas, já excluídas as individuais abertas vendidas. Apesar de ter decidido vender a carteira de planos individuais, que totalizava quase 546 mil vidas, os verticalizados foram mantidos na carteira.

Mas, em termos de valor, praticamente não houve atualização desde a aquisição. A estimativa de fontes do setor é que valha hoje entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, no cenário mais otimista e benevolente com os problemas atuais, uma vez que a operação ficou menor. O valor está justamente no que pode fazer um novo dono.

Os bastidores

Os planos individuais abertos vendidos à Fiord Capital, ou seja, que são atendidos também fora da rede Amil, nunca foram do interesse da UHG e respondem na matriz por menos de 2% da operação consolidada. Por isso, não é a primeira vez que o ativo é oferecido ao mercado. Em dezembro de 2020, um acordo estava para ser assinado, quando o grupo americano desistiu da transação, pois teria de reconhecer uma perda (o dinheiro aportado na operação mais a reserva legal) e não queria esse ajuste no balanço daquele ano, contou um dos interessados que participou de ambos os processos de venda.

Tanto na concorrência de 2021 quando na de 2020, apareceram 5 propostas vinculantes na etapa final, de 8 diferentes interessados, entre operadores do setor e fundos de investimentos. Se tem um segmento pujante em novidades é o de saúde. As mudanças vão além das fusões e aquisições e da formação de gigantes. Há o nascimento de novos modelos de negócios, com as aceleradas healthtechs.

Depois de passar uma década paralisado em 45 milhões de vidas atendidas, o segmento de planos de saúde voltou a crescer e, especialmente, nos individuais. Estruturas como das novatas Alice e QSaúde, essa do veterano do setor José Seripieri Filho, com a operação otimizada por todo avanço pós-pandemia em telemedicina e as facilidades dos canais digitais, têm mostrado sucesso.

O motivo de ter atraído tantos interessados é o formato do acordo e a escala que pode proporcionar. O UHG fez de tudo para tornar o ativo interessante. O negócio foi transferido com as reservas legais atendidas, cerca de R$ 1,5 bilhão, e mais capital (outro R$ 1,5 bilhão) para fazer a operação crescer. Além de um contrato comercial que garante atendimento na rede Amil por cinco anos, um período de transição de um ano e quatro hospitais (ativo ouro no setor hoje) juntos.

A pergunta que fica é por que o UHG não faz esse negócio crescer? Porque o atendimento de rede aberta está distante de ser simples. Exige acompanhamento próximo da carteira de clientes, para que a saúde gere renda e não custo. Demanda um canal diferente do atendimento verticalizado. Trocando em miúdos: só que tem foco nisso consegue fazer dar dinheiro.

Para completar, o UHG não vende planos individuais abertos no Brasil desde 2013. Ou seja, essa é uma carteira que não se renova (pecado mortal no universo de seguros), embora fontes próximas ao grupo garantam que ainda tenha margem bruta positiva e um preço de contratos com clientes bastante atrativo.

Se nem o negócio verticalizado cresceu no Brasil, que é a expertise do UHG, o que dirá aquilo que ficou de fora. De forma simplificada, para ficar no país, o grupo pode ter interesse sim em algo que lhe renda ao mesmo tempo escala, gestão eficiente e footprint.

 

Weg turbina receita e lucro em 2021

 

A recuperação econômica mundial contribuiu para um salto de 35% nas vendas 
 
A Weg é a quinta maior empresa da região e também a terceira maior de Santa Catarina, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL

A Weg viu sua receita líquida avançar 34,9% no ano passado, enquanto o lucro líquido subiu 53,2% (veja os principais indicadores do ano na tabela ao final desta reportagem). A companhia de Jaraguá do Sul (SC) afirma em seu relatório trimestral que a continuidade da recuperação econômica mundial contribuiu para o crescimento das vendas. Além do aumento na demanda por equipamentos industriais em diversas regiões, a empresa destaca o bom desempenho no fornecimento de soluções ligadas à geração de energias renováveis.

No mercado interno, a área de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia (GTD) foi o grande destaque no comparativo com o mesmo período do ano anterior, influenciada principalmente pelos negócios de geração eólica e solar. A operação de Motores Comerciais e Appliance apresentou sinais de acomodação no nível de negócios, após a elevada demanda observada nos últimos trimestres. No mercado externo a Weg registrou novamente desempenho positivo na área de equipamentos eletroeletrônicos industriais, impulsionado pela contínua demanda de fabricantes de equipamentos de diversos segmentos de mercado.

No entanto, os desafios da cadeia de suprimentos global e consequente pressão no custo dos produtos vendidos, em conjunto com a alteração do mix de produtos da empresa catarinense, continuaram a pressionar as margens operacionais. "Apesar deste contexto, nosso modelo de negócio baseado na verticalização e flexibilidade financeira nos permitiu usufruir de uma maior disponibilidade de produtos e aproveitar oportunidades de crescimento de receita com ganho de participação de mercado nas principais regiões onde atuamos", revela a Weg no documento.

A companhia investiu investimos R$ 321,3 milhões no quarto trimestre em modernização e expansão de capacidade produtiva, máquinas e equipamentos e licenças de uso de softwares, sendo 52% destinados às unidades produtivas no Brasil e 48% para os parques industriais e demais instalações no exterior.

A Weg é a quinta maior empresa da região e também a terceira maior de Santa Catarina, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.

 

 

 

 

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Intelbras compra empresa de energia solar por R$ 334 milhões

Intelbras Logo - PNG e Vetor - Download de Logo

 

A Intelbras anunciou nesta quarta-feira, 16, a compra de 100% do capital social da catarinense Renovigi Energia Solar, por R$ 334,3 milhões. A operação foi classificada pela empresa como a maior aquisição da sua história. A aquisição faz parte da estratégia da empresa para se consolidar como uma empresa referência no mercado de energia solar.

“A aquisição trará aos diversos canais de vendas e parceiros uma grande oportunidade de realização de negócios, ampliando ainda mais a disponibilidade de produtos ao mercado local, fazendo com que toda a cadeia seja beneficiada, o que inclui o consumidor final, pequenas, médias e grandes empresas”, declarou o principal executivo da Intelbras, Altair Silvestri.

A Renovigi, sediada em Chapecó (SC), tem 10 anos de história e atua em todo o território nacional, apoiando-se de uma rede de parceiros para revenda de seus produtos.

Em 2021, registrou R$ 799,5 milhões de faturamento, conforme balanço não auditado.

Dois dos principais sócios fundadores e atuais gestores da Renovigi – Gustavo Müller Martins e Carlos Tadashi – continuarão à frente do negócio e permanecem como integrantes do Conselho de Administração da empresa.

A aquisição será feita pelo valor fixo de R$ 284,1 milhões, dos quais R$ 83,5 milhões serão desembolsados à vista e os demais R$ 200,6 milhões serão pagos após carência de 7 meses, em 17 parcelas mensais e consecutivas corrigidas pelo CDI.

Adicionalmente, haverá o pagamento de um valor variável, estimado em R$ 50,1 milhões, que será pago em três parcelas variáveis, anuais e consecutivas.

A consumação da transação ainda está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, incluindo, a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pelos acionistas.


BTG Pactual: lucro recorde de R$ 6,5 bi em 21 e André Esteves no conselho


Banco termina ano com retorno sobre capital em 20,3% e Índice de Basiléia em 15,7%

 

O balanço de 2021 do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame) mostra que o banco entregou um retorno sobre patrimônio (ROAE) de 20,3% mesmo depois de ter captado R$ 5,5 bilhões  com emissões de ações ao longo do ano, ou seja, de ter ampliado sua base de capital. Trocando em miúdos: a instituição levantou dinheiro novo e conseguiu empenhar os recursos em crescimento. Do contrário, o retorno teria naturalmente caído, apenas pela ampliação do denominador. Em 2020, o indicador ficou em 16,9%.

O ROAE está traduzido nas linhas do balanço da instituição, que fechou o ano passado com receita recorde de R$ 13,9 bilhões, uma expansão de praticamente 50%. O lucro líquido avançou 62,5% e totalizou também uma marca histórica de R$ 6,5 bilhões. Mais do que crescimento os números mostram que o BTG Pactual alcançou um novo patamar como instituição financeira.

Junto do balanço com números recordes para 2021, o banco também acaba de anunciar mudanças na estrutura de governança para dar suporte ao tamanho da operação. André Esteves, fundador e maior acionista da instituição, vai assumir como chairman após a assembleia geral ordinária deste ano. Nelson Jobim, atual presidente do conselho de administração, permanecerá no colegiado. Junto com Esteves, o diretor financeiro João Dantas também passará a compor o grupo e, para isso, vai deixar sua posição executiva. Dessa forma, o conselho cresce de dez para 12 conselheiros.

Além de ficar maior, o colegiado vai ganhar dois novos comitês: de estratégia, que será liderado pelo presidente executivo do banco Roberto Sallouti, e financeiro, com Dantas à frente. O objetivo é dar mais robustez à gestão para acompanhar o novo tamanho do negócio e sua expectativa de contínuo crescimento.

Momentum

Todo mundo já ouviu a expressão que “dinheiro chama dinheiro”. Essa poderia ser a fala popular por trás do ‘momentum’, conceito da física, aplicado ao mercado financeiro e no qual o BTG Pactual se encontra, mostrando um ritmo acelerado de expansão nos últimos anos.

Além do aumento de receita e lucro, o BTG Pactual alcançou marcos relevantes no ano de 2021, como terminar o ano com R$ 980 bilhões em recursos sob custódia — a marca de R$ 1 trilhão foi alcançada no início de fevereiro — e levar a carteira de crédito a um total de três dígitos. Ao fim de dezembro, após um aumento de 45%, a carteira total, incluindo pequenas e médias empresas (PME), estava em R$ 107 bilhões — uma velocidade de expansão bem acima do restante do setor.

Quando o tema é crédito, chama a atenção que as PMEs já representem pouco mais de 15% do total e que outros 20% venham da operação internacional, na América Latina. Esses devem continuar sendo os dois importantes vetores de expansão, uma vez que a instituição tem sinalizado aos investidores que o grupo de pequenas e médias pode chegar a algo entre 20% e 25% do total. Além disso, a operação fora do Brasil, onde a participação do banco é menor no mercado total, tende a crescer em uma velocidade superior à doméstica.

Para detalhar um pouco mais do que significa ‘momentum’ na física, mais números ajudam. O total de ativos sob custódia do BTG Pactual estava em R$ 500 bilhões em setembro de 2020, ou seja, em menos de um ano e meio, esse montante dobrou. No crédito, a receita obtida pela operação dobrou em dois anos: foi de R$ 814 milhões, em 2019, para R$ 2,6 bilhões, no ano passado.

Essas são frentes importantes para o BTG Pactual pela recorrência da atividade e áreas nas quais o banco pretende conquistar cada vez mais espaço no mercado. É por isso que a instituição tem sinalizado aos investidores que apesar da forte base que 2021 representa, este ano deve ser de crescimento importante também.

O ano de 2021 foi marcado também foi uma forte atividade do mercado de capital e em fusões e aquisições, o que fez a área de investment banking (ou apenas IB, como é chamada) terminar o período com uma receita de R$ 2,3 bilhões, ante R$ 1,3 bilhão em 2020. Essa vai ser a linha de recursos mais difícil de repetir em 2022.

A atividade no mercado está baixa e sofre o impacto de paralisação típico de anos eleitorais e ainda com a complicação de uma antecipação das discussões políticas. Ainda assim, como a frente mais relevante de receita dentro dessa atividade é no mercado de dívida (mais do que de ações e de fusões e aquisições), a expectativa é que o IB siga sim para lá de importante.

Além disso, é a atividade porta de entrada para o banco. A cada oferta pública inicial de ações (IPO), a cada nova emissão de dívida, um cliente novo para retornar. Essa lógica ajuda a entender como o banco teve expansão tão forte nos últimos anos.

Risco

O Índice de Basiléia, medida internacional de solvência das instituições financeiras, do BTG Pactual terminou 2021 em 15,7%, acima da média do setor no país. Mas o que chama mais atenção nessa composição é a base de capital próprio, formada pelo capital social e lucros, encerrou o ano em 13,6%, cerca de 200 pontos base acima do restante das grandes instituições nacionais. Significa que mesmo crescendo e em ritmo muito acelerado, o banco tem mantido sua solidez.


 https://exame.com/exame-in/btg-pactual-lucro-recorde-de-r-65-bi-em-21-e-andre-esteves-no-conselho/