Logo da Vale em São Gonçalo do Rio Abaixo, Brasil (Crédito: REUTERS/Washington Alves)
A escolha de Gustavo Pimenta como o próximo presidente-executivo da Vale é positiva e reduz incertezas que pairavam sobre o processo de sucessão ao cargo e potencial interferência política, avaliaram analistas.
Perto das 15h, as ações da mineradora subiam 3,29% na B3.
A Vale anunciou no fim da noite de segunda-feira que seu colegiado elegeu Pimenta, atual vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da companhia, por unanimidade para substituir Eduardo Bartolomeo como CEO.
“Como candidato interno que está na empresa há cerca de cinco anos, a eleição do Sr. Pimenta como novo CEO provavelmente acalmará os temores de uma potencial influência política na liderança da Vale. O anúncio também marca o fim do ruidoso processo de sucessão do CEO e elimina um peso importante nas ações, em nossa opinião”, avaliaram analistas da RBC Europe Limited, em relatório enviado a clientes.
A mineradora vinha lidando há meses com o processo turbulento de escolha de seu próximo CEO, que só deveria ser concluído no final do ano, em meio a notícias de que o governo estaria tentando emplacar um nome como CEO da mineradora.
A equipe do JPMorgan destacou que Pimenta é amplamente conhecido e respeitado por investidores, o que deve levar a uma reação positiva do mercado.
Pimenta, executivo com experiência global nos setores financeiro, de energia e mineração, teve carreira desenvolvida ao longo de mais de 20 anos no Brasil, Estados Unidos e Europa, disse a Vale na véspera.
O UBS BB também afirmou ver o anúncio como positivo, avaliando que o executivo foi “arquiteto-chave da alocação de capital disciplinada e turnaround operacional da Vale nos últimos anos”. Para os analistas, conforme relatório a clientes, há potencial para que questões ESG importantes, como o caso da Samarco, possam ser resolvidas em breve.
Conforme o cronograma no processo de sucessão, Bartolomeo seguirá como presidente da companhia até 31 de dezembro de 2024, apoiando a transição para o novo presidente da Vale até 28 de fevereiro de 2025.
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