sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Relatório sobre Orçamento de 2024 será divulgado às 17h30 pelo Ministério do Planejamento

 Gustavo Guimarães, Secretário-Executivo do Ministério do P ...


O Ministério do Planejamento e Orçamento vai divulgar nesta sexta-feira, 22, às 17h30 (de Brasília), o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º Bimestre. A coletiva de imprensa sobre os dados está marcada para as 18 horas, com o secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, o secretário de Orçamento Federal substituto, Clayton Montes, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, e o secretário da Receita Federal do Brasil, Robinson Barreirinhas.

Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já adiantou que o relatório deve revelar a necessidade de o governo efetuar um bloqueio adicional no orçamento na ordem R$ 5 bilhões.

Pelo último documento bimestral, R$ 13,3 bilhões já estão congelados.


BRAZIL JOURNAL: O plano do governo de MG para privatizar a Cemig e a Copasa

 

 

O plano de Minas para privatizar a Cemig e a Copasa

O plano de Minas para privatizar a Cemig e a Copasa

A dificuldade em fechar as contas e uma mudança de mentalidade antes impensável podem mudar o futuro das duas vacas sagradas da economia de Minas Gerais: a empresa de saneamento Copasa e Cemig, a gigante de energia. Na semana passada, o Governo Romeu Zema protocolou dois projetos de lei que, se aprovados, levarão à privatização das duas estatais.

Os projetos permitem que o Estado perca o controle acionário das empresas, pulverizando seu capital entre investidores privados. O movimento traria recursos para um Estado cujas finanças estão debilitadas há anos, com uma dívida de R$ 165 bilhões – mas foi recebido com ceticismo pelo mercado, que acha difícil as privatizações irem adiante.

Apesar dos desafios, o vice-governador Mateus Simões disse ao Brazil Journal estar confiante de que as duas privatizações vão sair do papel — e garante que o governo tem uma base sólida e comprometida com os projetos. “Considerando o tamanho da nossa base e o conforto dela com o tema, acreditamos que os dois projetos têm condições de ser aprovados ainda no primeiro semestre do ano que vem”, disse.

Leia a entrevista completa no Brazil Journal.

Governo espanhol aprova novo regime fiscal, com prorrogação de imposto sobre lucros de bancos

 The First Vice-President of the Government and Minister of Finance, Maria Jesus Montero, the Minister of Education, Pilar Alegria, and the Second...

O governo espanhol aprovou um novo regime fiscal, que conta com a prorrogação dos impostos sobre o setor bancário. O Congresso apoiou o plano do PSOE por 178 votos a favor e 171 contra, depois dos socialistas terem chegado a um acordo com o Podemos.

Houve a prorrogação de três anos do imposto anual sobre os lucros extraordinários bancários. O imposto, que variará entre 1% e 7%, será cobrado sobre as receitas líquidas de juros e taxas dos bancos com base nos volumes de receitas de empréstimos, em vez da atual taxa fixa de 4,8%.

Além disso, o pacote fiscal visa garantir que as grandes empresas sediadas na Espanha com um volume de negócios anual de pelo menos 750 milhões de euros paguem um imposto mínimo de 15% dos seus lucros consolidados, em conformidade com uma diretiva europeia.

“O fato de a reforma fiscal ter avançado permite à Comissão Europeia avaliar positivamente o plano fiscal. Por outro lado, permitirá o desembolso dos Fundos Europeus que fazem de Espanha um líder na criação de empregos e são um estímulo importante para a nossa economia”, afirmou a ministra da Fazenda espanhola, María Jesús Montero, em declaração após a aprovação.

Número de brasileiros desempregados há mais de dois anos é o menor desde 2014

 


Desemprego cai para 6,4% no país, segunda menor taxa da série histórica (Crédito: Divulgação)

 

O número de desempregados no Brasil caiu no terceiro trimestre em todas as faixas de tempo de procura por trabalho, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 22, pelo IBGE.

O total de brasileiros que buscavam trabalho por dois anos ou mais caiu 20,4% em 1 ano, recuando para 1,5 milhão – o menor número de desocupados nesta faixa, para um terceiro trimestre, desde 2014.

O grupo dos que buscavam trabalho por menos de um mês teve redução de 17,6%, somando 1,3 milhão, o dos que procuravam trabalho de um mês a menos de um ano diminuiu 12,1%, para 3,4 milhões, e o contingente dos que buscavam trabalho por um ano a menos de dois anos recuou 19,1%, para 765 mil.

número de brasileiros desempregados caiu para 7 milhões no 3º trimestre. Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

Número de desempregados por faixa de tempo de procura
Número de desempregados por faixa de tempo de procura (Crédito:Divulgação/IBGE)

 “Este aquecimento da economia, refletido na redução da taxa de desocupação, influencia diretamente na diminuição do tempo de busca por trabalho. Como consequência, reduz-se o número de pessoas que estavam há mais de dois anos procurando por uma ocupação”, afirma William Kratochwill, analista da pesquisa.  

Como já divulgado anteriormente pelo IBGE, a taxa média de desemprego no país caiu para 6,4% no 3° trimestre. Essa foi a segunda menor taxa de desocupação da série histórica, iniciada em 2012, perdendo apenas para a taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).

Taxa de desemprego das mulheres é maior que a dos homens

A taxa de desemprego por sexo foi de 5,3% para os homens e 7,7% para as mulheres no terceiro trimestre. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5%) e acima para os pretos (7,6%) e pardos (7,3%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Corte de gastos de R$ 70 bilhões: Haddad sinaliza apresentar pacote na terça

 


Expectativa é de que o governo federal apresente plano de contingência de R$ 70 bilhões para os dois próximos anos 

 



Depois de atrasar a apresentação do pacote de corte de gastos gestado no Ministério da Fazenda, Fernando Haddad sinalizou aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deve publicizar o plano de ajuste fiscal até a próxima terça-feira (26).

A expectativa é de que o governo federal apresente um plano de contingência da ordem de R$ 70 bilhões para os 2025 e 2026.

 
 
 
 
 
 
 https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/victor-iraja/economia/macroeconomia/corte-de-gastos-de-r-70-bilhoes-haddad-sinaliza-apresentar-pacote-na-terca/

Google deve ser forçado a vender o navegador Chrome, diz governo dos EUA

 


Logotipo do Google em Las Vegas em 5 de janeiro de 2023 - AFP/Arquivos

 

 O governo dos Estados Unidos pediu na quarta-feira, 20,  à noite a um juiz que ordene o desmantelamento do Google por meio da venda de seu navegador Chrome, amplamente utilizado, em uma grande ofensiva antimonopólio contra o gigante da Internet.

 Em uma ação judicial, o Departamento de Justiça americano exige uma reorganização do negócio do Google que inclua a proibição de acordos para que o Google seja o mecanismo de busca padrão em smartphones e impedir que a empresa explore seu sistema operacional móvel Android.

As autoridades antimonopólio afirmaram no documento que o Google também pode ter que vender o Android caso as soluções propostas não impeçam a empresa de usar o controle do sistema operacional a seu favor.

A possibilidade de exigir a cisão do Google marca uma mudança profunda por parte das autoridades de concorrência americanas, que em grande medida deixaram os gigantes da tecnologia em paz desde o fracasso da tentativa de desmantelar a Microsoft há 20 anos.

Google deve apresentar suas recomendações em dezembro em um documento. As duas partes apresentarão seus argumentos ao juiz federal Amit Mehta, de Washington.

Independente da decisão do juiz, a empresa deve apresentar recurso, o que prorrogará o processo por vários anos e deixará a decisão final para a Suprema Corte.

Trump

O caso também pode ser afetado pela chegada do presidente eleito, Donald Trump, ao poder em janeiro. Seu governo pode mudar a equipe atualmente responsável pela divisão antimonopólio do Departamento de Justiça.

Trump expressou opiniões conflitantes sobre o Google e a hegemonia das grandes empresas de tecnologia.

Ele acusou o mecanismo de busca de ter um viés contra os conteúdos conservadores, mas ao mesmo tempo disse que forçar a divisão da empresa poderia ser uma exigência muito grande para o governo.

Em agosto, o juiz Mehta declarou o Google culpado de práticas ilegais para estabelecer e manter seu monopólio nas buscas online.

O próximo passo no julgamento histórico é determinar como abordar as práticas do Google.

O juiz poderia anunciar a sentença em agosto de 2025, depois de ouvir as partes em uma audiência especial em abril.

O Departamento de Justiça quer que o Google se desvincule do Chrome, o navegador web mais utilizado do mundo, porque é um dos principais pontos de acesso ao mecanismo de busca, o que prejudica as possibilidades de outros concorrentes.

Segundo o site StatCounter, em setembro o Google acumulava 90% do mercado mundial de pesquisas online e 94% nos smartphones.

PayPal diz que corrigiu problema que interrompeu operações por duas horas

 

 

A empresa de meio de pagamentos PayPal disse nesta quinta-feira, 21, que resolveu um problema que causou uma interrupção global da plataforma por quase duas horas, afetando milhares de usuários em todo o mundo.

A companhia enfrentou um problema no sistema que afetou vários produtos, incluindo retiradas de contas, o serviço de pagamentos Venmo, checkout online e criptomoedas.

As bolsas Coinbase e Kraken também alertaram em seus sites sobre, respectivamente, interrupções nas transações do PayPal e atrasos nos depósitos.

A falha ocorreu no dia em que o bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, subiu para níveis superiores a 98 mil dólares, puxando outras criptomoedas consigo.

O PayPal permite que seus clientes comprem, vendam e mantenham criptomoedas.

Com base no Downdetector, que rastreia relatórios enviados por usuários, por volta das 9h30 (horário de Brasília), havia quase 9 mil relatos de problemas com transações do PayPal.

WEG anuncia investimento de US$ 62 milhões para expandir produção na China

 

 

A Weg anunciou nesta quarta-feira, 20, que irá investir cerca de US$ 62 milhões nos próximos anos para a expansão da capacidade produtiva do parque fabril da companhia localizado em Rugao, na China. O plano, de acordo com comunicado da empresa veiculado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), busca “atender à crescente demanda do mercado e aumentar a presença da empresa na região”.

O investimento envolve o aumento da capacidade de fabricação de componentes e montagem local, com a construção de um prédio de 30 mil metros quadrados para a fabricação de motores de alta tensão. O empreendimento deve ficar pronto em 2026, diz o comunicado.

Carrefour diz que veto à carne do Mercosul se aplica ‘apenas às lojas na França’; leia nota

 


Carrefour Brasil tem prejuízo de R$ 795 milhões em 2023 e fecha 123 lojas

Carrefour. (Crédito: Divulgação)

O Carrefour França afirmou, em nota divulgada nesta quinta-feira, 21, que o veto à carne do Mercosul se aplica “apenas às lojas na França” e que a medida de deve “somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em um contexto de crise”.

“O Carrefour França informa que a medida anunciada ontem, 20/11, se aplica apenas às lojas na França. Em nenhum momento ela se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em um contexto de crise”, diz a nota da companhia.

“Todos os outros países onde o Grupo Carrefour opera, incluindo Brasil e Argentina, continuam a operar sem qualquer alteração e podem continuar adquirindo carne do Mercosul. Nos outros países, onde há o modelo de franquia, também não há mudanças”, completa a empresa, em seu comunicado.

Esse pronunciamento ocorre após o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, publicar na rede social X (antigo Twitter) um comunicado que dizia que a varejista se comprometia a não vender carnes do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Isso, independentemente dos “preços e quantidades de carne” que esses países possam oferecer. Veja a postagem do CEO aqui.

Entenda o caso

A carta assinada por Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, foi endereçada ao presidente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA), Arnaud Rousseau.

Segundo o executivo, a decisão de vetar a carne do Mercosul foi tomada após ouvir o “desânimo e a raiva” de agricultores franceses – que protestam contra a proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

Em suma, o Carrefour atendeu aos pedidos de agricultores do seu país de origem, que não querem competir com os exportadores de carne do Mercosul, que inclui o Brasil.

Entidades reagem negativamente à decisão do Carrefour

Entidades brasileiras têm reagido negativamente à decisão do Carrefour de vetar carne brasileira em suas lojas na França.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) se pronunciou lamentando a decisão.

Segundo a associação, “tal posicionamento vai contra os princípios do livre mercado e é contraditório, vindo de uma empresa que opera cerca de 1.200 lojas no Brasil, abastecidas majoritariamente com carnes brasileiras, reconhecidas mundialmente por qualidade e segurança”.

“Ao adotar um discurso protecionista em defesa dos produtores franceses, o Carrefour fragiliza seu próprio negócio e expõe o mercado europeu a riscos de abastecimento, já que a produção local não supre a demanda interna”, continuou a Abiec.

A entidade frisou que o Brasil é líder global em exportação de carne bovina, “com o maior rebanho comercial do mundo, produção sustentável e rigorosos controles sanitários que garantem qualidade para mais de 160 países”.

“Nos últimos 30 anos, a pecuária brasileira aumentou sua produtividade em 172%, reduzindo a área de pastagem em 16%, demonstrando compromisso com eficiência e sustentabilidade”.

Governo brasileiro chama de ‘ação orquestrada’

Ainda na quarta-feira, 20, o Governo Federal também tomou posição com relação à decisão da varejista francesa.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que a atitude do grupo “parece uma ação orquestrada” de companhias francesas contra o país, dizendo estar “indignado” com o veto.

Ele citou a declaração dada pelo diretor financeiro da Danone, Jurgen Esser, veiculada pela agência de noticias Reuters, de que a empresa parou de comprar soja do Brasil e agora adquire o produto de países da Ásia como antecipação à lei antidesmatamento da União Europeia.

Diante desse episódio recente, o ministro afirmou que “não faz sentido achar que é coincidência”.

Na avaliação do ministro, a declaração do CEO do Carrefour aponta “de forma inverídica” as condições de produção brasileira.

“De forma a ferir a soberania brasileira, desrespeitando nossa produção, que é sustentável. Me parece que é querendo arrumar o pretexto para que a França não assine e continue com a posição contra a finalização do acordo Mercosul União Europeia”, disse o ministro da Agricultura.

Em sua visão, era mais “bonito e legítimo” só manter a posição contra o acordo.

Ministério da Agricultura alega ‘protecionismo’

Além das declarações de Fávaro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) enquanto entidade também rechaçou, em nota, a posição de Alexandre Bompard.

“O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros. Mais uma vez, o Mapa reitera o compromisso da agropecuária brasileira com a qualidade, sanidade e sustentabilidade dos alimentos produzidos no Brasil para contribuir com a segurança alimentar e nutricional de todo o mundo”, defendeu o ministério.

A pasta ainda frisou o rigor do sistema de defesa agropecuária nacional e o Código Florestal Brasileiro.

“O que garante ao País o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo, mantendo relações comerciais com aproximadamente 160 países, atendendo aos padrões mais rigorosos, inclusive para a União Europeia que compra e atesta, por meio de suas autoridades sanitárias, a qualidade e sanidade das carnes produzidas no Brasil há mais de 40 anos”, disse, após o veto do Carrefour.

Comercial Zaffari anuncia 36ª loja do Stok Center

 

Imagem destaque: Comercial Zaffari anuncia 36ª loja do Stok Center


 

  A inauguração da 36ª unidade da bandeira Stok Center está prevista para 17 de dezembro e reflete o plano de expansão da Comercial Zaffari, que passará a contar com 46 lojas, incluindo as operações de varejo e atacarejo. O novo ponto de venda funcionará em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS). Serão 9.929 m² de área total, 30 checkouts e mais de 9 mil itens no mix. Neste semestre, o Stok Center também ganhou novas operações nas cidades gaúchas de Caxias do Sul, Novo Hamburgo e Torres.

 

 

 https://gironews.com/atacado-cash-carry/comercial-zaffari-anuncia-36a-loja-do-stok-center/

 

Google deve ser forçado a vender o navegador Chrome, diz governo dos EUA

 

 

Logotipo do Google em Las Vegas em 5 de janeiro de 2023 - AFP/Arquivos

 

O governo dos Estados Unidos pediu na quarta-feira, 20,  à noite a um juiz que ordene o desmantelamento do Google por meio da venda de seu navegador Chrome, amplamente utilizado, em uma grande ofensiva antimonopólio contra o gigante da Internet.

Em uma ação judicial, o Departamento de Justiça americano exige uma reorganização do negócio do Google que inclua a proibição de acordos para que o Google seja o mecanismo de busca padrão em smartphones e impedir que a empresa explore seu sistema operacional móvel Android.

As autoridades antimonopólio afirmaram no documento que o Google também pode ter que vender o Android caso as soluções propostas não impeçam a empresa de usar o controle do sistema operacional a seu favor.

A possibilidade de exigir a cisão do Google marca uma mudança profunda por parte das autoridades de concorrência americanas, que em grande medida deixaram os gigantes da tecnologia em paz desde o fracasso da tentativa de desmantelar a Microsoft há 20 anos.

Google deve apresentar suas recomendações em dezembro em um documento. As duas partes apresentarão seus argumentos ao juiz federal Amit Mehta, de Washington.

Independente da decisão do juiz, a empresa deve apresentar recurso, o que prorrogará o processo por vários anos e deixará a decisão final para a Suprema Corte.

Trump

O caso também pode ser afetado pela chegada do presidente eleito, Donald Trump, ao poder em janeiro. Seu governo pode mudar a equipe atualmente responsável pela divisão antimonopólio do Departamento de Justiça.

Trump expressou opiniões conflitantes sobre o Google e a hegemonia das grandes empresas de tecnologia.

Ele acusou o mecanismo de busca de ter um viés contra os conteúdos conservadores, mas ao mesmo tempo disse que forçar a divisão da empresa poderia ser uma exigência muito grande para o governo.

Em agosto, o juiz Mehta declarou o Google culpado de práticas ilegais para estabelecer e manter seu monopólio nas buscas online.

O próximo passo no julgamento histórico é determinar como abordar as práticas do Google.

O juiz poderia anunciar a sentença em agosto de 2025, depois de ouvir as partes em uma audiência especial em abril.

O Departamento de Justiça quer que o Google se desvincule do Chrome, o navegador web mais utilizado do mundo, porque é um dos principais pontos de acesso ao mecanismo de busca, o que prejudica as possibilidades de outros concorrentes.

Segundo o site StatCounter, em setembro o Google acumulava 90% do mercado mundial de pesquisas online e 94% nos smartphones.

IA pode aumentar comércio global em 14 pontos porcentuais até 2040, diz OMC

 

Ficheiro:Logo WTO-OMC.svg

A inteligência artificial (IA) pode impulsionar o comércio global até 2040, mas sua efetividade dependerá da capacidade de países adotarem a tecnologia de modo conjunto, avalia a Organização Mundial do Comércio (OMC), em relatório divulgado nesta quinta-feira, 21.

Segundo o documento, o melhor cenário requer a participação conjunta de economias desenvolvidas e emergentes, sendo capaz de aumentar o comércio global em 14 pontos porcentuais até 2040. Do contrário, um cenário de “divergência tecnológica” pode reduzir pela metade os ganhos do comércio com inteligência artificial, a um aumento de 7% até 2040.

A organização projeta que a adoção de inteligência artificial pode reduzir custos, melhorar a produtividade entre setores e reconstruir padrões tradicionais do comércio global. Somente o comércio de serviços digitais deve crescer 18% até 2040, estima a OMC. O relatório prevê ainda que podem ser criadas novas categorias de bens relacionadas a IA, como veículos elétricos (EVs, em inglês) e robôs.

“Em outras palavras, falhar em difundir tecnologias de IA entre diferentes economias pode significar deixar de lado muitos dos ganhos potenciais”, afirmou a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, em nota. “Além disso, a inteligência artificial pode apoiar a transição verde ao otimizar recursos e reduzir a pegada de carbono de cadeias de suprimento.”

Entre as possíveis utilidades da IA no comércio global, a OMC pontua a melhora de processos logísticos, facilitação do gerenciamento de cadeias de suprimento e diminuição de barreiras linguísticas em controles de fronteira. Ferramentas com IA podem, por exemplo, providenciar análises de dados em tempo real, insights preditivos e automatizar alguns processos de tomada de decisão.

Exportadores de carne dizem que veto do Carrefour é ‘contraditório’ e ‘protecionista

 


China libera retomada de importações de carne bovina do Brasil

Frigorífico em Promissão, São Paulo (Crédito: Paulo Whitaker/Reuters)

 

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) lamentou, em nota, a declaração da quarta-feira, 20, do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, na rede social X. Bompard divulgou comunicado no qual afirma que a varejista se compromete a não vender carnes do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, independentemente dos “preços e quantidades de carne” que esses países possam oferecer.

Segundo a Abiec, “tal posicionamento vai contra os princípios do livre mercado e é contraditório, vindo de uma empresa que opera cerca de 1.200 lojas no Brasil, abastecidas majoritariamente com carnes brasileiras, reconhecidas mundialmente por qualidade e segurança”.

“Ao adotar um discurso protecionista em defesa dos produtores franceses, o Carrefour fragiliza seu próprio negócio e expõe o mercado europeu a riscos de abastecimento, já que a produção local não supre a demanda interna”, continuou a Abiec.

Conforme a associação, “o Brasil é líder global em exportação de carne bovina, com o maior rebanho comercial do mundo, produção sustentável e rigorosos controles sanitários que garantem qualidade para mais de 160 países. Nos últimos 30 anos, a pecuária brasileira aumentou sua produtividade em 172%, reduzindo a área de pastagem em 16%, demonstrando compromisso com eficiência e sustentabilidade”.

A Abiec destacou que “a visão protecionista do Sr. Bompard coloca em risco a estabilidade de um mercado global interdependente. Em 2023, o Brasil respondeu por 27% das importações de carne bovina da União Europeia fora do bloco, enquanto o Mercosul, somado, alcançou mais de 55%. Essa parceria, que há décadas atende aos padrões europeus, reafirma o potencial de cooperação entre as nações”.

“Decisões como essa não prejudicam apenas o Brasil, mas também a França, que depende de diversas commodities brasileiras. Em um mundo de desafios crescentes para a segurança alimentar global, o diálogo e a cooperação são mais urgentes do que nunca”, conclui a Abiec na nota.

Procurado na quarta-feira, o Grupo Carrefour Brasil afirmou que “nada muda nas operações no País.”

Reação do governo brasileiro

Na quarta-feira, o governo brasileiro também reagiu à decisão do Carrefour. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que a atitude do grupo “parece uma ação orquestrada” de companhias francesas contra o Brasil. O ministro disse ficar “indignado” com o posicionamento.

Ele citou a declaração dada pelo diretor financeiro da Danone, Jurgen Esser, veiculada pela agência de noticias Reuters, de que a empresa parou de comprar soja do Brasil e agora adquire o produto de países da Ásia como antecipação à lei antidesmatamento da União Europeia.

Diante desse episódio recente, o ministro afirmou que “não faz sentido achar que é coincidência”.

Na avaliação de Fávaro, a declaração do CEO do Carrefour aponta “de forma inverídica” as condições de produção brasileira. “De forma a ferir a soberania brasileira, desrespeitando nossa produção, que é sustentável.”

“Me parece que é querendo arrumar o pretexto para que a França não assine e continue com a posição contra a finalização do acordo Mercosul União Europeia”, avaliou o ministro.

Em sua visão, era mais “bonito e legítimo” só manter a posição contra o acordo.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Nespresso investe R$ 5 milhões para promover práticas agrícolas regenerativas no Brasil

 Máquina de café Nespresso - Foto de stock de Nespresso royalty-free


A Nespresso anunciou o lançamento do Pacote Agronômico, um projeto voltado à implementação de práticas regenerativas em fazendas parceiras no Brasil. Com um investimento de R$ 5 milhões para a safra 2024/2025, a iniciativa apoiará diretamente 133 produtores do Programa Nespresso AAA de Qualidade Sustentável, explicou a empresa em nota.

“Inicialmente, apoiaremos o produtor com o teste de novas práticas regenerativas em um talhão da fazenda. Para compreender a evolução e comprovar os benefícios em custo e produtividade, a Nespresso fará análises de solo ao longo de 3 anos, comparando a performance do talhão regenerativo ao restante da fazenda”, disse o gerente regional de café verde no Brasil, Daniel Motyl, na nota.

Entre as práticas promovidas estão o uso de fertilizantes orgânicos, biológicos, plantas de cobertura e biochar, um material que captura CO2 da atmosfera, melhora a retenção de água no solo e aumenta a matéria orgânica. Apenas na etapa inicial, 14 fazendas aplicarão 100 toneladas de biochar, contribuindo para a captura de 150 toneladas de CO2.

Os desafios e oportunidades no caminho da transição energética

 


Copel, Grupo Gerdau, Itaipu Binacional e Sanepar apresentam seus cases sobre o tema no fórum promovido pelo Instituto AMANHÃ em Curitiba 
 
O Fórum Transição Energética – Desafio e Oportunidade para o Brasil e suas Empresas integra a 11ª edição do AMANHÃ Sustentável

 

O Grupo AMANHÃ, através do Instituto AMANHÃ, realizou na quarta-feira (13) o Fórum "Transição Energética – Desafio e Oportunidade para o Brasil e suas Empresas", em Curitiba. O debate, que integra a 11ª edição do AMANHÃ Sustentável, também foi transmitido ao vivo pelo canal AMANHATV no YouTube (clique aqui para acessar). Copel, Grupo Gerdau, Itaipu Binacional e Sanepar apresentaram seus cases sobre o tema. "A iniciativa privada tem um papel muito importante, tanto quanto os governos, na contribuição para fazer com que a transição energética ocorra no Brasil. Além de produzirem energia limpa, as empresas também podem fazer parte de cadeias produtivas globais para atender a demanda com fornecimento de equipamentos, razão pela qual a transição energética também abre oportunidades para negócios", afirmou Jorge Polydoro, presidente do Instituto AMANHÃ, ao saudar o público presente no centro de eventos Encontro da Amazônia, na capital paranaense.

Orlando Pessutti, secretário representante do Paraná no Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), lembrou como o estado foi protagonista na criação de biodigestores para obter energia elétrica a partir dos dejetos de suínos, iniciativa levada à frente por muitos agricultores, como também cooperativas. "Temos de fazer a transição energética para obtermos energias muito mais limpas, pois também teremos uma vida muito mais segura", declarou. Carolina Teodoro, coordenadora de economia e mercado do Sistema Ocepar, também destacou o importante papel do cooperativismo no cumprimento da agenda ESG. "Mais de 48% do faturamento das cooperativas paranaenses é fruto de alguma industrialização e atualmente contamos com 9% de produção própria de energia, algo que tem se tornado vital para o cooperativismo cada vez mais comprometido com o desenvolvimento sustentável", frisou. Para Nilo Cini Junior, coordenador do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), manter e ampliar as fontes renováveis em um cenário de eventos climáticos extremos fortalece a competitividade industrial. "Energia limpa é uma ativo indispensável para as empresas e a Fiep reconhece essa realidade ao liderar ações que capacitam pessoas nesse sentido", ressaltou.

A 11ª edição do AMANHÃ Sustentável conta com apoio técnico da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace), entidade que representa os grandes consumidores de energia e uma das mais antigas do setor elétrico. A cobertura completa do fórum circulará no guia AMANHÃ Sustentável que será disponibilizado no Portal AMANHÃ e nas plataformas do Grupo AMANHÃ nas próximas semanas. Acompanhe, a seguir, um resumo das principais iniciativas de transição energética apresentadas pela Copel, pelo Grupo Gerdau, pela Itaipu Binacional e pela Sanepar. 

 

Copel, uma protagonista da transição energética

 
Luisa Nastari, superintendente da área de governança e sustentabilidade da Copel, contextualizou o atual cenário do setor elétrico frente aos desafios que a transição energética impõe. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, se nada for feito em favor da descarbonização, chegaremos a 2100 com uma temperatura média 3 ºC acima do período pré-revolução industrial, por exemplo. As energias renováveis devem substituir os combustíveis fósseis nos próximos anos, segundo a Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena). O Brasil possui uma matriz elétrica com cerca de 84,2% da geração de origem de fontes renováveis – um diferencial que pode tornar o país protagonista. Trilhando esse caminho, a Copel realiza o inventário de gases de efeito estufa (GEE) desde 2008. A companhia também tem um plano de neutralidade relacionando metas para redução de GEE. A empresa definiu o desinvestimento em seus ativos de fonte fóssil, em linha com seu objetivo de se tornar uma companhia com 100% de energia renováveis. Por essa razão a Copel realizou a venda da Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEGA) e se desfez da participação que detinha na Companhia Paranaense de Gás (Compagás). Em outubro do ano passado, a Copel também solicitou a devolução da concessão da Usina Termelétrica Figueira para a União. "Recentemente alcançamos a meta de 100% de energia renovável baseada em fontes limpas. Esta meta foi batida um ano antes do prazo previsto, que era 2025, e coincidiu com os 70 anos da Copel comemorados em 26 de outubro", contou Luisa. Ela também destacou o fato de a companhia ter criado um fundo para financiar a transição energética. "O Copel Ventures I vai disponibilizar R$ 150 milhões para investir em startups que contribuam para a transição energética. Desejamos ser protagonistas nesse campo e, para isso, sempre tentamos antecipar todas as tendências possíveis", reconheceu.

 

A siderurgia não tem uma bala de prata

 
A Gerdau assumiu uma meta de redução das emissões de gases de efeito estufa até 2031, saindo de 0,93 t CO2e para 0,83 t CO2e, um patamar deixará a companhia com um volume de emissões menor que a metade da média mundial do setor do aço. A Gerdau também possui 250 mil hectares de base florestal, sendo 90 mil para conservação da biodiversidade. Outra providência é a substituição parcial do carvão mineral na usina de Ouro Branco (MG) evitando 90 mil tCO2e anualmente. "A siderurgia não tem uma bala de prata para neutralizar o carbono com muita velocidade, pois cada lugar terá uma tecnologia viável e outras não, por isso a importância de ter políticas públicas que auxiliem diversos setores", opinou Naiade Araki Gonçalves, especialista de meio ambiente do Grupo Gerdau. Ela deu como exemplo o investimento de US$ 10 milhões, o maior valor já destinado pelo governo norte-americano como incentivo a estudos de descarbonização e que visa trazer mais conhecimento sobre o uso do hidrogênio em escalas piloto e industrial. A pesquisa está sendo conduzida pela Purdue University, com o apoio de empresas produtoras de aço – inclusive, os testes serão realizados na unidade de Monroe, em Michigan, que pertence ao Grupo Gerdau. Em setembro, a Petrobras e a Gerdau firmaram memorando de entendimento com o objetivo de explorar oportunidades comerciais e potenciais parcerias alinhadas às estratégias de diversificação e descarbonização de ambas as empresas.

 

Itaipu, uma usina de ideias


Marcio Massakiti Kubo, gestor de convênios de pesquisas e projetos de desenvolvimento e inovação e assessor da área de energias renováveis da Itaipu Binacional, mostrou como a usina sediada em Foz do Iguaçu tem dado sua contribuição para a pesquisa envolvendo o tema de transição energética. Desde 2006, a Itaipu apoia a transição energética com o início dos programas Energias Renováveis (ER) e Mobilidade Elétrica Sustentável. Os projetos de ER começaram dada a preocupação com a grande concentração de produção de proteína animal nos municípios próximos ao reservatório da usina, que acaba gerando resíduos que, se não destinados de maneira adequada, chegam até as águas de Itaipu através dos rios da região. A primeira microgeração distribuída do Brasil foi implementada no Oeste do Paraná em um projeto apoiado por Itaipu, em 2008. Hoje, a partir daquela primeira ação, o Brasil possui mais de duas Itaipus em potência instalada com a mini e microgeração distribuída. "Isso foi muito significativo para a Itaipu, pois esse projeto foi base para as primeiras normativas técnicas da Aneel para regulamentar o tema no Brasil", recordou Kubo. Itaipu também ajudou a desenvolver o primeiro ônibus 100% elétrico do país e o primeiro ônibus híbrido, movido a eletricidade e a etanol, em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

 

Sanepar: não há saneamento sem energia

 
A Sanepar é a maior consumidora de energia elétrica do Paraná, pois todo os processos de saneamento e esgotamento precisam dessa fonte. Por essa razão, a companhia paranaense realiza ações visando ter eficiência energética, assim como a busca por energias renováveis. A empresa desenvolveu a capacidade para gerenciar mensalmente as faturas de energia das diferentes unidades consumidoras que possui. Em 362 delas, de um total de 780, esse monitoramento é feito em tempo real. "Estamos, aos poucos, migrando nossas unidades para o mercado livre de energia, o que poderá nos garantir futuramente uma economia de R$ 1 bilhão", projetou Charles Carneiro, engenheiro de desenvolvimento operacional da Sanepar. A Sanepar possui o maior parque de reatores anaeróbios do mundo tratando esgoto doméstico e tem sido destaque em iniciativas de recuperação energética de biogás. Estima-se que mais de 60 milhões de metros cúbicos de biogás podem ser produzidos anualmente somente a partir do esgoto no Paraná. A empresa também foi pioneira na implantação do sistema de microgeração distribuída de energia elétrica da Estação de Tratamento de Esgoto Ouro Verde, em Foz do Iguaçu, a primeira desta natureza a ser operacionalizada no setor de saneamento do Brasil. Também projeto da Sanepar, a US Bioenergia é capaz de produzir até 2,8 MWh de energia elétrica renovável a partir da codigestão de lodo de esgoto e materiais orgânicos de grandes geradores. A Estação de Tratamento de Esgoto Atuba Sul, em Curitiba, também é destaque por seu sistema inovador de secagem térmica de lodo que utiliza como combustível o biogás e biomassa (lodo seco) produzido na própria localidade. O sistema é capaz de processar 5 toneladas de lodo por hora, transformando-o em cinzas e evitando o envio de grandes volumes de material para aterros sanitários. "Temos trabalhado muito fortemente a transição energética podendo ter à disposição opções disruptivas como essas, pois temos processos básicos de água e esgoto muito bem consolidados", definiu Carneiro
.

 

 https://amanha.com.br/categoria/sustentabilidade/os-desafios-e-oportunidades-no-caminho-da-transicao-energetica?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Os+desafios+e+oportunidades+no+caminho+da+transi%C3%A7%C3%A3o+energ%C3%A9tica+-+Grupo+Amanh%C3%A3&utm_medium=email&utm_source=dinamize&utm_term=News+Amanh%C3%A3+19_11_2024

BNDES financia R$ 600 mi para exportação de Super Tucanos da Embraer para o Paraguai

 

logo do bndes | TELETIME News



O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou na segunda-feira, 18, durante a Cúpula de Líderes do G20, com o governo do Paraguai, contrato de financiamento da ordem de R$ 600 milhões para exportação de seis Super Tucanos e de pacote logístico da Embraer para Força Aérea paraguaia. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 19, pelo BNDES.

A assinatura contou com as presenças do ministro da Economia do Paraguai, Carlos Fernández Valdovinos, e do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Essa foi a primeira operação de financiamento a exportações de produtos de Defesa aprovada em mais de 13 anos pelo BNDES, marcando a retomada do Banco no apoio à Base Industrial de Defesa brasileira. É um setor estratégico da Nova Indústria Brasil por ser intensivo em tecnologia e gerador de inovações, com fabricação de produtos de alto valor agregado e geração de empregos de alta qualificação”, disse Mercadante em nota.

Segundo o banco brasileiro, a aeronave A-29 Super Tucano é líder mundial em sua categoria, com mais de 260 aeronaves entregues, mais de 500 mil horas de voo e utilizada por 16 Forças Aéreas. O Super Tucano é utilizado para ações de treinamento, reconhecimento e combate.

Brasil exporta 54% da produção de petróleo nos primeiros nove meses do ano, mostra Ineep

 

Ineep – Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás ...


O Brasil exportou mais da metade do petróleo que produziu nos primeiros nove meses do ano, registrando crescimento de 260% em relação há dez anos, informa levantamento feito pelo Instituto Estratégico de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). De janeiro a setembro de 2024, o País exportou uma média de 1,8 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), ou 54% do petróleo produzido, contra 47% exportado no mesmo período do ano passado, somando as exportações da Petrobras e de petroleiras privadas.

“O crescimento das exportações na última década deve-se principalmente à ampliação da produção advinda do pré-sal, em contraste com a modesta expansão da capacidade de refino nacional. Enquanto a produção nacional de petróleo registrou uma alta de cerca de 48%, passando de 2,3 para 3,4 milhões de barris por dia, a capacidade de refino avançou apenas 7,5%, subindo de 2,13 para 2,29 milhões de barris por dia”, destaca o instituto, utilizando dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A China foi o principal destino das exportações em 2024, que absorveu cerca de 46,2% do total exportado. Os Estados Unidos e a Espanha se destacaram como outros destinos significativos, recebendo, respectivamente, 13,1% e 10,2% do total. A Petrobras continua como a principal exportadora, apesar da contribuição crescente das empresas privadas, atualmente em cerca de 450 mil bpd.

Na última década, impulsionada pela produção do pré-sal e redução do parque de refino – com o programa de desinvestimentos no setor durante os governos de Michel Temer e de Jair Bolsonaro -, a Petrobras experimentou um crescimento significativo na produção. Em 2013, a companhia exportou cerca de 0,21 milhões de barris de petróleo por dia, o equivalente a 11% de sua produção total. Em 2023, o volume exportado atingiu 0,59 milhões de barris diários, representando 27% da produção total na mesma comparação.

No terceiro trimestre do ano, a Petrobras como concessionária deteve 63% da produção total de petróleo e gás, alcançando a marca de 2,71 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). As demais petroleiras responderam por 1,62 milhão boe/d, o que corresponde a aproximadamente 37% da produção nacional no período.

Derivados

Apesar da elevada produção e exportação de petróleo, o Brasil continua importando derivados, tendência que, segundo o Plano Decenal de Energia (PDE 2034) da EPE, deve persistir na próxima década, ressalta o Ineep.

“Embora as exportações gerem ganhos financeiros no curto prazo, especialmente em momentos de alta do preço da commodity, a falta de uma política industrial articulada e que busque desenvolver a cadeia de valor interna limita o desenvolvimento econômico e produtivo do País no longo prazo, mantendo-o dependente de importações (de derivados)”, avalia o estudo.

Ainda de acordo com o Ineep, a dependência de derivados importados torna os preços dos combustíveis mais suscetíveis às oscilações provocadas pelas dinâmicas geopolíticas e econômicas globais.

“Um planejamento ampliado e integrado para a indústria de óleo e gás, com investimentos em exploração, produção e refino, é crucial para garantir o abastecimento interno e a segurança energética do país, além de posicionar o Brasil de forma estratégica no mercado internacional de petróleo”, conclui o estudo.

Inflação do Natal: Azeite, lombo, pernil e filé mignon lideram ranking de alta de preços

 


Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) mostram que a inflação da cesta de Natal foi de 9,16%

Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) mostram que a inflação da cesta de Natal foi de 9,16% (Crédito: Freepik)

 

A cesta de Natal ficou 9,16% mais cara em 2024, conforme o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

O preço médio da cesta da Natal em novembro deste ano é de R$ 439,30, ao passo que em dezembro de 2023 o preço era de R$ 402,45.

Os dados divulgados pela FIPE nesta terça-feira, 19, mostram que a inflação na cesta de natal teve principalmente a contribuição de itens como o azeite de oliva extravirgem.

Esse item em específico teve uma alta de 21,3% no seu preço.

Proteínas também tiveram uma alta expressiva nos preços, com uma alta de mais de 17% nos preços do quilo do pernil com osso. O quilo do filé mignon, por sua vez, teve um salto de 16%, enquanto o quilo da picanha subiu praticamente 15%.

O quilo do chester está, em novembro deste ano, 11% mais caro do que em dezembro de 2023.

Esses itens em questão não fazem parte da cesta, porém são mais consumidos nessa época de ano por conta da sazonalidade, conforme explica Guilherme Moreira, coordenador do IPC-FIPE.

“Na cesta estão produtos típicos das cestas prontas, enquanto nos itens de Natal consideramos aqueles que, apesar de não serem típicos, têm consumo ampliado nesta época. Um exemplo é a picanha, que, mesmo fora da cesta tradicional, está presente em churrascos e comemorações”.

Inflação da cesta de Natal e dos itens que são mais consumidos no Natal em 2024
Inflação da cesta de Natal e dos itens que são mais consumidos no Natal em 2024 (Crédito:Foto: Divulgação/FIPE)

Bebidas também tiveram valorização, mas em menor magnitude.

Como exemplo, o litro do suco néctar de laranja teve um aumento de preço na casa dos 16%. Já o vinho tinto tinto 750ml saltou 8% no comparativo entre novembro de 2024 e dezembro de 2023.

Itens da cesta de Natal que tiveram queda de preço

Por outro lado, alguns produtos apresentaram queda nos preços no comparativo entre novembro de 2024 e dezembro de 2023.

No caso dos itens da cesta de Natal, os únicos itens que tiveram retração foram o panetone de frutas cristalizadas 400g, com queda de 1,6% no preço, e o macarrão espaguete 500g, com queda de 2,1%. Nos itens que são sazonalmente mais consumidos no fim de ano, a única retração de preço ficou com o quilo da farofa, com uma magnitude de 7,2%.

 

 https://istoedinheiro.com.br/inflacao-cesta-natal-azeite-alta-precos/

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Petrobras propõe US$ 111 bilhões para Plano de Investimentos, alta de 9%

 


CEO da Petrobras, Magda Chambriard

CEO da Petrobras, Magda Chambriard

 

A Petrobras comunicou nesta segunda-feira, 18, que a diretoria executiva propôs investimentos da companhia entre 2025 e 2029 de US$ 111 bilhões.

Esse montante no plano de investimentos da Petrobras representaria uma alta de cerca de 9% na comparação com o programa anterior, de acordo com fato relevante.

A afirmação foi feita em esclarecimentos de notícias ao mercado.

A companhia ressaltou que os investimentos deliberados pela diretoria ainda precisam ser aprovados pelo conselho de administração da petroleira.

A reunião do colegiado para aprovação do plano de investimentos está prevista para a próxima quinta-feira, 21.

A companhia destacou que a área de Exploração & Produção poderia receber a maior parte dos investimentos, estimados em cerca de US$ 77 bilhões, segundo o que foi proposto pela diretoria.

A área de exploração ficaria com US$ 7,9 bilhões.

A estatal afirmou que projeta produção total de 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia (boed).

Os investimentos em Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes (RTC) foram estimados em cerca de US$ 20 bilhões.

Sobre a projeção de dividendos ordinários, a estatal disse que ficarão em faixa que começa em US$ 45 bilhões.

Porém, a empresa destacou que há flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões no período do plano.

Desempenho das ações da Petrobras

As ações da Petrobras subiram 1,07% até às 14h40, momento em que a negociação dos papéis foi interrompida por conta da divulgação de fato relevante, conforme previsto nas regras de mercado. Os papéis somam queda de 0,3% no acumulado de 2024, estando cotados atualmente a R$ 37,67.

Governo eleva projeção de alta do PIB em 2024 para 3,3% e ainda vê inflação abaixo do teto

 


Proporção de reajustes salariais acima da inflação em novembro é a menor desde abril, diz Fipe

Inflação e economia (Crédito: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

 

O governo revisou sua projeção para o crescimento da economia brasileira em 2024 para 3,3%, ante  estimativa anterior de 3,2%. A informação faz parte do Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, divulgado nesta segunda-feira, 18.

A Fazenda também elevou a projeção para a inflação esperada no ano, de 4,25% para 4,40% em 2024. Ou seja, diferentemente do mercado, o governo continua com a expectativa de que o IPCA fechará o ano dentro do teto da meta, que é de 4,5%.

“Até o final do ano, deverá haver desaceleração nos preços de monitorados, repercutindo, principalmente, mudanças esperadas nas bandeiras tarifárias de energia elétrica. Os preços livres, no entanto, devem seguir em aceleração, refletindo a dinâmica dos preços de itens mais voláteis, mais afetados pelo câmbio e clima”, diz o boletim.

Novas projeções do Ministério da Fazenda
Novas projeções do Ministério da Fazenda (Crédito:Divulgação)

 

Como relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o governo projeta um crescimento da atividade nos próximos dois trimestres, embora em ritmo inferior ao observado nos dois primeiros trimestres de 2024.

O governo elevou de 0,6% para 0,7% a projeção de expansão do PIB no 3º trimestre, na comparação com os três meses anteriores, o que representará uma desaceleração frente a alta de 1,4% registrada no 2º trimestre.

“Na margem, a perspectiva é de desaceleração no ritmo de crescimento, principalmente em função da forte expansão observada no segundo trimestre. Na comparação interanual, no entanto, projeta-se aceleração do crescimento, de 3,3% no segundo trimestre para 3,9% no terceiro”, afirma o documento.

Mercado eleva a 12% projeção para Selic em 2025 e vê inflação e dólar mais altos

 


Sede do Banco Central, em Brasília

 

Analistas consultados pelo Banco Central subiram novamente sua projeção para o nível da Selic no próximo ano, em meio a expectativas mais altas para o avanço do IPCA neste ano e nos próximos dois, elevando também as previsões para as cotações do dólar, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 12,00%, de 11,50% na semana anterior.

Para 2024, a projeção para a Selic, atualmente em 11,25%, manteve-se em 11,75% pela sétima semana consecutiva. O BC volta a se reunir em dezembro para a última decisão de política monetária do ano.

De acordo com os dados do Focus, o BC deve voltar a elevar os juros nas duas primeiras reuniões do ano, respectivamente em 0,50 e 0,25 ponto percentual, a 12,50%. Só são esperados cortes então nos dois últimos encontros do ano, ambos de 0,25 ponto.

A mudança na previsão ocorre na esteira da divulgação da ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira. No documento, os membros afirmaram que deterioração adicional das expectativas de mercado para a inflação à frente pode levar a um prolongamento do ciclo de aperto dos juros básicos.

O BC também reforçou a defesa da adoção de medidas fiscais pelo governo, argumentando que ações nesse sentido podem induzir o crescimento econômico. O Executivo tem prometido o anúncio de um pacote de medidas de contenção de gastos a fim de garantir a sustentação do arcabouço fiscal.

Neste mês, o Copom decidiu acelerar o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, em decisão unânime de sua diretoria que não indicou os próximos passos da política monetária.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na projeção para o IPCA neste ano pela sétima semana consecutiva, agora com alta de 4,64% — acima do teto da meta perseguida pelo BC –, ante 4,62% há uma semana. Em 2025, o avanço do índice deve chegar a 4,12%, acima dos 4,10% projetados anteriormente, e em 2026 a conta subiu a 3,70%, de 3,65%.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Houve aumento ainda na expectativa para a cotação do dólar em 2024, agora em 5,60 reais, de 5,55 reais na semana anterior. No final do próximo ano, a moeda norte-americana deve atingir 5,50 reais, segundo os analistas, ante 5,48 reais há uma semana.

Sobre o PIB brasileiro, a previsão é de que a economia do país cresça 3,10% neste ano, mesma expectativa da semana anterior. Em 2025, a projeção é de que a expansão seja de 1,94%, também repetindo o dado da pesquisa anterior.

domingo, 17 de novembro de 2024

‘O diabo está nos detalhes’, diz Von der Leyen sobre acordo Mercosul-UE

 


'O diabo está nos detalhes', diz Von der Leyen sobre acordo Mercosul-UE

A chefe da UE, Ursula von der Leyen, admite que será 'uma grande tarefa' fazer com que todos os membros dos blocos europeu e do Mercosul apoiem o acordo comercial - AFP/Arquivos

A União Europeia (UE) e o Mercosul estão na “reta final” para alcançar um acordo de livre comércio, mas “o diabo está nos detalhes”, disse neste domingo (17) a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Em uma entrevista à GloboNews, na véspera da cúpula do G20 no Rio de Janeiro, Von der Leyen reconheceu que o braço executivo da UE enfrenta a “grande tarefa” de convencer todos os seus membros a apoiar o tratado, que é rejeitado pela França.

“O diabo está sempre nos detalhes. A reta final é a mais importante, mas também a mais difícil, muitas vezes”, declarou.

“Temos que envolver os 27 chefes de Estado e de governo e os Estados-membros da União Europeia, e, do lado do Mercosul, todos os parceiros também terão que estar prontos para assinar. Isso sempre é uma grande tarefa a ser superada na parte final”, acrescentou.

A União Europeia e os quatro membros fundadores do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) negociam há 25 anos um acordo de livre comércio entre os blocos.

Embora as partes tenham alcançado um acordo político em 2019, alguns países da UE têm dificultado novos avanços.

A França “se opõe” a esse acordo comercial, disse o presidente Emmanuel Macron neste domingo, durante uma visita à Argentina, antes de viajar para o Brasil para o G20. Ele afirmou que não acredita que a Comissão Europeia vá concluir as negociações com o Mercosul sem o apoio da França.

Novas manifestações por parte de agricultores franceses que são fortemente contra o acordo são esperadas para segunda-feira.

Agricultores de vários países europeus temem que produtos sul-americanos invadam seu mercado em condições desfavoráveis com um possível tratado de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

A Comissão Europeia considera que tem o poder de selar o acordo com o Mercosul e outros tratados. No entanto, “não avançará sem um acordo político” entre os membros do bloco, indicou à AFP um funcionário próximo de Von der Leyen.

O pacto UE-Mercosul criaria um mercado integrado com cerca de 800 milhões de habitantes e pretende eliminar tarifas de importação sobre mais de 90% dos bens da UE exportados para o bloco sul-americano.